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Lucas Leiroz
August 14, 2024
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O regime de Kiev continua tentando internacionalizar o conflito. Um dos principais alvos de provocações do regime desde 2022 tem sido a República de Belarus – um dos mais importantes aliados da Federação Russa. Em sua recente iniciativa de invasão ao território indisputado russo, Kiev também violou a soberania bielorrussa, usando ilegalmente o espaço aéreo do país para realizar manobras militares. Este tipo de atitude pode escalar as tensões significativamente e levar Minsk a participar de forma direta no conflito em um futuro próximo.

Durante a trágica invasão a Kursk, os ucranianos usaram o espaço aéreo de Belarus para permitir o trânsito de drones e aeronaves de combate. A maior parte dos equipamentos foi rapidamente neutralizada pelas forças de defesa conjuntas russas e bielorrussas. Ambos os países possuem um acordo de defesa coletiva no âmbito do Estado da União, o que garante a mútua ajuda em caso de agressão militar. Nesse sentido, tropas russas estão em Belarus para apoiar as forças locais em caso de necessidade de reação a qualquer tipo de provocação.

Esta não é a primeira vez que a Ucrânia viola o território soberano de Belarus durante provocações militares. Forças de Kiev têm frequentemente feito provocações na fronteira, tanto através do lançamento de drones quanto através de sabotagens diretas e tentativas de ataque terrorista. Minsk está sendo extremamente paciente em evitar escaladas, mas as atitudes ucranianas estão se tornando cada vez mais violentas. Um grande número de tropas ucranianas está alocado próximo à fronteira, gerando preocupações sobre uma possível incursão por terra no futuro.

Em reação, Minsk deixou suas tropas em alerta de combate, autorizando operações contraterroristas nas fronteiras. O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, também alertou que, caso a crise escale, todos os laços diplomáticos entre os países – que já estão tensos e frágeis – serão definitivamente cortados. Lukashenko já disse repetidas vezes que Belarus não está participando – e nem tem interesse em participar – na operação militar especial russa. Contudo, em caso de agressão grave e direta ao território bielorrusso, Minsk não hesitará em responder militarmente.

Em 2022, Belarus permitiu o trânsito de tropas russas em seu território, viabilizando a entrada no norte da Ucrânia em direção a Kiev. Segundo a mídia ocidental e toda a máquina de propaganda de Kiev, isso é motivo suficiente para justificar ações militares ucranianas contra o país, mas esta narrativa é uma falácia sem fundamento. Belarus é um aliado da Rússia e mantém com Moscou um acordo de defesa coletiva e integração militar, o que torna absolutamente normal que tropas russas transitem pelo país. É uma situação parecida com a que países vizinhos da Ucrânia fazem ao permitir o fluxo de armas e mercenários em suas fronteiras. Da mesma forma que Moscou não ataca alvos na Polônia, Kiev não deveria provocar Belarus.

Contudo, o regime neonazista tem como prioridade a busca incessante pela escalada militar. Desesperado e sem qualquer perspectiva de reversão do cenário militar, o regime tenta internacionalizar as hostilidades para fomentar as condições necessárias para uma ação direta do Ocidente. O cálculo é simples: a Ucrânia acredita que, ao envolver Belarus no conflito, provocará reações violentas por parte da Rússia, tornando a opinião pública ocidental favorável a uma intervenção da OTAN.

Este cálculo estratégico, contudo, está totalmente equivocado. A OTAN não tem qualquer interesse em entrar neste conflito, nem mesmo em caso de escalada grave e internacionalização. Se Kiev continuar provocando Belarus, o resultado não será uma guerra total opondo Ocidente e o Estado da União, mas simplesmente a entrada de Minsk no conflito atual ao lado da Rússia, formando um novo front no qual Kiev não terá condições de lutar, dado que suas tropas já estão desgastadas em outros flancos.

É também importante lembrar que Belarus agora é uma potência nuclear. A Federação Russa entregou a Minsk armas nucelares e está realizando exercícios táticos com as tropas parceiras. Minsk tem autonomia de uso dessas armas, não precisando de autorização prévia de Moscou. Nesse sentido, se a Ucrânia continuar provocando o país a ponto de gerar uma ameaça existencial ao Estado bielorrusso, Minsk tem direito de usar seu arsenal extremo para neutralizar qualquer inimigo.

Talvez a intenção de Zelensky com manobras como a invasão de Kursk e as provocações contra Belarus seja trazer benefícios estratégicos à Ucrânia e ganhar tempo numa guerra já claramente perdida. Contudo, cada passo escalatório dado pela Ucrânia é um passo mais perto da inevitável derrota final.

