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Eduardo Vasco
December 14, 2025
© Photo: Public domain

A TV Globo chegou ao cúmulo de superar a CNN no quesito reversão da realidade.

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Agora vamos juntar as peças contidas nos artigos anteriores publicados aqui na SCF. Guerras promovidas e manipuladas pelo imperialismo na Iugoslávia dos anos 1990 com o monopólio propagandístico e mentiroso que alcança o mundo inteiro: o esquema clássico para preparar o terreno para a intervenção militar dos Estados Unidos, de um ponto de vista imediato, e para fazer a cabeça de milhões de pessoas contra os povos que resistem à barbárie desencadeada pelos representantes da “civilização ocidental”, em qualquer parte do mundo.

Na Iugoslávia, os jornais que atuam mais como sucursais da máquina de propaganda imperialista pregavam dia após dia que os sérvios – e mesmo as outras nacionalidades do leste da federação, como bósnios e albaneses – eram tradicionalistas e atrasados (bárbaros), enquanto os croatas e eslovenos eram ocidentais e suas repúblicas estavam impregnadas pelo espírito da democracia e da liberdade. Hoje vemos essa propaganda se repetir contra a Rússia (bárbara) e a Ucrânia (civilizada).

Essas caracterizações foram feitas antes mesmo de a primeira guerra ter começado oficialmente, mas já quando os conflitos estavam se esboçando e o nacionalismo mostrando sua face radical. Quando começa a guerra, o argumento étnico e cultural vai entrando em cena nas coberturas da mídia, tomando o lugar de explicações das mais diversas, fossem ideológicas, políticas ou econômicas.

Durante toda a cobertura, a imprensa tratou o conflito como algo natural (no sentido de serem rivalidades históricas entre aqueles povos), e não como sendo motivado por pretensões políticas e econômicas. Após a independência da Croácia, por exemplo, os jornais não noticiaram a diminuição dos direitos da minoria sérvia. Funcionários públicos foram demitidos, não por serem sérvios, mas por terem servido no regime “comunista”.

A imprensa brasileira sequer discutiu as causas das guerras na Croácia e na Eslovênia – assim como  não discute hoje as causas da guerra na Ucrânia. Claro, é melhor evitar problemas: teriam que aumentar o nariz do pinóquio, e, quanto mais complexa se torna a mentira, mais fácil de ser desmascarada.

Finalmente, a partir do cerco a Sarajevo, a imprensa exigiu que medidas fossem tomadas. Por quem? Pela sacrossanta “comunidade internacional”. Isto é, que o imperialismo interviesse, invadisse e finalmente tomasse conta das riquezas da Iugoslávia, em nome de causas muito nobres como a proteção dos bósnios contra os sérvios igualmente bárbaros, só que mais malvados.

Mas quando a Croácia empreendeu a retomada da Krajina, com apoio dos Estados Unidos, em 1995, quase não foram divulgadas as atrocidades cometidas pelos croatas contra os sérvios da região, ao contrário do que os jornais fizeram em Srebrenica, noticiando com detalhes a limpeza étnica dos muçulmanos por parte dos servo-bósnios.

No Kosovo, os meios de comunicação afirmavam que os sérvios cometiam crimes contra a humanidade, genocídio e uma limpeza étnica de albaneses, além de apresentarem relatos de atrocidades como torturas, campos de detenção e estupros, enquanto noticiavam amplamente violações da fronteira com a Albânia pelas forças iugoslavas, mas não pelos combatentes kosovares, que também a cruzavam frequentemente.

A acadêmica Andréa Peres analisou, em sua dissertação de mestrado, a cobertura do Estadão e da Folha. Nas notícias factuais, os “sérvios”, ou, nas primeiras guerras, “a Iugoslávia” – como aponta – recorrentemente eram citados “como sujeito das sentenças e dos títulos dos artigos”, bem mais do que as outras partes envolvidas nos conflitos. Ela exemplifica com os artigos citados em sua pesquisa, que geralmente têm no começo do título “sérvios matam”, “sérvios ocupam” etc. Na cobertura da vida cotidiana das pessoas comuns, “que sofreram perdas, ou que tiveram as suas vidas ameaçadas pela guerra”, a maioria das histórias contadas é de não-sérvios.

