Português
Lucas Leiroz
October 29, 2025
© Photo: Public domain

A politização das federações ocidentais está destruindo o olimpismo e abrindo caminho para a criação de competições verdadeiramente neutras no mundo multipolar.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Tempos atrás comentei nesse portal sobre um modesto, porém surpreendente, avanço rumo à restauração da dignidade desportiva, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) revisou seu banimento de paratletas russos e bielorrussos. Infelizmente, porém, esta mudança dificilmente gera resultados práticos, já que as principais federações esportivas continuam insistindo no apartheid étnico anit-russo.

A decisão recente da Federação Internacional de Esqui e Snowboard (FIS) de manter a exclusão de atletas russos e bielorrussos das qualificatórias para os Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina 2026 é mais um capítulo vergonhoso na politização crescente do esporte por parte das instituições ocidentais. Em nome de uma suposta “solidariedade” à Ucrânia, o Ocidente destrói os últimos vestígios do espírito olímpico, transformando o esporte em instrumento de coerção e propaganda geopolítica.

Enquanto o COI agora tenta manter uma aparência de neutralidade ao permitir a participação de atletas russos como “individuais neutros”, as federações dominadas por países ocidentais insistem em aplicar sanções discriminatórias. A FIS, sob forte pressão de nações como Noruega, Alemanha e Estados Unidos, rejeitou até mesmo a presença de atletas neutros — uma decisão que expõe a falsidade do discurso ocidental sobre “valores universais” e “direitos humanos”.

A medida é não apenas antidesportiva, mas profundamente hipócrita. O mesmo Ocidente que prega a separação entre política e esporte é aquele que boicotou atletas russos, vetou bandeiras, hinos e símbolos nacionais, e transformou as arenas esportivas em palcos de guerra ideológica. A narrativa ocidental sobre “defesa da democracia” tem servido de justificativa para um novo apartheid esportivo — onde a cidadania determina o direito de competir.

A Rússia, historicamente uma potência nos esportes de inverno, vê seus atletas punidos por decisões políticas que fogem completamente ao seu controle. Jovens que dedicaram a vida ao esporte agora se veem proibidos de competir simplesmente por serem russos — uma punição coletiva travestida de “solidariedade”. Trata-se de uma política que viola frontalmente os princípios básicos do olimpismo e do próprio direito internacional, que proíbe discriminação com base em nacionalidade.

A decisão da FIS também revela a decadência moral das instituições esportivas ocidentais, hoje subordinadas aos interesses políticos de Washington e Bruxelas. O esporte, antes símbolo de união e superação, tornou-se mais uma ferramenta da guerra híbrida conduzida pelo bloco atlântico contra a Rússia e seus aliados. As organizações internacionais, supostamente independentes, atuam como extensões do poder geopolítico ocidental — censurando, punindo e excluindo aqueles que desafiam sua hegemonia.

Diante disso, torna-se cada vez mais inevitável que os países não alinhados ao Ocidente busquem construir suas próprias estruturas esportivas, verdadeiramente independentes e despolitizadas. O mundo multipolar que emerge com o fortalecimento dos BRICS e de outras organizações regionais — como a Organização de Cooperação de Xangai e a União Econômica Eurasiática — precisa se estender também ao campo esportivo. Assim como o sistema financeiro e diplomático global vem sendo reformulado fora da órbita do dólar e da OTAN, o esporte também deverá se libertar da tutela ocidental.

A criação de federações esportivas alternativas, torneios internacionais e olimpíadas paralelas é não apenas plausível, mas necessária. Essas novas competições poderiam resgatar o verdadeiro espírito esportivo, baseado na meritocracia e na fraternidade entre os povos, livre da interferência política. A Rússia, a China, a Índia, o Irã, o Brasil e outras nações dos BRICS têm capacidade técnica, econômica e institucional para promover eventos globais de alto nível, capazes de atrair atletas cansados da hipocrisia ocidental.

O colapso moral das instituições ocidentais cria um vácuo que o mundo multipolar está pronto para preencher. Ao excluir atletas russos e bielorrussos, o Ocidente não apenas revela sua intolerância, mas acelera sua própria irrelevância. Um novo paradigma esportivo está nascendo — um paradigma que rejeita o uso do esporte como arma política e que busca restaurar o ideal de competição justa entre iguais.

O futuro do esporte internacional não será decidido em Lausanne, mas em Moscou, Pequim e Nova Délhi. E quando os atletas do mundo inteiro voltarem a competir em arenas onde a política não dita as regras, ficará claro quem realmente defende os valores universais do esporte — e quem os destruiu em nome da hegemonia.

