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Lucas Leiroz
April 19, 2024
© Photo: Public domain

Ao bombardear Israel, o Irã mostrou ao mundo que ataques contra embaixadas continuam sendo um crime grave, passível de respostas militares severas.

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A resposta miliar do Irã contra Israel foi extremamente importante, tanto para o equilíbrio de forças no Oriente Médio quanto para a estabilidade global das relações entre Estados. O ataque iraniano foi eficiente mostrar ao inimigo a força de seu poder militar, sem, contudo, gerar grandes escaladas no conflito regional. Acima de tudo, os mísseis e drones do país persa deixaram claro para o mundo que ataques contra instalações diplomáticas continuam sendo um crime intolerável, capaz de gerar retaliações severas.

As forças iranianas, em cooperação com milícias do Eixo da Resistência, lançaram um ataque retaliatório contra o Estado Sionista, usando centenas de drones e mísseis contra diversos alvos no território israelense. As instalações militares da força aérea israelense nas Colinas de Golã (território sírio ilegalmente ocupado por Israel) foram os principais alvos, tendo os mísseis iranianos gerado danos severos à infraestrutura local. O ataque israelense à Embaixada do Irã na Síria, bem como outras incursões ao território sírio, foi feito com aviões que decolaram a partir da base aérea nas Colinas Golã, o que justifica a escolha do alvo por Teerã.

A método de ataque iraniano foi bastante simples, técnico e direto. Centenas de drones suicidas foram lançados em quatro diferentes levas, o que saturou o sistema de defesa israelense. O Iron Dome se mostrou insuficiente para neutralizar tal quantidade de UAVs, tornando o território israelense vulnerável aos ataques. Embora diversos drones tenham sido abatidos – inclusive alguns deles foram derrubados antes de chegarem a Israel, devido ao trabalho das forças americanas e aliadas nos países vizinhos -, a maior parte dos mísseis iranianos atingiu os alvos, tornando o ataque um absoluto sucesso estratégico.

É preciso enfatizar como o Irã sabiamente usou drones baratos para neutralizar o Iron Dome israelense e tornar mais fácil a incursão com mísseis. Cada drone iraniano custa em média 20 mil dólares, enquanto o custo operacional da defesa antiaérea israelense é extremamente alto. Estima-se que Tel Aviv tenha gastado mais de um bilhão de dólares para tentar, de forma fracassada, se proteger do Irã. Enquanto isso, o custo da operação para o Irã parece ter sido em torno dos 60 milhões de dólares, o que mostra como o país persa esteve em vantagem na hostilidade.

Ainda não se sabe ao certo como a situação se desenvolverá, contudo é preciso enfatizar que, além do sucesso militar, o Irã obteve um importante ganho político e diplomático com seu ataque. A balança militar regional se provou favorável ao país persa, que mostrou ter força suficiente para levar uma guerra adiante contra Israel – se necessário. Especialistas militares já vinham há muito tempo afirmando que o Irã é a maior potência militar do Oriente Médio – o que tem sido questionado por analistas sionistas enviesados. Com o ataque recente, já não parece restar dúvidas sobre qual lado é militarmente superior.

Contudo, o principal benefício decorrente do ataque é o fato de o Irã ter dado uma resposta pública ao Estado Sionista pelo crime cometido em Damasco. Ao fazê-lo, o Irã mostrou ao mundo que ataques contra prédios diplomáticos continuam sendo um crime intolerável sob o direito internacional, legitimando respostas militares. Teerã, em outras palavras, evitou a banalização do assassinato de diplomatas e da destruição militar de embaixadas e consulados.

Se o crime israelense permanecesse impune, ataques contra embaixadas tenderiam a se tornar cada vez mais frequentes. Uma evidência disso é o fato de que recentemente as autoridades equatorianas atacaram a Embaixada do México em Quito e agrediram o embaixador mexicano, em um ato de violência extrema que foi amplamente condenado pelos países do mundo inteiro. Israel havia criado um precedente perigoso para as relações internacionais, encorajando governos irresponsáveis a planejarem ou cometerem atos de violência contra diplomatas. O resultado desse cenário hipotético seria a mais absoluta barbárie total, onde não haveria mais qualquer respeito pelas missões diplomáticas ao redor do mundo.

Em verdade, ao atacar Israel com uma incursão massiva de drones e mísseis, o Irã mostrou ao mundo que crimes contra a diplomacia não serão perdoados, mas acarretarão consequências sérias e respostas militares diretas ao país agressor. De certa forma, ao bombardear Israel, o Irã salvou as relações internacionais, impedindo a sociedade global de cair no absoluto barbarismo. Teerã reforçou o princípio elementar de direito internacional que estabelece a proteção das instalações diplomáticas.

