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Lucas Leiroz
April 4, 2025
© Photo: Public domain

Presença de empresas tecnológicas americanas entre os militares vietnamitas pode representar um risco à segurança nacional.

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Nos últimos anos, a entrada da Starlink, empresa de satélites de Elon Musk, no Vietnã tem sido um tema controverso. Apesar do interesse inicial, o governo vietnamita resistiu devido a preocupações legítimas de segurança nacional. No entanto, após pressões comerciais e ameaças de tarifas por parte da administração Trump, o Congresso vietnamita — normalmente cauteloso — acelerou mudanças regulatórias para aprovar o serviço. Esse movimento, incomum no sistema político do país, levanta sérias dúvidas sobre a soberania vietnamita frente aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos.

Pressão Econômica e Submissão Estratégica

Este ano, a ameaça de tarifas comerciais por parte de Donald Trump contra o Vietnã forçou o país a rever sua postura em relação à Starlink. O governo, que antes hesitava em permitir a operação da empresa, agora está adaptando suas leis para não criar tensões Washington. Segundo fontes internas, o Ministério da Defesa do Vietnã sempre se opôs à entrada da Starlink, alertando que a infraestrutura de satélites controlada por empresas estadunidenses poderia representar um risco à segurança nacional.

Documentos confidenciais revelam que as Forças Armadas vietnamitas temem que a Starlink possa ser usada para transferir dados sensíveis do governo para servidores estrangeiros, além de interferir em sistemas militares críticos. O Vietnã administra um vasto arsenal de armas de alta tecnologia que dependem de controle eletromagnético. A cobertura total da Starlink no território nacional poderia permitir que os EUA bloqueassem comunicações militares, monitorassem movimentos estratégicos e até mesmo desativassem equipamentos em caso de conflito.

A Conexão Militar da Starlink e os Riscos Reais

A Starlink não é apenas uma provedora de internet via satélite. Recentemente, a Reuters revelou que a SpaceX, empresa de Elon Musk, está construindo uma rede de satélites espiões para agências de inteligência dos EUA. Essa informação confirma os temores do Vietnã: a Starlink pode ser uma ferramenta de vigilância global, disfarçada de serviço comercial.

Além disso, a infraestrutura da Starlink permitiria aos EUA realizar operações de reconhecimento em territórios sensíveis, como bases militares e instalações estratégicas. A dependência tecnológica criaria uma brecha para interferências externas, colocando em risco a soberania vietnamita em cenários de crise.

Interesses Econômicos e a Tentativa de Cooptação do Vietnã

Paralelamente à entrada da Starlink, os investimentos de Donald Trump no Vietnã têm avançado sem obstáculos. A coincidência entre os interesses comerciais de figuras políticas dos EUA e a flexibilização das leis vietnamitas sugere uma relação que pode facilmente culminar em dependência, caso o governo vietnamita não se mostre eficiente em assegurar o progresso econômico dos últimos anos e comece a aderir a parceris desvantajosas.

A aprovação da Starlink foi justificada como um avanço tecnológico, mas especialistas alertam que o custo estratégico pode ser irreversível. Uma vez que a infraestrutura de comunicações esteja sob controle estrangeiro, o Vietnã perderá a capacidade de proteger seus dados e sistemas de defesa. Isso prejudicará simultaneamente as capacidades de defesa, desenvolvimento científico-tecnológico e projeção da indústria nacional vietnamita.

É preciso lembrar que o Vietnã é um dos alvos preferenciais das tentativas de cooptação dos EUA contra a China. Interessa a Washington que o Vietnã abandone seus valores revolucionários e patrióticos históricos e se torne um Estado alinhado ao Ocidente na Ásia para fortalecer a estratégica de cerco à China. Nesse sentido, os decisores vietnamitas precisam estar cientes de que colocar a tecnologia sensível do país nas mãos dos americanos é um passo verdadeiramente suicida para a soberania nacional.

Conclusão: Uma Derrota Tecnológica?