Nas charges, os sérvios eram retratados como vilões e o Ocidente era criticado por não fazer nada contra eles – e na guerra no Kosovo, a OTAN era ridicularizada “por não fazer direito”. Os trabalhos dos fotojornalistas das agências ocidentais (as verdadeiras fontes das notícias da imprensa brasileira) estavam impregnados de soldados sérvios com cara de malvados, vítimas croatas, eslovenas e bósnias, mas quase nada sobre as vítimas sérvias.

Mas não houve apenas distorções ou parcialidade. Houve muita invenção de mentiras para justificar a destruição da Iugoslávia e, posteriormente, o golpe de Estado contra Milosevic. Em 1998, no início da guerra do Kosovo, jornalistas americanos e alemães alardearam o descobrimento de valas comuns com 500 cadáveres albaneses, sendo 430 de crianças. O culpado? O “carniceiro dos Bálcãs”, como Milosevic foi apelidado. Depois que a notícia já havia rodado o mundo, uma missão de observação da União Europeia comprovou que era tudo inventado. Mas isso não foi devidamente veiculado.

Assim como na guerra da Ucrânia, os enviados especiais e correspondentes estrangeiros construíam suas bases nas nações apoiadas pelo imperialismo, e praticamente ninguém se interessou em cobrir o conflito do lado sérvio, mostrando as vítimas sérvias – mesmo depois que o conflito saiu da Croácia, Eslovênia e Bósnia e virou uma campanha de bombardeios da OTAN sobre o território sérvio. Além disso, as versões do governo iugoslavo sempre eram apresentadas como se não tivessem credibilidade, enquanto as da OTAN eram dadas como certas.

A TV Globo chegou ao cúmulo de superar a CNN no quesito reversão da realidade. Enquanto a rede de TV americana informava sobre uma fuga em massa de kosovares de Kukes, na fronteira com a Albânia, causada pelos bombardeios da OTAN, o correspondente da Globo em Londres descrevia a cena como mais uma prova da “limpeza étnica promovida pelas forças do ditador Milosevic”.

Sim, a Globo é ainda pior que a CNN, e continua utilizando seus correspondentes como “autoridades” para disseminar mentiras. Ontem, o ditador era Milosevic, hoje o responsável por “limpezas étnicas” é o ditador Putin. E a OTAN segue sendo a salvadora da humanidade.

A «mocinha» OTAN contra os «ditadores» do leste europeu: a cobertura da imprensa nunca muda

A TV Globo chegou ao cúmulo de superar a CNN no quesito reversão da realidade.

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Agora vamos juntar as peças contidas nos artigos anteriores publicados aqui na SCF. Guerras promovidas e manipuladas pelo imperialismo na Iugoslávia dos anos 1990 com o monopólio propagandístico e mentiroso que alcança o mundo inteiro: o esquema clássico para preparar o terreno para a intervenção militar dos Estados Unidos, de um ponto de vista imediato, e para fazer a cabeça de milhões de pessoas contra os povos que resistem à barbárie desencadeada pelos representantes da “civilização ocidental”, em qualquer parte do mundo.

Na Iugoslávia, os jornais que atuam mais como sucursais da máquina de propaganda imperialista pregavam dia após dia que os sérvios – e mesmo as outras nacionalidades do leste da federação, como bósnios e albaneses – eram tradicionalistas e atrasados (bárbaros), enquanto os croatas e eslovenos eram ocidentais e suas repúblicas estavam impregnadas pelo espírito da democracia e da liberdade. Hoje vemos essa propaganda se repetir contra a Rússia (bárbara) e a Ucrânia (civilizada).

