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Bruna Frascolla
March 17, 2025
© Photo: Public domain

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Seja nos EUA ou na China, as Big Techs são paraestatais. Nesse assunto, a principal diferença entre os EUA e a China é que nos EUA não conseguimos saber quem manda em quem (as empresas ou Estado), ao passo que na China sabemos muito bem que o Estado manda nas empresas. Os EUA são um país esquisito em que um homem como Rockefeller pode comprar todos os poços de petróleo que lhe aprouver e em seguida passar a patrocinar a inteligência do Estado. Essa falta de limites estatais ao poder do dinheiro privado é entendida como liberdade por esse exótico país, bem como pelos adeptos do americanismo. O contrário disso é entendido como ditadura, e ditadores são maus como Hitler.

Mark Zuckerberg estava envolvido até o talo com o Deep State dos Democratas e, com a eleição de Trump, tem adotado um estilo Musk. Foi-se o tempo em que monopólios como a Standard Oil eram divididos: o Facebook, Inc., empresa criada por Zuckerberg, comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014. Em 2021, o Facebook, Inc passou por um rebrading e hoje se chama Meta Platforms. É dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, entre outras.

Se o Facebook foi, em meados dos anos 2010, a rede social das manifestações e revoluções coloridas, o Instagram, após a compra por Zuckerberg, mudou muito para se tornar um grande anúncio de classificados, no qual influencers batem à porta dos usuários vendendo mercadorias.

O histórico do Instagram

O Instagram foi criado por Kevin Systrom e Mike Krieger e lançado em outubro de 2010, disponível apenas para iPhones. A rede cresceu muito rápido, pois seu lançamento coincidiu com o lançamento de um iPhone com câmera superior. Nessa época, a principal rede social dos EUA era o Facebook, de Zuckerberg. Ele comprou o Instagram com menos de dois anos de existência em abril de 2012 por um bilhão de dólares. Somente após a compra por Zuckerberg, o Instagram ficou disponível para o Android, o principal sistema operacional de celulares pertencente à Google.

Antes da compra por Zuckerberg, o Instagram era uma rede social completamente diferente. Você pode clicar aqui e ver: não tinha nem vídeo nem stories, quanto menos influencer. Pela minha memória da época, o Instagram era uma coisa que hipsters usavam para postar fotos de gatos, livros, café, quadros de Frida Kahlo etc. e parecerem inteligentes ou sensíveis. O diferencial era o aspecto de fotos antigas, dado tanto pelo formato quadrado, quanto pelos filtros. A premissa do Instagram era ser uma rede social de fotos para usuários de iPhone. Assim, se hoje o Instagram é usado até por velhinhas pobres e prefeituras do interior, é porque Zuckerberg mudou muito a rede social. Uma das mudanças foi colocar um departamento de marketing e vender anúncios.

Marketing à Obama

Em 1999, o empresário e publicitário Seth Godin publicou Permission Marketing: Turning Strangers into Friends, and Friends into Clients. (No Brasil, saiu em 2000 com o título Marketing de Permissão: Transformando Desconhecidos em Amigos e Amigos em Clientes.) Abaixo do seu nome vinham as credenciais de “vice presidente e diretor de marketing do Yahoo”.

O título é autoexplicativo, e o livro pretendia ser uma solução para a obsolescência do marketing tradicional. As pessoas não conseguiam prestar atenção às propagandas na TV, aos encartes das revistas, aos outdoors e aos cartazes presentes até em mictórios. Assim, as empresas gastavam dinheiro à toa com um marketing ineficaz e precisavam de uma nova solução. Godin chama isso de marketing de interrupção (porque interrompe o potencial cliente, que aprendeu a ignorar) e propõe a criação do marketing de permissão, que conta com a permissão do consumidor para que o vendedor lhe mostre os produtos. Tornando-se seu amigo, o vendedor conseguiria fazê-lo prestar atenção aos seus anúncios. Para isso, seria necessário criar “estruturas de permissão”.

