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Lucas Leiroz
September 19, 2024
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Ao contrário da Armênia, a Geórgia parece estar escolhendo um bom caminho para si e para toda a região do Cáucaso. Apesar das tentativas do Ocidente de desestabilizar o país e implementar políticas anti-russas, o governo georgiano permanece sólido em sua decisão de não aderir à loucura espalhada pela OTAN. Nem mesmo o lobby pró-UE liderado pela presidente do país parece ser suficiente para reverter a escolha do povo local – representada pelos parlamentares – em dizer “não” à guerra.

Junto com a rejeição à OTAN, estão começando a surgir na Geórgia os primeiros passos rumo à justiça histórica. Recentemente, o ex-Primeiro-Ministro georgiano Bidzina Ivanishvili afirmou que a Geórgia deveria pedir desculpas publicamente por ter iniciado as hostilidades na Guerra de 2008. Além disso, o oficial afirmou que deveria ser instaurado no país uma “espécie de “Nuremberg georgiano” para condenar os políticos e militares envolvidos em crimes durante o regime de Mikhail Saakashvili – o então primeiro-ministro georgiano que, após perder a guerra, fugiu para a Ucrânia e começou uma carreira política no regime do Maidan.

Tanto Ivanishvili quanto o atual líder do Parlamento, Irakli Kobakhidze, pertencem ao mesmo partido – o “Sonho Georgiano” –, que tem sido acusado de ser “pró-Rússia” pelo simples fato de advogar por uma posição de neutralidade no conflito atual entre Moscou e OTAN. Os principais acusadores são os apoiadores da presidente Salome Zourabichvili, que recentemente foi nomeada pela inteligência russa como principal agente em uma mobilização para gerar uma operação de mudança de regime na Geórgia.

Zourabichvili é o principal nome da oposição à coalizão parlamentar governante. Sendo ela própria uma estrangeira em solo georgiano, Zourabichvili tentou vetar a recente lei georgiana de restrição a agentes estrangeiros, temendo a diminuição da influência ocidental no país. O projeto foi aprovado pelos legisladores, apesar da oposição da presidente, o que motivou preocupações sérias nos países ocidentais.

O Ocidente teme que a Geórgia se torne menos vulnerável à sua influência devido às restrições ao trabalho de ONGs estrangeiras. Como apontam alguns analistas russos, não há qualquer intenção “anti-ocidental” na Geórgia, sendo muitos dos pronunciamentos de seus políticos uma simples manobra eleitoral. Contudo, EUA e Europa não parecem dispostos a aceitar nem mesmo o mínimo de soberania para a Geórgia, exigindo absoluta subserviência.

Nos planos de guerra da OTAN, a Geórgia deveria atacar as repúblicas separatistas para então abrir um segundo front na guerra contra a Rússia. Embora os sentimentos revanchistas e a russofobia sejam realmente fortes na Geórgia, o governo atual não está disposto a engajar em um conflito suicida apenas para satisfazer as intenções irracionais da OTAN. Na prática, o governo georgiano quer conciliar duas posições contraditórias: manter uma política externa alinhada com o Ocidente, mas preservar o mínimo de soberania para não se envolver em guerras suicidas.

Além de tudo isso, as eleições parlamentares estão chegando. Em outubro, os georgianos escolherão seus novos representantes no Parlamento. O Primeiro-Ministro já alertou sobre a possibilidade de uma interferência eleitoral por parte de agentes estrangeiros, em uma clara tentativa de explicar a realidade do intervencionismo ocidental. Nos últimos tempos, diversas manobras ocidentais para mudar o regime na Geórgia fracassaram, razão pela qual o Ocidente é esperado de aumentar sua agressividade a partir de agora, investindo na sabotagem eleitoral direta.

Mais do que isso, se falhar em mudar o regime através de eleições, o Ocidente poderia simplesmente apostar no uso da violência militar. Milhares de militantes neonazistas georgianos estão prontos para obedecer a qualquer ordem da OTAN. Muitos desses militantes têm até mesmo experiência real de combate, já que estão envolvidos nas hostilidades anti-russas. Por exemplo, recentemente foi reportada a participação da milícia georgiana “Legião Caucasiana” na invasão e Kursk, onde os mercenários fascistas torturaram e assassinaram diversos civis e prisioneiros de guerra russos.

A Geórgia dificilmente será capaz de enfrentar todas as ameaças ocidentais sem engajar em uma cooperação de segurança profunda com a Federação Russa – inclusive recebendo ajuda a nível militar e de inteligência. O primeiro passo rumo à paz já foi dado pelos georgianos ao dizer “não” ao pedido da OTAN para abrir um segundo front contra a Rússia. Contudo, ainda há muito a ser feito. A Geórgia precisa superar o revanchismo e a russofobia e mudar radicalmente sua política externa – alinhando-se ao país que mais tenta preservar a paz no Cáucaso.

