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Eduardo Vasco
June 8, 2025
© Photo: Public domain

Os Estados Unidos sempre tiveram, nos últimos 80 anos, uma enorme influência na política brasileira, controlando-a em muitos aspectos.

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Os Estados Unidos sempre tiveram, nos últimos 80 anos, uma enorme influência na política brasileira, controlando-a em muitos aspectos. É sobre os políticos do Congresso Nacional que Washington executa um dos mais importantes planos de projeção de soft power. Seja através de visitas às empresas e instituições norte-americanas, ou com treinamentos e cursos de lideranças para futuros representantes dos eleitores, ou mesmo por contatos intensos com políticos democratas e republicanos ligados estreitamente ao poder, os parlamentares brasileiros servem de instrumentos para que o imperialismo americano estabeleça leis e dissemine suas ideias e valores na sociedade e, sobretudo, nas instituições de Estado.

Tradicionalmente, os políticos brasileiros vinculados ao lobby americano sempre foram de direita, seguindo o costume em toda a América Latina. Contudo, especialmente a partir da penetração do neoliberalismo no Brasil se formou uma corrente proveniente da esquerda que defende as políticas formuladas principalmente pelo Partido Democrata e, sob o véu da luta contra o racismo, o machismo, a homofobia, em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos se tornou uma corrente de transmissão do neoliberalismo, incluindo através de cursos de formação e alianças com ONGs e fundações criadas pela CIA.

Hoje, praticamente todos os partidos de direita e de esquerda no parlamento brasileiro têm alguma ligação com as instituições públicas ou privadas do imperialismo americano – uns em maior medida, outros com um engajamento menor, mas todos dependentes e subordinados ao poder norte-americano. Abaixo, listo alguns dos mais destacados.

Senador Sérgio Moro (União Brasil)

Então um mísero burocrata da Justiça no interior do Brasil, Moro participou de cursos oferecidos pelo Departamento de Estado dos EUA em 2007, durante o programa International Visitor Leadership Program (IVLP). Alguns anos depois, surgiu a Operação Lava Jato, através de uma intensa cooperação internacional entre o poder judiciário do Brasil e os EUA em investigações sobre corrupção, especialmente em casos envolvendo a Petrobras e empresas multinacionais, como a Odebrecht, que então começavam a competir com as companhias norte-americanas mundo afora.

Essa colaboração foi feita por meio de acordos legais de cooperação jurídica internacional, como o Mutual Legal Assistance Treaty (MLAT). Diversos políticos, jornalistas independentes e ativistas denunciaram Moro como agente dos Estados Unidos, mas ele foi alçado a herói da luta anticorrupção pela imprensa nacional, também historicamente ligada ao imperialismo americano. Posteriormente, filtrações de conversas no Telegram revelaram parte da colaboração ilegal com as autoridades dos Estados Unidos, no que ficou conhecido como escândalo da “Vaza Jato”. No entanto, Moro já estava com seu nome feito e totalmente blindado, uma vez que todo o sistema judiciário e os meios de comunicação haviam sido corrompidos para desestabilizar o Brasil e entregar seus recursos naturais e seu mercado para as multinacionais americanas.

Como prêmio por sua atuação – que incluiu a prisão do atual presidente Lula da Silva, solto após as revelações da Vaza Jato –, Moro foi escolhido ministro da Justiça por Jair Bolsonaro, vitorioso nas eleições de 2018 graças à prisão de Lula. Em seu período como ministro, o ex-juiz visitou a sede da CIA em 2019 – talvez para receber uns bons tapinhas nas costas e a parabenização por ter sido escolhido personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-EUA em 2018.

Deputado Eduardo Bolsonaro (Partido Liberal)

Eduardo Bolsonaro é um dos nomes mais falados na política brasileira atualmente por ter se licenciado do cargo de deputado e ido morar nos Estados Unidos. A justificativa é legítima: os bolsonaristas têm sido perseguidos judicialmente pelos setores vinculados à ala tradicional do imperialismo americano no Brasil, em especial dentro do poder judiciário. Contudo, seus trabalhos na América do Norte demonstram que não se trata de uma luta contra essa perseguição, mas sim para convencer o atual governo americano a instalá-lo (ou a seu pai) na presidência do Brasil para servir de interventor dos Estados Unidos no maior país da América Latina.

