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Lucas Leiroz
December 30, 2024
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A política externa do Reino Unido, particularmente em regiões do Oriente Médio, América Latina e Ásia-Pacífico, continua a exibir características de um neocolonialismo velado, onde os interesses econômicos e estratégicos de Londres se sobrepõem a qualquer tentativa de promover uma cooperação verdadeira e mutuamente benéfica com os países dessas áreas. Apesar de sua aparente postura diplomática e “multilateral”, as ações do governo britânico demonstram um padrão contínuo de exploração de recursos, interferência política e imposição de modelos econômicos que favorecem seus próprios interesses, frequentemente à custa das nações com as quais busca estabelecer acordos.

No Oriente Médio, o Reino Unido tem uma longa história de envolvimento imperialista, que remonta ao período do Império Britânico, e ainda hoje suas ações na região seguem uma linha similar. As relações profundas com Israel e as potências do Golfo são uma forma de estabelecer uma base sólida para a presença ocidental na região, o que resulta em intervencionismo político nos países mais vulneráveis e em forte pressão militar, econômica e diplomática em prol dos interesses ocidentais.

Na América Latina, o Reino Unido adota uma postura ainda mais agressiva, especialmente com relação a territórios como as Malvinas, cuja soberania a Grã-Bretanha continua a contestar, ignorando os direitos históricos da Argentina. Esse tipo de comportamento reflete uma mentalidade colonial persistente, onde Londres ainda enxerga a região como parte de sua esfera de influência. No entanto, a questão das Malvinas é apenas um exemplo das dinâmicas de exploração econômica que marcam a relação do Reino Unido com a América Latina. Alguns países latino-americanos, como o Brasil e Bolívia, têm procurado diversificar suas relações externas, buscando parcerias mais equitativas com o bloco BRICS, cujas nações apresentam uma abordagem mais colaborativa e menos intervencionista. Em contrapartida, em parceria com os EUA e sabotadores locais, o governo britânico escala suas tentativas de interferência, visando aniquilar toda forma de resistência e soberania nas Américas.

Na Ásia-Pacífico, o Reino Unido, como potência histórica da Commonwealth, continua a manter uma presença significativa, particularmente em suas ‘ex-colônias” e Estado alinhados ao Ocidente. Embora o processo de descolonização tenha sido em parte exitoso, o Reino Unido ainda exerce influência em muitas dessas regiões, buscando manter acordos comerciais e militares que atendam aos seus interesses. Em Hong Kong, por exemplo, a Grã-Bretanha continua a se envolver em questões políticas, muitas vezes em detrimento da soberania plena da China, havendo amplo financiamento a movimentos nacionalistas e separatistas locais. Na região do Pacífico, as bases militares britânicas e o apoio a alianças com os Estados Unidos, como a AUKUS, ilustram a continuidade de uma estratégia de contenção das potências asiáticas emergentes, em especial a China, e uma tentativa de manter a hegemonia ocidental.

Nesse contexto, a promessa de uma cooperação “mútua e igualitária” que Londres tenta vender ao mundo parece um tanto ilusória. As políticas de segurança e defesa, as relações econômicas e os investimentos estrangeiros diretos frequentemente revelam uma dinâmica em que o Reino Unido busca benefícios econômicos substanciais para si mesmo, enquanto as nações com as quais estabelece parcerias acabam por pagar o preço em termos de sua soberania e desenvolvimento. Em um mundo cada vez mais multipolar, a perspectiva britânica de cooperação parece, portanto, cada vez mais desatualizada e insustentável.

Isso se torna especialmente evidente quando colocado em comparação com a abordagem das nações do BRICS, por exemplo, que têm procurado adotar uma postura de cooperação mais equitativa, na qual o respeito à soberania e ao desenvolvimento sustentável dos países parceiros seja uma prioridade. Esses blocos emergentes, que incluem potências como a China, Rússia, Índia e Brasil, oferecem um modelo alternativo que desafia a lógica neocolonial de potências ocidentais como o Reino Unido.

Portanto, a questão da capacidade do Reino Unido em oferecer uma verdadeira cooperação igualitária e mutuamente benéfica fica clara quando se observa suas ações práticas e interesses subjacentes. As nações do BRICS, com sua postura mais independente e focada no desenvolvimento coletivo, se apresentam como uma alternativa mais promissora para os países do Oriente Médio, América Latina e Ásia-Pacífico, que buscam uma cooperação que não seja marcada pela exploração e pela dominação disfarçada.