Essas caracterizações foram feitas antes mesmo de a primeira guerra ter começado oficialmente, mas já quando os conflitos estavam se esboçando e o nacionalismo mostrando sua face radical. Quando começa a guerra, o argumento étnico e cultural vai entrando em cena nas coberturas da mídia, tomando o lugar de explicações das mais diversas, fossem ideológicas, políticas ou econômicas.

Durante toda a cobertura, a imprensa tratou o conflito como algo natural (no sentido de serem rivalidades históricas entre aqueles povos), e não como sendo motivado por pretensões políticas e econômicas. Após a independência da Croácia, por exemplo, os jornais não noticiaram a diminuição dos direitos da minoria sérvia. Funcionários públicos foram demitidos, não por serem sérvios, mas por terem servido no regime “comunista”.

A imprensa brasileira sequer discutiu as causas das guerras na Croácia e na Eslovênia – assim como  não discute hoje as causas da guerra na Ucrânia. Claro, é melhor evitar problemas: teriam que aumentar o nariz do pinóquio, e, quanto mais complexa se torna a mentira, mais fácil de ser desmascarada.

Finalmente, a partir do cerco a Sarajevo, a imprensa exigiu que medidas fossem tomadas. Por quem? Pela sacrossanta “comunidade internacional”. Isto é, que o imperialismo interviesse, invadisse e finalmente tomasse conta das riquezas da Iugoslávia, em nome de causas muito nobres como a proteção dos bósnios contra os sérvios igualmente bárbaros, só que mais malvados.

Mas quando a Croácia empreendeu a retomada da Krajina, com apoio dos Estados Unidos, em 1995, quase não foram divulgadas as atrocidades cometidas pelos croatas contra os sérvios da região, ao contrário do que os jornais fizeram em Srebrenica, noticiando com detalhes a limpeza étnica dos muçulmanos por parte dos servo-bósnios.

No Kosovo, os meios de comunicação afirmavam que os sérvios cometiam crimes contra a humanidade, genocídio e uma limpeza étnica de albaneses, além de apresentarem relatos de atrocidades como torturas, campos de detenção e estupros, enquanto noticiavam amplamente violações da fronteira com a Albânia pelas forças iugoslavas, mas não pelos combatentes kosovares, que também a cruzavam frequentemente.

A acadêmica Andréa Peres analisou, em sua dissertação de mestrado, a cobertura do Estadão e da Folha. Nas notícias factuais, os “sérvios”, ou, nas primeiras guerras, “a Iugoslávia” – como aponta – recorrentemente eram citados “como sujeito das sentenças e dos títulos dos artigos”, bem mais do que as outras partes envolvidas nos conflitos. Ela exemplifica com os artigos citados em sua pesquisa, que geralmente têm no começo do título “sérvios matam”, “sérvios ocupam” etc. Na cobertura da vida cotidiana das pessoas comuns, “que sofreram perdas, ou que tiveram as suas vidas ameaçadas pela guerra”, a maioria das histórias contadas é de não-sérvios.

Nas charges, os sérvios eram retratados como vilões e o Ocidente era criticado por não fazer nada contra eles – e na guerra no Kosovo, a OTAN era ridicularizada “por não fazer direito”. Os trabalhos dos fotojornalistas das agências ocidentais (as verdadeiras fontes das notícias da imprensa brasileira) estavam impregnados de soldados sérvios com cara de malvados, vítimas croatas, eslovenas e bósnias, mas quase nada sobre as vítimas sérvias.

Mas não houve apenas distorções ou parcialidade. Houve muita invenção de mentiras para justificar a destruição da Iugoslávia e, posteriormente, o golpe de Estado contra Milosevic. Em 1998, no início da guerra do Kosovo, jornalistas americanos e alemães alardearam o descobrimento de valas comuns com 500 cadáveres albaneses, sendo 430 de crianças. O culpado? O “carniceiro dos Bálcãs”, como Milosevic foi apelidado. Depois que a notícia já havia rodado o mundo, uma missão de observação da União Europeia comprovou que era tudo inventado. Mas isso não foi devidamente veiculado.

