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October 5, 2025
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Regressados que estamos ao mundo da realpolitik e abandonado o mundo do wishful thinking das nebulosas plataformas multilaterais onde era fácil fazer passar forças por fraquezas e fraquezas por forças, frente aos projectores da luz crua da realidade as coisas finalmente surgem como são: uma von der Leyen em romaria ao campo de golfe de Trump na Escócia a dar tudo sem nada pedir em troca porque só se negoceia quando se tem força para tal.

Diogo Pacheco DE AMORIM

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Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Porque von der Leyen sabia bem que a coreografia frenética de Macron, Merz ou Starmer a viajarem de um lado para a o outro e a encontrarem-se a todo o dia e a toda a hora só os enganava a eles mesmos. Porque no fundo de tudo, de tudo mesmo, contas feitas, a europa hoje vale o que vale: próximo do zero

“A Europa Ocidental é o novo equivalente da URSS – construída sobre dívida, desligada da realidade, ineficiente e irresponsável.O dinheiro gratuito substituiu a produção. A redistribuição tomou o lugar da ambição. Durante décadas, a Europa Ocidental viveu num delírio sustentado por crédito barato, artifícios fiscais e pelo mito de uma estabilidade eterna. O resultado não é uma economia moderna – é uma ilusão gerida.

A burocracia multiplica-se. A responsabilidade desvanece-se. Os governos já não lideram – limitam-se a administrar a entropia. Cada problema é enfrentado com um subsídio. Cada fracasso, com um resgate. A dívida já não é uma emergência – é o modelo de negócio.

Tal como a URSS, a Europa Ocidental disfarça o declínio com números: PIB inflacionado pelo gasto público, emprego sustentado por trabalhos artificiais, crescimento substituído por manipulação estatística. Ninguém acredita verdadeiramente no sistema – mas todos dele dependem em demasia para o mudar.O Estado expande-se. A iniciativa privada retrai-se. Os cidadãos tornam-se clientes. E, por baixo de tudo, subterraneamente, desenrola-se um colapso silencioso – da indústria, da confiança, da capacidade elementar de adaptação.

Isto não terminará com estrondo. Terminará como a URSS: lentamente, absurdamente, e de repente.”

De Daniel Foubert, um geo-economista franco-polaco. É uma longa transcrição, retirada das redes, mas de tal forma é exacto e preciso o diagnóstico que não resisti à tentação de o deixar aqui. Porque é contra isto que os partidos de Direita conservadora da europa se batem. Como é para defender esta ilusão mortal e o modelo em que assentam a sua sobrevivência que os partidos do sistema desesperadamente se batem contra os partidos da Direita conservadora.

Chega, Vox, RN, todos estes partidos querem reconstruir a europa sobre as bases sólidas que foram, milenarmente as nossas. Os povos europeus, com aquele instinto de sobrevivência que foi sempre o seu, apoiam-nos. Mas todos aqueles que tomaram de assalto, a partir dos anos 60, as universidades, o mundo dito “da cultura” e as redacções dos meios de comunicação e, a partir destas cidadelas, o poder político, resistem. Para impedir que os partidos da direita conservadora cheguem ao poder, congeminam as mais improváveis coligações negativas. O que leva a governos incapazes de avançar dois passos consecutivos que seja na mesma direcção. O que, por sua vez, agrava mais ainda a situação já de si dramática que europa para si própria construiu nas últimas largas dezenas de anos.Ainda iremos a tempo de reverter este desastre? Só o futuro o dirá.

Publicado originalmente por  Sapo

A Europa Ocidental é o novo equivalente da URSS

Regressados que estamos ao mundo da realpolitik e abandonado o mundo do wishful thinking das nebulosas plataformas multilaterais onde era fácil fazer passar forças por fraquezas e fraquezas por forças, frente aos projectores da luz crua da realidade as coisas finalmente surgem como são: uma von der Leyen em romaria ao campo de golfe de Trump na Escócia a dar tudo sem nada pedir em troca porque só se negoceia quando se tem força para tal.

Diogo Pacheco DE AMORIM

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Porque von der Leyen sabia bem que a coreografia frenética de Macron, Merz ou Starmer a viajarem de um lado para a o outro e a encontrarem-se a todo o dia e a toda a hora só os enganava a eles mesmos. Porque no fundo de tudo, de tudo mesmo, contas feitas, a europa hoje vale o que vale: próximo do zero

“A Europa Ocidental é o novo equivalente da URSS – construída sobre dívida, desligada da realidade, ineficiente e irresponsável.O dinheiro gratuito substituiu a produção. A redistribuição tomou o lugar da ambição. Durante décadas, a Europa Ocidental viveu num delírio sustentado por crédito barato, artifícios fiscais e pelo mito de uma estabilidade eterna. O resultado não é uma economia moderna – é uma ilusão gerida.

A burocracia multiplica-se. A responsabilidade desvanece-se. Os governos já não lideram – limitam-se a administrar a entropia. Cada problema é enfrentado com um subsídio. Cada fracasso, com um resgate. A dívida já não é uma emergência – é o modelo de negócio.