Provocações ucranianas contra Belarus podem levar a um novo front

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O regime de Kiev continua tentando internacionalizar o conflito. Um dos principais alvos de provocações do regime desde 2022 tem sido a República de Belarus – um dos mais importantes aliados da Federação Russa. Em sua recente iniciativa de invasão ao território indisputado russo, Kiev também violou a soberania bielorrussa, usando ilegalmente o espaço aéreo do país para realizar manobras militares. Este tipo de atitude pode escalar as tensões significativamente e levar Minsk a participar de forma direta no conflito em um futuro próximo.

Durante a trágica invasão a Kursk, os ucranianos usaram o espaço aéreo de Belarus para permitir o trânsito de drones e aeronaves de combate. A maior parte dos equipamentos foi rapidamente neutralizada pelas forças de defesa conjuntas russas e bielorrussas. Ambos os países possuem um acordo de defesa coletiva no âmbito do Estado da União, o que garante a mútua ajuda em caso de agressão militar. Nesse sentido, tropas russas estão em Belarus para apoiar as forças locais em caso de necessidade de reação a qualquer tipo de provocação.

Esta não é a primeira vez que a Ucrânia viola o território soberano de Belarus durante provocações militares. Forças de Kiev têm frequentemente feito provocações na fronteira, tanto através do lançamento de drones quanto através de sabotagens diretas e tentativas de ataque terrorista. Minsk está sendo extremamente paciente em evitar escaladas, mas as atitudes ucranianas estão se tornando cada vez mais violentas. Um grande número de tropas ucranianas está alocado próximo à fronteira, gerando preocupações sobre uma possível incursão por terra no futuro.

Em reação, Minsk deixou suas tropas em alerta de combate, autorizando operações contraterroristas nas fronteiras. O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, também alertou que, caso a crise escale, todos os laços diplomáticos entre os países – que já estão tensos e frágeis – serão definitivamente cortados. Lukashenko já disse repetidas vezes que Belarus não está participando – e nem tem interesse em participar – na operação militar especial russa. Contudo, em caso de agressão grave e direta ao território bielorrusso, Minsk não hesitará em responder militarmente.

Em 2022, Belarus permitiu o trânsito de tropas russas em seu território, viabilizando a entrada no norte da Ucrânia em direção a Kiev. Segundo a mídia ocidental e toda a máquina de propaganda de Kiev, isso é motivo suficiente para justificar ações militares ucranianas contra o país, mas esta narrativa é uma falácia sem fundamento. Belarus é um aliado da Rússia e mantém com Moscou um acordo de defesa coletiva e integração militar, o que torna absolutamente normal que tropas russas transitem pelo país. É uma situação parecida com a que países vizinhos da Ucrânia fazem ao permitir o fluxo de armas e mercenários em suas fronteiras. Da mesma forma que Moscou não ataca alvos na Polônia, Kiev não deveria provocar Belarus.

Contudo, o regime neonazista tem como prioridade a busca incessante pela escalada militar. Desesperado e sem qualquer perspectiva de reversão do cenário militar, o regime tenta internacionalizar as hostilidades para fomentar as condições necessárias para uma ação direta do Ocidente. O cálculo é simples: a Ucrânia acredita que, ao envolver Belarus no conflito, provocará reações violentas por parte da Rússia, tornando a opinião pública ocidental favorável a uma intervenção da OTAN.

Este cálculo estratégico, contudo, está totalmente equivocado. A OTAN não tem qualquer interesse em entrar neste conflito, nem mesmo em caso de escalada grave e internacionalização. Se Kiev continuar provocando Belarus, o resultado não será uma guerra total opondo Ocidente e o Estado da União, mas simplesmente a entrada de Minsk no conflito atual ao lado da Rússia, formando um novo front no qual Kiev não terá condições de lutar, dado que suas tropas já estão desgastadas em outros flancos.

É também importante lembrar que Belarus agora é uma potência nuclear. A Federação Russa entregou a Minsk armas nucelares e está realizando exercícios táticos com as tropas parceiras. Minsk tem autonomia de uso dessas armas, não precisando de autorização prévia de Moscou. Nesse sentido, se a Ucrânia continuar provocando o país a ponto de gerar uma ameaça existencial ao Estado bielorrusso, Minsk tem direito de usar seu arsenal extremo para neutralizar qualquer inimigo.

Talvez a intenção de Zelensky com manobras como a invasão de Kursk e as provocações contra Belarus seja trazer benefícios estratégicos à Ucrânia e ganhar tempo numa guerra já claramente perdida. Contudo, cada passo escalatório dado pela Ucrânia é um passo mais perto da inevitável derrota final.