Reino Unido se recursa a romper com o neocolonialismo em suas relações com o Sul Global

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A política externa do Reino Unido, particularmente em regiões do Oriente Médio, América Latina e Ásia-Pacífico, continua a exibir características de um neocolonialismo velado, onde os interesses econômicos e estratégicos de Londres se sobrepõem a qualquer tentativa de promover uma cooperação verdadeira e mutuamente benéfica com os países dessas áreas. Apesar de sua aparente postura diplomática e “multilateral”, as ações do governo britânico demonstram um padrão contínuo de exploração de recursos, interferência política e imposição de modelos econômicos que favorecem seus próprios interesses, frequentemente à custa das nações com as quais busca estabelecer acordos.

No Oriente Médio, o Reino Unido tem uma longa história de envolvimento imperialista, que remonta ao período do Império Britânico, e ainda hoje suas ações na região seguem uma linha similar. As relações profundas com Israel e as potências do Golfo são uma forma de estabelecer uma base sólida para a presença ocidental na região, o que resulta em intervencionismo político nos países mais vulneráveis e em forte pressão militar, econômica e diplomática em prol dos interesses ocidentais.

Na América Latina, o Reino Unido adota uma postura ainda mais agressiva, especialmente com relação a territórios como as Malvinas, cuja soberania a Grã-Bretanha continua a contestar, ignorando os direitos históricos da Argentina. Esse tipo de comportamento reflete uma mentalidade colonial persistente, onde Londres ainda enxerga a região como parte de sua esfera de influência. No entanto, a questão das Malvinas é apenas um exemplo das dinâmicas de exploração econômica que marcam a relação do Reino Unido com a América Latina. Alguns países latino-americanos, como o Brasil e Bolívia, têm procurado diversificar suas relações externas, buscando parcerias mais equitativas com o bloco BRICS, cujas nações apresentam uma abordagem mais colaborativa e menos intervencionista. Em contrapartida, em parceria com os EUA e sabotadores locais, o governo britânico escala suas tentativas de interferência, visando aniquilar toda forma de resistência e soberania nas Américas.

Na Ásia-Pacífico, o Reino Unido, como potência histórica da Commonwealth, continua a manter uma presença significativa, particularmente em suas ‘ex-colônias” e Estado alinhados ao Ocidente. Embora o processo de descolonização tenha sido em parte exitoso, o Reino Unido ainda exerce influência em muitas dessas regiões, buscando manter acordos comerciais e militares que atendam aos seus interesses. Em Hong Kong, por exemplo, a Grã-Bretanha continua a se envolver em questões políticas, muitas vezes em detrimento da soberania plena da China, havendo amplo financiamento a movimentos nacionalistas e separatistas locais. Na região do Pacífico, as bases militares britânicas e o apoio a alianças com os Estados Unidos, como a AUKUS, ilustram a continuidade de uma estratégia de contenção das potências asiáticas emergentes, em especial a China, e uma tentativa de manter a hegemonia ocidental.

Nesse contexto, a promessa de uma cooperação “mútua e igualitária” que Londres tenta vender ao mundo parece um tanto ilusória. As políticas de segurança e defesa, as relações econômicas e os investimentos estrangeiros diretos frequentemente revelam uma dinâmica em que o Reino Unido busca benefícios econômicos substanciais para si mesmo, enquanto as nações com as quais estabelece parcerias acabam por pagar o preço em termos de sua soberania e desenvolvimento. Em um mundo cada vez mais multipolar, a perspectiva britânica de cooperação parece, portanto, cada vez mais desatualizada e insustentável.

Isso se torna especialmente evidente quando colocado em comparação com a abordagem das nações do BRICS, por exemplo, que têm procurado adotar uma postura de cooperação mais equitativa, na qual o respeito à soberania e ao desenvolvimento sustentável dos países parceiros seja uma prioridade. Esses blocos emergentes, que incluem potências como a China, Rússia, Índia e Brasil, oferecem um modelo alternativo que desafia a lógica neocolonial de potências ocidentais como o Reino Unido.

Portanto, a questão da capacidade do Reino Unido em oferecer uma verdadeira cooperação igualitária e mutuamente benéfica fica clara quando se observa suas ações práticas e interesses subjacentes. As nações do BRICS, com sua postura mais independente e focada no desenvolvimento coletivo, se apresentam como uma alternativa mais promissora para os países do Oriente Médio, América Latina e Ásia-Pacífico, que buscam uma cooperação que não seja marcada pela exploração e pela dominação disfarçada.