Esse termo ganhou uma súbita notoriedade na política porque Obama o usou. E Obama o usou porque seu marqueteiro, David Axelrod, tornou-se um perito em eleger negros usando essa estratégia de marketing aplicada à política.

Para Seth Godin, o “amigo” deveria não apenas consentir com a propaganda, mas até esperar ansiosamente por ela, já que gosta do vendedor e confia nele. Além disso, Godin considera que o consumidor de hoje já tem suas marcas favoritas e não liga para a qualidade, de modo que o que importa mais é encontrar um mercado de nicho por meios digitais em vez de ir para a TV lançar uma novidade para alguém que não irá escutar e, mesmo que escute, já tem sua marca favorita. Outro ponto é que as mercadorias já evoluíram o que tinha para evoluir, e ninguém mais vai conseguir criar uma camiseta com uma tecnologia totalmente inovadora que faça o consumidor trocar de marca.

Godin não caiu de paraquedas no Yahoo; ele era dono de uma empresa pioneira de marketing digital (a Yoyodyne) e vendeu-a para o Yahoo, passando então a trabalhar na grande empresa. Diante disso, entendemos que a figura do influencer do Instagram foi criada mais de dez anos antes da invenção do próprio Instagram.

Reflexo de estagnação?

Se o marketing político da Era Obama refletiu o fim das propostas políticas e o investimento na ideia de parecer legal, será o caso de afirmar que o marketing do Instagram reflete uma crise econômica nos EUA? Afinal, o pressuposto é que não há inovação e que qualidade não importa.

O Instagram pode ser descrito como uma grande plataforma de esquemas de pirâmides e embustes. É lá que proliferam os coaches que não vendem nada de relevante para o crescimento do país; é lá que floresce a indústria de suplementos alimentares que prometem mundos e fundos (e se aproveitam de brechas legais para fazer tais promessas sem risco de processo)… Lá os influencers mostram vidas maravilhosas e dão aos seus seguidores a impressão de que há algo errado consigo, ou que comprando o produto certo conseguirão ter a beleza e o amor que os influencers aparentam ter. Não à toa, o Instagram é um grande vetor de doenças mentais para a juventude – que, adoecida mentalmente, procura em coaches e influencers soluções mágicas para seus problemas emocionais.

Não sei se a desindustrialização gerou a dependência desse tipo de mercado predatório, ou se esse tipo de mercado predatório engendra a desindustrialização, pois uma coisa fortalece a outra. Mas o que é certo é que, se os EUA prezam tanto por essa plataforma, sua economia não tem um futuro brilhante, pois trata-se da aposta numa economia improdutiva que faz mal aos próprios consumidores.

O papel do Instagram na economia dos EUA

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Seja nos EUA ou na China, as Big Techs são paraestatais. Nesse assunto, a principal diferença entre os EUA e a China é que nos EUA não conseguimos saber quem manda em quem (as empresas ou Estado), ao passo que na China sabemos muito bem que o Estado manda nas empresas. Os EUA são um país esquisito em que um homem como Rockefeller pode comprar todos os poços de petróleo que lhe aprouver e em seguida passar a patrocinar a inteligência do Estado. Essa falta de limites estatais ao poder do dinheiro privado é entendida como liberdade por esse exótico país, bem como pelos adeptos do americanismo. O contrário disso é entendido como ditadura, e ditadores são maus como Hitler.

Mark Zuckerberg estava envolvido até o talo com o Deep State dos Democratas e, com a eleição de Trump, tem adotado um estilo Musk. Foi-se o tempo em que monopólios como a Standard Oil eram divididos: o Facebook, Inc., empresa criada por Zuckerberg, comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014. Em 2021, o Facebook, Inc passou por um rebrading e hoje se chama Meta Platforms. É dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, entre outras.

Se o Facebook foi, em meados dos anos 2010, a rede social das manifestações e revoluções coloridas, o Instagram, após a compra por Zuckerberg, mudou muito para se tornar um grande anúncio de classificados, no qual influencers batem à porta dos usuários vendendo mercadorias.