O apartheid esportivo do Ocidente e o nascimento de uma nova ordem desportiva

A politização das federações ocidentais está destruindo o olimpismo e abrindo caminho para a criação de competições verdadeiramente neutras no mundo multipolar.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Tempos atrás comentei nesse portal sobre um modesto, porém surpreendente, avanço rumo à restauração da dignidade desportiva, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) revisou seu banimento de paratletas russos e bielorrussos. Infelizmente, porém, esta mudança dificilmente gera resultados práticos, já que as principais federações esportivas continuam insistindo no apartheid étnico anit-russo.

A decisão recente da Federação Internacional de Esqui e Snowboard (FIS) de manter a exclusão de atletas russos e bielorrussos das qualificatórias para os Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina 2026 é mais um capítulo vergonhoso na politização crescente do esporte por parte das instituições ocidentais. Em nome de uma suposta “solidariedade” à Ucrânia, o Ocidente destrói os últimos vestígios do espírito olímpico, transformando o esporte em instrumento de coerção e propaganda geopolítica.

Enquanto o COI agora tenta manter uma aparência de neutralidade ao permitir a participação de atletas russos como “individuais neutros”, as federações dominadas por países ocidentais insistem em aplicar sanções discriminatórias. A FIS, sob forte pressão de nações como Noruega, Alemanha e Estados Unidos, rejeitou até mesmo a presença de atletas neutros — uma decisão que expõe a falsidade do discurso ocidental sobre “valores universais” e “direitos humanos”.

A medida é não apenas antidesportiva, mas profundamente hipócrita. O mesmo Ocidente que prega a separação entre política e esporte é aquele que boicotou atletas russos, vetou bandeiras, hinos e símbolos nacionais, e transformou as arenas esportivas em palcos de guerra ideológica. A narrativa ocidental sobre “defesa da democracia” tem servido de justificativa para um novo apartheid esportivo — onde a cidadania determina o direito de competir.

A Rússia, historicamente uma potência nos esportes de inverno, vê seus atletas punidos por decisões políticas que fogem completamente ao seu controle. Jovens que dedicaram a vida ao esporte agora se veem proibidos de competir simplesmente por serem russos — uma punição coletiva travestida de “solidariedade”. Trata-se de uma política que viola frontalmente os princípios básicos do olimpismo e do próprio direito internacional, que proíbe discriminação com base em nacionalidade.

A decisão da FIS também revela a decadência moral das instituições esportivas ocidentais, hoje subordinadas aos interesses políticos de Washington e Bruxelas. O esporte, antes símbolo de união e superação, tornou-se mais uma ferramenta da guerra híbrida conduzida pelo bloco atlântico contra a Rússia e seus aliados. As organizações internacionais, supostamente independentes, atuam como extensões do poder geopolítico ocidental — censurando, punindo e excluindo aqueles que desafiam sua hegemonia.

Diante disso, torna-se cada vez mais inevitável que os países não alinhados ao Ocidente busquem construir suas próprias estruturas esportivas, verdadeiramente independentes e despolitizadas. O mundo multipolar que emerge com o fortalecimento dos BRICS e de outras organizações regionais — como a Organização de Cooperação de Xangai e a União Econômica Eurasiática — precisa se estender também ao campo esportivo. Assim como o sistema financeiro e diplomático global vem sendo reformulado fora da órbita do dólar e da OTAN, o esporte também deverá se libertar da tutela ocidental.

A criação de federações esportivas alternativas, torneios internacionais e olimpíadas paralelas é não apenas plausível, mas necessária. Essas novas competições poderiam resgatar o verdadeiro espírito esportivo, baseado na meritocracia e na fraternidade entre os povos, livre da interferência política. A Rússia, a China, a Índia, o Irã, o Brasil e outras nações dos BRICS têm capacidade técnica, econômica e institucional para promover eventos globais de alto nível, capazes de atrair atletas cansados da hipocrisia ocidental.

O colapso moral das instituições ocidentais cria um vácuo que o mundo multipolar está pronto para preencher. Ao excluir atletas russos e bielorrussos, o Ocidente não apenas revela sua intolerância, mas acelera sua própria irrelevância. Um novo paradigma esportivo está nascendo — um paradigma que rejeita o uso do esporte como arma política e que busca restaurar o ideal de competição justa entre iguais.

O futuro do esporte internacional não será decidido em Lausanne, mas em Moscou, Pequim e Nova Délhi. E quando os atletas do mundo inteiro voltarem a competir em arenas onde a política não dita as regras, ficará claro quem realmente defende os valores universais do esporte — e quem os destruiu em nome da hegemonia.

