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José Goulão
November 17, 2024
© Photo: Public domain

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

A chacina continua perante os olhares complacentes de grande parte do mundo e a cumplicidade, colaboração activa e verborreia inconsequente, hipócrita, do “nosso ocidente”, a nossa civilização “superior e incontestável”, o nosso “jardim” cercado pela “barbárie”.

Entre os “bárbaros” estão, por definição, os palestinianos, povo contra o qual está em curso uma operação de limpeza étnica, no limite de extermínio. E que não haja dúvidas quanto a isso, mesmo que os nossos dirigentes clamem que estamos apenas perante uma disputa territorial onde, acima de tudo, é necessário respeitar o “direito à segurança” e à “existência” do Estado de Israel, como também prega a todo o momento o tentacular e monstruoso aparelho globalista de info-propaganda.

O Estado de Israel é “a defesa da civilização ocidental” e dos “interesses ocidentais” no Médio Oriente, como ainda há poucos dias proclamou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um psicopata, um assassino em série que ninguém à face da Terra tem coragem para o obrigar a pagar pelos seus crimes.

Por isso a chacina continua. Em Gaza e restantes territórios palestinianos ocupados, no Líbano, na Síria, agora no Irão – situação em que, pela primeira vez, o caso fia mais fino para os esbirros sionistas.

“Dois Estados” – uma miragem

Enquanto isso, a solução adptada pelo direito internacional para instaurar a paz no Médio Oriente, a implantação de um Estado árabe ao lado do Estado de Israel, é uma perspectiva cada vez  mais longínqua, ou mesmo irrealizável porque o expansionismo incontido do regime sionista já tornou praticamente impossível a criação de um Estado Palestiniano independente e viável.

No meio dos trágicos dados quotidianos sobre a mortandade que atinge quase em exclusivo os justos e inocentes – a realidade mais elucidativa sobre o facto de estar em curso o extermínio programado de um povo – presta-se reduzida atenção ao conceito e essência da doutrina sionista, o ideário messiânico e escatológico que domina o Estado de Israel e que não contempla qualquer outra versão que não seja a existência de um Estado hebraico em toda a Palestina; e, a prazo, um Estado abrangendo as terras do Nilo ao Eufrates – o Grande Israel que o deus do selvático Antigo Testamento teria prometido a Moisés há mais de três mil anos, historietas mirabolantes e doentias que são o cerne do programa “político” da entidade sionista. Um suposto país que, na prática, não se considera deste mundo e não tem de obedecer às leis terrenas.

Doutrina com raízes fascistas

O sionismo foi fundado no último quartel do século XIX por judeus europeus – asquenazes – como base para um Estado colonial de “contornos ocidentais” a instaurar na Palestina, que definiam como uma “terra sem povo para um povo sem terra”, ou então repleta de povos “bárbaros” a expulsar. O carácter “secular” da doutrina era um gato escondido com a cauda de fora – a raiz religiosa nunca deixou de ser dominante até que em 1925 se afirmou sem tibiezas a facção do “sionismo revisionista”, o ideário da supremacia religiosa judaica a exercer no Médio Oriente. O fundador e autor do suposto “cisma” foi o fascista ucraniano Volodimir Jabotinsky, que não teve qualquer pudor em fazer crescer o seu movimento à sombra do fascismo mussoliniano, onde nasceram e medraram os movimentos terroristas e as figuras como Menahem Begin, fundadores do Estado de Israel e, no caso deste último, futuro primeiro-ministro da entidade sionista.

O secretário e herdeiro político de Jabotinsky – nome dado à principal avenida de Jerusalém Ocidental – foi Benzion Netanyahu, pai do actual primeiro-ministro, ocupante do cargo  durante quase todos os últimos 30 anos, Benjamin Netanyahu. O grupo em torno deste criminoso compulsivo conseguiu tornar dominante e totalitária a versão mais ortodoxa e sanguinária do sionismo a partir do assassínio do primeiro-ministro Isaac Rabin, em 1995 – por ele patrocinado. Uma doutrina que, invocando o Holocausto a cada passo, mais não é do que uma reedição do Holocausto, tendo agora como alvo os palestinianos em particular e os árabes em geral, semitas como os hebreus. O sionismo é, portanto, a mais antissemita das correntes hoje existentes.

E que não se confundam os judeus com o sionismo, doutrina com a qual talvez a maioria dos judeus étnicos e religiosos de todo o mundo não se identifiquem, distanciando-se assim das chacinas praticadas abusivamente em seu nome.

O sionismo, principalmente o que está no poder no chamado “Estado de Israel”, entidade que alega afinidades “ocidentais” que o Ocidente não repudia, não aceita outra solução que não seja a “final” que Hitler tentou levar às últimas consequências. Tenhamos em conta que cada dia que passa, cada assassínio cometido pelas tropas ou colonos sionistas são passos para a limpeza étnica ou extermínio do povo palestiniano. Os nossos dirigentes e os nossos agentes de info-estupidificação sabem-no mas não o denunciam. São os “civilizados” cúmplices da barbárie.