Membro do International Conservative Alliance, o filho mais novo do ex-presidente desenvolveu nos últimos anos relações com figuras conservadoras influentes nos EUA, como o ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon, os senadores Ted Cruz e Marco Rubio, e Jared Kushner, genro e ex-conselheiro de Trump. Também já se encontrou com Ben Shapiro (comentarista político e influenciador), Charlie Kirk (fundador do movimento Turning Point USA) e Candace Owens (comentarista e ativista política conservadora).

Eduardo já participou de eventos da Heritage Foundation, além de colaborar com o Leadership Institute e a Inter-American Institute for Philosophy, Government, and Social Thought. Ele também esteve em eventos organizados pelos think tanks neoliberais Hudson Institute e Atlas Network. Um de seus irmãos, o vereador Carlos Bolsonaro, tem relações mais estreitas com Bannon, assim como assessores de Trump (como Jason Miller), políticos, empresários e influenciadores da direita norte-americana, com o objetivo explícito de receber seu apoio para as ações políticas do bolsonarismo no Brasil.

Eduardo já havia liderado uma comitiva de parlamentares que, em novembro de 2023, foi a Washington entregar uma carta (que denunciava o que chamaram de perseguição política do Estado brasileiro contra seus aliados) a Jin Jordan, presidente da Comissão de Justiça do Congresso americano, e a Mike Johnson, presidente da Câmara, além de apresentar a denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. Ele foi acompanhado pelos senadores Eduardo Girão (Novo), Magno Malta (PL) e Jorge Seif (PL) e pelos deputados Alexandre Ramagem (PL), Nikolas Ferreira (PL), Julia Zanatta (PL), Altineu Cortês (PL), Gustavo Gayer (PL) e Capitão Alberto Neto (PL). Em maio de 2024, foi novamente aos EUA se reunir com o deputado republicano Chris Smith.

Agora, serve de ligação de seu pai com o governo Trump. Aparentemente, é através de Eduardo Bolsonaro que Jair transmite informações sobre as relações externas do atual governo, atuando como informante e lobista para a administração Trump. Em declarações à imprensa em março, Bolsonaro criticou as relações do Brasil com a China e o BRICS e afirmou: “eles [o governo dos EUA] têm uma preocupação com o Brasil, eles não querem que o Brasil se consolide como uma nova Venezuela e nós sabemos que o problema do Brasil não vai ser resolvido internamente, tem que ser resolvido com apoio de fora.” Também revelou que costuma informar o governo Trump sobre as relações do Brasil com a China. No final de maio, voltar a declarar: “nós venceremos com a ajuda de Deus e também [com] a ajuda de outro país lá do norte. Enganam-se aqueles que acham que só nós temos condições de reverter esse sistema. Precisamos de ajuda de terceiros e tem vindo na hora certa.” Em fevereiro, Jair Bolsonaro declarou que, se for eleito novamente, irá retirar o Brasil do BRICS.

Deputado Kim Kataguiri (União Brasil)

Fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), uma espécie de ONG criada pelo Estudantes pela Liberdade (da qual Kim era membro) – braço brasileiro da norte-americana Students for Liberty, financiada pela Atlas Network, think tank neoliberal norte-americano. Participou de cursos de treinamento de lideranças nos EUA e se destacou nos protestos da revolução colorida que levou ao impeachment de Dilma Rousseff.

Também recebeu treinamento do Renova BR, think tank que recebe financiamento de ONGs financiadas pela Open Society e Fundação Ford. O Renova BR já ministrou workshop com a equipe de estrategistas da campanha de Joe Biden.

Deputado Marcel van Hattem (NOVO)

Egresso do Programa de Liderança Política, Social e Empresarial da Georgetown University e do Seminário Internacional de Administração e Prevenção de Conflitos Internacionais da Internationale Akademie für Führungskräfte Theodor-Heuss, vinculada ao Instituto Friedrich Naumann para a Liberdade (Gummersbach e Hamburgo, Alemanha), instituto parceiro da Atlas Network.

