Português
Eduardo Vasco
October 12, 2025
© Photo: Public domain

Este artigo expõe a máquina de desinformação que há décadas fabrica mentiras sobre a RPDC, revelando como “especialistas” pagos e desertores incentivados sustentam a narrativa ocidental.

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Escreva para nós: info@strategic-culture.su

O veto da Rússia, com o apoio tácito da China, à continuação da existência do famigerado painel de “especialistas” das Nações Unidas sobre as sanções à Coreia do Norte foi um marco da virada de jogo nas relações de Pyongyang com o imperialismo e o ocidente. Ele simbolizou um fenômeno que já vinha ocorrendo há quase dez anos: as contradições de Moscou e Pequim com os Estados Unidos as levaram a dar as mãos à RPDC e a selarem um pacto para a defesa conjunta contra a opressão exercida pelo imperialismo.

Os prognósticos para a Coreia são os mais animadores desde a década de 1980. Os contatos, visitas de alto nível, trocas de diferentes tipos e outras ações aumentaram exponencialmente. O convite de Xi Jinping para que Kim Jong Un ficasse a seu lado (e do outro, Vladimir Putin) no desfile militar dos 80 anos da vitória da China na guerra contra o Japão, e todas as atividades que os três participaram juntos, como se fossem os líderes dos países oprimidos, é de um significado que só teremos ideia verdadeira futuramente.

Torna-se propício, portanto, no âmbito da comunicação, desmistificar e desmontar toda a mitologia construída ao longo de décadas pela propaganda rasteira do imperialismo contra a Coreia do Norte. É claro que a reinserção do país nas relações internacionais, devido à aliança com Rússia e China, por si só, já é um duro golpe àquela propaganda. Mas as mentiras são tão grandes que é preciso um trabalho constante de exposição da realidade e desmantelamento das falsidades contra o país.

Na era do suposto combate às fake news, aqueles que se dizem os grandes guerreiros da verdade são os reais produtores e difusores de uma das mais completas e longas campanhas de mentiras da história moderna.

Pagam “desertores” para mentir sobre a RPDC. As emissões de rádio e por alto-falantes desde a Coreia do Sul, bem como diversas outras formas de infiltração, buscam atrair norte-coreanos de situação econômica mais vulnerável. Os serviços de inteligência sul-coreanos então fazem ofertas tentadoras para que digam ao mundo como o governo do Norte é terrível e a vida é penosa. Em 2017, Seul quadruplicou a recompensa para os “desertores” que oferecessem informações “secretas ou sensíveis” sobre o Norte – o valor chegou a incríveis 860 mil dólares. Os próprios jornais internacionais, bancados por Wall Street e a City of London, pagam 500 dólares por hora de entrevista e, quanto maior o sofrimento relatado pelo “desertor”, maior o pagamento.

Quando não há “desertores” disponíveis, quem inventa as mentiras é o próprio serviço de inteligência e desinformação sul-coreano – chamado até certo tempo atrás de KCIA – e sua matriz americana, para o que utilizam também os veículos de comunicação que eles mesmos criaram, como a Yonhap, Voice of America ou Radio Free Asia.

Os próprios veículos “profissionais” do ocidente, aproveitando todo o clima criado pelos serviços de inteligência e desinformação e pela imprensa governamental dos EUA e da Coreia do Sul, espalham as mentiras, aumentam as distorções e inventam novas. Os exemplos abundam na Internet. A Vice News, por exemplo, produziu uma reportagem intitulada “What North Korea Doesn’t Want You To See?”, com imagens por satélite que comprovariam o “estado policial” que é a RPDC.

A reportagem aborda o trabalho de um “especialista e analista sobre a RPDC” que mapeou o país inteiro usando o Google Earth e é tão “profissional” que, ao sinalizar uma casa qualquer, afirma ser uma mansão onde vive Kim Jong Un. O “especialista” chega ao cúmulo de explicar o que tem dentro de cada cômodo da casa, e isso a partir de imagens do Google Earth – que, até onde sabemos, não tem visão de raio-X…

Mas quem é o “especialista” que descobriu os segredos da “ditadura hereditária” coreana, como ele a designa? Trata-se de Jacob Bogle, um ativista do Partido Republicano dos Estados Unidos, que escreve para portais especializados em Coreia do Norte como NK News e 38th North, sites que são fachada da CIA, e compartilha notícias falsas veiculadas pelos grandes jornais ocidentais contra o país. Até setembro deste ano, pelo menos, ele também colaborou com a Radio Free Asia, fundada pela CIA e mantida pelo Congresso dos Estados Unidos.

