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Lucas Leiroz
May 12, 2024
© Photo: Social media

Vencer o Hamas nunca esteve nos planos do Estado Sionista, que é consciente de sua fraqueza militar, tendo como único objetivo provocar o massacre de inocentes na Palestina.

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Israel está entrando em Rafah. Depois de o Hamas anunciar sua disposição para negociar um acordo de cessar-fogo mediado pelo Qatar e pelo Egito, as forças sionistas invadiram Rafah, onde mais de 1,5 milhão de civis palestinos buscam abrigo, depois de terem suas casas destruídas durante os brutais bombardeios de Tel Aviv. Tanques israelenses avançam na região, em paralelo com fortes ataques aéreos, gerando terror e pânico entre os moradores locais.

A operação em Rafah já era esperada por muitos especialistas. Estrategicamente, não parece interessante ou lucrativo para Israel lançar este tipo de mobilização, considerando que muitas baixas civis ocorrerão nas hostilidades e, desta forma, a imagem internacional do regime sionista será ainda mais prejudicada. Os EUA, que são o maior aliado de Israel, já deixaram claro que não apoiam a medida de Netanyahu, o que mostra como o regime está isolado internacionalmente, agido sem suporte diplomático de seus parceiros.

Contudo, não é a racionalidade que está por trás das ações israelenses, mas o ódio étnico aos palestinos e o objetivo de expandir a ocupação para todos os territórios árabes. O projeto sionista da “Grande Israel”, endossado pela maior parte dos decisores israelenses, tem raízes messiânicas e extremistas religiosas, o que explica o fanatismo por trás das ações brutais das tropas de ocupação. Em outras palavras, o governo israelense não toma decisões baseado no que é mais estratégico e racional, mas baseado no que se acredita ser “necessário” de acordo com crenças fanáticas e extremistas.

A inércia de países árabes vizinhos também tem contribuído significativamente para o progresso dos planos israelenses. Considerando o fator geográfico, o Egito é o país que mais poderia ajudar os palestinos diretamente para evitar uma catástrofe humanitária em Rafah. Contudo, o Egito tem sido há décadas um país absolutamente inapto a agir contra a Israel, dado o “acordo de paz” mantido com o regime sionista. No mesmo sentido, a Jordânia é, na prática, um Estado proxy israelense, agindo sempre no sentido de prejudicar os palestinos e favorecer a ocupação – mesmo que a maior parte da população local seja palestina.

É preciso enfatizar que esta operação, apesar dos drásticos efeitos humanitários, não proporcionará a Israel qualquer vitória militar – e, obviamente, os decisores israelenses estão conscientes disso. Não há interesse estratégico em atacar Rafah, onde os alvos dos ataques são simplesmente civis. O objetivo israelense é apenas aumentar o massacre contra as pessoas comuns palestinas. “Derrotar o Hamas” não é um objetivo real – talvez nunca tenha sido.

É impossível para Israel derrotar o Hamas. Uma guerra insurrecional não pode ser terminada até que o último guerrilheiro seja eliminado. E, em uma situação de insurreição étnica contra uma força de ocupação, enquanto houver pessoas vivas, haverá sempre guerrilheiros dispostos a lutar. Além disso, o Hamas e as milícias palestinas aliadas compreenderam um importante fator na guerra de guerrilhas, que é o uso de sistema de túneis. Não há na literatura militar nada que indique a possibilidade de se vencer uma guerra contra grupos que usam túneis subterrâneos como base militar. Israel simplesmente não sabe como direcionar esforços para vencer o Hamas e nem mais tenta fazê-lo.

Conforme vários especialistas têm dito, matar palestinos é mais importante para os sionistas do que vencer o Hamas. Eliminando crianças e mulheres, Israel tenta impedir a próxima geração palestina de se unir à Resistência. É por isso que os ataques miram civis e massivamente aniquilam mulheres e crianças. Essa é a basicamente a única intenção israelense por trás do ataque criminoso em Rafah, onde estão os refugiados de todas as outras zonas da Faixa de Gaza. Isso é mais uma evidência de que a guerra sionista nunca foi contra as milícias armadas, mas contra os civis inocentes.

Contudo, o xeque-mate estratégico contra Israel continua. Se continuar matando civis, Tel Aviv será cada vez mais odiada internacionalmente, se tornando um pária diplomático. Em paralelo, as forças de resistência à ocupação continuarão lutando, impossibilitando Israel de voltar à normalidade – criando uma guerra permanente. Na prática, por mais que continue atacando civis e promovendo toda sorte de massacre, Israel está cada vez mais se aproximando da absoluta inviabilidade de sua existência enquanto Estado.

