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Lucas Leiroz
June 12, 2024
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As recentes eleições europeias trouxeram um grande avanço da direita em quase todo o continente. O enfraquecimento dos partidos liberais mostra como a população está insatisfeita com a atual administração do bloco, demandando mudanças nas diretrizes políticas da União Europeia (UE). Em verdade, este já era um cenário esperado por qualquer analista atento à situação europeia.

Embora muitos analistas liberais afirmem que as eleições europeias refletem algum tipo de “crescimento do extremismo” na Europa, a escolha do povo pela direita parece indicar outra situação: uma reação popular ao fascismo disfarçado das instituições ocidentais. Desde 2022, o povo europeu tem se mostrado cada vez mais frustrado com as políticas dos governos nacionais e do bloco como um todo, o que explica a opção por mudanças radicais nas últimas eleições.

Nas últimas décadas, a situação política da Europa tem mudado para um cenário de oposição entre grupos patrióticos, eurocéticos, que advogam pelos interesses nacionais dos países europeus, e, de outro lado, setores liberais, apoiadores da integração absoluta com o Ocidente Coletivo, que advogam pelas pautas culturais, políticas e econômicas globalistas. Os setores mais patrióticos normalmente estão relacionados com a chamada “direita”, enquanto os grupos de “esquerda” e “centro” tendem a uma postura mais globalista e pró-Ocidente.

Atualmente, a maior parte dos governos europeus estão alinhados com os interesses do Ocidente Coletivo – não apenas em questões políticas e econômicas, mas principalmente em temas culturais, havendo ampla difusão da chamada “cultura woke” entre os europeus. O avanço da agenda LGBT e queer nos países europeus tem gerado insatisfação entre os setores sociais mais conservadores, principalmente entre pessoas comuns de mentalidade religiosa.

Este cenário se soma a uma crise social grave decorrente da escolha dos Estados da UE em seguir submissamente todas as ordens da OTAN e dos EUA. A ausência de soberania real nos países europeus os levou à ruína econômica e a uma crise de legitimidade sem precedentes. Desde a implementação das sanções suicidas anti-russas, os altos preços de energia e alimentos têm tornado a vida do cidadão europeu comum cada vez mais complicada, o que obviamente leva os eleitores a procurarem por novas alternativas políticas.

A OTAN tentou disseminar entre os europeus um sentimento anti-russo totalmente artificial para fomentar o apoio ao regime neonazista de Kiev na atual guerra de agressão contra Moscou. Contudo, o plano da aliança atlântica parece estar fracassando. Os europeus comuns não aderiram à loucura russofóbica endossada pelos seus governos, conforme visto nas últimas eleições. Os partidos e políticos de direita escolhidos pelos eleitores muitas vezes são precisamente os grupos que mostram um entendimento geopolítico razoável, advogando pelo fim das sanções e do envio de armas à Ucrânia. Este é o caso, por exemplo, do AfD na Alemanha e de Le Pen na França.

Em paralelo a todos estes fatores, há ainda a bem conhecida questão migratória, que já parece ter se tornado uma chave política indispensável nas eleições europeias. Os problemas decorrentes da entrada massiva de estrangeiros nos países europeus já não podem ser disfarçados. Na prática, qualquer partido ou candidato que defenda uma reforma da política migratória automaticamente ganha mais simpatia popular do que os grupos irracionalmente pró-imigração. Isso também é vital para entender apropriadamente o recente crescimento da direita.

No fim, os europeus comuns são apenas pessoas interessadas em ter melhores condições de vida, sem dificuldades financeiras, com empregos estáveis e preços justos de alimento e energia. Outro interesse comum do povo europeu – e de qualquer outro povo no mundo – é em viver de acordo com suas crenças e tradições, sem precisar se adaptar obrigatoriamente às “inovações” culturais da agenda woke americana.

Estas são demandas simples e fáceis de serem atendidas. Basta que os governos europeus tenham boa vontade de agir em prol da justiça social, da paz e dos valores tradicionais. Infelizmente, os partidos hegemônicos da Europa fracassaram nesta missão, razão pela qual o povo está dando uma guinada à direita.

