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Bruna Frascolla
August 26, 2025
© Photo: Public domain

Uma parcela diminuta da população mobiliza mundos e fundos para calar críticos enquanto posa de vítima

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Em termos abstratos, judaísmo e sionismo são coisas diferentes. Ainda assim, é fato que quase todo adepto da religião judaica é sionista. Por isso, um argumento comum entre os sionistas é dizer que o ódio ao sionismo significa o ódio a quase todos os judeus. Esse é, obviamente, um argumento que só funciona para aqueles que negligenciam a causalidade. Durante o nazismo, quase todo alemão era nazista, e odiar o nazismo significava odiar quase todo alemão. No entanto, odiar nazistas e odiar alemães são coisas diferentes: uma coisa é odiar uma ideologia, outra é odiar uma raça. Odiar por causa da ideologia não é racismo; odiar por causa da raça é racismo.

O problema é que, como vimos aqui, a mentalidade utilitarista dos estadunidenses tem propensão a abolir a causalidade e substituí-la por estatística. Um âmbito no qual isso costuma se expressar é justamente o pensamento sobre desigualdades sociais: se há, por exemplo, uma pequena proporção de autores não-brancos em bibliografias de cursos universitários, isso só pode ser racismo. Para combater o racismo, basta então fixar uma cota para autores não-brancos em bibliografias. Problema estatístico, solução estatística. No entanto, ninguém observa que praticamente tudo pode ser considerado um problema social pelo mesmo tipo de raciocínio: a excepcional prevalência da raça amarela entre os praticantes de tênis de mesa só pode significar uma conspiração supremacista amarela a ser corrigida com cotas para não-amarelos. Gays estão melhor representados entre os cabeleireiros do que a sociedade em geral? Precisamos de ações afirmativas para combater o supremacismo gay nesse campo profissional.

Voltemos ao sionismo. Para complicar ainda mais a coisa, nem todo judeu é adepto da religião judaica. “Judeu” é um termo ambíguo, pois pode designar tanto um membro de uma etnia quanto o adepto de uma religião. Essa ambiguidade decorre da própria religião judaica, que reivindica todos os filhos de judia, a despeito de suas crenças particulares. O judaísmo promove a confusão entre religião e raça.

No Brasil, o Movimento Negro tenta fazer a mesma coisa com as ditas “religiões de matriz africana” por meio do conceito de “racismo religioso”. Ainda não há nenhuma lei tipificando-o, mas não é difícil encontrar textos de ONGs e (para variar) de Ministério Público dando um conceito e mandando denunciar. A iniciativa mais significativa e, talvez a mais recente, é a do atual governo Lula, que criou um “Guia de orientação para denúncias de racismo religioso”. Nela, temos uma explicação de como identificar o fenômeno: “O racismo religioso ocorre quando uma pessoa é tratada de forma ofensiva, agressiva, violenta e/ou depreciativa, impedida de acessar lugares ou serviços, públicos ou privados por causa de seu pertencimento ou identificação religiosa com Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiro e seus adeptos.” Na prática, isso quer dizer que se um adorável militante do movimento negro achar que alguém foi rude com ele, ele tem o direito de fazer um escândalo – como de costume.

Como se sabe, na América Ibérica a crença em entidades africanas não morreu e se reconfigurou em religiões novas, tais como o candomblé e a umbanda, que são as “religiões de matriz africana” computadas pelo IBGE. No entanto, as tentativas de tratar essa crença como religiões modernas nem sempre funcionam, já que as pessoas amiúde vão ao pai de santo com a mesma intenção com que buscam uma cartomante. Se ninguém se diz adepto da “religião cartomante”, nem todo aquele que busca um pai de santo se considera um adepto do candomblé ou da umbanda.

Na verdade, quase ninguém no Brasil se considera praticante de uma “religião de matriz africana”: segundo o censo divulgado este ano, feito com dados de 2022, só 1% dos brasileiros os brasileiros o faz. E, para piorar, esse 1% se divide entre: 42,9% de brancos, 33,2% de pardos, 23,2% de pretos, 0,3% de amarelos e 0,3% de indígenas. É estatisticamente mais fácil o adepto da religião afro ser branco do que preto. Por outro lado, os brasileiros autodeclarados pretos se dividem entre 49% de católicos, 30% de evangélicos (o que dá 79% de pretos cristãos), 2,3% adeptos de religiões afro, 1,5% espíritas e 12% sem religião. Assim, as estatísticas apontam que é mais fácil um branco sofrer “racismo religioso” do que um negro, pois a maior parcela de adeptos de religiões afro é branca e a maioria dos negros é cristã. Friso que o censo brasileiro é todo feito por autodeclaração. O Movimento Negro estimula os pardos a se declararem pretos, e mesmo assim o resultado foi esse.