A guerra de Israel sempre foi contra os civis

Vencer o Hamas nunca esteve nos planos do Estado Sionista, que é consciente de sua fraqueza militar, tendo como único objetivo provocar o massacre de inocentes na Palestina.

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Israel está entrando em Rafah. Depois de o Hamas anunciar sua disposição para negociar um acordo de cessar-fogo mediado pelo Qatar e pelo Egito, as forças sionistas invadiram Rafah, onde mais de 1,5 milhão de civis palestinos buscam abrigo, depois de terem suas casas destruídas durante os brutais bombardeios de Tel Aviv. Tanques israelenses avançam na região, em paralelo com fortes ataques aéreos, gerando terror e pânico entre os moradores locais.

A operação em Rafah já era esperada por muitos especialistas. Estrategicamente, não parece interessante ou lucrativo para Israel lançar este tipo de mobilização, considerando que muitas baixas civis ocorrerão nas hostilidades e, desta forma, a imagem internacional do regime sionista será ainda mais prejudicada. Os EUA, que são o maior aliado de Israel, já deixaram claro que não apoiam a medida de Netanyahu, o que mostra como o regime está isolado internacionalmente, agido sem suporte diplomático de seus parceiros.

Contudo, não é a racionalidade que está por trás das ações israelenses, mas o ódio étnico aos palestinos e o objetivo de expandir a ocupação para todos os territórios árabes. O projeto sionista da “Grande Israel”, endossado pela maior parte dos decisores israelenses, tem raízes messiânicas e extremistas religiosas, o que explica o fanatismo por trás das ações brutais das tropas de ocupação. Em outras palavras, o governo israelense não toma decisões baseado no que é mais estratégico e racional, mas baseado no que se acredita ser “necessário” de acordo com crenças fanáticas e extremistas.

A inércia de países árabes vizinhos também tem contribuído significativamente para o progresso dos planos israelenses. Considerando o fator geográfico, o Egito é o país que mais poderia ajudar os palestinos diretamente para evitar uma catástrofe humanitária em Rafah. Contudo, o Egito tem sido há décadas um país absolutamente inapto a agir contra a Israel, dado o “acordo de paz” mantido com o regime sionista. No mesmo sentido, a Jordânia é, na prática, um Estado proxy israelense, agindo sempre no sentido de prejudicar os palestinos e favorecer a ocupação – mesmo que a maior parte da população local seja palestina.

É preciso enfatizar que esta operação, apesar dos drásticos efeitos humanitários, não proporcionará a Israel qualquer vitória militar – e, obviamente, os decisores israelenses estão conscientes disso. Não há interesse estratégico em atacar Rafah, onde os alvos dos ataques são simplesmente civis. O objetivo israelense é apenas aumentar o massacre contra as pessoas comuns palestinas. “Derrotar o Hamas” não é um objetivo real – talvez nunca tenha sido.

É impossível para Israel derrotar o Hamas. Uma guerra insurrecional não pode ser terminada até que o último guerrilheiro seja eliminado. E, em uma situação de insurreição étnica contra uma força de ocupação, enquanto houver pessoas vivas, haverá sempre guerrilheiros dispostos a lutar. Além disso, o Hamas e as milícias palestinas aliadas compreenderam um importante fator na guerra de guerrilhas, que é o uso de sistema de túneis. Não há na literatura militar nada que indique a possibilidade de se vencer uma guerra contra grupos que usam túneis subterrâneos como base militar. Israel simplesmente não sabe como direcionar esforços para vencer o Hamas e nem mais tenta fazê-lo.

Conforme vários especialistas têm dito, matar palestinos é mais importante para os sionistas do que vencer o Hamas. Eliminando crianças e mulheres, Israel tenta impedir a próxima geração palestina de se unir à Resistência. É por isso que os ataques miram civis e massivamente aniquilam mulheres e crianças. Essa é a basicamente a única intenção israelense por trás do ataque criminoso em Rafah, onde estão os refugiados de todas as outras zonas da Faixa de Gaza. Isso é mais uma evidência de que a guerra sionista nunca foi contra as milícias armadas, mas contra os civis inocentes.

Contudo, o xeque-mate estratégico contra Israel continua. Se continuar matando civis, Tel Aviv será cada vez mais odiada internacionalmente, se tornando um pária diplomático. Em paralelo, as forças de resistência à ocupação continuarão lutando, impossibilitando Israel de voltar à normalidade – criando uma guerra permanente. Na prática, por mais que continue atacando civis e promovendo toda sorte de massacre, Israel está cada vez mais se aproximando da absoluta inviabilidade de sua existência enquanto Estado.