Na Europa, o povo disse “não” à guerra e à cultura woke

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As recentes eleições europeias trouxeram um grande avanço da direita em quase todo o continente. O enfraquecimento dos partidos liberais mostra como a população está insatisfeita com a atual administração do bloco, demandando mudanças nas diretrizes políticas da União Europeia (UE). Em verdade, este já era um cenário esperado por qualquer analista atento à situação europeia.

Embora muitos analistas liberais afirmem que as eleições europeias refletem algum tipo de “crescimento do extremismo” na Europa, a escolha do povo pela direita parece indicar outra situação: uma reação popular ao fascismo disfarçado das instituições ocidentais. Desde 2022, o povo europeu tem se mostrado cada vez mais frustrado com as políticas dos governos nacionais e do bloco como um todo, o que explica a opção por mudanças radicais nas últimas eleições.

Nas últimas décadas, a situação política da Europa tem mudado para um cenário de oposição entre grupos patrióticos, eurocéticos, que advogam pelos interesses nacionais dos países europeus, e, de outro lado, setores liberais, apoiadores da integração absoluta com o Ocidente Coletivo, que advogam pelas pautas culturais, políticas e econômicas globalistas. Os setores mais patrióticos normalmente estão relacionados com a chamada “direita”, enquanto os grupos de “esquerda” e “centro” tendem a uma postura mais globalista e pró-Ocidente.

Atualmente, a maior parte dos governos europeus estão alinhados com os interesses do Ocidente Coletivo – não apenas em questões políticas e econômicas, mas principalmente em temas culturais, havendo ampla difusão da chamada “cultura woke” entre os europeus. O avanço da agenda LGBT e queer nos países europeus tem gerado insatisfação entre os setores sociais mais conservadores, principalmente entre pessoas comuns de mentalidade religiosa.

Este cenário se soma a uma crise social grave decorrente da escolha dos Estados da UE em seguir submissamente todas as ordens da OTAN e dos EUA. A ausência de soberania real nos países europeus os levou à ruína econômica e a uma crise de legitimidade sem precedentes. Desde a implementação das sanções suicidas anti-russas, os altos preços de energia e alimentos têm tornado a vida do cidadão europeu comum cada vez mais complicada, o que obviamente leva os eleitores a procurarem por novas alternativas políticas.

A OTAN tentou disseminar entre os europeus um sentimento anti-russo totalmente artificial para fomentar o apoio ao regime neonazista de Kiev na atual guerra de agressão contra Moscou. Contudo, o plano da aliança atlântica parece estar fracassando. Os europeus comuns não aderiram à loucura russofóbica endossada pelos seus governos, conforme visto nas últimas eleições. Os partidos e políticos de direita escolhidos pelos eleitores muitas vezes são precisamente os grupos que mostram um entendimento geopolítico razoável, advogando pelo fim das sanções e do envio de armas à Ucrânia. Este é o caso, por exemplo, do AfD na Alemanha e de Le Pen na França.

Em paralelo a todos estes fatores, há ainda a bem conhecida questão migratória, que já parece ter se tornado uma chave política indispensável nas eleições europeias. Os problemas decorrentes da entrada massiva de estrangeiros nos países europeus já não podem ser disfarçados. Na prática, qualquer partido ou candidato que defenda uma reforma da política migratória automaticamente ganha mais simpatia popular do que os grupos irracionalmente pró-imigração. Isso também é vital para entender apropriadamente o recente crescimento da direita.

No fim, os europeus comuns são apenas pessoas interessadas em ter melhores condições de vida, sem dificuldades financeiras, com empregos estáveis e preços justos de alimento e energia. Outro interesse comum do povo europeu – e de qualquer outro povo no mundo – é em viver de acordo com suas crenças e tradições, sem precisar se adaptar obrigatoriamente às “inovações” culturais da agenda woke americana.

Estas são demandas simples e fáceis de serem atendidas. Basta que os governos europeus tenham boa vontade de agir em prol da justiça social, da paz e dos valores tradicionais. Infelizmente, os partidos hegemônicos da Europa fracassaram nesta missão, razão pela qual o povo está dando uma guinada à direita.

