Português
Raphael Machado
July 26, 2024
© Photo: Public Domain

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Segundo dizia Juan Domingo Perón, o ano 2000 veria os países ibero-americanos unidos ou, caso contrário, subjugados. O novo milênio chegou, a integração continental não veio (para além de algumas iniciativas tímidas) e, de fato, os países da região, em geral, permaneceram sob a tutela do Ocidente coletivo.

Esse sonho da integração ibero-americana vem de longa data, como já tivemos oportunidade de mencionar em outras ocasiões. Ele já estava presente no próprio processo das independências e no pensamento original de Simón Bolívar, ainda que tenham prevalecido os interesses das oligarquias sectárias locais. E o papel do Brasil nesse projeto, visto como incerto nos tempos de Bolívar, já era praticamente consensual ao final do século XIX, quando do desenvolvimento da escola “arielista”, que traçava uma oposição fundamental entre a América de raiz anglo-saxã e a América de raiz ibérica, e preconizava a união da segunda contra a primeira.

Um dos fatores que têm sido identificados como dificultando essa integração continental é o fato de que as elites brasileiras têm os olhos voltados mais para o Atlântico do que para o “coração” da América Ibérica. Talvez porque a colonização do Brasil se iniciou como uma colonização litorânea, talvez simplesmente por causa de como as elites brasileiras foram educadas, não obstante temos aí um fato.

Boa parte das elites brasileiras (o que se reflete no povo) não se identifica como pertencente à mesma civilização que os povos vizinhos e se sente mais próxima culturalmente dos EUA do que, por exemplo, de argentinos, peruanos ou mexicanos.

Uma das explicações oferecidas para essa “alienação continental” da parte de muitos brasileiros tem sido o fato de que falamos português, enquanto nossos vizinhos falam espanhol. É difícil aceitar essa explicação por uma série de motivos: 1) Não faz sentido o brasileiro se identificar mais com o estadunidense do que com nossos vizinhos com base nisso, já que o inglês é, obviamente, menos mutuamente compreensível vis-à-vis o português; 2) O português e o espanhol são suficientemente próximos, por causa das origens comuns do idioma, que nasce do galego-português, um dos idiomas pertencentes à família linguística das línguas ibéricas ocidentais.

A nossa “alienação continental”, obviamente, tem outras razões que não as linguísticas – razões socioculturais, fruto do “deslumbramento” das elites brasileiras em relação aos padrões culturais do “centro do mundo”. Não obstante, é óbvio que a familiaridade linguística aproxima os povos, de modo que nos parece fazer parte de construir as condições necessárias para uma integração continental aproximar os brasileiros da língua espanhola e os nossos vizinhos da língua portuguesa.

Nesse sentido, para tentar começar a solucionar esse problema, o governo Vargas, em 1942, incluiu o ensino do espanhol na grade curricular obrigatória brasileira através da Lei Orgânica do Ensino Secundário nº 4.244. Isso seguia já uma lógica continentalista, já que Vargas percebia o destino ibero-americano do Brasil, vendo como necessário o alinhamento mútuo entre os países da região. Não foi casual que posteriormente ele, Perón e o chileno Ibañez organizariam o “Projeto ABC” como semente de um projeto de estruturação de um “Grande Espaço” continental integrado.

Mas apesar do impulso de Vargas nesse sentido ter sido importante, por uma série de contratempos e reviravoltas históricas, quando da virada do século muitas escolas brasileiras ainda não ofereciam o espanhol. É necessário reconhecer a Lula o mérito de ter modificado essa situação ao tornar o ensino de espanhol obrigatório nos estabelecimentos de ensino médio do Brasil através da Lei 11.161 de 2005.

Agora que se discute uma reforma do sistema educacional no Brasil, o chamado “Novo Ensino Médio”, o qual já está abalado por uma série de polêmicas, revelou-se que durante a construção e votação do projeto de lei do Novo Ensino Médio houve a atuação secreta de um lóbi das representações diplomáticas da Itália, Alemanha e França, sob liderança desta última, com o objetivo de retirar o espanhol do currículo obrigatório.