Assim como na guerra da Ucrânia, os enviados especiais e correspondentes estrangeiros construíam suas bases nas nações apoiadas pelo imperialismo, e praticamente ninguém se interessou em cobrir o conflito do lado sérvio, mostrando as vítimas sérvias – mesmo depois que o conflito saiu da Croácia, Eslovênia e Bósnia e virou uma campanha de bombardeios da OTAN sobre o território sérvio. Além disso, as versões do governo iugoslavo sempre eram apresentadas como se não tivessem credibilidade, enquanto as da OTAN eram dadas como certas.

A TV Globo chegou ao cúmulo de superar a CNN no quesito reversão da realidade. Enquanto a rede de TV americana informava sobre uma fuga em massa de kosovares de Kukes, na fronteira com a Albânia, causada pelos bombardeios da OTAN, o correspondente da Globo em Londres descrevia a cena como mais uma prova da “limpeza étnica promovida pelas forças do ditador Milosevic”.

Sim, a Globo é ainda pior que a CNN, e continua utilizando seus correspondentes como “autoridades” para disseminar mentiras. Ontem, o ditador era Milosevic, hoje o responsável por “limpezas étnicas” é o ditador Putin. E a OTAN segue sendo a salvadora da humanidade.

A TV Globo chegou ao cúmulo de superar a CNN no quesito reversão da realidade.

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Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Agora vamos juntar as peças contidas nos artigos anteriores publicados aqui na SCF. Guerras promovidas e manipuladas pelo imperialismo na Iugoslávia dos anos 1990 com o monopólio propagandístico e mentiroso que alcança o mundo inteiro: o esquema clássico para preparar o terreno para a intervenção militar dos Estados Unidos, de um ponto de vista imediato, e para fazer a cabeça de milhões de pessoas contra os povos que resistem à barbárie desencadeada pelos representantes da “civilização ocidental”, em qualquer parte do mundo.

Na Iugoslávia, os jornais que atuam mais como sucursais da máquina de propaganda imperialista pregavam dia após dia que os sérvios – e mesmo as outras nacionalidades do leste da federação, como bósnios e albaneses – eram tradicionalistas e atrasados (bárbaros), enquanto os croatas e eslovenos eram ocidentais e suas repúblicas estavam impregnadas pelo espírito da democracia e da liberdade. Hoje vemos essa propaganda se repetir contra a Rússia (bárbara) e a Ucrânia (civilizada).

Essas caracterizações foram feitas antes mesmo de a primeira guerra ter começado oficialmente, mas já quando os conflitos estavam se esboçando e o nacionalismo mostrando sua face radical. Quando começa a guerra, o argumento étnico e cultural vai entrando em cena nas coberturas da mídia, tomando o lugar de explicações das mais diversas, fossem ideológicas, políticas ou econômicas.

Durante toda a cobertura, a imprensa tratou o conflito como algo natural (no sentido de serem rivalidades históricas entre aqueles povos), e não como sendo motivado por pretensões políticas e econômicas. Após a independência da Croácia, por exemplo, os jornais não noticiaram a diminuição dos direitos da minoria sérvia. Funcionários públicos foram demitidos, não por serem sérvios, mas por terem servido no regime “comunista”.

A imprensa brasileira sequer discutiu as causas das guerras na Croácia e na Eslovênia – assim como  não discute hoje as causas da guerra na Ucrânia. Claro, é melhor evitar problemas: teriam que aumentar o nariz do pinóquio, e, quanto mais complexa se torna a mentira, mais fácil de ser desmascarada.

Finalmente, a partir do cerco a Sarajevo, a imprensa exigiu que medidas fossem tomadas. Por quem? Pela sacrossanta “comunidade internacional”. Isto é, que o imperialismo interviesse, invadisse e finalmente tomasse conta das riquezas da Iugoslávia, em nome de causas muito nobres como a proteção dos bósnios contra os sérvios igualmente bárbaros, só que mais malvados.