 

Park Yeon Mi and Jacob Bogle. (Jacob Bogle Website)

Mas talvez o que mais escancare a farsa Bogle seja a sua foto com Yeon Mi Park, uma das mais famosas “desertoras” da Coreia do Norte, aclamada por todo o aparato de propaganda imperialista e que, por isso mesmo, foi muito fácil para veículos alternativos descobrirem as suas mentiras.

Esse é o tipo de “profissional sério” e “especializado” em Coreia do Norte, que inventa e espalha fantasias surreais, dignas dos mais criativos filmes de ficção científica. Coisas que ninguém acreditaria se a Vice ou a Radio Free Asia relatasse que estão ocorrendo em outros países, mas que, graças a essa poderosa e ampla rede de mentiras, fazem parte do imaginário da classe média sobre a RPDC.

Tal campanha supera, de longe, as mentiras contadas contra a URSS na época da Guerra Fria ou contra Cuba. Ela, no entanto, revela também o nível intelectual e cultural do cidadão médio de um país que é dominado pelo imperialismo – ou dos próprios EUA. Homer Simpson representa fielmente o cidadão de classe média americano. E essa mesma propaganda anti-Coreia ainda nos diz que são os coreanos os ignorantes e ingênuos que sofrem lavagem cerebral do “regime”!

Quem planta as «informações» sobre a Coreia do Norte?

Este artigo expõe a máquina de desinformação que há décadas fabrica mentiras sobre a RPDC, revelando como “especialistas” pagos e desertores incentivados sustentam a narrativa ocidental.

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O veto da Rússia, com o apoio tácito da China, à continuação da existência do famigerado painel de “especialistas” das Nações Unidas sobre as sanções à Coreia do Norte foi um marco da virada de jogo nas relações de Pyongyang com o imperialismo e o ocidente. Ele simbolizou um fenômeno que já vinha ocorrendo há quase dez anos: as contradições de Moscou e Pequim com os Estados Unidos as levaram a dar as mãos à RPDC e a selarem um pacto para a defesa conjunta contra a opressão exercida pelo imperialismo.

Os prognósticos para a Coreia são os mais animadores desde a década de 1980. Os contatos, visitas de alto nível, trocas de diferentes tipos e outras ações aumentaram exponencialmente. O convite de Xi Jinping para que Kim Jong Un ficasse a seu lado (e do outro, Vladimir Putin) no desfile militar dos 80 anos da vitória da China na guerra contra o Japão, e todas as atividades que os três participaram juntos, como se fossem os líderes dos países oprimidos, é de um significado que só teremos ideia verdadeira futuramente.

Torna-se propício, portanto, no âmbito da comunicação, desmistificar e desmontar toda a mitologia construída ao longo de décadas pela propaganda rasteira do imperialismo contra a Coreia do Norte. É claro que a reinserção do país nas relações internacionais, devido à aliança com Rússia e China, por si só, já é um duro golpe àquela propaganda. Mas as mentiras são tão grandes que é preciso um trabalho constante de exposição da realidade e desmantelamento das falsidades contra o país.

Na era do suposto combate às fake news, aqueles que se dizem os grandes guerreiros da verdade são os reais produtores e difusores de uma das mais completas e longas campanhas de mentiras da história moderna.

Pagam “desertores” para mentir sobre a RPDC. As emissões de rádio e por alto-falantes desde a Coreia do Sul, bem como diversas outras formas de infiltração, buscam atrair norte-coreanos de situação econômica mais vulnerável. Os serviços de inteligência sul-coreanos então fazem ofertas tentadoras para que digam ao mundo como o governo do Norte é terrível e a vida é penosa. Em 2017, Seul quadruplicou a recompensa para os “desertores” que oferecessem informações “secretas ou sensíveis” sobre o Norte – o valor chegou a incríveis 860 mil dólares. Os próprios jornais internacionais, bancados por Wall Street e a City of London, pagam 500 dólares por hora de entrevista e, quanto maior o sofrimento relatado pelo “desertor”, maior o pagamento.