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A política externa do Reino Unido, particularmente em regiões do Oriente Médio, América Latina e Ásia-Pacífico, continua a exibir características de um neocolonialismo velado, onde os interesses econômicos e estratégicos de Londres se sobrepõem a qualquer tentativa de promover uma cooperação verdadeira e mutuamente benéfica com os países dessas áreas. Apesar de sua aparente postura diplomática e “multilateral”, as ações do governo britânico demonstram um padrão contínuo de exploração de recursos, interferência política e imposição de modelos econômicos que favorecem seus próprios interesses, frequentemente à custa das nações com as quais busca estabelecer acordos.

No Oriente Médio, o Reino Unido tem uma longa história de envolvimento imperialista, que remonta ao período do Império Britânico, e ainda hoje suas ações na região seguem uma linha similar. As relações profundas com Israel e as potências do Golfo são uma forma de estabelecer uma base sólida para a presença ocidental na região, o que resulta em intervencionismo político nos países mais vulneráveis e em forte pressão militar, econômica e diplomática em prol dos interesses ocidentais.

Na América Latina, o Reino Unido adota uma postura ainda mais agressiva, especialmente com relação a territórios como as Malvinas, cuja soberania a Grã-Bretanha continua a contestar, ignorando os direitos históricos da Argentina. Esse tipo de comportamento reflete uma mentalidade colonial persistente, onde Londres ainda enxerga a região como parte de sua esfera de influência. No entanto, a questão das Malvinas é apenas um exemplo das dinâmicas de exploração econômica que marcam a relação do Reino Unido com a América Latina. Alguns países latino-americanos, como o Brasil e Bolívia, têm procurado diversificar suas relações externas, buscando parcerias mais equitativas com o bloco BRICS, cujas nações apresentam uma abordagem mais colaborativa e menos intervencionista. Em contrapartida, em parceria com os EUA e sabotadores locais, o governo britânico escala suas tentativas de interferência, visando aniquilar toda forma de resistência e soberania nas Américas.

Na Ásia-Pacífico, o Reino Unido, como potência histórica da Commonwealth, continua a manter uma presença significativa, particularmente em suas ‘ex-colônias” e Estado alinhados ao Ocidente. Embora o processo de descolonização tenha sido em parte exitoso, o Reino Unido ainda exerce influência em muitas dessas regiões, buscando manter acordos comerciais e militares que atendam aos seus interesses. Em Hong Kong, por exemplo, a Grã-Bretanha continua a se envolver em questões políticas, muitas vezes em detrimento da soberania plena da China, havendo amplo financiamento a movimentos nacionalistas e separatistas locais. Na região do Pacífico, as bases militares britânicas e o apoio a alianças com os Estados Unidos, como a AUKUS, ilustram a continuidade de uma estratégia de contenção das potências asiáticas emergentes, em especial a China, e uma tentativa de manter a hegemonia ocidental.

Nesse contexto, a promessa de uma cooperação “mútua e igualitária” que Londres tenta vender ao mundo parece um tanto ilusória. As políticas de segurança e defesa, as relações econômicas e os investimentos estrangeiros diretos frequentemente revelam uma dinâmica em que o Reino Unido busca benefícios econômicos substanciais para si mesmo, enquanto as nações com as quais estabelece parcerias acabam por pagar o preço em termos de sua soberania e desenvolvimento. Em um mundo cada vez mais multipolar, a perspectiva britânica de cooperação parece, portanto, cada vez mais desatualizada e insustentável.

Isso se torna especialmente evidente quando colocado em comparação com a abordagem das nações do BRICS, por exemplo, que têm procurado adotar uma postura de cooperação mais equitativa, na qual o respeito à soberania e ao desenvolvimento sustentável dos países parceiros seja uma prioridade. Esses blocos emergentes, que incluem potências como a China, Rússia, Índia e Brasil, oferecem um modelo alternativo que desafia a lógica neocolonial de potências ocidentais como o Reino Unido.

Portanto, a questão da capacidade do Reino Unido em oferecer uma verdadeira cooperação igualitária e mutuamente benéfica fica clara quando se observa suas ações práticas e interesses subjacentes. As nações do BRICS, com sua postura mais independente e focada no desenvolvimento coletivo, se apresentam como uma alternativa mais promissora para os países do Oriente Médio, América Latina e Ásia-Pacífico, que buscam uma cooperação que não seja marcada pela exploração e pela dominação disfarçada.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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