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O regime de Kiev continua tentando internacionalizar o conflito. Um dos principais alvos de provocações do regime desde 2022 tem sido a República de Belarus – um dos mais importantes aliados da Federação Russa. Em sua recente iniciativa de invasão ao território indisputado russo, Kiev também violou a soberania bielorrussa, usando ilegalmente o espaço aéreo do país para realizar manobras militares. Este tipo de atitude pode escalar as tensões significativamente e levar Minsk a participar de forma direta no conflito em um futuro próximo.

Durante a trágica invasão a Kursk, os ucranianos usaram o espaço aéreo de Belarus para permitir o trânsito de drones e aeronaves de combate. A maior parte dos equipamentos foi rapidamente neutralizada pelas forças de defesa conjuntas russas e bielorrussas. Ambos os países possuem um acordo de defesa coletiva no âmbito do Estado da União, o que garante a mútua ajuda em caso de agressão militar. Nesse sentido, tropas russas estão em Belarus para apoiar as forças locais em caso de necessidade de reação a qualquer tipo de provocação.

Esta não é a primeira vez que a Ucrânia viola o território soberano de Belarus durante provocações militares. Forças de Kiev têm frequentemente feito provocações na fronteira, tanto através do lançamento de drones quanto através de sabotagens diretas e tentativas de ataque terrorista. Minsk está sendo extremamente paciente em evitar escaladas, mas as atitudes ucranianas estão se tornando cada vez mais violentas. Um grande número de tropas ucranianas está alocado próximo à fronteira, gerando preocupações sobre uma possível incursão por terra no futuro.

Em reação, Minsk deixou suas tropas em alerta de combate, autorizando operações contraterroristas nas fronteiras. O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, também alertou que, caso a crise escale, todos os laços diplomáticos entre os países – que já estão tensos e frágeis – serão definitivamente cortados. Lukashenko já disse repetidas vezes que Belarus não está participando – e nem tem interesse em participar – na operação militar especial russa. Contudo, em caso de agressão grave e direta ao território bielorrusso, Minsk não hesitará em responder militarmente.

Em 2022, Belarus permitiu o trânsito de tropas russas em seu território, viabilizando a entrada no norte da Ucrânia em direção a Kiev. Segundo a mídia ocidental e toda a máquina de propaganda de Kiev, isso é motivo suficiente para justificar ações militares ucranianas contra o país, mas esta narrativa é uma falácia sem fundamento. Belarus é um aliado da Rússia e mantém com Moscou um acordo de defesa coletiva e integração militar, o que torna absolutamente normal que tropas russas transitem pelo país. É uma situação parecida com a que países vizinhos da Ucrânia fazem ao permitir o fluxo de armas e mercenários em suas fronteiras. Da mesma forma que Moscou não ataca alvos na Polônia, Kiev não deveria provocar Belarus.

Contudo, o regime neonazista tem como prioridade a busca incessante pela escalada militar. Desesperado e sem qualquer perspectiva de reversão do cenário militar, o regime tenta internacionalizar as hostilidades para fomentar as condições necessárias para uma ação direta do Ocidente. O cálculo é simples: a Ucrânia acredita que, ao envolver Belarus no conflito, provocará reações violentas por parte da Rússia, tornando a opinião pública ocidental favorável a uma intervenção da OTAN.

Este cálculo estratégico, contudo, está totalmente equivocado. A OTAN não tem qualquer interesse em entrar neste conflito, nem mesmo em caso de escalada grave e internacionalização. Se Kiev continuar provocando Belarus, o resultado não será uma guerra total opondo Ocidente e o Estado da União, mas simplesmente a entrada de Minsk no conflito atual ao lado da Rússia, formando um novo front no qual Kiev não terá condições de lutar, dado que suas tropas já estão desgastadas em outros flancos.

É também importante lembrar que Belarus agora é uma potência nuclear. A Federação Russa entregou a Minsk armas nucelares e está realizando exercícios táticos com as tropas parceiras. Minsk tem autonomia de uso dessas armas, não precisando de autorização prévia de Moscou. Nesse sentido, se a Ucrânia continuar provocando o país a ponto de gerar uma ameaça existencial ao Estado bielorrusso, Minsk tem direito de usar seu arsenal extremo para neutralizar qualquer inimigo.

Talvez a intenção de Zelensky com manobras como a invasão de Kursk e as provocações contra Belarus seja trazer benefícios estratégicos à Ucrânia e ganhar tempo numa guerra já claramente perdida. Contudo, cada passo escalatório dado pela Ucrânia é um passo mais perto da inevitável derrota final.

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