Falamos aqui em “atuação secreta de um lóbi” porque essa operação de sabotagem cultural do projeto só foi divulgada pela mídia de massa, como a CNN (que é também uma mídia estrangeira de um país da OTAN), depois que o projeto de lei já havia sido aprovado e estava já na mesa do Presidente Lula para assinar. Considerando que uma movimentação de três embaixadas estrangeiras junto a, provavelmente, dezenas (ou mais!) de deputados e senadores, bem como seus assessores, dificilmente poderia permanecer um segredo absoluto para só chegar ao conhecimento dos jornalistas depois da aprovação.

É mais fácil considerar a mídia já estava ciente, mas calculou o momento “certo” de revelar uma informação que é, obviamente, polêmica e indica uma intervenção estatal estrangeira no currículo escolar brasileiro.

Após a revelação do lóbi antiespanhol no Brasil, representantes das embaixadas envolvidas vieram a público para revelar a sua perspectiva, segundo a qual a obrigatoriedade da língua espanhola seria uma “calamidade” – mas para quem?

É fácil deduzir quais seriam os interesses dos países em questão.

A generalização do idioma espanhol no Brasil facilitaria a aproximação do povo brasileiro em relação aos países vizinhos, o que teria consequências em todas as dimensões sociais, do aumento do turismo à aprovação de decisões geopolíticas continentalistas, o que obviamente iria na contramão das pretensões de cooptação que os países da OTAN têm em relação ao Brasil.

Precisamos recordar, por exemplo, que Macron possui uma estratégia específica em relação ao Brasil, a qual aponta para enredar o Brasil em compromissos de tipos diversos (do econômico ao militar) com países da OTAN para limitar o potencial de alinhamento do Brasil com os países contra-hegemônicos.

Para isso, naturalmente, popularizar o francês em detrimento do espanhol no Brasil seria fundamental.

Alguns parlamentares brasileiros solicitaram esclarecimentos às embaixadas, bem como enviaram um ofício ao Itamaraty para pedir que o Ministério de Relações Exteriores se pronuncie e investigue essa interferência estrangeira em nossos assuntos internos.

De qualquer maneira, a conclusão é que temos aí mais uma evidência de que os países da OTAN estão efetivamente engajados em cooptar o Brasil e amarrá-lo ao Ocidente atlântico.

Isso exige do Brasil um maior grau de consciência em relação às contradições e ameaças geopolíticas de nossos tempos, caso queiramos efetivamente contribuir para a construção de uma nova ordem multipolar.

Embaixadas da OTAN conspiram contra a aproximação entre o Brasil e os países da América Latina

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Segundo dizia Juan Domingo Perón, o ano 2000 veria os países ibero-americanos unidos ou, caso contrário, subjugados. O novo milênio chegou, a integração continental não veio (para além de algumas iniciativas tímidas) e, de fato, os países da região, em geral, permaneceram sob a tutela do Ocidente coletivo.

Esse sonho da integração ibero-americana vem de longa data, como já tivemos oportunidade de mencionar em outras ocasiões. Ele já estava presente no próprio processo das independências e no pensamento original de Simón Bolívar, ainda que tenham prevalecido os interesses das oligarquias sectárias locais. E o papel do Brasil nesse projeto, visto como incerto nos tempos de Bolívar, já era praticamente consensual ao final do século XIX, quando do desenvolvimento da escola “arielista”, que traçava uma oposição fundamental entre a América de raiz anglo-saxã e a América de raiz ibérica, e preconizava a união da segunda contra a primeira.

Um dos fatores que têm sido identificados como dificultando essa integração continental é o fato de que as elites brasileiras têm os olhos voltados mais para o Atlântico do que para o “coração” da América Ibérica. Talvez porque a colonização do Brasil se iniciou como uma colonização litorânea, talvez simplesmente por causa de como as elites brasileiras foram educadas, não obstante temos aí um fato.

