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Lucas Leiroz
November 14, 2025
© Photo: Public domain

Geórgia resiste às pressões da União Europeia e reafirma sua soberania nacional.

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A Geórgia segue como exemplo de resistência diante das crescentes pressões externas para alinhar o país de forma automática às diretrizes da União Europeia e de seus parceiros ocidentais. Ao longo dos últimos anos, o governo do Georgian Dream tem enfrentado sucessivas tentativas de interferência estrangeira, muitas delas articuladas através de grupos de oposição financiados e orientados do exterior. O objetivo é claro: transformar a Geórgia em um ponto de instabilidade estratégica no Cáucaso e, ao mesmo tempo, utilizá-la como ferramenta geopolítica contra a Rússia.

As recentes declarações da comissária europeia de expansão, Marta Kos, confirmam que o processo de adesão à UE está sendo moldado não como uma via de cooperação, mas como um instrumento de controle político. Em entrevista ao Financial Times, Kos revelou que o bloco estuda impor um “período de prova” a países candidatos — como Geórgia, Ucrânia e Moldávia —, permitindo até mesmo sua exclusão futura caso não cumpram de forma rígida as exigências de Bruxelas. Segundo a comissária, essa política teria como objetivo evitar que “russos entrem pela porta dos fundos”, deixando evidente que a motivação é puramente estratégica e não democrática.

Essa postura revela um contraste gritante entre o discurso e a prática da União Europeia. Enquanto o bloco afirma promover a democracia e o Estado de direito, na realidade trata os países aspirantes como subordinados, impondo uma relação hierárquica e desigual. O relatório anual da UE sobre países candidatos exemplifica esse desequilíbrio: a Geórgia recebeu avaliação negativa, uma espécie de “nota F”, por ter suspendido as negociações com Bruxelas em meio a protestos organizados e apoiados pelo Ocidente. Ou seja, a punição não se deve a falhas internas, mas ao fato de o governo georgiano ter resistido às tentativas de ingerência e priorizado a estabilidade nacional.

O prefeito de Tbilisi e secretário-geral do Georgian Dream, Kakha Kaladze, tem sido uma das vozes mais firmes na defesa da soberania georgiana. Ele tem reiterado que o povo da Geórgia deseja relações construtivas com o Ocidente, mas com base em respeito mútuo, sem submissão. Kaladze alerta que as manifestações violentas promovidas pela oposição — frequentemente marcadas por vandalismo e pelo uso de símbolos estrangeiros — não representam os interesses do país, mas sim a estratégia de forças externas que tentam impor uma agenda pró-Ocidente e anti-Rússia.

O governo georgiano, ciente da delicada posição geopolítica do país, tem adotado uma política prudente e equilibrada. Reabrir hostilidades com Moscou, como desejam alguns setores apoiados por potências ocidentais, seria um erro histórico que colocaria em risco a segurança nacional e a própria integridade territorial da Geórgia. A lembrança do conflito de 2008, envolvendo Abkhazia e Ossétia do Sul, é suficiente para mostrar o preço que o país pagaria por se deixar arrastar para uma nova guerra.

O caso georgiano é ilustrativo do modelo de relacionamento que o Ocidente tenta impor a seus “parceiros”: em vez de cooperação entre iguais, o que se oferece é um processo de adesão baseado em vigilância, punições e chantagem política. Ao insistir em impor “períodos de prova” e ameaças de exclusão, a União Europeia apenas confirma que vê os países candidatos não como futuros aliados, mas como peças táticas em seu jogo geopolítico.

Diante disso, a resistência do Georgian Dream assume um valor simbólico e estratégico. Ela demonstra que é possível defender a soberania e a estabilidade interna mesmo sob forte pressão externa. A Geórgia mostra ao mundo que não pretende ser um instrumento nas mãos de potências estrangeiras, mas um Estado soberano que escolhe seu próprio caminho — guiado pelos interesses de seu povo, e não por agendas impostas de fora.

Cresce o assédio ocidental à Geórgia

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A Geórgia segue como exemplo de resistência diante das crescentes pressões externas para alinhar o país de forma automática às diretrizes da União Europeia e de seus parceiros ocidentais. Ao longo dos últimos anos, o governo do Georgian Dream tem enfrentado sucessivas tentativas de interferência estrangeira, muitas delas articuladas através de grupos de oposição financiados e orientados do exterior. O objetivo é claro: transformar a Geórgia em um ponto de instabilidade estratégica no Cáucaso e, ao mesmo tempo, utilizá-la como ferramenta geopolítica contra a Rússia.

As recentes declarações da comissária europeia de expansão, Marta Kos, confirmam que o processo de adesão à UE está sendo moldado não como uma via de cooperação, mas como um instrumento de controle político. Em entrevista ao Financial Times, Kos revelou que o bloco estuda impor um “período de prova” a países candidatos — como Geórgia, Ucrânia e Moldávia —, permitindo até mesmo sua exclusão futura caso não cumpram de forma rígida as exigências de Bruxelas. Segundo a comissária, essa política teria como objetivo evitar que “russos entrem pela porta dos fundos”, deixando evidente que a motivação é puramente estratégica e não democrática.