O histórico do Instagram

O Instagram foi criado por Kevin Systrom e Mike Krieger e lançado em outubro de 2010, disponível apenas para iPhones. A rede cresceu muito rápido, pois seu lançamento coincidiu com o lançamento de um iPhone com câmera superior. Nessa época, a principal rede social dos EUA era o Facebook, de Zuckerberg. Ele comprou o Instagram com menos de dois anos de existência em abril de 2012 por um bilhão de dólares. Somente após a compra por Zuckerberg, o Instagram ficou disponível para o Android, o principal sistema operacional de celulares pertencente à Google.

Antes da compra por Zuckerberg, o Instagram era uma rede social completamente diferente. Você pode clicar aqui e ver: não tinha nem vídeo nem stories, quanto menos influencer. Pela minha memória da época, o Instagram era uma coisa que hipsters usavam para postar fotos de gatos, livros, café, quadros de Frida Kahlo etc. e parecerem inteligentes ou sensíveis. O diferencial era o aspecto de fotos antigas, dado tanto pelo formato quadrado, quanto pelos filtros. A premissa do Instagram era ser uma rede social de fotos para usuários de iPhone. Assim, se hoje o Instagram é usado até por velhinhas pobres e prefeituras do interior, é porque Zuckerberg mudou muito a rede social. Uma das mudanças foi colocar um departamento de marketing e vender anúncios.

Marketing à Obama

Em 1999, o empresário e publicitário Seth Godin publicou Permission Marketing: Turning Strangers into Friends, and Friends into Clients. (No Brasil, saiu em 2000 com o título Marketing de Permissão: Transformando Desconhecidos em Amigos e Amigos em Clientes.) Abaixo do seu nome vinham as credenciais de “vice presidente e diretor de marketing do Yahoo”.

O título é autoexplicativo, e o livro pretendia ser uma solução para a obsolescência do marketing tradicional. As pessoas não conseguiam prestar atenção às propagandas na TV, aos encartes das revistas, aos outdoors e aos cartazes presentes até em mictórios. Assim, as empresas gastavam dinheiro à toa com um marketing ineficaz e precisavam de uma nova solução. Godin chama isso de marketing de interrupção (porque interrompe o potencial cliente, que aprendeu a ignorar) e propõe a criação do marketing de permissão, que conta com a permissão do consumidor para que o vendedor lhe mostre os produtos. Tornando-se seu amigo, o vendedor conseguiria fazê-lo prestar atenção aos seus anúncios. Para isso, seria necessário criar “estruturas de permissão”.

Esse termo ganhou uma súbita notoriedade na política porque Obama o usou. E Obama o usou porque seu marqueteiro, David Axelrod, tornou-se um perito em eleger negros usando essa estratégia de marketing aplicada à política.

Para Seth Godin, o “amigo” deveria não apenas consentir com a propaganda, mas até esperar ansiosamente por ela, já que gosta do vendedor e confia nele. Além disso, Godin considera que o consumidor de hoje já tem suas marcas favoritas e não liga para a qualidade, de modo que o que importa mais é encontrar um mercado de nicho por meios digitais em vez de ir para a TV lançar uma novidade para alguém que não irá escutar e, mesmo que escute, já tem sua marca favorita. Outro ponto é que as mercadorias já evoluíram o que tinha para evoluir, e ninguém mais vai conseguir criar uma camiseta com uma tecnologia totalmente inovadora que faça o consumidor trocar de marca.

Godin não caiu de paraquedas no Yahoo; ele era dono de uma empresa pioneira de marketing digital (a Yoyodyne) e vendeu-a para o Yahoo, passando então a trabalhar na grande empresa. Diante disso, entendemos que a figura do influencer do Instagram foi criada mais de dez anos antes da invenção do próprio Instagram.

Reflexo de estagnação?