Participou de cursos na Acton Institute University, a mais religiosa das fundações libertaristas que compõem a rede de fellowship da Atlas e da Koch Foundation. Participou do Fórum da Liberdade de 2016, organizado pelos grupos da Atlas Network no Brasil, realizado em meio à campanha de desestabilização do Brasil idealizada nos EUA. É membro do Grupo Parlamentar Brasil-EUA.

Deputado Ricardo Salles (NOVO)

Ex-ministro de Jair Bolsonaro. Fundador do Movimento Endireita Brasil em 2006, um movimento que prega o neoliberalismo e as privatizações. O movimento era intimamente ligado ao Instituto Millenium, que é parceiro da Atlas Network. Os membros do Endireita Brasil fizeram curso de liderança no Leadership Institute nos EUA. Salles também recebeu treinamento do instituto Renova BR.

Senador Marcos do Val (Podemos)

No final da década de 1990, passou a trabalhar como instrutor da polícia de Dallas, Texas, nas unidades da SWAT. Nessa polícia, e mais tarde nas unidades de polícia de outras cidades americanas como Beaumont e Rowlett, dedicou-se a ministrar o curso “Super SWAT” voltado ao preparo para enfrentamento de situações críticas. Anos mais tarde, ministrou cursos para agentes do FBI, DEA, U.S. Marshalls, o grupo anti-terrorismo da equipe de Operações Especiais da NASA (a Marshall Space Flight Center), a segurança do Vaticano, a Carabineri da Polícia de Roma e para militares das Forças Armadas Americanas. Também passou a integrar a associação TTPOA (Texas Tactical Police Officers Association), que reúne equipes de instrutores para aprimorar sua formação e aumentar os conhecimentos, em que na convenção anual ministra o curso de Imobilizações Táticas.

Deputada Tabata Amaral (PSB)

Aos 19 anos, em 2012, foi aprovada em seis prestigiosas universidades estadunidenses, sendo ofertada bolsa integral para todas: Harvard, Yale, Columbia, Princeton, Pensilvânia e Caltech. Estudou Ciências Políticas pelo Departamento de Governo da Universidade Harvard. Em sua dissertação, elaborou uma análise política de reformas educacionais em municípios brasileiros. Graduou-se com honras máximas e recebeu o Prêmio Kenneth Maxwell em estudos brasileiros e o Prêmio Eric Firth para o melhor ensaio sobre o tema de ideais democráticos por sua tese.

Logo após a sua graduação, retornou ao Brasil para dedicar-se ao seu ativismo social. Fundou o movimento Acredito, e recebeu curso de formação de lideranças do Renova BR. Graças a este curso, foi eleita deputada em 2018 e reeleita em 2022. Também tem compromissos assumidos com o Livres, entidade criada pela Atlas Network.

Deputado Guilherme Boulos (PSOL)

Apareceu ao público no movimento “Não vai ter Copa”, impulsionado pela Fundação Ford desde o seu início como parte do roteiro de desestabilização do Brasil, junto com os protestos de direita e a Operação Lava Jato. Nesta época, até entrar oficialmente para a política, foi líder do MTST, movimento social ligado ao Washington Brazil Office (financiado pela Open Society e ONGs ligadas ao NED e à USAID) e que recebeu fundos da Fundação Ford em iniciativas pontuais.

Boulos trabalhou de forma remunerada no IREE, um think tank que tem como parceiro a Global Americans, financiada pelo NED e composta por membros do governo dos EUA.

Esses são apenas alguns exemplos de como a política brasileira está amplamente infiltrada pelo lobby norte-americano, da extrema-direita à esquerda. Poderíamos também mencionar, de passagem, alguns outros casos, como Gustavo Gayer (PL), que participou dos protestos contra o governo Dilma e enviou, em outubro de 2023, um documento à embaixada dos EUA com nomes de supostos brasileiros apoiadores do Hamas (em conjunto com a também deputada do PL, Júlia Zanatta). Ou o deputado Zé Trovão, que enviou um ofício à Embaixada dos EUA, em maio de 2023, pedindo que o governo americano fizesse alguma coisa para prender o presidente Nicolás Maduro, que estava de visita ao Brasil. Ou então o dos deputados Filipe Barros e Caroline de Toni (ambos do PL), ex-ativistas do MBL no processo de revolução colorida no Brasil, e Alex Manente (Cidadania), associado ao Lives e à Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), ONG que tem entre suas parceiras a embaixada dos EUA e a Open Society.