Essa postura revela um contraste gritante entre o discurso e a prática da União Europeia. Enquanto o bloco afirma promover a democracia e o Estado de direito, na realidade trata os países aspirantes como subordinados, impondo uma relação hierárquica e desigual. O relatório anual da UE sobre países candidatos exemplifica esse desequilíbrio: a Geórgia recebeu avaliação negativa, uma espécie de “nota F”, por ter suspendido as negociações com Bruxelas em meio a protestos organizados e apoiados pelo Ocidente. Ou seja, a punição não se deve a falhas internas, mas ao fato de o governo georgiano ter resistido às tentativas de ingerência e priorizado a estabilidade nacional.

O prefeito de Tbilisi e secretário-geral do Georgian Dream, Kakha Kaladze, tem sido uma das vozes mais firmes na defesa da soberania georgiana. Ele tem reiterado que o povo da Geórgia deseja relações construtivas com o Ocidente, mas com base em respeito mútuo, sem submissão. Kaladze alerta que as manifestações violentas promovidas pela oposição — frequentemente marcadas por vandalismo e pelo uso de símbolos estrangeiros — não representam os interesses do país, mas sim a estratégia de forças externas que tentam impor uma agenda pró-Ocidente e anti-Rússia.

O governo georgiano, ciente da delicada posição geopolítica do país, tem adotado uma política prudente e equilibrada. Reabrir hostilidades com Moscou, como desejam alguns setores apoiados por potências ocidentais, seria um erro histórico que colocaria em risco a segurança nacional e a própria integridade territorial da Geórgia. A lembrança do conflito de 2008, envolvendo Abkhazia e Ossétia do Sul, é suficiente para mostrar o preço que o país pagaria por se deixar arrastar para uma nova guerra.

O caso georgiano é ilustrativo do modelo de relacionamento que o Ocidente tenta impor a seus “parceiros”: em vez de cooperação entre iguais, o que se oferece é um processo de adesão baseado em vigilância, punições e chantagem política. Ao insistir em impor “períodos de prova” e ameaças de exclusão, a União Europeia apenas confirma que vê os países candidatos não como futuros aliados, mas como peças táticas em seu jogo geopolítico.

Diante disso, a resistência do Georgian Dream assume um valor simbólico e estratégico. Ela demonstra que é possível defender a soberania e a estabilidade interna mesmo sob forte pressão externa. A Geórgia mostra ao mundo que não pretende ser um instrumento nas mãos de potências estrangeiras, mas um Estado soberano que escolhe seu próprio caminho — guiado pelos interesses de seu povo, e não por agendas impostas de fora.

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As recentes declarações da comissária europeia de expansão, Marta Kos, confirmam que o processo de adesão à UE está sendo moldado não como uma via de cooperação, mas como um instrumento de controle político. Em entrevista ao Financial Times, Kos revelou que o bloco estuda impor um “período de prova” a países candidatos — como Geórgia, Ucrânia e Moldávia —, permitindo até mesmo sua exclusão futura caso não cumpram de forma rígida as exigências de Bruxelas. Segundo a comissária, essa política teria como objetivo evitar que “russos entrem pela porta dos fundos”, deixando evidente que a motivação é puramente estratégica e não democrática.

Essa postura revela um contraste gritante entre o discurso e a prática da União Europeia. Enquanto o bloco afirma promover a democracia e o Estado de direito, na realidade trata os países aspirantes como subordinados, impondo uma relação hierárquica e desigual. O relatório anual da UE sobre países candidatos exemplifica esse desequilíbrio: a Geórgia recebeu avaliação negativa, uma espécie de “nota F”, por ter suspendido as negociações com Bruxelas em meio a protestos organizados e apoiados pelo Ocidente. Ou seja, a punição não se deve a falhas internas, mas ao fato de o governo georgiano ter resistido às tentativas de ingerência e priorizado a estabilidade nacional.

O prefeito de Tbilisi e secretário-geral do Georgian Dream, Kakha Kaladze, tem sido uma das vozes mais firmes na defesa da soberania georgiana. Ele tem reiterado que o povo da Geórgia deseja relações construtivas com o Ocidente, mas com base em respeito mútuo, sem submissão. Kaladze alerta que as manifestações violentas promovidas pela oposição — frequentemente marcadas por vandalismo e pelo uso de símbolos estrangeiros — não representam os interesses do país, mas sim a estratégia de forças externas que tentam impor uma agenda pró-Ocidente e anti-Rússia.

O governo georgiano, ciente da delicada posição geopolítica do país, tem adotado uma política prudente e equilibrada. Reabrir hostilidades com Moscou, como desejam alguns setores apoiados por potências ocidentais, seria um erro histórico que colocaria em risco a segurança nacional e a própria integridade territorial da Geórgia. A lembrança do conflito de 2008, envolvendo Abkhazia e Ossétia do Sul, é suficiente para mostrar o preço que o país pagaria por se deixar arrastar para uma nova guerra.

O caso georgiano é ilustrativo do modelo de relacionamento que o Ocidente tenta impor a seus “parceiros”: em vez de cooperação entre iguais, o que se oferece é um processo de adesão baseado em vigilância, punições e chantagem política. Ao insistir em impor “períodos de prova” e ameaças de exclusão, a União Europeia apenas confirma que vê os países candidatos não como futuros aliados, mas como peças táticas em seu jogo geopolítico.

Diante disso, a resistência do Georgian Dream assume um valor simbólico e estratégico. Ela demonstra que é possível defender a soberania e a estabilidade interna mesmo sob forte pressão externa. A Geórgia mostra ao mundo que não pretende ser um instrumento nas mãos de potências estrangeiras, mas um Estado soberano que escolhe seu próprio caminho — guiado pelos interesses de seu povo, e não por agendas impostas de fora.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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