O tal “racismo religioso” nem é crime e suas possíveis vítimas são 1% da população, mas mesmo assim o Estado, ao arrepio da lei, cria documentos para justificar a perseguição contra quem desagradar esse mesmo 1% — que, ainda segundo o IBGE, é o segundo grupo que concentra maior proporção de fiéis com ensino superior (25,4%), perdendo só para os espíritas (48%). Tudo isso em nome do combate de um racismo que, em última instância, advém do racismo contra a raça negra – mesmo que os pretos em geral não pertençam a tal religião e muitos deles lhes sejam contrários.

Isso não é diferente da situação dos judeus antissionistas, já que as ONGs judaicas se dedicam a persegui-los em nome do combate ao antissemitismo. Pela lógica sionista, a filha de Trump pode se converter ao judaísmo para apoiar o genocídio na Palestina; e se Norman Fikelstein a criticar por isso, ele deve ser punido como um racista que odeia judeus – ainda que a filha de Trump seja judia por aderir à religião judaica e Norman Finkelstein seja um judeu por nascer de mãe judia, ou seja, um judeu étnico.

Ninguém deve ser desrespeitado pela cor da pele ou por ter nascido de mãe judia, e quem fizer isso deve ser punido por racismo. Por outro lado, ninguém é obrigado a gostar de todas as religiões, nem a ter especial deferência por rabinos e pais de santo. A lei brasileira já pune quem perturba cerimônias religiosas e vilipendia objetos de culto religioso, independentemente da religião. Tanto no caso do “racismo religioso” quanto no do “antissemitismo”, a consequência de confundir coisas distintas (raça e religião) é punir por racismo quem critica militantes dos movimentos negro e sionista. Em ambos os casos, uma parcela diminuta da população mobiliza mundos e fundos para calar críticos enquanto posa de vítima.

No Brasil, o movimento negro imita o sionismo para confundir raça com religião

Uma parcela diminuta da população mobiliza mundos e fundos para calar críticos enquanto posa de vítima

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Em termos abstratos, judaísmo e sionismo são coisas diferentes. Ainda assim, é fato que quase todo adepto da religião judaica é sionista. Por isso, um argumento comum entre os sionistas é dizer que o ódio ao sionismo significa o ódio a quase todos os judeus. Esse é, obviamente, um argumento que só funciona para aqueles que negligenciam a causalidade. Durante o nazismo, quase todo alemão era nazista, e odiar o nazismo significava odiar quase todo alemão. No entanto, odiar nazistas e odiar alemães são coisas diferentes: uma coisa é odiar uma ideologia, outra é odiar uma raça. Odiar por causa da ideologia não é racismo; odiar por causa da raça é racismo.

O problema é que, como vimos aqui, a mentalidade utilitarista dos estadunidenses tem propensão a abolir a causalidade e substituí-la por estatística. Um âmbito no qual isso costuma se expressar é justamente o pensamento sobre desigualdades sociais: se há, por exemplo, uma pequena proporção de autores não-brancos em bibliografias de cursos universitários, isso só pode ser racismo. Para combater o racismo, basta então fixar uma cota para autores não-brancos em bibliografias. Problema estatístico, solução estatística. No entanto, ninguém observa que praticamente tudo pode ser considerado um problema social pelo mesmo tipo de raciocínio: a excepcional prevalência da raça amarela entre os praticantes de tênis de mesa só pode significar uma conspiração supremacista amarela a ser corrigida com cotas para não-amarelos. Gays estão melhor representados entre os cabeleireiros do que a sociedade em geral? Precisamos de ações afirmativas para combater o supremacismo gay nesse campo profissional.

Voltemos ao sionismo. Para complicar ainda mais a coisa, nem todo judeu é adepto da religião judaica. “Judeu” é um termo ambíguo, pois pode designar tanto um membro de uma etnia quanto o adepto de uma religião. Essa ambiguidade decorre da própria religião judaica, que reivindica todos os filhos de judia, a despeito de suas crenças particulares. O judaísmo promove a confusão entre religião e raça.

No Brasil, o Movimento Negro tenta fazer a mesma coisa com as ditas “religiões de matriz africana” por meio do conceito de “racismo religioso”. Ainda não há nenhuma lei tipificando-o, mas não é difícil encontrar textos de ONGs e (para variar) de Ministério Público dando um conceito e mandando denunciar. A iniciativa mais significativa e, talvez a mais recente, é a do atual governo Lula, que criou um “Guia de orientação para denúncias de racismo religioso”. Nela, temos uma explicação de como identificar o fenômeno: “O racismo religioso ocorre quando uma pessoa é tratada de forma ofensiva, agressiva, violenta e/ou depreciativa, impedida de acessar lugares ou serviços, públicos ou privados por causa de seu pertencimento ou identificação religiosa com Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiro e seus adeptos.” Na prática, isso quer dizer que se um adorável militante do movimento negro achar que alguém foi rude com ele, ele tem o direito de fazer um escândalo – como de costume.