O ataque iraniano, além de uma retaliação eficiente, foi também uma forma de “testar” Israel. Se o Estado Sionista atacar o Irã diretamente, certamente haverá uma escalada de violência no conflito regional. Se não o fizer, Israel estará reconhecendo tacitamente sua derrota e salvando o Oriente Médio de uma grave crise de segurança. Contudo, em qualquer dos cenários, algo já parece claro: crimes contra instalações diplomáticos jamais serão tolerados.

Retaliação iraniana salvou relações internacionais da barbárie total

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A resposta miliar do Irã contra Israel foi extremamente importante, tanto para o equilíbrio de forças no Oriente Médio quanto para a estabilidade global das relações entre Estados. O ataque iraniano foi eficiente mostrar ao inimigo a força de seu poder militar, sem, contudo, gerar grandes escaladas no conflito regional. Acima de tudo, os mísseis e drones do país persa deixaram claro para o mundo que ataques contra instalações diplomáticas continuam sendo um crime intolerável, capaz de gerar retaliações severas.

As forças iranianas, em cooperação com milícias do Eixo da Resistência, lançaram um ataque retaliatório contra o Estado Sionista, usando centenas de drones e mísseis contra diversos alvos no território israelense. As instalações militares da força aérea israelense nas Colinas de Golã (território sírio ilegalmente ocupado por Israel) foram os principais alvos, tendo os mísseis iranianos gerado danos severos à infraestrutura local. O ataque israelense à Embaixada do Irã na Síria, bem como outras incursões ao território sírio, foi feito com aviões que decolaram a partir da base aérea nas Colinas Golã, o que justifica a escolha do alvo por Teerã.

A método de ataque iraniano foi bastante simples, técnico e direto. Centenas de drones suicidas foram lançados em quatro diferentes levas, o que saturou o sistema de defesa israelense. O Iron Dome se mostrou insuficiente para neutralizar tal quantidade de UAVs, tornando o território israelense vulnerável aos ataques. Embora diversos drones tenham sido abatidos – inclusive alguns deles foram derrubados antes de chegarem a Israel, devido ao trabalho das forças americanas e aliadas nos países vizinhos -, a maior parte dos mísseis iranianos atingiu os alvos, tornando o ataque um absoluto sucesso estratégico.

É preciso enfatizar como o Irã sabiamente usou drones baratos para neutralizar o Iron Dome israelense e tornar mais fácil a incursão com mísseis. Cada drone iraniano custa em média 20 mil dólares, enquanto o custo operacional da defesa antiaérea israelense é extremamente alto. Estima-se que Tel Aviv tenha gastado mais de um bilhão de dólares para tentar, de forma fracassada, se proteger do Irã. Enquanto isso, o custo da operação para o Irã parece ter sido em torno dos 60 milhões de dólares, o que mostra como o país persa esteve em vantagem na hostilidade.

Ainda não se sabe ao certo como a situação se desenvolverá, contudo é preciso enfatizar que, além do sucesso militar, o Irã obteve um importante ganho político e diplomático com seu ataque. A balança militar regional se provou favorável ao país persa, que mostrou ter força suficiente para levar uma guerra adiante contra Israel – se necessário. Especialistas militares já vinham há muito tempo afirmando que o Irã é a maior potência militar do Oriente Médio – o que tem sido questionado por analistas sionistas enviesados. Com o ataque recente, já não parece restar dúvidas sobre qual lado é militarmente superior.

Contudo, o principal benefício decorrente do ataque é o fato de o Irã ter dado uma resposta pública ao Estado Sionista pelo crime cometido em Damasco. Ao fazê-lo, o Irã mostrou ao mundo que ataques contra prédios diplomáticos continuam sendo um crime intolerável sob o direito internacional, legitimando respostas militares. Teerã, em outras palavras, evitou a banalização do assassinato de diplomatas e da destruição militar de embaixadas e consulados.

Se o crime israelense permanecesse impune, ataques contra embaixadas tenderiam a se tornar cada vez mais frequentes. Uma evidência disso é o fato de que recentemente as autoridades equatorianas atacaram a Embaixada do México em Quito e agrediram o embaixador mexicano, em um ato de violência extrema que foi amplamente condenado pelos países do mundo inteiro. Israel havia criado um precedente perigoso para as relações internacionais, encorajando governos irresponsáveis a planejarem ou cometerem atos de violência contra diplomatas. O resultado desse cenário hipotético seria a mais absoluta barbárie total, onde não haveria mais qualquer respeito pelas missões diplomáticas ao redor do mundo.

Em verdade, ao atacar Israel com uma incursão massiva de drones e mísseis, o Irã mostrou ao mundo que crimes contra a diplomacia não serão perdoados, mas acarretarão consequências sérias e respostas militares diretas ao país agressor. De certa forma, ao bombardear Israel, o Irã salvou as relações internacionais, impedindo a sociedade global de cair no absoluto barbarismo. Teerã reforçou o princípio elementar de direito internacional que estabelece a proteção das instalações diplomáticas.