Boa parte das elites brasileiras (o que se reflete no povo) não se identifica como pertencente à mesma civilização que os povos vizinhos e se sente mais próxima culturalmente dos EUA do que, por exemplo, de argentinos, peruanos ou mexicanos.

Uma das explicações oferecidas para essa “alienação continental” da parte de muitos brasileiros tem sido o fato de que falamos português, enquanto nossos vizinhos falam espanhol. É difícil aceitar essa explicação por uma série de motivos: 1) Não faz sentido o brasileiro se identificar mais com o estadunidense do que com nossos vizinhos com base nisso, já que o inglês é, obviamente, menos mutuamente compreensível vis-à-vis o português; 2) O português e o espanhol são suficientemente próximos, por causa das origens comuns do idioma, que nasce do galego-português, um dos idiomas pertencentes à família linguística das línguas ibéricas ocidentais.

A nossa “alienação continental”, obviamente, tem outras razões que não as linguísticas – razões socioculturais, fruto do “deslumbramento” das elites brasileiras em relação aos padrões culturais do “centro do mundo”. Não obstante, é óbvio que a familiaridade linguística aproxima os povos, de modo que nos parece fazer parte de construir as condições necessárias para uma integração continental aproximar os brasileiros da língua espanhola e os nossos vizinhos da língua portuguesa.

Nesse sentido, para tentar começar a solucionar esse problema, o governo Vargas, em 1942, incluiu o ensino do espanhol na grade curricular obrigatória brasileira através da Lei Orgânica do Ensino Secundário nº 4.244. Isso seguia já uma lógica continentalista, já que Vargas percebia o destino ibero-americano do Brasil, vendo como necessário o alinhamento mútuo entre os países da região. Não foi casual que posteriormente ele, Perón e o chileno Ibañez organizariam o “Projeto ABC” como semente de um projeto de estruturação de um “Grande Espaço” continental integrado.

Mas apesar do impulso de Vargas nesse sentido ter sido importante, por uma série de contratempos e reviravoltas históricas, quando da virada do século muitas escolas brasileiras ainda não ofereciam o espanhol. É necessário reconhecer a Lula o mérito de ter modificado essa situação ao tornar o ensino de espanhol obrigatório nos estabelecimentos de ensino médio do Brasil através da Lei 11.161 de 2005.

Agora que se discute uma reforma do sistema educacional no Brasil, o chamado “Novo Ensino Médio”, o qual já está abalado por uma série de polêmicas, revelou-se que durante a construção e votação do projeto de lei do Novo Ensino Médio houve a atuação secreta de um lóbi das representações diplomáticas da Itália, Alemanha e França, sob liderança desta última, com o objetivo de retirar o espanhol do currículo obrigatório.

Falamos aqui em “atuação secreta de um lóbi” porque essa operação de sabotagem cultural do projeto só foi divulgada pela mídia de massa, como a CNN (que é também uma mídia estrangeira de um país da OTAN), depois que o projeto de lei já havia sido aprovado e estava já na mesa do Presidente Lula para assinar. Considerando que uma movimentação de três embaixadas estrangeiras junto a, provavelmente, dezenas (ou mais!) de deputados e senadores, bem como seus assessores, dificilmente poderia permanecer um segredo absoluto para só chegar ao conhecimento dos jornalistas depois da aprovação.

É mais fácil considerar a mídia já estava ciente, mas calculou o momento “certo” de revelar uma informação que é, obviamente, polêmica e indica uma intervenção estatal estrangeira no currículo escolar brasileiro.

Após a revelação do lóbi antiespanhol no Brasil, representantes das embaixadas envolvidas vieram a público para revelar a sua perspectiva, segundo a qual a obrigatoriedade da língua espanhola seria uma “calamidade” – mas para quem?

É fácil deduzir quais seriam os interesses dos países em questão.