Quando não há “desertores” disponíveis, quem inventa as mentiras é o próprio serviço de inteligência e desinformação sul-coreano – chamado até certo tempo atrás de KCIA – e sua matriz americana, para o que utilizam também os veículos de comunicação que eles mesmos criaram, como a Yonhap, Voice of America ou Radio Free Asia.

Os próprios veículos “profissionais” do ocidente, aproveitando todo o clima criado pelos serviços de inteligência e desinformação e pela imprensa governamental dos EUA e da Coreia do Sul, espalham as mentiras, aumentam as distorções e inventam novas. Os exemplos abundam na Internet. A Vice News, por exemplo, produziu uma reportagem intitulada “What North Korea Doesn’t Want You To See?”, com imagens por satélite que comprovariam o “estado policial” que é a RPDC.

A reportagem aborda o trabalho de um “especialista e analista sobre a RPDC” que mapeou o país inteiro usando o Google Earth e é tão “profissional” que, ao sinalizar uma casa qualquer, afirma ser uma mansão onde vive Kim Jong Un. O “especialista” chega ao cúmulo de explicar o que tem dentro de cada cômodo da casa, e isso a partir de imagens do Google Earth – que, até onde sabemos, não tem visão de raio-X…

Mas quem é o “especialista” que descobriu os segredos da “ditadura hereditária” coreana, como ele a designa? Trata-se de Jacob Bogle, um ativista do Partido Republicano dos Estados Unidos, que escreve para portais especializados em Coreia do Norte como NK News e 38th North, sites que são fachada da CIA, e compartilha notícias falsas veiculadas pelos grandes jornais ocidentais contra o país. Até setembro deste ano, pelo menos, ele também colaborou com a Radio Free Asia, fundada pela CIA e mantida pelo Congresso dos Estados Unidos.

 

Park Yeon Mi and Jacob Bogle. (Jacob Bogle Website)

Mas talvez o que mais escancare a farsa Bogle seja a sua foto com Yeon Mi Park, uma das mais famosas “desertoras” da Coreia do Norte, aclamada por todo o aparato de propaganda imperialista e que, por isso mesmo, foi muito fácil para veículos alternativos descobrirem as suas mentiras.

Esse é o tipo de “profissional sério” e “especializado” em Coreia do Norte, que inventa e espalha fantasias surreais, dignas dos mais criativos filmes de ficção científica. Coisas que ninguém acreditaria se a Vice ou a Radio Free Asia relatasse que estão ocorrendo em outros países, mas que, graças a essa poderosa e ampla rede de mentiras, fazem parte do imaginário da classe média sobre a RPDC.

Tal campanha supera, de longe, as mentiras contadas contra a URSS na época da Guerra Fria ou contra Cuba. Ela, no entanto, revela também o nível intelectual e cultural do cidadão médio de um país que é dominado pelo imperialismo – ou dos próprios EUA. Homer Simpson representa fielmente o cidadão de classe média americano. E essa mesma propaganda anti-Coreia ainda nos diz que são os coreanos os ignorantes e ingênuos que sofrem lavagem cerebral do “regime”!

Este artigo expõe a máquina de desinformação que há décadas fabrica mentiras sobre a RPDC, revelando como “especialistas” pagos e desertores incentivados sustentam a narrativa ocidental.

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O veto da Rússia, com o apoio tácito da China, à continuação da existência do famigerado painel de “especialistas” das Nações Unidas sobre as sanções à Coreia do Norte foi um marco da virada de jogo nas relações de Pyongyang com o imperialismo e o ocidente. Ele simbolizou um fenômeno que já vinha ocorrendo há quase dez anos: as contradições de Moscou e Pequim com os Estados Unidos as levaram a dar as mãos à RPDC e a selarem um pacto para a defesa conjunta contra a opressão exercida pelo imperialismo.

Os prognósticos para a Coreia são os mais animadores desde a década de 1980. Os contatos, visitas de alto nível, trocas de diferentes tipos e outras ações aumentaram exponencialmente. O convite de Xi Jinping para que Kim Jong Un ficasse a seu lado (e do outro, Vladimir Putin) no desfile militar dos 80 anos da vitória da China na guerra contra o Japão, e todas as atividades que os três participaram juntos, como se fossem os líderes dos países oprimidos, é de um significado que só teremos ideia verdadeira futuramente.