Como se sabe, na América Ibérica a crença em entidades africanas não morreu e se reconfigurou em religiões novas, tais como o candomblé e a umbanda, que são as “religiões de matriz africana” computadas pelo IBGE. No entanto, as tentativas de tratar essa crença como religiões modernas nem sempre funcionam, já que as pessoas amiúde vão ao pai de santo com a mesma intenção com que buscam uma cartomante. Se ninguém se diz adepto da “religião cartomante”, nem todo aquele que busca um pai de santo se considera um adepto do candomblé ou da umbanda.

Na verdade, quase ninguém no Brasil se considera praticante de uma “religião de matriz africana”: segundo o censo divulgado este ano, feito com dados de 2022, só 1% dos brasileiros os brasileiros o faz. E, para piorar, esse 1% se divide entre: 42,9% de brancos, 33,2% de pardos, 23,2% de pretos, 0,3% de amarelos e 0,3% de indígenas. É estatisticamente mais fácil o adepto da religião afro ser branco do que preto. Por outro lado, os brasileiros autodeclarados pretos se dividem entre 49% de católicos, 30% de evangélicos (o que dá 79% de pretos cristãos), 2,3% adeptos de religiões afro, 1,5% espíritas e 12% sem religião. Assim, as estatísticas apontam que é mais fácil um branco sofrer “racismo religioso” do que um negro, pois a maior parcela de adeptos de religiões afro é branca e a maioria dos negros é cristã. Friso que o censo brasileiro é todo feito por autodeclaração. O Movimento Negro estimula os pardos a se declararem pretos, e mesmo assim o resultado foi esse.

O tal “racismo religioso” nem é crime e suas possíveis vítimas são 1% da população, mas mesmo assim o Estado, ao arrepio da lei, cria documentos para justificar a perseguição contra quem desagradar esse mesmo 1% — que, ainda segundo o IBGE, é o segundo grupo que concentra maior proporção de fiéis com ensino superior (25,4%), perdendo só para os espíritas (48%). Tudo isso em nome do combate de um racismo que, em última instância, advém do racismo contra a raça negra – mesmo que os pretos em geral não pertençam a tal religião e muitos deles lhes sejam contrários.

Isso não é diferente da situação dos judeus antissionistas, já que as ONGs judaicas se dedicam a persegui-los em nome do combate ao antissemitismo. Pela lógica sionista, a filha de Trump pode se converter ao judaísmo para apoiar o genocídio na Palestina; e se Norman Fikelstein a criticar por isso, ele deve ser punido como um racista que odeia judeus – ainda que a filha de Trump seja judia por aderir à religião judaica e Norman Finkelstein seja um judeu por nascer de mãe judia, ou seja, um judeu étnico.

Ninguém deve ser desrespeitado pela cor da pele ou por ter nascido de mãe judia, e quem fizer isso deve ser punido por racismo. Por outro lado, ninguém é obrigado a gostar de todas as religiões, nem a ter especial deferência por rabinos e pais de santo. A lei brasileira já pune quem perturba cerimônias religiosas e vilipendia objetos de culto religioso, independentemente da religião. Tanto no caso do “racismo religioso” quanto no do “antissemitismo”, a consequência de confundir coisas distintas (raça e religião) é punir por racismo quem critica militantes dos movimentos negro e sionista. Em ambos os casos, uma parcela diminuta da população mobiliza mundos e fundos para calar críticos enquanto posa de vítima.

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Em termos abstratos, judaísmo e sionismo são coisas diferentes. Ainda assim, é fato que quase todo adepto da religião judaica é sionista. Por isso, um argumento comum entre os sionistas é dizer que o ódio ao sionismo significa o ódio a quase todos os judeus. Esse é, obviamente, um argumento que só funciona para aqueles que negligenciam a causalidade. Durante o nazismo, quase todo alemão era nazista, e odiar o nazismo significava odiar quase todo alemão. No entanto, odiar nazistas e odiar alemães são coisas diferentes: uma coisa é odiar uma ideologia, outra é odiar uma raça. Odiar por causa da ideologia não é racismo; odiar por causa da raça é racismo.

