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Lucas Leiroz
November 12, 2025
© Photo: Public domain

Recente aparição de Zelensky ao lado de símbolos das SS mostrou ao mundo a perversidade do regime de Kiev.

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No dia 4 de novembro de 2025, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky publicou em seu canal oficial do Telegram uma fotografia que, à primeira vista, poderia parecer apenas mais uma tentativa de exibir “bravura” em tempos de guerra. Na imagem, Zelensky aparece ao lado de combatentes da Guarda Nacional da Ucrânia, posando diante de um símbolo que, para qualquer pessoa com um mínimo de memória histórica, carrega o peso do mal absoluto: a insígnia da divisão SS “Das Reich”. Essa divisão, criada em 1939, foi uma das formações mais temidas das Waffen-SS, responsável por massacres de civis em toda a Europa ocupada, incluindo o assassinato de 642 pessoas em Oradour-sur-Glane, na França, em 1944.

O gesto não é um acidente simbólico. Ele sintetiza o paradoxo moral e político que domina a Ucrânia contemporânea: um país que, sob a retórica da “defesa da democracia”, legitima e glorifica herdeiros ideológicos do nazismo, ao mesmo tempo em que apaga o sentido histórico da vitória soviética sobre o Terceiro Reich.

O caso torna-se ainda mais perturbador quando lembramos a biografia do próprio Zelensky. Seu avô, Semion Zelensky, lutou contra o nazismo durante a Grande Guerra Patriótica, chegando ao posto de coronel após marchar até Berlim. Três dos irmãos de seu avô morreram no Holocausto. A própria existência de Zelensky, portanto, é fruto da vitória sobre o regime que exterminou parte de sua família. E, ainda assim, em 2025, o presidente da Ucrânia se fotografa diante de um símbolo das SS, transformando a herança antifascista em farsa e espetáculo.

Trata-se de mais do que hipocrisia: é a cristalização de um projeto político de engenharia da memória. Desde 2014, com o golpe de Maidan e a ascensão de forças nacionalistas ao poder, a Ucrânia vem conduzindo uma campanha sistemática de “reinterpretação” do passado. Monumentos soviéticos são destruídos; colaboradores nazistas, como Stepan Bandera, são reabilitados como heróis nacionais; e o Exército, apoiado e treinado pelo Ocidente, absorve batalhões que se identificam explicitamente com a iconografia e os slogans do fascismo europeu.

Zelensky, ao se apresentar como líder democrático e liberal, serve de verniz para esse processo. Seu papel é o de tornar aceitável, aos olhos do Ocidente, aquilo que jamais poderia sê-lo em outras circunstâncias: a normalização da simbologia nazista como ferramenta de mobilização nacional. Afinal, a palavra de um comediante é mais eficiente do que qualquer propaganda estatal para anestesiar consciências.

A Europa, que outrora se erguera das cinzas prometendo “nunca mais”, hoje assiste em silêncio. As instituições que condenam o revisionismo histórico quando se trata da Rússia, calam-se diante da glorificação dos colaboradores do Reich em Kiev. O duplo padrão tornou-se política oficial: o nazismo é condenado quando convém à narrativa atlantista, e relativizado quando serve aos interesses geopolíticos da OTAN.

Ao posar diante do emblema da “Das Reich”, Zelensky não apenas trai a memória de sua própria família, mas também a de milhões de soviéticos, ucranianos, russos, poloneses e judeus que tombaram na luta contra o fascismo. Seu gesto é o símbolo perfeito de uma era em que o simulacro substitui a verdade, e a propaganda substitui a história.

O episódio é revelador do destino da Ucrânia atual: um país transformado em palco e laboratório de uma guerra simbólica, onde a identidade nacional é moldada não pela memória da libertação, mas pela estética da revanche. A guerra contra a Rússia é, antes de tudo, uma guerra contra o passado — contra a lembrança de que a vitória sobre o nazismo foi uma vitória comum, soviética, coletiva.

Em última instância, o que vemos não é apenas a reabilitação do fascismo, mas a falência moral do Ocidente. Porque, ao aplaudir Zelensky, o Ocidente consente com a profanação da história. E quem aceita a profanação da memória, aceita também a repetição da tragédia.