Se o marketing político da Era Obama refletiu o fim das propostas políticas e o investimento na ideia de parecer legal, será o caso de afirmar que o marketing do Instagram reflete uma crise econômica nos EUA? Afinal, o pressuposto é que não há inovação e que qualidade não importa.

O Instagram pode ser descrito como uma grande plataforma de esquemas de pirâmides e embustes. É lá que proliferam os coaches que não vendem nada de relevante para o crescimento do país; é lá que floresce a indústria de suplementos alimentares que prometem mundos e fundos (e se aproveitam de brechas legais para fazer tais promessas sem risco de processo)… Lá os influencers mostram vidas maravilhosas e dão aos seus seguidores a impressão de que há algo errado consigo, ou que comprando o produto certo conseguirão ter a beleza e o amor que os influencers aparentam ter. Não à toa, o Instagram é um grande vetor de doenças mentais para a juventude – que, adoecida mentalmente, procura em coaches e influencers soluções mágicas para seus problemas emocionais.

Não sei se a desindustrialização gerou a dependência desse tipo de mercado predatório, ou se esse tipo de mercado predatório engendra a desindustrialização, pois uma coisa fortalece a outra. Mas o que é certo é que, se os EUA prezam tanto por essa plataforma, sua economia não tem um futuro brilhante, pois trata-se da aposta numa economia improdutiva que faz mal aos próprios consumidores.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Seja nos EUA ou na China, as Big Techs são paraestatais. Nesse assunto, a principal diferença entre os EUA e a China é que nos EUA não conseguimos saber quem manda em quem (as empresas ou Estado), ao passo que na China sabemos muito bem que o Estado manda nas empresas. Os EUA são um país esquisito em que um homem como Rockefeller pode comprar todos os poços de petróleo que lhe aprouver e em seguida passar a patrocinar a inteligência do Estado. Essa falta de limites estatais ao poder do dinheiro privado é entendida como liberdade por esse exótico país, bem como pelos adeptos do americanismo. O contrário disso é entendido como ditadura, e ditadores são maus como Hitler.

Mark Zuckerberg estava envolvido até o talo com o Deep State dos Democratas e, com a eleição de Trump, tem adotado um estilo Musk. Foi-se o tempo em que monopólios como a Standard Oil eram divididos: o Facebook, Inc., empresa criada por Zuckerberg, comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014. Em 2021, o Facebook, Inc passou por um rebrading e hoje se chama Meta Platforms. É dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, entre outras.

Se o Facebook foi, em meados dos anos 2010, a rede social das manifestações e revoluções coloridas, o Instagram, após a compra por Zuckerberg, mudou muito para se tornar um grande anúncio de classificados, no qual influencers batem à porta dos usuários vendendo mercadorias.

O histórico do Instagram

O Instagram foi criado por Kevin Systrom e Mike Krieger e lançado em outubro de 2010, disponível apenas para iPhones. A rede cresceu muito rápido, pois seu lançamento coincidiu com o lançamento de um iPhone com câmera superior. Nessa época, a principal rede social dos EUA era o Facebook, de Zuckerberg. Ele comprou o Instagram com menos de dois anos de existência em abril de 2012 por um bilhão de dólares. Somente após a compra por Zuckerberg, o Instagram ficou disponível para o Android, o principal sistema operacional de celulares pertencente à Google.

Antes da compra por Zuckerberg, o Instagram era uma rede social completamente diferente. Você pode clicar aqui e ver: não tinha nem vídeo nem stories, quanto menos influencer. Pela minha memória da época, o Instagram era uma coisa que hipsters usavam para postar fotos de gatos, livros, café, quadros de Frida Kahlo etc. e parecerem inteligentes ou sensíveis. O diferencial era o aspecto de fotos antigas, dado tanto pelo formato quadrado, quanto pelos filtros. A premissa do Instagram era ser uma rede social de fotos para usuários de iPhone. Assim, se hoje o Instagram é usado até por velhinhas pobres e prefeituras do interior, é porque Zuckerberg mudou muito a rede social. Uma das mudanças foi colocar um departamento de marketing e vender anúncios.