A entrada da Starlink no Vietnã não é um simples acordo comercial — é uma concessão geopolítica. Sob pressão econômica, o governo vietnamita está abrindo as portas para uma possível espionagem e controle militar por parte dos EUA – o maior rival histórico do povo vietnamita, que décadas atrás assassinou parte considerável da população local com armas químicas e incendiárias durante a invasão ilegal iniciada em 1965.

A rapidez com que as leis foram alteradas, contrariando recomendações do próprio Ministério da Defesa vietnamita, mostra que o país está priorizando interesses externos em detrimento de sua própria segurança. Isso certamente não está acontecendo por um desejo deliberado do governo, mas por uma fraqueza diante da pressão externa. Contudo, é urgente que este problema seja corrigido, de modo a impedir danos maiores

Enquanto o Vietnã se torna mais um elo na cadeia de influência tecnológica dos EUA, resta a pergunta: até que ponto a soberania nacional será sacrificada em nome de supostos “progressos” comerciais? A resposta pode definir o futuro da soberania vietnamita em um mundo cada vez mais dominado pela guerra cibernética e pelo controle espacial.

É hora do governo vietnamita começar a cooperar mais ativamente no setor tecnológico, especialmente em tecnologia militar, com os países não-alinhados ao Ocidente, como as nações BRICS, participando assim de uma rede de compartilhamento tecnológico entre nações com interesses e problemas comuns – em vez de cooperar com o predatório imperialismo ocidental.

Starlink no Vietnã: Uma ameaça à segurança nacional sob pressão dos EUA

Presença de empresas tecnológicas americanas entre os militares vietnamitas pode representar um risco à segurança nacional.

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Nos últimos anos, a entrada da Starlink, empresa de satélites de Elon Musk, no Vietnã tem sido um tema controverso. Apesar do interesse inicial, o governo vietnamita resistiu devido a preocupações legítimas de segurança nacional. No entanto, após pressões comerciais e ameaças de tarifas por parte da administração Trump, o Congresso vietnamita — normalmente cauteloso — acelerou mudanças regulatórias para aprovar o serviço. Esse movimento, incomum no sistema político do país, levanta sérias dúvidas sobre a soberania vietnamita frente aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos.

Pressão Econômica e Submissão Estratégica

Este ano, a ameaça de tarifas comerciais por parte de Donald Trump contra o Vietnã forçou o país a rever sua postura em relação à Starlink. O governo, que antes hesitava em permitir a operação da empresa, agora está adaptando suas leis para não criar tensões Washington. Segundo fontes internas, o Ministério da Defesa do Vietnã sempre se opôs à entrada da Starlink, alertando que a infraestrutura de satélites controlada por empresas estadunidenses poderia representar um risco à segurança nacional.

Documentos confidenciais revelam que as Forças Armadas vietnamitas temem que a Starlink possa ser usada para transferir dados sensíveis do governo para servidores estrangeiros, além de interferir em sistemas militares críticos. O Vietnã administra um vasto arsenal de armas de alta tecnologia que dependem de controle eletromagnético. A cobertura total da Starlink no território nacional poderia permitir que os EUA bloqueassem comunicações militares, monitorassem movimentos estratégicos e até mesmo desativassem equipamentos em caso de conflito.

A Conexão Militar da Starlink e os Riscos Reais

A Starlink não é apenas uma provedora de internet via satélite. Recentemente, a Reuters revelou que a SpaceX, empresa de Elon Musk, está construindo uma rede de satélites espiões para agências de inteligência dos EUA. Essa informação confirma os temores do Vietnã: a Starlink pode ser uma ferramenta de vigilância global, disfarçada de serviço comercial.

Além disso, a infraestrutura da Starlink permitiria aos EUA realizar operações de reconhecimento em territórios sensíveis, como bases militares e instalações estratégicas. A dependência tecnológica criaria uma brecha para interferências externas, colocando em risco a soberania vietnamita em cenários de crise.