Tal como a URSS, a Europa Ocidental disfarça o declínio com números: PIB inflacionado pelo gasto público, emprego sustentado por trabalhos artificiais, crescimento substituído por manipulação estatística. Ninguém acredita verdadeiramente no sistema – mas todos dele dependem em demasia para o mudar.O Estado expande-se. A iniciativa privada retrai-se. Os cidadãos tornam-se clientes. E, por baixo de tudo, subterraneamente, desenrola-se um colapso silencioso – da indústria, da confiança, da capacidade elementar de adaptação.

Isto não terminará com estrondo. Terminará como a URSS: lentamente, absurdamente, e de repente.”

De Daniel Foubert, um geo-economista franco-polaco. É uma longa transcrição, retirada das redes, mas de tal forma é exacto e preciso o diagnóstico que não resisti à tentação de o deixar aqui. Porque é contra isto que os partidos de Direita conservadora da europa se batem. Como é para defender esta ilusão mortal e o modelo em que assentam a sua sobrevivência que os partidos do sistema desesperadamente se batem contra os partidos da Direita conservadora.

Chega, Vox, RN, todos estes partidos querem reconstruir a europa sobre as bases sólidas que foram, milenarmente as nossas. Os povos europeus, com aquele instinto de sobrevivência que foi sempre o seu, apoiam-nos. Mas todos aqueles que tomaram de assalto, a partir dos anos 60, as universidades, o mundo dito “da cultura” e as redacções dos meios de comunicação e, a partir destas cidadelas, o poder político, resistem. Para impedir que os partidos da direita conservadora cheguem ao poder, congeminam as mais improváveis coligações negativas. O que leva a governos incapazes de avançar dois passos consecutivos que seja na mesma direcção. O que, por sua vez, agrava mais ainda a situação já de si dramática que europa para si própria construiu nas últimas largas dezenas de anos.Ainda iremos a tempo de reverter este desastre? Só o futuro o dirá.

Publicado originalmente por  Sapo

Regressados que estamos ao mundo da realpolitik e abandonado o mundo do wishful thinking das nebulosas plataformas multilaterais onde era fácil fazer passar forças por fraquezas e fraquezas por forças, frente aos projectores da luz crua da realidade as coisas finalmente surgem como são: uma von der Leyen em romaria ao campo de golfe de Trump na Escócia a dar tudo sem nada pedir em troca porque só se negoceia quando se tem força para tal.

Diogo Pacheco DE AMORIM

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Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Porque von der Leyen sabia bem que a coreografia frenética de Macron, Merz ou Starmer a viajarem de um lado para a o outro e a encontrarem-se a todo o dia e a toda a hora só os enganava a eles mesmos. Porque no fundo de tudo, de tudo mesmo, contas feitas, a europa hoje vale o que vale: próximo do zero

“A Europa Ocidental é o novo equivalente da URSS – construída sobre dívida, desligada da realidade, ineficiente e irresponsável.O dinheiro gratuito substituiu a produção. A redistribuição tomou o lugar da ambição. Durante décadas, a Europa Ocidental viveu num delírio sustentado por crédito barato, artifícios fiscais e pelo mito de uma estabilidade eterna. O resultado não é uma economia moderna – é uma ilusão gerida.

A burocracia multiplica-se. A responsabilidade desvanece-se. Os governos já não lideram – limitam-se a administrar a entropia. Cada problema é enfrentado com um subsídio. Cada fracasso, com um resgate. A dívida já não é uma emergência – é o modelo de negócio.

Tal como a URSS, a Europa Ocidental disfarça o declínio com números: PIB inflacionado pelo gasto público, emprego sustentado por trabalhos artificiais, crescimento substituído por manipulação estatística. Ninguém acredita verdadeiramente no sistema – mas todos dele dependem em demasia para o mudar.O Estado expande-se. A iniciativa privada retrai-se. Os cidadãos tornam-se clientes. E, por baixo de tudo, subterraneamente, desenrola-se um colapso silencioso – da indústria, da confiança, da capacidade elementar de adaptação.

Isto não terminará com estrondo. Terminará como a URSS: lentamente, absurdamente, e de repente.”

De Daniel Foubert, um geo-economista franco-polaco. É uma longa transcrição, retirada das redes, mas de tal forma é exacto e preciso o diagnóstico que não resisti à tentação de o deixar aqui. Porque é contra isto que os partidos de Direita conservadora da europa se batem. Como é para defender esta ilusão mortal e o modelo em que assentam a sua sobrevivência que os partidos do sistema desesperadamente se batem contra os partidos da Direita conservadora.

Chega, Vox, RN, todos estes partidos querem reconstruir a europa sobre as bases sólidas que foram, milenarmente as nossas. Os povos europeus, com aquele instinto de sobrevivência que foi sempre o seu, apoiam-nos. Mas todos aqueles que tomaram de assalto, a partir dos anos 60, as universidades, o mundo dito “da cultura” e as redacções dos meios de comunicação e, a partir destas cidadelas, o poder político, resistem. Para impedir que os partidos da direita conservadora cheguem ao poder, congeminam as mais improváveis coligações negativas. O que leva a governos incapazes de avançar dois passos consecutivos que seja na mesma direcção. O que, por sua vez, agrava mais ainda a situação já de si dramática que europa para si própria construiu nas últimas largas dezenas de anos.Ainda iremos a tempo de reverter este desastre? Só o futuro o dirá.

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The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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September 7, 2025

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