A generalização do idioma espanhol no Brasil facilitaria a aproximação do povo brasileiro em relação aos países vizinhos, o que teria consequências em todas as dimensões sociais, do aumento do turismo à aprovação de decisões geopolíticas continentalistas, o que obviamente iria na contramão das pretensões de cooptação que os países da OTAN têm em relação ao Brasil.

Precisamos recordar, por exemplo, que Macron possui uma estratégia específica em relação ao Brasil, a qual aponta para enredar o Brasil em compromissos de tipos diversos (do econômico ao militar) com países da OTAN para limitar o potencial de alinhamento do Brasil com os países contra-hegemônicos.

Para isso, naturalmente, popularizar o francês em detrimento do espanhol no Brasil seria fundamental.

Alguns parlamentares brasileiros solicitaram esclarecimentos às embaixadas, bem como enviaram um ofício ao Itamaraty para pedir que o Ministério de Relações Exteriores se pronuncie e investigue essa interferência estrangeira em nossos assuntos internos.

De qualquer maneira, a conclusão é que temos aí mais uma evidência de que os países da OTAN estão efetivamente engajados em cooptar o Brasil e amarrá-lo ao Ocidente atlântico.

Isso exige do Brasil um maior grau de consciência em relação às contradições e ameaças geopolíticas de nossos tempos, caso queiramos efetivamente contribuir para a construção de uma nova ordem multipolar.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Segundo dizia Juan Domingo Perón, o ano 2000 veria os países ibero-americanos unidos ou, caso contrário, subjugados. O novo milênio chegou, a integração continental não veio (para além de algumas iniciativas tímidas) e, de fato, os países da região, em geral, permaneceram sob a tutela do Ocidente coletivo.

Esse sonho da integração ibero-americana vem de longa data, como já tivemos oportunidade de mencionar em outras ocasiões. Ele já estava presente no próprio processo das independências e no pensamento original de Simón Bolívar, ainda que tenham prevalecido os interesses das oligarquias sectárias locais. E o papel do Brasil nesse projeto, visto como incerto nos tempos de Bolívar, já era praticamente consensual ao final do século XIX, quando do desenvolvimento da escola “arielista”, que traçava uma oposição fundamental entre a América de raiz anglo-saxã e a América de raiz ibérica, e preconizava a união da segunda contra a primeira.

Um dos fatores que têm sido identificados como dificultando essa integração continental é o fato de que as elites brasileiras têm os olhos voltados mais para o Atlântico do que para o “coração” da América Ibérica. Talvez porque a colonização do Brasil se iniciou como uma colonização litorânea, talvez simplesmente por causa de como as elites brasileiras foram educadas, não obstante temos aí um fato.

Boa parte das elites brasileiras (o que se reflete no povo) não se identifica como pertencente à mesma civilização que os povos vizinhos e se sente mais próxima culturalmente dos EUA do que, por exemplo, de argentinos, peruanos ou mexicanos.

Uma das explicações oferecidas para essa “alienação continental” da parte de muitos brasileiros tem sido o fato de que falamos português, enquanto nossos vizinhos falam espanhol. É difícil aceitar essa explicação por uma série de motivos: 1) Não faz sentido o brasileiro se identificar mais com o estadunidense do que com nossos vizinhos com base nisso, já que o inglês é, obviamente, menos mutuamente compreensível vis-à-vis o português; 2) O português e o espanhol são suficientemente próximos, por causa das origens comuns do idioma, que nasce do galego-português, um dos idiomas pertencentes à família linguística das línguas ibéricas ocidentais.

A nossa “alienação continental”, obviamente, tem outras razões que não as linguísticas – razões socioculturais, fruto do “deslumbramento” das elites brasileiras em relação aos padrões culturais do “centro do mundo”. Não obstante, é óbvio que a familiaridade linguística aproxima os povos, de modo que nos parece fazer parte de construir as condições necessárias para uma integração continental aproximar os brasileiros da língua espanhola e os nossos vizinhos da língua portuguesa.