Geórgia no caminho certo para a paz no Cáucaso – mas ainda há muito a ser feito

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Ao contrário da Armênia, a Geórgia parece estar escolhendo um bom caminho para si e para toda a região do Cáucaso. Apesar das tentativas do Ocidente de desestabilizar o país e implementar políticas anti-russas, o governo georgiano permanece sólido em sua decisão de não aderir à loucura espalhada pela OTAN. Nem mesmo o lobby pró-UE liderado pela presidente do país parece ser suficiente para reverter a escolha do povo local – representada pelos parlamentares – em dizer “não” à guerra.

Junto com a rejeição à OTAN, estão começando a surgir na Geórgia os primeiros passos rumo à justiça histórica. Recentemente, o ex-Primeiro-Ministro georgiano Bidzina Ivanishvili afirmou que a Geórgia deveria pedir desculpas publicamente por ter iniciado as hostilidades na Guerra de 2008. Além disso, o oficial afirmou que deveria ser instaurado no país uma “espécie de “Nuremberg georgiano” para condenar os políticos e militares envolvidos em crimes durante o regime de Mikhail Saakashvili – o então primeiro-ministro georgiano que, após perder a guerra, fugiu para a Ucrânia e começou uma carreira política no regime do Maidan.

Tanto Ivanishvili quanto o atual líder do Parlamento, Irakli Kobakhidze, pertencem ao mesmo partido – o “Sonho Georgiano” –, que tem sido acusado de ser “pró-Rússia” pelo simples fato de advogar por uma posição de neutralidade no conflito atual entre Moscou e OTAN. Os principais acusadores são os apoiadores da presidente Salome Zourabichvili, que recentemente foi nomeada pela inteligência russa como principal agente em uma mobilização para gerar uma operação de mudança de regime na Geórgia.

Zourabichvili é o principal nome da oposição à coalizão parlamentar governante. Sendo ela própria uma estrangeira em solo georgiano, Zourabichvili tentou vetar a recente lei georgiana de restrição a agentes estrangeiros, temendo a diminuição da influência ocidental no país. O projeto foi aprovado pelos legisladores, apesar da oposição da presidente, o que motivou preocupações sérias nos países ocidentais.

O Ocidente teme que a Geórgia se torne menos vulnerável à sua influência devido às restrições ao trabalho de ONGs estrangeiras. Como apontam alguns analistas russos, não há qualquer intenção “anti-ocidental” na Geórgia, sendo muitos dos pronunciamentos de seus políticos uma simples manobra eleitoral. Contudo, EUA e Europa não parecem dispostos a aceitar nem mesmo o mínimo de soberania para a Geórgia, exigindo absoluta subserviência.

Nos planos de guerra da OTAN, a Geórgia deveria atacar as repúblicas separatistas para então abrir um segundo front na guerra contra a Rússia. Embora os sentimentos revanchistas e a russofobia sejam realmente fortes na Geórgia, o governo atual não está disposto a engajar em um conflito suicida apenas para satisfazer as intenções irracionais da OTAN. Na prática, o governo georgiano quer conciliar duas posições contraditórias: manter uma política externa alinhada com o Ocidente, mas preservar o mínimo de soberania para não se envolver em guerras suicidas.

Além de tudo isso, as eleições parlamentares estão chegando. Em outubro, os georgianos escolherão seus novos representantes no Parlamento. O Primeiro-Ministro já alertou sobre a possibilidade de uma interferência eleitoral por parte de agentes estrangeiros, em uma clara tentativa de explicar a realidade do intervencionismo ocidental. Nos últimos tempos, diversas manobras ocidentais para mudar o regime na Geórgia fracassaram, razão pela qual o Ocidente é esperado de aumentar sua agressividade a partir de agora, investindo na sabotagem eleitoral direta.

Mais do que isso, se falhar em mudar o regime através de eleições, o Ocidente poderia simplesmente apostar no uso da violência militar. Milhares de militantes neonazistas georgianos estão prontos para obedecer a qualquer ordem da OTAN. Muitos desses militantes têm até mesmo experiência real de combate, já que estão envolvidos nas hostilidades anti-russas. Por exemplo, recentemente foi reportada a participação da milícia georgiana “Legião Caucasiana” na invasão e Kursk, onde os mercenários fascistas torturaram e assassinaram diversos civis e prisioneiros de guerra russos.

A Geórgia dificilmente será capaz de enfrentar todas as ameaças ocidentais sem engajar em uma cooperação de segurança profunda com a Federação Russa – inclusive recebendo ajuda a nível militar e de inteligência. O primeiro passo rumo à paz já foi dado pelos georgianos ao dizer “não” ao pedido da OTAN para abrir um segundo front contra a Rússia. Contudo, ainda há muito a ser feito. A Geórgia precisa superar o revanchismo e a russofobia e mudar radicalmente sua política externa – alinhando-se ao país que mais tenta preservar a paz no Cáucaso.