Os “civilizados” cúmplices da barbárie

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

A chacina continua perante os olhares complacentes de grande parte do mundo e a cumplicidade, colaboração activa e verborreia inconsequente, hipócrita, do “nosso ocidente”, a nossa civilização “superior e incontestável”, o nosso “jardim” cercado pela “barbárie”.

Entre os “bárbaros” estão, por definição, os palestinianos, povo contra o qual está em curso uma operação de limpeza étnica, no limite de extermínio. E que não haja dúvidas quanto a isso, mesmo que os nossos dirigentes clamem que estamos apenas perante uma disputa territorial onde, acima de tudo, é necessário respeitar o “direito à segurança” e à “existência” do Estado de Israel, como também prega a todo o momento o tentacular e monstruoso aparelho globalista de info-propaganda.

O Estado de Israel é “a defesa da civilização ocidental” e dos “interesses ocidentais” no Médio Oriente, como ainda há poucos dias proclamou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um psicopata, um assassino em série que ninguém à face da Terra tem coragem para o obrigar a pagar pelos seus crimes.

Por isso a chacina continua. Em Gaza e restantes territórios palestinianos ocupados, no Líbano, na Síria, agora no Irão – situação em que, pela primeira vez, o caso fia mais fino para os esbirros sionistas.

“Dois Estados” – uma miragem

Enquanto isso, a solução adptada pelo direito internacional para instaurar a paz no Médio Oriente, a implantação de um Estado árabe ao lado do Estado de Israel, é uma perspectiva cada vez  mais longínqua, ou mesmo irrealizável porque o expansionismo incontido do regime sionista já tornou praticamente impossível a criação de um Estado Palestiniano independente e viável.

No meio dos trágicos dados quotidianos sobre a mortandade que atinge quase em exclusivo os justos e inocentes – a realidade mais elucidativa sobre o facto de estar em curso o extermínio programado de um povo – presta-se reduzida atenção ao conceito e essência da doutrina sionista, o ideário messiânico e escatológico que domina o Estado de Israel e que não contempla qualquer outra versão que não seja a existência de um Estado hebraico em toda a Palestina; e, a prazo, um Estado abrangendo as terras do Nilo ao Eufrates – o Grande Israel que o deus do selvático Antigo Testamento teria prometido a Moisés há mais de três mil anos, historietas mirabolantes e doentias que são o cerne do programa “político” da entidade sionista. Um suposto país que, na prática, não se considera deste mundo e não tem de obedecer às leis terrenas.

Doutrina com raízes fascistas

O sionismo foi fundado no último quartel do século XIX por judeus europeus – asquenazes – como base para um Estado colonial de “contornos ocidentais” a instaurar na Palestina, que definiam como uma “terra sem povo para um povo sem terra”, ou então repleta de povos “bárbaros” a expulsar. O carácter “secular” da doutrina era um gato escondido com a cauda de fora – a raiz religiosa nunca deixou de ser dominante até que em 1925 se afirmou sem tibiezas a facção do “sionismo revisionista”, o ideário da supremacia religiosa judaica a exercer no Médio Oriente. O fundador e autor do suposto “cisma” foi o fascista ucraniano Volodimir Jabotinsky, que não teve qualquer pudor em fazer crescer o seu movimento à sombra do fascismo mussoliniano, onde nasceram e medraram os movimentos terroristas e as figuras como Menahem Begin, fundadores do Estado de Israel e, no caso deste último, futuro primeiro-ministro da entidade sionista.

O secretário e herdeiro político de Jabotinsky – nome dado à principal avenida de Jerusalém Ocidental – foi Benzion Netanyahu, pai do actual primeiro-ministro, ocupante do cargo  durante quase todos os últimos 30 anos, Benjamin Netanyahu. O grupo em torno deste criminoso compulsivo conseguiu tornar dominante e totalitária a versão mais ortodoxa e sanguinária do sionismo a partir do assassínio do primeiro-ministro Isaac Rabin, em 1995 – por ele patrocinado. Uma doutrina que, invocando o Holocausto a cada passo, mais não é do que uma reedição do Holocausto, tendo agora como alvo os palestinianos em particular e os árabes em geral, semitas como os hebreus. O sionismo é, portanto, a mais antissemita das correntes hoje existentes.

E que não se confundam os judeus com o sionismo, doutrina com a qual talvez a maioria dos judeus étnicos e religiosos de todo o mundo não se identifiquem, distanciando-se assim das chacinas praticadas abusivamente em seu nome.

O sionismo, principalmente o que está no poder no chamado “Estado de Israel”, entidade que alega afinidades “ocidentais” que o Ocidente não repudia, não aceita outra solução que não seja a “final” que Hitler tentou levar às últimas consequências. Tenhamos em conta que cada dia que passa, cada assassínio cometido pelas tropas ou colonos sionistas são passos para a limpeza étnica ou extermínio do povo palestiniano. Os nossos dirigentes e os nossos agentes de info-estupidificação sabem-no mas não o denunciam. São os “civilizados” cúmplices da barbárie.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

A chacina continua perante os olhares complacentes de grande parte do mundo e a cumplicidade, colaboração activa e verborreia inconsequente, hipócrita, do “nosso ocidente”, a nossa civilização “superior e incontestável”, o nosso “jardim” cercado pela “barbárie”.

