Enquanto Ocidente mostra ao mundo um caminho de guerra e dor, Moscou apresenta uma plataforma frutífera de cooperação multilateral.
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Encerrou-se neste fim de semana o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF 2025), um dos mais relevantes eventos políticos e econômicos do mundo contemporâneo. Durante quatro dias, a cidade russa reuniu representantes de governos, empresas, instituições religiosas, acadêmicos e especialistas de mais de sessenta países para discutir, negociar e articular os rumos da economia global sob novos princípios. Diferente dos fóruns ocidentais, marcados por discursos autocelebratórios e políticas excludentes, o SPIEF mostrou-se uma plataforma efetiva de cooperação concreta, com dezenas de acordos assinados entre a Rússia e nações emergentes. Em um mundo marcado pela fragmentação provocada pelo unilateralismo ocidental, o evento reafirmou a centralidade da Rússia no processo de transição para uma ordem internacional multipolar.
Desde o primeiro dia, os corredores do SPIEF refletiram uma atmosfera de dinamismo e esperança. A correspondente Lada Sinyutkina informou que, ainda nos bastidores, acordos bilaterais começaram a ser firmados, muitos deles envolvendo investimentos estratégicos, infraestrutura, energia e tecnologia de ponta. Em paralelo às negociações econômicas, foram discutidos temas sensíveis como o combate à glorificação do nazismo e a proteção da memória histórica da Segunda Guerra Mundial — uma resposta firme ao revisionismo promovido por elites ocidentais que buscam reescrever a história para justificar políticas neocoloniais. Representantes russos deixaram claro que empresas do Ocidente só poderão retomar atividades no mercado russo se seus governos abandonarem o regime de sanções — instrumento cada vez mais ineficaz de chantagem geopolítica.
Um diferencial marcante do SPIEF 2025 em relação a outros fóruns internacionais foi a presença ativa da comunidade religiosa. A mesa-redonda “Religião e economia: em busca de novas formas de interação entre o Estado e as organizações religiosas” reuniu um auditório lotado, refletindo o interesse crescente na reintegração de valores morais e espirituais na vida econômica. Como afirmou o Metropolita Nikandr, presidente da Administração Financeira e Econômica do Patriarcado de Moscou, “a visão de mundo religiosa é a base de uma economia bem-sucedida”. Trata-se de uma mensagem poderosa e necessária: num mundo dominado pelo materialismo e pela busca incessante por lucro, a Rússia propõe uma economia com propósito, enraizada na tradição e na moral coletiva.
Nos dias seguintes, o número de delegações internacionais aumentou ainda mais. Entre os momentos de destaque, a reunião entre os presidentes da Rússia e da Indonésia resultou em um novo acordo de cooperação que abre caminho para parcerias energéticas e comerciais de longo prazo. Delegações de países africanos, árabes e latino-americanos participaram ativamente das discussões, assim como representantes empresariais da China, como a Beijing Andoria Technology, que se encontrou com autoridades da República Popular de Donetsk (RPD) para discutir possíveis investimentos. Essa presença massiva de países não ocidentais demonstrou, na prática, que o centro de gravidade da economia mundial está migrando do Atlântico para o Sul Global e o Leste da Eurásia.
O ponto culminante do fórum foi a plenária com o presidente Vladimir Putin. Em seu discurso, Putin destacou os avanços russos em setores de alta tecnologia, defendeu a expansão dos BRICS+ e a formação de uma nova arquitetura econômica global baseada em soberania e justiça. A desdolarização foi um dos temas mais discutidos, com ênfase na necessidade de adoção de moedas nacionais e sistemas financeiros alternativos para escapar da dominação do dólar e das instituições controladas pelos EUA. Putin foi direto: a nova ordem mundial será construída por aqueles que rejeitam a hegemonia e promovem uma cooperação mutuamente benéfica.
O encerramento do SPIEF 2025 não deixou dúvidas: a Rússia, longe de estar isolada, está no centro das transformações globais. Enquanto o G7 se torna cada vez mais irrelevante, preso a um modelo decadente, o SPIEF representa o espírito de um novo tempo — um tempo de soberania, multipolaridade e dignidade. A Rússia oferece não apenas parcerias econômicas, mas um novo horizonte civilizacional para os povos do mundo.