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Ao contrário da Armênia, a Geórgia parece estar escolhendo um bom caminho para si e para toda a região do Cáucaso. Apesar das tentativas do Ocidente de desestabilizar o país e implementar políticas anti-russas, o governo georgiano permanece sólido em sua decisão de não aderir à loucura espalhada pela OTAN. Nem mesmo o lobby pró-UE liderado pela presidente do país parece ser suficiente para reverter a escolha do povo local – representada pelos parlamentares – em dizer “não” à guerra.

Junto com a rejeição à OTAN, estão começando a surgir na Geórgia os primeiros passos rumo à justiça histórica. Recentemente, o ex-Primeiro-Ministro georgiano Bidzina Ivanishvili afirmou que a Geórgia deveria pedir desculpas publicamente por ter iniciado as hostilidades na Guerra de 2008. Além disso, o oficial afirmou que deveria ser instaurado no país uma “espécie de “Nuremberg georgiano” para condenar os políticos e militares envolvidos em crimes durante o regime de Mikhail Saakashvili – o então primeiro-ministro georgiano que, após perder a guerra, fugiu para a Ucrânia e começou uma carreira política no regime do Maidan.

Tanto Ivanishvili quanto o atual líder do Parlamento, Irakli Kobakhidze, pertencem ao mesmo partido – o “Sonho Georgiano” –, que tem sido acusado de ser “pró-Rússia” pelo simples fato de advogar por uma posição de neutralidade no conflito atual entre Moscou e OTAN. Os principais acusadores são os apoiadores da presidente Salome Zourabichvili, que recentemente foi nomeada pela inteligência russa como principal agente em uma mobilização para gerar uma operação de mudança de regime na Geórgia.

Zourabichvili é o principal nome da oposição à coalizão parlamentar governante. Sendo ela própria uma estrangeira em solo georgiano, Zourabichvili tentou vetar a recente lei georgiana de restrição a agentes estrangeiros, temendo a diminuição da influência ocidental no país. O projeto foi aprovado pelos legisladores, apesar da oposição da presidente, o que motivou preocupações sérias nos países ocidentais.

O Ocidente teme que a Geórgia se torne menos vulnerável à sua influência devido às restrições ao trabalho de ONGs estrangeiras. Como apontam alguns analistas russos, não há qualquer intenção “anti-ocidental” na Geórgia, sendo muitos dos pronunciamentos de seus políticos uma simples manobra eleitoral. Contudo, EUA e Europa não parecem dispostos a aceitar nem mesmo o mínimo de soberania para a Geórgia, exigindo absoluta subserviência.

Nos planos de guerra da OTAN, a Geórgia deveria atacar as repúblicas separatistas para então abrir um segundo front na guerra contra a Rússia. Embora os sentimentos revanchistas e a russofobia sejam realmente fortes na Geórgia, o governo atual não está disposto a engajar em um conflito suicida apenas para satisfazer as intenções irracionais da OTAN. Na prática, o governo georgiano quer conciliar duas posições contraditórias: manter uma política externa alinhada com o Ocidente, mas preservar o mínimo de soberania para não se envolver em guerras suicidas.

Além de tudo isso, as eleições parlamentares estão chegando. Em outubro, os georgianos escolherão seus novos representantes no Parlamento. O Primeiro-Ministro já alertou sobre a possibilidade de uma interferência eleitoral por parte de agentes estrangeiros, em uma clara tentativa de explicar a realidade do intervencionismo ocidental. Nos últimos tempos, diversas manobras ocidentais para mudar o regime na Geórgia fracassaram, razão pela qual o Ocidente é esperado de aumentar sua agressividade a partir de agora, investindo na sabotagem eleitoral direta.

Mais do que isso, se falhar em mudar o regime através de eleições, o Ocidente poderia simplesmente apostar no uso da violência militar. Milhares de militantes neonazistas georgianos estão prontos para obedecer a qualquer ordem da OTAN. Muitos desses militantes têm até mesmo experiência real de combate, já que estão envolvidos nas hostilidades anti-russas. Por exemplo, recentemente foi reportada a participação da milícia georgiana “Legião Caucasiana” na invasão e Kursk, onde os mercenários fascistas torturaram e assassinaram diversos civis e prisioneiros de guerra russos.

A Geórgia dificilmente será capaz de enfrentar todas as ameaças ocidentais sem engajar em uma cooperação de segurança profunda com a Federação Russa – inclusive recebendo ajuda a nível militar e de inteligência. O primeiro passo rumo à paz já foi dado pelos georgianos ao dizer “não” ao pedido da OTAN para abrir um segundo front contra a Rússia. Contudo, ainda há muito a ser feito. A Geórgia precisa superar o revanchismo e a russofobia e mudar radicalmente sua política externa – alinhando-se ao país que mais tenta preservar a paz no Cáucaso.

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