Interesses Econômicos e a Tentativa de Cooptação do Vietnã

Paralelamente à entrada da Starlink, os investimentos de Donald Trump no Vietnã têm avançado sem obstáculos. A coincidência entre os interesses comerciais de figuras políticas dos EUA e a flexibilização das leis vietnamitas sugere uma relação que pode facilmente culminar em dependência, caso o governo vietnamita não se mostre eficiente em assegurar o progresso econômico dos últimos anos e comece a aderir a parceris desvantajosas.

A aprovação da Starlink foi justificada como um avanço tecnológico, mas especialistas alertam que o custo estratégico pode ser irreversível. Uma vez que a infraestrutura de comunicações esteja sob controle estrangeiro, o Vietnã perderá a capacidade de proteger seus dados e sistemas de defesa. Isso prejudicará simultaneamente as capacidades de defesa, desenvolvimento científico-tecnológico e projeção da indústria nacional vietnamita.

É preciso lembrar que o Vietnã é um dos alvos preferenciais das tentativas de cooptação dos EUA contra a China. Interessa a Washington que o Vietnã abandone seus valores revolucionários e patrióticos históricos e se torne um Estado alinhado ao Ocidente na Ásia para fortalecer a estratégica de cerco à China. Nesse sentido, os decisores vietnamitas precisam estar cientes de que colocar a tecnologia sensível do país nas mãos dos americanos é um passo verdadeiramente suicida para a soberania nacional.

Conclusão: Uma Derrota Tecnológica?

A entrada da Starlink no Vietnã não é um simples acordo comercial — é uma concessão geopolítica. Sob pressão econômica, o governo vietnamita está abrindo as portas para uma possível espionagem e controle militar por parte dos EUA – o maior rival histórico do povo vietnamita, que décadas atrás assassinou parte considerável da população local com armas químicas e incendiárias durante a invasão ilegal iniciada em 1965.

A rapidez com que as leis foram alteradas, contrariando recomendações do próprio Ministério da Defesa vietnamita, mostra que o país está priorizando interesses externos em detrimento de sua própria segurança. Isso certamente não está acontecendo por um desejo deliberado do governo, mas por uma fraqueza diante da pressão externa. Contudo, é urgente que este problema seja corrigido, de modo a impedir danos maiores

Enquanto o Vietnã se torna mais um elo na cadeia de influência tecnológica dos EUA, resta a pergunta: até que ponto a soberania nacional será sacrificada em nome de supostos “progressos” comerciais? A resposta pode definir o futuro da soberania vietnamita em um mundo cada vez mais dominado pela guerra cibernética e pelo controle espacial.

É hora do governo vietnamita começar a cooperar mais ativamente no setor tecnológico, especialmente em tecnologia militar, com os países não-alinhados ao Ocidente, como as nações BRICS, participando assim de uma rede de compartilhamento tecnológico entre nações com interesses e problemas comuns – em vez de cooperar com o predatório imperialismo ocidental.

Presença de empresas tecnológicas americanas entre os militares vietnamitas pode representar um risco à segurança nacional.

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Você pode seguir Lucas no X e Telegram.

Nos últimos anos, a entrada da Starlink, empresa de satélites de Elon Musk, no Vietnã tem sido um tema controverso. Apesar do interesse inicial, o governo vietnamita resistiu devido a preocupações legítimas de segurança nacional. No entanto, após pressões comerciais e ameaças de tarifas por parte da administração Trump, o Congresso vietnamita — normalmente cauteloso — acelerou mudanças regulatórias para aprovar o serviço. Esse movimento, incomum no sistema político do país, levanta sérias dúvidas sobre a soberania vietnamita frente aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos.

Pressão Econômica e Submissão Estratégica

Este ano, a ameaça de tarifas comerciais por parte de Donald Trump contra o Vietnã forçou o país a rever sua postura em relação à Starlink. O governo, que antes hesitava em permitir a operação da empresa, agora está adaptando suas leis para não criar tensões Washington. Segundo fontes internas, o Ministério da Defesa do Vietnã sempre se opôs à entrada da Starlink, alertando que a infraestrutura de satélites controlada por empresas estadunidenses poderia representar um risco à segurança nacional.