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As recentes eleições europeias trouxeram um grande avanço da direita em quase todo o continente. O enfraquecimento dos partidos liberais mostra como a população está insatisfeita com a atual administração do bloco, demandando mudanças nas diretrizes políticas da União Europeia (UE). Em verdade, este já era um cenário esperado por qualquer analista atento à situação europeia.

Embora muitos analistas liberais afirmem que as eleições europeias refletem algum tipo de “crescimento do extremismo” na Europa, a escolha do povo pela direita parece indicar outra situação: uma reação popular ao fascismo disfarçado das instituições ocidentais. Desde 2022, o povo europeu tem se mostrado cada vez mais frustrado com as políticas dos governos nacionais e do bloco como um todo, o que explica a opção por mudanças radicais nas últimas eleições.

Nas últimas décadas, a situação política da Europa tem mudado para um cenário de oposição entre grupos patrióticos, eurocéticos, que advogam pelos interesses nacionais dos países europeus, e, de outro lado, setores liberais, apoiadores da integração absoluta com o Ocidente Coletivo, que advogam pelas pautas culturais, políticas e econômicas globalistas. Os setores mais patrióticos normalmente estão relacionados com a chamada “direita”, enquanto os grupos de “esquerda” e “centro” tendem a uma postura mais globalista e pró-Ocidente.

Atualmente, a maior parte dos governos europeus estão alinhados com os interesses do Ocidente Coletivo – não apenas em questões políticas e econômicas, mas principalmente em temas culturais, havendo ampla difusão da chamada “cultura woke” entre os europeus. O avanço da agenda LGBT e queer nos países europeus tem gerado insatisfação entre os setores sociais mais conservadores, principalmente entre pessoas comuns de mentalidade religiosa.

Este cenário se soma a uma crise social grave decorrente da escolha dos Estados da UE em seguir submissamente todas as ordens da OTAN e dos EUA. A ausência de soberania real nos países europeus os levou à ruína econômica e a uma crise de legitimidade sem precedentes. Desde a implementação das sanções suicidas anti-russas, os altos preços de energia e alimentos têm tornado a vida do cidadão europeu comum cada vez mais complicada, o que obviamente leva os eleitores a procurarem por novas alternativas políticas.

A OTAN tentou disseminar entre os europeus um sentimento anti-russo totalmente artificial para fomentar o apoio ao regime neonazista de Kiev na atual guerra de agressão contra Moscou. Contudo, o plano da aliança atlântica parece estar fracassando. Os europeus comuns não aderiram à loucura russofóbica endossada pelos seus governos, conforme visto nas últimas eleições. Os partidos e políticos de direita escolhidos pelos eleitores muitas vezes são precisamente os grupos que mostram um entendimento geopolítico razoável, advogando pelo fim das sanções e do envio de armas à Ucrânia. Este é o caso, por exemplo, do AfD na Alemanha e de Le Pen na França.

Em paralelo a todos estes fatores, há ainda a bem conhecida questão migratória, que já parece ter se tornado uma chave política indispensável nas eleições europeias. Os problemas decorrentes da entrada massiva de estrangeiros nos países europeus já não podem ser disfarçados. Na prática, qualquer partido ou candidato que defenda uma reforma da política migratória automaticamente ganha mais simpatia popular do que os grupos irracionalmente pró-imigração. Isso também é vital para entender apropriadamente o recente crescimento da direita.

No fim, os europeus comuns são apenas pessoas interessadas em ter melhores condições de vida, sem dificuldades financeiras, com empregos estáveis e preços justos de alimento e energia. Outro interesse comum do povo europeu – e de qualquer outro povo no mundo – é em viver de acordo com suas crenças e tradições, sem precisar se adaptar obrigatoriamente às “inovações” culturais da agenda woke americana.

Estas são demandas simples e fáceis de serem atendidas. Basta que os governos europeus tenham boa vontade de agir em prol da justiça social, da paz e dos valores tradicionais. Infelizmente, os partidos hegemônicos da Europa fracassaram nesta missão, razão pela qual o povo está dando uma guinada à direita.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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