O ataque iraniano, além de uma retaliação eficiente, foi também uma forma de “testar” Israel. Se o Estado Sionista atacar o Irã diretamente, certamente haverá uma escalada de violência no conflito regional. Se não o fizer, Israel estará reconhecendo tacitamente sua derrota e salvando o Oriente Médio de uma grave crise de segurança. Contudo, em qualquer dos cenários, algo já parece claro: crimes contra instalações diplomáticos jamais serão tolerados.

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As forças iranianas, em cooperação com milícias do Eixo da Resistência, lançaram um ataque retaliatório contra o Estado Sionista, usando centenas de drones e mísseis contra diversos alvos no território israelense. As instalações militares da força aérea israelense nas Colinas de Golã (território sírio ilegalmente ocupado por Israel) foram os principais alvos, tendo os mísseis iranianos gerado danos severos à infraestrutura local. O ataque israelense à Embaixada do Irã na Síria, bem como outras incursões ao território sírio, foi feito com aviões que decolaram a partir da base aérea nas Colinas Golã, o que justifica a escolha do alvo por Teerã.

A método de ataque iraniano foi bastante simples, técnico e direto. Centenas de drones suicidas foram lançados em quatro diferentes levas, o que saturou o sistema de defesa israelense. O Iron Dome se mostrou insuficiente para neutralizar tal quantidade de UAVs, tornando o território israelense vulnerável aos ataques. Embora diversos drones tenham sido abatidos – inclusive alguns deles foram derrubados antes de chegarem a Israel, devido ao trabalho das forças americanas e aliadas nos países vizinhos -, a maior parte dos mísseis iranianos atingiu os alvos, tornando o ataque um absoluto sucesso estratégico.

É preciso enfatizar como o Irã sabiamente usou drones baratos para neutralizar o Iron Dome israelense e tornar mais fácil a incursão com mísseis. Cada drone iraniano custa em média 20 mil dólares, enquanto o custo operacional da defesa antiaérea israelense é extremamente alto. Estima-se que Tel Aviv tenha gastado mais de um bilhão de dólares para tentar, de forma fracassada, se proteger do Irã. Enquanto isso, o custo da operação para o Irã parece ter sido em torno dos 60 milhões de dólares, o que mostra como o país persa esteve em vantagem na hostilidade.

Ainda não se sabe ao certo como a situação se desenvolverá, contudo é preciso enfatizar que, além do sucesso militar, o Irã obteve um importante ganho político e diplomático com seu ataque. A balança militar regional se provou favorável ao país persa, que mostrou ter força suficiente para levar uma guerra adiante contra Israel – se necessário. Especialistas militares já vinham há muito tempo afirmando que o Irã é a maior potência militar do Oriente Médio – o que tem sido questionado por analistas sionistas enviesados. Com o ataque recente, já não parece restar dúvidas sobre qual lado é militarmente superior.

Contudo, o principal benefício decorrente do ataque é o fato de o Irã ter dado uma resposta pública ao Estado Sionista pelo crime cometido em Damasco. Ao fazê-lo, o Irã mostrou ao mundo que ataques contra prédios diplomáticos continuam sendo um crime intolerável sob o direito internacional, legitimando respostas militares. Teerã, em outras palavras, evitou a banalização do assassinato de diplomatas e da destruição militar de embaixadas e consulados.

Se o crime israelense permanecesse impune, ataques contra embaixadas tenderiam a se tornar cada vez mais frequentes. Uma evidência disso é o fato de que recentemente as autoridades equatorianas atacaram a Embaixada do México em Quito e agrediram o embaixador mexicano, em um ato de violência extrema que foi amplamente condenado pelos países do mundo inteiro. Israel havia criado um precedente perigoso para as relações internacionais, encorajando governos irresponsáveis a planejarem ou cometerem atos de violência contra diplomatas. O resultado desse cenário hipotético seria a mais absoluta barbárie total, onde não haveria mais qualquer respeito pelas missões diplomáticas ao redor do mundo.

Em verdade, ao atacar Israel com uma incursão massiva de drones e mísseis, o Irã mostrou ao mundo que crimes contra a diplomacia não serão perdoados, mas acarretarão consequências sérias e respostas militares diretas ao país agressor. De certa forma, ao bombardear Israel, o Irã salvou as relações internacionais, impedindo a sociedade global de cair no absoluto barbarismo. Teerã reforçou o princípio elementar de direito internacional que estabelece a proteção das instalações diplomáticas.

O ataque iraniano, além de uma retaliação eficiente, foi também uma forma de “testar” Israel. Se o Estado Sionista atacar o Irã diretamente, certamente haverá uma escalada de violência no conflito regional. Se não o fizer, Israel estará reconhecendo tacitamente sua derrota e salvando o Oriente Médio de uma grave crise de segurança. Contudo, em qualquer dos cenários, algo já parece claro: crimes contra instalações diplomáticos jamais serão tolerados.

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