O problema é que, como vimos aqui, a mentalidade utilitarista dos estadunidenses tem propensão a abolir a causalidade e substituí-la por estatística. Um âmbito no qual isso costuma se expressar é justamente o pensamento sobre desigualdades sociais: se há, por exemplo, uma pequena proporção de autores não-brancos em bibliografias de cursos universitários, isso só pode ser racismo. Para combater o racismo, basta então fixar uma cota para autores não-brancos em bibliografias. Problema estatístico, solução estatística. No entanto, ninguém observa que praticamente tudo pode ser considerado um problema social pelo mesmo tipo de raciocínio: a excepcional prevalência da raça amarela entre os praticantes de tênis de mesa só pode significar uma conspiração supremacista amarela a ser corrigida com cotas para não-amarelos. Gays estão melhor representados entre os cabeleireiros do que a sociedade em geral? Precisamos de ações afirmativas para combater o supremacismo gay nesse campo profissional.

Voltemos ao sionismo. Para complicar ainda mais a coisa, nem todo judeu é adepto da religião judaica. “Judeu” é um termo ambíguo, pois pode designar tanto um membro de uma etnia quanto o adepto de uma religião. Essa ambiguidade decorre da própria religião judaica, que reivindica todos os filhos de judia, a despeito de suas crenças particulares. O judaísmo promove a confusão entre religião e raça.

No Brasil, o Movimento Negro tenta fazer a mesma coisa com as ditas “religiões de matriz africana” por meio do conceito de “racismo religioso”. Ainda não há nenhuma lei tipificando-o, mas não é difícil encontrar textos de ONGs e (para variar) de Ministério Público dando um conceito e mandando denunciar. A iniciativa mais significativa e, talvez a mais recente, é a do atual governo Lula, que criou um “Guia de orientação para denúncias de racismo religioso”. Nela, temos uma explicação de como identificar o fenômeno: “O racismo religioso ocorre quando uma pessoa é tratada de forma ofensiva, agressiva, violenta e/ou depreciativa, impedida de acessar lugares ou serviços, públicos ou privados por causa de seu pertencimento ou identificação religiosa com Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiro e seus adeptos.” Na prática, isso quer dizer que se um adorável militante do movimento negro achar que alguém foi rude com ele, ele tem o direito de fazer um escândalo – como de costume.

Como se sabe, na América Ibérica a crença em entidades africanas não morreu e se reconfigurou em religiões novas, tais como o candomblé e a umbanda, que são as “religiões de matriz africana” computadas pelo IBGE. No entanto, as tentativas de tratar essa crença como religiões modernas nem sempre funcionam, já que as pessoas amiúde vão ao pai de santo com a mesma intenção com que buscam uma cartomante. Se ninguém se diz adepto da “religião cartomante”, nem todo aquele que busca um pai de santo se considera um adepto do candomblé ou da umbanda.

Na verdade, quase ninguém no Brasil se considera praticante de uma “religião de matriz africana”: segundo o censo divulgado este ano, feito com dados de 2022, só 1% dos brasileiros os brasileiros o faz. E, para piorar, esse 1% se divide entre: 42,9% de brancos, 33,2% de pardos, 23,2% de pretos, 0,3% de amarelos e 0,3% de indígenas. É estatisticamente mais fácil o adepto da religião afro ser branco do que preto. Por outro lado, os brasileiros autodeclarados pretos se dividem entre 49% de católicos, 30% de evangélicos (o que dá 79% de pretos cristãos), 2,3% adeptos de religiões afro, 1,5% espíritas e 12% sem religião. Assim, as estatísticas apontam que é mais fácil um branco sofrer “racismo religioso” do que um negro, pois a maior parcela de adeptos de religiões afro é branca e a maioria dos negros é cristã. Friso que o censo brasileiro é todo feito por autodeclaração. O Movimento Negro estimula os pardos a se declararem pretos, e mesmo assim o resultado foi esse.

O tal “racismo religioso” nem é crime e suas possíveis vítimas são 1% da população, mas mesmo assim o Estado, ao arrepio da lei, cria documentos para justificar a perseguição contra quem desagradar esse mesmo 1% — que, ainda segundo o IBGE, é o segundo grupo que concentra maior proporção de fiéis com ensino superior (25,4%), perdendo só para os espíritas (48%). Tudo isso em nome do combate de um racismo que, em última instância, advém do racismo contra a raça negra – mesmo que os pretos em geral não pertençam a tal religião e muitos deles lhes sejam contrários.

Isso não é diferente da situação dos judeus antissionistas, já que as ONGs judaicas se dedicam a persegui-los em nome do combate ao antissemitismo. Pela lógica sionista, a filha de Trump pode se converter ao judaísmo para apoiar o genocídio na Palestina; e se Norman Fikelstein a criticar por isso, ele deve ser punido como um racista que odeia judeus – ainda que a filha de Trump seja judia por aderir à religião judaica e Norman Finkelstein seja um judeu por nascer de mãe judia, ou seja, um judeu étnico.

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The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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