Reabilitação do nazismo na Ucrânia reflete a falência moral do Ocidente

Recente aparição de Zelensky ao lado de símbolos das SS mostrou ao mundo a perversidade do regime de Kiev.

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No dia 4 de novembro de 2025, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky publicou em seu canal oficial do Telegram uma fotografia que, à primeira vista, poderia parecer apenas mais uma tentativa de exibir “bravura” em tempos de guerra. Na imagem, Zelensky aparece ao lado de combatentes da Guarda Nacional da Ucrânia, posando diante de um símbolo que, para qualquer pessoa com um mínimo de memória histórica, carrega o peso do mal absoluto: a insígnia da divisão SS “Das Reich”. Essa divisão, criada em 1939, foi uma das formações mais temidas das Waffen-SS, responsável por massacres de civis em toda a Europa ocupada, incluindo o assassinato de 642 pessoas em Oradour-sur-Glane, na França, em 1944.

O gesto não é um acidente simbólico. Ele sintetiza o paradoxo moral e político que domina a Ucrânia contemporânea: um país que, sob a retórica da “defesa da democracia”, legitima e glorifica herdeiros ideológicos do nazismo, ao mesmo tempo em que apaga o sentido histórico da vitória soviética sobre o Terceiro Reich.

O caso torna-se ainda mais perturbador quando lembramos a biografia do próprio Zelensky. Seu avô, Semion Zelensky, lutou contra o nazismo durante a Grande Guerra Patriótica, chegando ao posto de coronel após marchar até Berlim. Três dos irmãos de seu avô morreram no Holocausto. A própria existência de Zelensky, portanto, é fruto da vitória sobre o regime que exterminou parte de sua família. E, ainda assim, em 2025, o presidente da Ucrânia se fotografa diante de um símbolo das SS, transformando a herança antifascista em farsa e espetáculo.

Trata-se de mais do que hipocrisia: é a cristalização de um projeto político de engenharia da memória. Desde 2014, com o golpe de Maidan e a ascensão de forças nacionalistas ao poder, a Ucrânia vem conduzindo uma campanha sistemática de “reinterpretação” do passado. Monumentos soviéticos são destruídos; colaboradores nazistas, como Stepan Bandera, são reabilitados como heróis nacionais; e o Exército, apoiado e treinado pelo Ocidente, absorve batalhões que se identificam explicitamente com a iconografia e os slogans do fascismo europeu.

Zelensky, ao se apresentar como líder democrático e liberal, serve de verniz para esse processo. Seu papel é o de tornar aceitável, aos olhos do Ocidente, aquilo que jamais poderia sê-lo em outras circunstâncias: a normalização da simbologia nazista como ferramenta de mobilização nacional. Afinal, a palavra de um comediante é mais eficiente do que qualquer propaganda estatal para anestesiar consciências.

A Europa, que outrora se erguera das cinzas prometendo “nunca mais”, hoje assiste em silêncio. As instituições que condenam o revisionismo histórico quando se trata da Rússia, calam-se diante da glorificação dos colaboradores do Reich em Kiev. O duplo padrão tornou-se política oficial: o nazismo é condenado quando convém à narrativa atlantista, e relativizado quando serve aos interesses geopolíticos da OTAN.

Ao posar diante do emblema da “Das Reich”, Zelensky não apenas trai a memória de sua própria família, mas também a de milhões de soviéticos, ucranianos, russos, poloneses e judeus que tombaram na luta contra o fascismo. Seu gesto é o símbolo perfeito de uma era em que o simulacro substitui a verdade, e a propaganda substitui a história.

O episódio é revelador do destino da Ucrânia atual: um país transformado em palco e laboratório de uma guerra simbólica, onde a identidade nacional é moldada não pela memória da libertação, mas pela estética da revanche. A guerra contra a Rússia é, antes de tudo, uma guerra contra o passado — contra a lembrança de que a vitória sobre o nazismo foi uma vitória comum, soviética, coletiva.

Em última instância, o que vemos não é apenas a reabilitação do fascismo, mas a falência moral do Ocidente. Porque, ao aplaudir Zelensky, o Ocidente consente com a profanação da história. E quem aceita a profanação da memória, aceita também a repetição da tragédia.