Nesse sentido, para tentar começar a solucionar esse problema, o governo Vargas, em 1942, incluiu o ensino do espanhol na grade curricular obrigatória brasileira através da Lei Orgânica do Ensino Secundário nº 4.244. Isso seguia já uma lógica continentalista, já que Vargas percebia o destino ibero-americano do Brasil, vendo como necessário o alinhamento mútuo entre os países da região. Não foi casual que posteriormente ele, Perón e o chileno Ibañez organizariam o “Projeto ABC” como semente de um projeto de estruturação de um “Grande Espaço” continental integrado.

Mas apesar do impulso de Vargas nesse sentido ter sido importante, por uma série de contratempos e reviravoltas históricas, quando da virada do século muitas escolas brasileiras ainda não ofereciam o espanhol. É necessário reconhecer a Lula o mérito de ter modificado essa situação ao tornar o ensino de espanhol obrigatório nos estabelecimentos de ensino médio do Brasil através da Lei 11.161 de 2005.

Agora que se discute uma reforma do sistema educacional no Brasil, o chamado “Novo Ensino Médio”, o qual já está abalado por uma série de polêmicas, revelou-se que durante a construção e votação do projeto de lei do Novo Ensino Médio houve a atuação secreta de um lóbi das representações diplomáticas da Itália, Alemanha e França, sob liderança desta última, com o objetivo de retirar o espanhol do currículo obrigatório.

Falamos aqui em “atuação secreta de um lóbi” porque essa operação de sabotagem cultural do projeto só foi divulgada pela mídia de massa, como a CNN (que é também uma mídia estrangeira de um país da OTAN), depois que o projeto de lei já havia sido aprovado e estava já na mesa do Presidente Lula para assinar. Considerando que uma movimentação de três embaixadas estrangeiras junto a, provavelmente, dezenas (ou mais!) de deputados e senadores, bem como seus assessores, dificilmente poderia permanecer um segredo absoluto para só chegar ao conhecimento dos jornalistas depois da aprovação.

É mais fácil considerar a mídia já estava ciente, mas calculou o momento “certo” de revelar uma informação que é, obviamente, polêmica e indica uma intervenção estatal estrangeira no currículo escolar brasileiro.

Após a revelação do lóbi antiespanhol no Brasil, representantes das embaixadas envolvidas vieram a público para revelar a sua perspectiva, segundo a qual a obrigatoriedade da língua espanhola seria uma “calamidade” – mas para quem?

É fácil deduzir quais seriam os interesses dos países em questão.

A generalização do idioma espanhol no Brasil facilitaria a aproximação do povo brasileiro em relação aos países vizinhos, o que teria consequências em todas as dimensões sociais, do aumento do turismo à aprovação de decisões geopolíticas continentalistas, o que obviamente iria na contramão das pretensões de cooptação que os países da OTAN têm em relação ao Brasil.

Precisamos recordar, por exemplo, que Macron possui uma estratégia específica em relação ao Brasil, a qual aponta para enredar o Brasil em compromissos de tipos diversos (do econômico ao militar) com países da OTAN para limitar o potencial de alinhamento do Brasil com os países contra-hegemônicos.

Para isso, naturalmente, popularizar o francês em detrimento do espanhol no Brasil seria fundamental.

Alguns parlamentares brasileiros solicitaram esclarecimentos às embaixadas, bem como enviaram um ofício ao Itamaraty para pedir que o Ministério de Relações Exteriores se pronuncie e investigue essa interferência estrangeira em nossos assuntos internos.

De qualquer maneira, a conclusão é que temos aí mais uma evidência de que os países da OTAN estão efetivamente engajados em cooptar o Brasil e amarrá-lo ao Ocidente atlântico.

Isso exige do Brasil um maior grau de consciência em relação às contradições e ameaças geopolíticas de nossos tempos, caso queiramos efetivamente contribuir para a construção de uma nova ordem multipolar.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

See also

November 11, 2024

See also

November 11, 2024
The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.