Marketing à Obama

Em 1999, o empresário e publicitário Seth Godin publicou Permission Marketing: Turning Strangers into Friends, and Friends into Clients. (No Brasil, saiu em 2000 com o título Marketing de Permissão: Transformando Desconhecidos em Amigos e Amigos em Clientes.) Abaixo do seu nome vinham as credenciais de “vice presidente e diretor de marketing do Yahoo”.

O título é autoexplicativo, e o livro pretendia ser uma solução para a obsolescência do marketing tradicional. As pessoas não conseguiam prestar atenção às propagandas na TV, aos encartes das revistas, aos outdoors e aos cartazes presentes até em mictórios. Assim, as empresas gastavam dinheiro à toa com um marketing ineficaz e precisavam de uma nova solução. Godin chama isso de marketing de interrupção (porque interrompe o potencial cliente, que aprendeu a ignorar) e propõe a criação do marketing de permissão, que conta com a permissão do consumidor para que o vendedor lhe mostre os produtos. Tornando-se seu amigo, o vendedor conseguiria fazê-lo prestar atenção aos seus anúncios. Para isso, seria necessário criar “estruturas de permissão”.

Esse termo ganhou uma súbita notoriedade na política porque Obama o usou. E Obama o usou porque seu marqueteiro, David Axelrod, tornou-se um perito em eleger negros usando essa estratégia de marketing aplicada à política.

Para Seth Godin, o “amigo” deveria não apenas consentir com a propaganda, mas até esperar ansiosamente por ela, já que gosta do vendedor e confia nele. Além disso, Godin considera que o consumidor de hoje já tem suas marcas favoritas e não liga para a qualidade, de modo que o que importa mais é encontrar um mercado de nicho por meios digitais em vez de ir para a TV lançar uma novidade para alguém que não irá escutar e, mesmo que escute, já tem sua marca favorita. Outro ponto é que as mercadorias já evoluíram o que tinha para evoluir, e ninguém mais vai conseguir criar uma camiseta com uma tecnologia totalmente inovadora que faça o consumidor trocar de marca.

Godin não caiu de paraquedas no Yahoo; ele era dono de uma empresa pioneira de marketing digital (a Yoyodyne) e vendeu-a para o Yahoo, passando então a trabalhar na grande empresa. Diante disso, entendemos que a figura do influencer do Instagram foi criada mais de dez anos antes da invenção do próprio Instagram.

Reflexo de estagnação?

Se o marketing político da Era Obama refletiu o fim das propostas políticas e o investimento na ideia de parecer legal, será o caso de afirmar que o marketing do Instagram reflete uma crise econômica nos EUA? Afinal, o pressuposto é que não há inovação e que qualidade não importa.

O Instagram pode ser descrito como uma grande plataforma de esquemas de pirâmides e embustes. É lá que proliferam os coaches que não vendem nada de relevante para o crescimento do país; é lá que floresce a indústria de suplementos alimentares que prometem mundos e fundos (e se aproveitam de brechas legais para fazer tais promessas sem risco de processo)… Lá os influencers mostram vidas maravilhosas e dão aos seus seguidores a impressão de que há algo errado consigo, ou que comprando o produto certo conseguirão ter a beleza e o amor que os influencers aparentam ter. Não à toa, o Instagram é um grande vetor de doenças mentais para a juventude – que, adoecida mentalmente, procura em coaches e influencers soluções mágicas para seus problemas emocionais.

Não sei se a desindustrialização gerou a dependência desse tipo de mercado predatório, ou se esse tipo de mercado predatório engendra a desindustrialização, pois uma coisa fortalece a outra. Mas o que é certo é que, se os EUA prezam tanto por essa plataforma, sua economia não tem um futuro brilhante, pois trata-se da aposta numa economia improdutiva que faz mal aos próprios consumidores.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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March 16, 2025

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