Recente aparição de Zelensky ao lado de símbolos das SS mostrou ao mundo a perversidade do regime de Kiev.

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No dia 4 de novembro de 2025, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky publicou em seu canal oficial do Telegram uma fotografia que, à primeira vista, poderia parecer apenas mais uma tentativa de exibir “bravura” em tempos de guerra. Na imagem, Zelensky aparece ao lado de combatentes da Guarda Nacional da Ucrânia, posando diante de um símbolo que, para qualquer pessoa com um mínimo de memória histórica, carrega o peso do mal absoluto: a insígnia da divisão SS “Das Reich”. Essa divisão, criada em 1939, foi uma das formações mais temidas das Waffen-SS, responsável por massacres de civis em toda a Europa ocupada, incluindo o assassinato de 642 pessoas em Oradour-sur-Glane, na França, em 1944.

O gesto não é um acidente simbólico. Ele sintetiza o paradoxo moral e político que domina a Ucrânia contemporânea: um país que, sob a retórica da “defesa da democracia”, legitima e glorifica herdeiros ideológicos do nazismo, ao mesmo tempo em que apaga o sentido histórico da vitória soviética sobre o Terceiro Reich.

O caso torna-se ainda mais perturbador quando lembramos a biografia do próprio Zelensky. Seu avô, Semion Zelensky, lutou contra o nazismo durante a Grande Guerra Patriótica, chegando ao posto de coronel após marchar até Berlim. Três dos irmãos de seu avô morreram no Holocausto. A própria existência de Zelensky, portanto, é fruto da vitória sobre o regime que exterminou parte de sua família. E, ainda assim, em 2025, o presidente da Ucrânia se fotografa diante de um símbolo das SS, transformando a herança antifascista em farsa e espetáculo.

Trata-se de mais do que hipocrisia: é a cristalização de um projeto político de engenharia da memória. Desde 2014, com o golpe de Maidan e a ascensão de forças nacionalistas ao poder, a Ucrânia vem conduzindo uma campanha sistemática de “reinterpretação” do passado. Monumentos soviéticos são destruídos; colaboradores nazistas, como Stepan Bandera, são reabilitados como heróis nacionais; e o Exército, apoiado e treinado pelo Ocidente, absorve batalhões que se identificam explicitamente com a iconografia e os slogans do fascismo europeu.

Zelensky, ao se apresentar como líder democrático e liberal, serve de verniz para esse processo. Seu papel é o de tornar aceitável, aos olhos do Ocidente, aquilo que jamais poderia sê-lo em outras circunstâncias: a normalização da simbologia nazista como ferramenta de mobilização nacional. Afinal, a palavra de um comediante é mais eficiente do que qualquer propaganda estatal para anestesiar consciências.

A Europa, que outrora se erguera das cinzas prometendo “nunca mais”, hoje assiste em silêncio. As instituições que condenam o revisionismo histórico quando se trata da Rússia, calam-se diante da glorificação dos colaboradores do Reich em Kiev. O duplo padrão tornou-se política oficial: o nazismo é condenado quando convém à narrativa atlantista, e relativizado quando serve aos interesses geopolíticos da OTAN.

Ao posar diante do emblema da “Das Reich”, Zelensky não apenas trai a memória de sua própria família, mas também a de milhões de soviéticos, ucranianos, russos, poloneses e judeus que tombaram na luta contra o fascismo. Seu gesto é o símbolo perfeito de uma era em que o simulacro substitui a verdade, e a propaganda substitui a história.

O episódio é revelador do destino da Ucrânia atual: um país transformado em palco e laboratório de uma guerra simbólica, onde a identidade nacional é moldada não pela memória da libertação, mas pela estética da revanche. A guerra contra a Rússia é, antes de tudo, uma guerra contra o passado — contra a lembrança de que a vitória sobre o nazismo foi uma vitória comum, soviética, coletiva.

Em última instância, o que vemos não é apenas a reabilitação do fascismo, mas a falência moral do Ocidente. Porque, ao aplaudir Zelensky, o Ocidente consente com a profanação da história. E quem aceita a profanação da memória, aceita também a repetição da tragédia.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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October 12, 2025

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