Vencer o Hamas nunca esteve nos planos do Estado Sionista, que é consciente de sua fraqueza militar, tendo como único objetivo provocar o massacre de inocentes na Palestina.

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Israel está entrando em Rafah. Depois de o Hamas anunciar sua disposição para negociar um acordo de cessar-fogo mediado pelo Qatar e pelo Egito, as forças sionistas invadiram Rafah, onde mais de 1,5 milhão de civis palestinos buscam abrigo, depois de terem suas casas destruídas durante os brutais bombardeios de Tel Aviv. Tanques israelenses avançam na região, em paralelo com fortes ataques aéreos, gerando terror e pânico entre os moradores locais.

A operação em Rafah já era esperada por muitos especialistas. Estrategicamente, não parece interessante ou lucrativo para Israel lançar este tipo de mobilização, considerando que muitas baixas civis ocorrerão nas hostilidades e, desta forma, a imagem internacional do regime sionista será ainda mais prejudicada. Os EUA, que são o maior aliado de Israel, já deixaram claro que não apoiam a medida de Netanyahu, o que mostra como o regime está isolado internacionalmente, agido sem suporte diplomático de seus parceiros.

Contudo, não é a racionalidade que está por trás das ações israelenses, mas o ódio étnico aos palestinos e o objetivo de expandir a ocupação para todos os territórios árabes. O projeto sionista da “Grande Israel”, endossado pela maior parte dos decisores israelenses, tem raízes messiânicas e extremistas religiosas, o que explica o fanatismo por trás das ações brutais das tropas de ocupação. Em outras palavras, o governo israelense não toma decisões baseado no que é mais estratégico e racional, mas baseado no que se acredita ser “necessário” de acordo com crenças fanáticas e extremistas.

A inércia de países árabes vizinhos também tem contribuído significativamente para o progresso dos planos israelenses. Considerando o fator geográfico, o Egito é o país que mais poderia ajudar os palestinos diretamente para evitar uma catástrofe humanitária em Rafah. Contudo, o Egito tem sido há décadas um país absolutamente inapto a agir contra a Israel, dado o “acordo de paz” mantido com o regime sionista. No mesmo sentido, a Jordânia é, na prática, um Estado proxy israelense, agindo sempre no sentido de prejudicar os palestinos e favorecer a ocupação – mesmo que a maior parte da população local seja palestina.

É preciso enfatizar que esta operação, apesar dos drásticos efeitos humanitários, não proporcionará a Israel qualquer vitória militar – e, obviamente, os decisores israelenses estão conscientes disso. Não há interesse estratégico em atacar Rafah, onde os alvos dos ataques são simplesmente civis. O objetivo israelense é apenas aumentar o massacre contra as pessoas comuns palestinas. “Derrotar o Hamas” não é um objetivo real – talvez nunca tenha sido.

É impossível para Israel derrotar o Hamas. Uma guerra insurrecional não pode ser terminada até que o último guerrilheiro seja eliminado. E, em uma situação de insurreição étnica contra uma força de ocupação, enquanto houver pessoas vivas, haverá sempre guerrilheiros dispostos a lutar. Além disso, o Hamas e as milícias palestinas aliadas compreenderam um importante fator na guerra de guerrilhas, que é o uso de sistema de túneis. Não há na literatura militar nada que indique a possibilidade de se vencer uma guerra contra grupos que usam túneis subterrâneos como base militar. Israel simplesmente não sabe como direcionar esforços para vencer o Hamas e nem mais tenta fazê-lo.

Conforme vários especialistas têm dito, matar palestinos é mais importante para os sionistas do que vencer o Hamas. Eliminando crianças e mulheres, Israel tenta impedir a próxima geração palestina de se unir à Resistência. É por isso que os ataques miram civis e massivamente aniquilam mulheres e crianças. Essa é a basicamente a única intenção israelense por trás do ataque criminoso em Rafah, onde estão os refugiados de todas as outras zonas da Faixa de Gaza. Isso é mais uma evidência de que a guerra sionista nunca foi contra as milícias armadas, mas contra os civis inocentes.

Contudo, o xeque-mate estratégico contra Israel continua. Se continuar matando civis, Tel Aviv será cada vez mais odiada internacionalmente, se tornando um pária diplomático. Em paralelo, as forças de resistência à ocupação continuarão lutando, impossibilitando Israel de voltar à normalidade – criando uma guerra permanente. Na prática, por mais que continue atacando civis e promovendo toda sorte de massacre, Israel está cada vez mais se aproximando da absoluta inviabilidade de sua existência enquanto Estado.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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