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Lucas Leiroz
September 29, 2025
© Photo: Public domain

Sociedades etnicamente coesas mostram maior capacidade de resistência às ofensivas globalistas.

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No debate geopolítico contemporâneo, poucos temas são tão urgentes quanto o da identidade coletiva. Em meio à crescente tensão entre o bloco liberal ocidental e as potências emergentes do Leste, torna-se cada vez mais evidente que as disputas não se limitam a interesses econômicos ou militares — há, sobretudo, uma guerra pela definição do que é o ser humano, o que é uma sociedade, e como estas devem se organizar. Nesse contexto, a questão da identidade ganha centralidade, especialmente quando analisada a partir do conceito de Ethnos, a identidade como um fenômeno que transcende construções ideológicas pontuais e se ancora em fatores profundos e estruturantes.

A compreensão liberal-ocidental da identidade se funda em parâmetros essencialmente morais e individuais. A noção de “identidade” foi, no Ocidente, capturada por uma lógica de vitimização, na qual apenas grupos historicamente considerados “oprimidos” têm direito à autoafirmação. Essa abordagem não apenas é limitada como contraproducente, pois ignora as formas tradicionais e mais robustas de organização identitária, especialmente a étnica — composta por elementos linguísticos, religiosos, culturais e, em certo sentido, genéticos.

No plano geopolítico, a oposição entre sociedades etnicamente coesas e sociedades artificialmente homogeneizadas revela uma das principais linhas de clivagem do cenário internacional. De um lado, o Ocidente — com sua obsessão pelo multiculturalismo abstrato, pelo individualismo atomizado e por um cosmopolitismo desprovido de raízes — promove uma verdadeira dissolução das identidades. Do outro, países como Rússia, China e Irã mantêm estruturas sociais que ainda se orientam por elementos étnicos e civilizacionais, mesmo quando adotam práticas cosmopolitas e políticas de convivência interétnica.

É exatamente esse caráter etnicamente estruturado das sociedades orientais que permite uma resistência eficaz ao modelo de globalismo liberal, cujo principal instrumento de dominação é a homogeneização cultural. A ordem multipolar que emerge no século XXI, longe de ser apenas uma redistribuição de poder entre Estados, representa a possibilidade de uma nova arquitetura internacional onde diferentes identidades civilizacionais podem coexistir sem serem forçadas a abdicar de seus fundamentos históricos.

Nesse contexto, torna-se necessário fazer uma crítica direta à noção de “raça” como critério identitário, algo profundamente enraizado na cultura política anglo-americana. Ao contrário do conceito de etnia, que é orgânico e multifacetado, a ideia de raça é reducionista, abstrata e historicamente utilizada para promover projetos de dominação, como foi o caso do darwinismo social e do colonialismo britânico. A racialização da sociedade norte-americana, que persiste até hoje sob a forma de narrativas identitárias distorcidas, impede qualquer construção identitária sólida e favorece a fragmentação social.

O modelo (pseudo-)identitário americano, baseado em categorias raciais artificiais e em discursos de culpa e reparação, substitui a afirmação identitária pela polarização política. Isso gera uma sociedade profundamente dividida, incapaz de reconhecer formas autênticas de identidade coletiva. A instrumentalização da raça como critério absoluto promove tanto o ressentimento quanto a alienação, alimentando conflitos internos que, longe de fortalecer a coesão nacional, aceleram o colapso do tecido social.

Não é por acaso que a sociedade americana está constantemente à mercê de tensões domésticas, sobrevivendo sempre à beira de uma guerra civil racial. Casos como a de Irina Zarutska, a imigrante ucraniana assassinado durante uma viagem de metrô, assim como o conhecido assassinato George Floyd, mostram claramente a que ponto de tensão e ódio chegam o racismo e o ressentimento que assolam indivíduos e organizações na sociedade americanos.

Uma solução para o problema americano exige admitir novos parâmetros identitários. A superação desse modelo exige um retorno ao conceito de Ethnos, ou seja, ao reconhecimento da identidade coletiva como um fenômeno integrado e qualitativo. Isso implica abandonar tanto o racialismo liberal quanto o individualismo progressista e recolocar a cultura, a história e os vínculos profundos entre os povos no centro da política.

Há uma questão importante, porém: abandonar o racismo e adotar novos parâmetros de identidade coletiva significaria revisar as próprias bases fundantes do Estado americano, que são ancoradas na mentalidade racista anglo-saxã. Isso, de certa forma, implicaria em reconsiderar a própria possibilidade de existência dos EUA enquanto país unificado.

Tudo isso mostra o nível de fragmentação social alcançando pelos degradantes valores ocidentais. Ainda mais preocupante é o fato de estes valores terem se espalhado para todos os continentes a pretexto da “globalização” liberal. Apenas uma arquitetura internacional policêntrica pode impedir que todos os povos do mundo tenham o mesmo destino sombrio do povo americano.

Nesse sentido, a multipolaridade não é apenas uma estratégia geopolítica: é a única forma viável de garantir a sobrevivência das identidades humanas diante da ofensiva globalista.