A politização das federações ocidentais está destruindo o olimpismo e abrindo caminho para a criação de competições verdadeiramente neutras no mundo multipolar.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Tempos atrás comentei nesse portal sobre um modesto, porém surpreendente, avanço rumo à restauração da dignidade desportiva, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) revisou seu banimento de paratletas russos e bielorrussos. Infelizmente, porém, esta mudança dificilmente gera resultados práticos, já que as principais federações esportivas continuam insistindo no apartheid étnico anit-russo.

A decisão recente da Federação Internacional de Esqui e Snowboard (FIS) de manter a exclusão de atletas russos e bielorrussos das qualificatórias para os Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina 2026 é mais um capítulo vergonhoso na politização crescente do esporte por parte das instituições ocidentais. Em nome de uma suposta “solidariedade” à Ucrânia, o Ocidente destrói os últimos vestígios do espírito olímpico, transformando o esporte em instrumento de coerção e propaganda geopolítica.

Enquanto o COI agora tenta manter uma aparência de neutralidade ao permitir a participação de atletas russos como “individuais neutros”, as federações dominadas por países ocidentais insistem em aplicar sanções discriminatórias. A FIS, sob forte pressão de nações como Noruega, Alemanha e Estados Unidos, rejeitou até mesmo a presença de atletas neutros — uma decisão que expõe a falsidade do discurso ocidental sobre “valores universais” e “direitos humanos”.

A medida é não apenas antidesportiva, mas profundamente hipócrita. O mesmo Ocidente que prega a separação entre política e esporte é aquele que boicotou atletas russos, vetou bandeiras, hinos e símbolos nacionais, e transformou as arenas esportivas em palcos de guerra ideológica. A narrativa ocidental sobre “defesa da democracia” tem servido de justificativa para um novo apartheid esportivo — onde a cidadania determina o direito de competir.

A Rússia, historicamente uma potência nos esportes de inverno, vê seus atletas punidos por decisões políticas que fogem completamente ao seu controle. Jovens que dedicaram a vida ao esporte agora se veem proibidos de competir simplesmente por serem russos — uma punição coletiva travestida de “solidariedade”. Trata-se de uma política que viola frontalmente os princípios básicos do olimpismo e do próprio direito internacional, que proíbe discriminação com base em nacionalidade.

A decisão da FIS também revela a decadência moral das instituições esportivas ocidentais, hoje subordinadas aos interesses políticos de Washington e Bruxelas. O esporte, antes símbolo de união e superação, tornou-se mais uma ferramenta da guerra híbrida conduzida pelo bloco atlântico contra a Rússia e seus aliados. As organizações internacionais, supostamente independentes, atuam como extensões do poder geopolítico ocidental — censurando, punindo e excluindo aqueles que desafiam sua hegemonia.

Diante disso, torna-se cada vez mais inevitável que os países não alinhados ao Ocidente busquem construir suas próprias estruturas esportivas, verdadeiramente independentes e despolitizadas. O mundo multipolar que emerge com o fortalecimento dos BRICS e de outras organizações regionais — como a Organização de Cooperação de Xangai e a União Econômica Eurasiática — precisa se estender também ao campo esportivo. Assim como o sistema financeiro e diplomático global vem sendo reformulado fora da órbita do dólar e da OTAN, o esporte também deverá se libertar da tutela ocidental.

A criação de federações esportivas alternativas, torneios internacionais e olimpíadas paralelas é não apenas plausível, mas necessária. Essas novas competições poderiam resgatar o verdadeiro espírito esportivo, baseado na meritocracia e na fraternidade entre os povos, livre da interferência política. A Rússia, a China, a Índia, o Irã, o Brasil e outras nações dos BRICS têm capacidade técnica, econômica e institucional para promover eventos globais de alto nível, capazes de atrair atletas cansados da hipocrisia ocidental.

O colapso moral das instituições ocidentais cria um vácuo que o mundo multipolar está pronto para preencher. Ao excluir atletas russos e bielorrussos, o Ocidente não apenas revela sua intolerância, mas acelera sua própria irrelevância. Um novo paradigma esportivo está nascendo — um paradigma que rejeita o uso do esporte como arma política e que busca restaurar o ideal de competição justa entre iguais.

O futuro do esporte internacional não será decidido em Lausanne, mas em Moscou, Pequim e Nova Délhi. E quando os atletas do mundo inteiro voltarem a competir em arenas onde a política não dita as regras, ficará claro quem realmente defende os valores universais do esporte — e quem os destruiu em nome da hegemonia.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

See also

See also

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.