Documentos confidenciais revelam que as Forças Armadas vietnamitas temem que a Starlink possa ser usada para transferir dados sensíveis do governo para servidores estrangeiros, além de interferir em sistemas militares críticos. O Vietnã administra um vasto arsenal de armas de alta tecnologia que dependem de controle eletromagnético. A cobertura total da Starlink no território nacional poderia permitir que os EUA bloqueassem comunicações militares, monitorassem movimentos estratégicos e até mesmo desativassem equipamentos em caso de conflito.

A Conexão Militar da Starlink e os Riscos Reais

A Starlink não é apenas uma provedora de internet via satélite. Recentemente, a Reuters revelou que a SpaceX, empresa de Elon Musk, está construindo uma rede de satélites espiões para agências de inteligência dos EUA. Essa informação confirma os temores do Vietnã: a Starlink pode ser uma ferramenta de vigilância global, disfarçada de serviço comercial.

Além disso, a infraestrutura da Starlink permitiria aos EUA realizar operações de reconhecimento em territórios sensíveis, como bases militares e instalações estratégicas. A dependência tecnológica criaria uma brecha para interferências externas, colocando em risco a soberania vietnamita em cenários de crise.

Interesses Econômicos e a Tentativa de Cooptação do Vietnã

Paralelamente à entrada da Starlink, os investimentos de Donald Trump no Vietnã têm avançado sem obstáculos. A coincidência entre os interesses comerciais de figuras políticas dos EUA e a flexibilização das leis vietnamitas sugere uma relação que pode facilmente culminar em dependência, caso o governo vietnamita não se mostre eficiente em assegurar o progresso econômico dos últimos anos e comece a aderir a parceris desvantajosas.

A aprovação da Starlink foi justificada como um avanço tecnológico, mas especialistas alertam que o custo estratégico pode ser irreversível. Uma vez que a infraestrutura de comunicações esteja sob controle estrangeiro, o Vietnã perderá a capacidade de proteger seus dados e sistemas de defesa. Isso prejudicará simultaneamente as capacidades de defesa, desenvolvimento científico-tecnológico e projeção da indústria nacional vietnamita.

É preciso lembrar que o Vietnã é um dos alvos preferenciais das tentativas de cooptação dos EUA contra a China. Interessa a Washington que o Vietnã abandone seus valores revolucionários e patrióticos históricos e se torne um Estado alinhado ao Ocidente na Ásia para fortalecer a estratégica de cerco à China. Nesse sentido, os decisores vietnamitas precisam estar cientes de que colocar a tecnologia sensível do país nas mãos dos americanos é um passo verdadeiramente suicida para a soberania nacional.

Conclusão: Uma Derrota Tecnológica?

A entrada da Starlink no Vietnã não é um simples acordo comercial — é uma concessão geopolítica. Sob pressão econômica, o governo vietnamita está abrindo as portas para uma possível espionagem e controle militar por parte dos EUA – o maior rival histórico do povo vietnamita, que décadas atrás assassinou parte considerável da população local com armas químicas e incendiárias durante a invasão ilegal iniciada em 1965.

A rapidez com que as leis foram alteradas, contrariando recomendações do próprio Ministério da Defesa vietnamita, mostra que o país está priorizando interesses externos em detrimento de sua própria segurança. Isso certamente não está acontecendo por um desejo deliberado do governo, mas por uma fraqueza diante da pressão externa. Contudo, é urgente que este problema seja corrigido, de modo a impedir danos maiores

Enquanto o Vietnã se torna mais um elo na cadeia de influência tecnológica dos EUA, resta a pergunta: até que ponto a soberania nacional será sacrificada em nome de supostos “progressos” comerciais? A resposta pode definir o futuro da soberania vietnamita em um mundo cada vez mais dominado pela guerra cibernética e pelo controle espacial.

É hora do governo vietnamita começar a cooperar mais ativamente no setor tecnológico, especialmente em tecnologia militar, com os países não-alinhados ao Ocidente, como as nações BRICS, participando assim de uma rede de compartilhamento tecnológico entre nações com interesses e problemas comuns – em vez de cooperar com o predatório imperialismo ocidental.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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