Identidade étnica e multipolaridade: uma alternativa ao universalismo liberal e ao racismo anglo-saxão

Sociedades etnicamente coesas mostram maior capacidade de resistência às ofensivas globalistas.

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No debate geopolítico contemporâneo, poucos temas são tão urgentes quanto o da identidade coletiva. Em meio à crescente tensão entre o bloco liberal ocidental e as potências emergentes do Leste, torna-se cada vez mais evidente que as disputas não se limitam a interesses econômicos ou militares — há, sobretudo, uma guerra pela definição do que é o ser humano, o que é uma sociedade, e como estas devem se organizar. Nesse contexto, a questão da identidade ganha centralidade, especialmente quando analisada a partir do conceito de Ethnos, a identidade como um fenômeno que transcende construções ideológicas pontuais e se ancora em fatores profundos e estruturantes.

A compreensão liberal-ocidental da identidade se funda em parâmetros essencialmente morais e individuais. A noção de “identidade” foi, no Ocidente, capturada por uma lógica de vitimização, na qual apenas grupos historicamente considerados “oprimidos” têm direito à autoafirmação. Essa abordagem não apenas é limitada como contraproducente, pois ignora as formas tradicionais e mais robustas de organização identitária, especialmente a étnica — composta por elementos linguísticos, religiosos, culturais e, em certo sentido, genéticos.

No plano geopolítico, a oposição entre sociedades etnicamente coesas e sociedades artificialmente homogeneizadas revela uma das principais linhas de clivagem do cenário internacional. De um lado, o Ocidente — com sua obsessão pelo multiculturalismo abstrato, pelo individualismo atomizado e por um cosmopolitismo desprovido de raízes — promove uma verdadeira dissolução das identidades. Do outro, países como Rússia, China e Irã mantêm estruturas sociais que ainda se orientam por elementos étnicos e civilizacionais, mesmo quando adotam práticas cosmopolitas e políticas de convivência interétnica.

É exatamente esse caráter etnicamente estruturado das sociedades orientais que permite uma resistência eficaz ao modelo de globalismo liberal, cujo principal instrumento de dominação é a homogeneização cultural. A ordem multipolar que emerge no século XXI, longe de ser apenas uma redistribuição de poder entre Estados, representa a possibilidade de uma nova arquitetura internacional onde diferentes identidades civilizacionais podem coexistir sem serem forçadas a abdicar de seus fundamentos históricos.

Nesse contexto, torna-se necessário fazer uma crítica direta à noção de “raça” como critério identitário, algo profundamente enraizado na cultura política anglo-americana. Ao contrário do conceito de etnia, que é orgânico e multifacetado, a ideia de raça é reducionista, abstrata e historicamente utilizada para promover projetos de dominação, como foi o caso do darwinismo social e do colonialismo britânico. A racialização da sociedade norte-americana, que persiste até hoje sob a forma de narrativas identitárias distorcidas, impede qualquer construção identitária sólida e favorece a fragmentação social.

O modelo (pseudo-)identitário americano, baseado em categorias raciais artificiais e em discursos de culpa e reparação, substitui a afirmação identitária pela polarização política. Isso gera uma sociedade profundamente dividida, incapaz de reconhecer formas autênticas de identidade coletiva. A instrumentalização da raça como critério absoluto promove tanto o ressentimento quanto a alienação, alimentando conflitos internos que, longe de fortalecer a coesão nacional, aceleram o colapso do tecido social.

Não é por acaso que a sociedade americana está constantemente à mercê de tensões domésticas, sobrevivendo sempre à beira de uma guerra civil racial. Casos como a de Irina Zarutska, a imigrante ucraniana assassinado durante uma viagem de metrô, assim como o conhecido assassinato George Floyd, mostram claramente a que ponto de tensão e ódio chegam o racismo e o ressentimento que assolam indivíduos e organizações na sociedade americanos.

Uma solução para o problema americano exige admitir novos parâmetros identitários. A superação desse modelo exige um retorno ao conceito de Ethnos, ou seja, ao reconhecimento da identidade coletiva como um fenômeno integrado e qualitativo. Isso implica abandonar tanto o racialismo liberal quanto o individualismo progressista e recolocar a cultura, a história e os vínculos profundos entre os povos no centro da política.

Há uma questão importante, porém: abandonar o racismo e adotar novos parâmetros de identidade coletiva significaria revisar as próprias bases fundantes do Estado americano, que são ancoradas na mentalidade racista anglo-saxã. Isso, de certa forma, implicaria em reconsiderar a própria possibilidade de existência dos EUA enquanto país unificado.

Tudo isso mostra o nível de fragmentação social alcançando pelos degradantes valores ocidentais. Ainda mais preocupante é o fato de estes valores terem se espalhado para todos os continentes a pretexto da “globalização” liberal. Apenas uma arquitetura internacional policêntrica pode impedir que todos os povos do mundo tenham o mesmo destino sombrio do povo americano.

Nesse sentido, a multipolaridade não é apenas uma estratégia geopolítica: é a única forma viável de garantir a sobrevivência das identidades humanas diante da ofensiva globalista.