Entre os “bárbaros” estão, por definição, os palestinianos, povo contra o qual está em curso uma operação de limpeza étnica, no limite de extermínio. E que não haja dúvidas quanto a isso, mesmo que os nossos dirigentes clamem que estamos apenas perante uma disputa territorial onde, acima de tudo, é necessário respeitar o “direito à segurança” e à “existência” do Estado de Israel, como também prega a todo o momento o tentacular e monstruoso aparelho globalista de info-propaganda.

O Estado de Israel é “a defesa da civilização ocidental” e dos “interesses ocidentais” no Médio Oriente, como ainda há poucos dias proclamou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um psicopata, um assassino em série que ninguém à face da Terra tem coragem para o obrigar a pagar pelos seus crimes.

Por isso a chacina continua. Em Gaza e restantes territórios palestinianos ocupados, no Líbano, na Síria, agora no Irão – situação em que, pela primeira vez, o caso fia mais fino para os esbirros sionistas.

“Dois Estados” – uma miragem

Enquanto isso, a solução adptada pelo direito internacional para instaurar a paz no Médio Oriente, a implantação de um Estado árabe ao lado do Estado de Israel, é uma perspectiva cada vez  mais longínqua, ou mesmo irrealizável porque o expansionismo incontido do regime sionista já tornou praticamente impossível a criação de um Estado Palestiniano independente e viável.

No meio dos trágicos dados quotidianos sobre a mortandade que atinge quase em exclusivo os justos e inocentes – a realidade mais elucidativa sobre o facto de estar em curso o extermínio programado de um povo – presta-se reduzida atenção ao conceito e essência da doutrina sionista, o ideário messiânico e escatológico que domina o Estado de Israel e que não contempla qualquer outra versão que não seja a existência de um Estado hebraico em toda a Palestina; e, a prazo, um Estado abrangendo as terras do Nilo ao Eufrates – o Grande Israel que o deus do selvático Antigo Testamento teria prometido a Moisés há mais de três mil anos, historietas mirabolantes e doentias que são o cerne do programa “político” da entidade sionista. Um suposto país que, na prática, não se considera deste mundo e não tem de obedecer às leis terrenas.

Doutrina com raízes fascistas

O sionismo foi fundado no último quartel do século XIX por judeus europeus – asquenazes – como base para um Estado colonial de “contornos ocidentais” a instaurar na Palestina, que definiam como uma “terra sem povo para um povo sem terra”, ou então repleta de povos “bárbaros” a expulsar. O carácter “secular” da doutrina era um gato escondido com a cauda de fora – a raiz religiosa nunca deixou de ser dominante até que em 1925 se afirmou sem tibiezas a facção do “sionismo revisionista”, o ideário da supremacia religiosa judaica a exercer no Médio Oriente. O fundador e autor do suposto “cisma” foi o fascista ucraniano Volodimir Jabotinsky, que não teve qualquer pudor em fazer crescer o seu movimento à sombra do fascismo mussoliniano, onde nasceram e medraram os movimentos terroristas e as figuras como Menahem Begin, fundadores do Estado de Israel e, no caso deste último, futuro primeiro-ministro da entidade sionista.

O secretário e herdeiro político de Jabotinsky – nome dado à principal avenida de Jerusalém Ocidental – foi Benzion Netanyahu, pai do actual primeiro-ministro, ocupante do cargo  durante quase todos os últimos 30 anos, Benjamin Netanyahu. O grupo em torno deste criminoso compulsivo conseguiu tornar dominante e totalitária a versão mais ortodoxa e sanguinária do sionismo a partir do assassínio do primeiro-ministro Isaac Rabin, em 1995 – por ele patrocinado. Uma doutrina que, invocando o Holocausto a cada passo, mais não é do que uma reedição do Holocausto, tendo agora como alvo os palestinianos em particular e os árabes em geral, semitas como os hebreus. O sionismo é, portanto, a mais antissemita das correntes hoje existentes.

E que não se confundam os judeus com o sionismo, doutrina com a qual talvez a maioria dos judeus étnicos e religiosos de todo o mundo não se identifiquem, distanciando-se assim das chacinas praticadas abusivamente em seu nome.

O sionismo, principalmente o que está no poder no chamado “Estado de Israel”, entidade que alega afinidades “ocidentais” que o Ocidente não repudia, não aceita outra solução que não seja a “final” que Hitler tentou levar às últimas consequências. Tenhamos em conta que cada dia que passa, cada assassínio cometido pelas tropas ou colonos sionistas são passos para a limpeza étnica ou extermínio do povo palestiniano. Os nossos dirigentes e os nossos agentes de info-estupidificação sabem-no mas não o denunciam. São os “civilizados” cúmplices da barbárie.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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