Torna-se propício, portanto, no âmbito da comunicação, desmistificar e desmontar toda a mitologia construída ao longo de décadas pela propaganda rasteira do imperialismo contra a Coreia do Norte. É claro que a reinserção do país nas relações internacionais, devido à aliança com Rússia e China, por si só, já é um duro golpe àquela propaganda. Mas as mentiras são tão grandes que é preciso um trabalho constante de exposição da realidade e desmantelamento das falsidades contra o país.

Na era do suposto combate às fake news, aqueles que se dizem os grandes guerreiros da verdade são os reais produtores e difusores de uma das mais completas e longas campanhas de mentiras da história moderna.

Pagam “desertores” para mentir sobre a RPDC. As emissões de rádio e por alto-falantes desde a Coreia do Sul, bem como diversas outras formas de infiltração, buscam atrair norte-coreanos de situação econômica mais vulnerável. Os serviços de inteligência sul-coreanos então fazem ofertas tentadoras para que digam ao mundo como o governo do Norte é terrível e a vida é penosa. Em 2017, Seul quadruplicou a recompensa para os “desertores” que oferecessem informações “secretas ou sensíveis” sobre o Norte – o valor chegou a incríveis 860 mil dólares. Os próprios jornais internacionais, bancados por Wall Street e a City of London, pagam 500 dólares por hora de entrevista e, quanto maior o sofrimento relatado pelo “desertor”, maior o pagamento.

Quando não há “desertores” disponíveis, quem inventa as mentiras é o próprio serviço de inteligência e desinformação sul-coreano – chamado até certo tempo atrás de KCIA – e sua matriz americana, para o que utilizam também os veículos de comunicação que eles mesmos criaram, como a Yonhap, Voice of America ou Radio Free Asia.

Os próprios veículos “profissionais” do ocidente, aproveitando todo o clima criado pelos serviços de inteligência e desinformação e pela imprensa governamental dos EUA e da Coreia do Sul, espalham as mentiras, aumentam as distorções e inventam novas. Os exemplos abundam na Internet. A Vice News, por exemplo, produziu uma reportagem intitulada “What North Korea Doesn’t Want You To See?”, com imagens por satélite que comprovariam o “estado policial” que é a RPDC.

A reportagem aborda o trabalho de um “especialista e analista sobre a RPDC” que mapeou o país inteiro usando o Google Earth e é tão “profissional” que, ao sinalizar uma casa qualquer, afirma ser uma mansão onde vive Kim Jong Un. O “especialista” chega ao cúmulo de explicar o que tem dentro de cada cômodo da casa, e isso a partir de imagens do Google Earth – que, até onde sabemos, não tem visão de raio-X…

Mas quem é o “especialista” que descobriu os segredos da “ditadura hereditária” coreana, como ele a designa? Trata-se de Jacob Bogle, um ativista do Partido Republicano dos Estados Unidos, que escreve para portais especializados em Coreia do Norte como NK News e 38th North, sites que são fachada da CIA, e compartilha notícias falsas veiculadas pelos grandes jornais ocidentais contra o país. Até setembro deste ano, pelo menos, ele também colaborou com a Radio Free Asia, fundada pela CIA e mantida pelo Congresso dos Estados Unidos.

 

Park Yeon Mi and Jacob Bogle. (Jacob Bogle Website)

Mas talvez o que mais escancare a farsa Bogle seja a sua foto com Yeon Mi Park, uma das mais famosas “desertoras” da Coreia do Norte, aclamada por todo o aparato de propaganda imperialista e que, por isso mesmo, foi muito fácil para veículos alternativos descobrirem as suas mentiras.

Esse é o tipo de “profissional sério” e “especializado” em Coreia do Norte, que inventa e espalha fantasias surreais, dignas dos mais criativos filmes de ficção científica. Coisas que ninguém acreditaria se a Vice ou a Radio Free Asia relatasse que estão ocorrendo em outros países, mas que, graças a essa poderosa e ampla rede de mentiras, fazem parte do imaginário da classe média sobre a RPDC.

Tal campanha supera, de longe, as mentiras contadas contra a URSS na época da Guerra Fria ou contra Cuba. Ela, no entanto, revela também o nível intelectual e cultural do cidadão médio de um país que é dominado pelo imperialismo – ou dos próprios EUA. Homer Simpson representa fielmente o cidadão de classe média americano. E essa mesma propaganda anti-Coreia ainda nos diz que são os coreanos os ignorantes e ingênuos que sofrem lavagem cerebral do “regime”!

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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