Sociedades etnicamente coesas mostram maior capacidade de resistência às ofensivas globalistas.

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No debate geopolítico contemporâneo, poucos temas são tão urgentes quanto o da identidade coletiva. Em meio à crescente tensão entre o bloco liberal ocidental e as potências emergentes do Leste, torna-se cada vez mais evidente que as disputas não se limitam a interesses econômicos ou militares — há, sobretudo, uma guerra pela definição do que é o ser humano, o que é uma sociedade, e como estas devem se organizar. Nesse contexto, a questão da identidade ganha centralidade, especialmente quando analisada a partir do conceito de Ethnos, a identidade como um fenômeno que transcende construções ideológicas pontuais e se ancora em fatores profundos e estruturantes.

A compreensão liberal-ocidental da identidade se funda em parâmetros essencialmente morais e individuais. A noção de “identidade” foi, no Ocidente, capturada por uma lógica de vitimização, na qual apenas grupos historicamente considerados “oprimidos” têm direito à autoafirmação. Essa abordagem não apenas é limitada como contraproducente, pois ignora as formas tradicionais e mais robustas de organização identitária, especialmente a étnica — composta por elementos linguísticos, religiosos, culturais e, em certo sentido, genéticos.

No plano geopolítico, a oposição entre sociedades etnicamente coesas e sociedades artificialmente homogeneizadas revela uma das principais linhas de clivagem do cenário internacional. De um lado, o Ocidente — com sua obsessão pelo multiculturalismo abstrato, pelo individualismo atomizado e por um cosmopolitismo desprovido de raízes — promove uma verdadeira dissolução das identidades. Do outro, países como Rússia, China e Irã mantêm estruturas sociais que ainda se orientam por elementos étnicos e civilizacionais, mesmo quando adotam práticas cosmopolitas e políticas de convivência interétnica.

É exatamente esse caráter etnicamente estruturado das sociedades orientais que permite uma resistência eficaz ao modelo de globalismo liberal, cujo principal instrumento de dominação é a homogeneização cultural. A ordem multipolar que emerge no século XXI, longe de ser apenas uma redistribuição de poder entre Estados, representa a possibilidade de uma nova arquitetura internacional onde diferentes identidades civilizacionais podem coexistir sem serem forçadas a abdicar de seus fundamentos históricos.

Nesse contexto, torna-se necessário fazer uma crítica direta à noção de “raça” como critério identitário, algo profundamente enraizado na cultura política anglo-americana. Ao contrário do conceito de etnia, que é orgânico e multifacetado, a ideia de raça é reducionista, abstrata e historicamente utilizada para promover projetos de dominação, como foi o caso do darwinismo social e do colonialismo britânico. A racialização da sociedade norte-americana, que persiste até hoje sob a forma de narrativas identitárias distorcidas, impede qualquer construção identitária sólida e favorece a fragmentação social.

O modelo (pseudo-)identitário americano, baseado em categorias raciais artificiais e em discursos de culpa e reparação, substitui a afirmação identitária pela polarização política. Isso gera uma sociedade profundamente dividida, incapaz de reconhecer formas autênticas de identidade coletiva. A instrumentalização da raça como critério absoluto promove tanto o ressentimento quanto a alienação, alimentando conflitos internos que, longe de fortalecer a coesão nacional, aceleram o colapso do tecido social.

Não é por acaso que a sociedade americana está constantemente à mercê de tensões domésticas, sobrevivendo sempre à beira de uma guerra civil racial. Casos como a de Irina Zarutska, a imigrante ucraniana assassinado durante uma viagem de metrô, assim como o conhecido assassinato George Floyd, mostram claramente a que ponto de tensão e ódio chegam o racismo e o ressentimento que assolam indivíduos e organizações na sociedade americanos.

Uma solução para o problema americano exige admitir novos parâmetros identitários. A superação desse modelo exige um retorno ao conceito de Ethnos, ou seja, ao reconhecimento da identidade coletiva como um fenômeno integrado e qualitativo. Isso implica abandonar tanto o racialismo liberal quanto o individualismo progressista e recolocar a cultura, a história e os vínculos profundos entre os povos no centro da política.

Há uma questão importante, porém: abandonar o racismo e adotar novos parâmetros de identidade coletiva significaria revisar as próprias bases fundantes do Estado americano, que são ancoradas na mentalidade racista anglo-saxã. Isso, de certa forma, implicaria em reconsiderar a própria possibilidade de existência dos EUA enquanto país unificado.

Tudo isso mostra o nível de fragmentação social alcançando pelos degradantes valores ocidentais. Ainda mais preocupante é o fato de estes valores terem se espalhado para todos os continentes a pretexto da “globalização” liberal. Apenas uma arquitetura internacional policêntrica pode impedir que todos os povos do mundo tenham o mesmo destino sombrio do povo americano.

Nesse sentido, a multipolaridade não é apenas uma estratégia geopolítica: é a única forma viável de garantir a sobrevivência das identidades humanas diante da ofensiva globalista.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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