Mas quando a Croácia empreendeu a retomada da Krajina, com apoio dos Estados Unidos, em 1995, quase não foram divulgadas as atrocidades cometidas pelos croatas contra os sérvios da região, ao contrário do que os jornais fizeram em Srebrenica, noticiando com detalhes a limpeza étnica dos muçulmanos por parte dos servo-bósnios.

No Kosovo, os meios de comunicação afirmavam que os sérvios cometiam crimes contra a humanidade, genocídio e uma limpeza étnica de albaneses, além de apresentarem relatos de atrocidades como torturas, campos de detenção e estupros, enquanto noticiavam amplamente violações da fronteira com a Albânia pelas forças iugoslavas, mas não pelos combatentes kosovares, que também a cruzavam frequentemente.

A acadêmica Andréa Peres analisou, em sua dissertação de mestrado, a cobertura do Estadão e da Folha. Nas notícias factuais, os “sérvios”, ou, nas primeiras guerras, “a Iugoslávia” – como aponta – recorrentemente eram citados “como sujeito das sentenças e dos títulos dos artigos”, bem mais do que as outras partes envolvidas nos conflitos. Ela exemplifica com os artigos citados em sua pesquisa, que geralmente têm no começo do título “sérvios matam”, “sérvios ocupam” etc. Na cobertura da vida cotidiana das pessoas comuns, “que sofreram perdas, ou que tiveram as suas vidas ameaçadas pela guerra”, a maioria das histórias contadas é de não-sérvios.

Nas charges, os sérvios eram retratados como vilões e o Ocidente era criticado por não fazer nada contra eles – e na guerra no Kosovo, a OTAN era ridicularizada “por não fazer direito”. Os trabalhos dos fotojornalistas das agências ocidentais (as verdadeiras fontes das notícias da imprensa brasileira) estavam impregnados de soldados sérvios com cara de malvados, vítimas croatas, eslovenas e bósnias, mas quase nada sobre as vítimas sérvias.

Mas não houve apenas distorções ou parcialidade. Houve muita invenção de mentiras para justificar a destruição da Iugoslávia e, posteriormente, o golpe de Estado contra Milosevic. Em 1998, no início da guerra do Kosovo, jornalistas americanos e alemães alardearam o descobrimento de valas comuns com 500 cadáveres albaneses, sendo 430 de crianças. O culpado? O “carniceiro dos Bálcãs”, como Milosevic foi apelidado. Depois que a notícia já havia rodado o mundo, uma missão de observação da União Europeia comprovou que era tudo inventado. Mas isso não foi devidamente veiculado.

Assim como na guerra da Ucrânia, os enviados especiais e correspondentes estrangeiros construíam suas bases nas nações apoiadas pelo imperialismo, e praticamente ninguém se interessou em cobrir o conflito do lado sérvio, mostrando as vítimas sérvias – mesmo depois que o conflito saiu da Croácia, Eslovênia e Bósnia e virou uma campanha de bombardeios da OTAN sobre o território sérvio. Além disso, as versões do governo iugoslavo sempre eram apresentadas como se não tivessem credibilidade, enquanto as da OTAN eram dadas como certas.

A TV Globo chegou ao cúmulo de superar a CNN no quesito reversão da realidade. Enquanto a rede de TV americana informava sobre uma fuga em massa de kosovares de Kukes, na fronteira com a Albânia, causada pelos bombardeios da OTAN, o correspondente da Globo em Londres descrevia a cena como mais uma prova da “limpeza étnica promovida pelas forças do ditador Milosevic”.

Sim, a Globo é ainda pior que a CNN, e continua utilizando seus correspondentes como “autoridades” para disseminar mentiras. Ontem, o ditador era Milosevic, hoje o responsável por “limpezas étnicas” é o ditador Putin. E a OTAN segue sendo a salvadora da humanidade.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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November 21, 2025

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