Quais são as marionetes dos EUA no Congresso brasileiro?

Os Estados Unidos sempre tiveram, nos últimos 80 anos, uma enorme influência na política brasileira, controlando-a em muitos aspectos.

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Os Estados Unidos sempre tiveram, nos últimos 80 anos, uma enorme influência na política brasileira, controlando-a em muitos aspectos. É sobre os políticos do Congresso Nacional que Washington executa um dos mais importantes planos de projeção de soft power. Seja através de visitas às empresas e instituições norte-americanas, ou com treinamentos e cursos de lideranças para futuros representantes dos eleitores, ou mesmo por contatos intensos com políticos democratas e republicanos ligados estreitamente ao poder, os parlamentares brasileiros servem de instrumentos para que o imperialismo americano estabeleça leis e dissemine suas ideias e valores na sociedade e, sobretudo, nas instituições de Estado.

Tradicionalmente, os políticos brasileiros vinculados ao lobby americano sempre foram de direita, seguindo o costume em toda a América Latina. Contudo, especialmente a partir da penetração do neoliberalismo no Brasil se formou uma corrente proveniente da esquerda que defende as políticas formuladas principalmente pelo Partido Democrata e, sob o véu da luta contra o racismo, o machismo, a homofobia, em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos se tornou uma corrente de transmissão do neoliberalismo, incluindo através de cursos de formação e alianças com ONGs e fundações criadas pela CIA.

Hoje, praticamente todos os partidos de direita e de esquerda no parlamento brasileiro têm alguma ligação com as instituições públicas ou privadas do imperialismo americano – uns em maior medida, outros com um engajamento menor, mas todos dependentes e subordinados ao poder norte-americano. Abaixo, listo alguns dos mais destacados.

Senador Sérgio Moro (União Brasil)

Então um mísero burocrata da Justiça no interior do Brasil, Moro participou de cursos oferecidos pelo Departamento de Estado dos EUA em 2007, durante o programa International Visitor Leadership Program (IVLP). Alguns anos depois, surgiu a Operação Lava Jato, através de uma intensa cooperação internacional entre o poder judiciário do Brasil e os EUA em investigações sobre corrupção, especialmente em casos envolvendo a Petrobras e empresas multinacionais, como a Odebrecht, que então começavam a competir com as companhias norte-americanas mundo afora.

Essa colaboração foi feita por meio de acordos legais de cooperação jurídica internacional, como o Mutual Legal Assistance Treaty (MLAT). Diversos políticos, jornalistas independentes e ativistas denunciaram Moro como agente dos Estados Unidos, mas ele foi alçado a herói da luta anticorrupção pela imprensa nacional, também historicamente ligada ao imperialismo americano. Posteriormente, filtrações de conversas no Telegram revelaram parte da colaboração ilegal com as autoridades dos Estados Unidos, no que ficou conhecido como escândalo da “Vaza Jato”. No entanto, Moro já estava com seu nome feito e totalmente blindado, uma vez que todo o sistema judiciário e os meios de comunicação haviam sido corrompidos para desestabilizar o Brasil e entregar seus recursos naturais e seu mercado para as multinacionais americanas.

Como prêmio por sua atuação – que incluiu a prisão do atual presidente Lula da Silva, solto após as revelações da Vaza Jato –, Moro foi escolhido ministro da Justiça por Jair Bolsonaro, vitorioso nas eleições de 2018 graças à prisão de Lula. Em seu período como ministro, o ex-juiz visitou a sede da CIA em 2019 – talvez para receber uns bons tapinhas nas costas e a parabenização por ter sido escolhido personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-EUA em 2018.

Deputado Eduardo Bolsonaro (Partido Liberal)

Eduardo Bolsonaro é um dos nomes mais falados na política brasileira atualmente por ter se licenciado do cargo de deputado e ido morar nos Estados Unidos. A justificativa é legítima: os bolsonaristas têm sido perseguidos judicialmente pelos setores vinculados à ala tradicional do imperialismo americano no Brasil, em especial dentro do poder judiciário. Contudo, seus trabalhos na América do Norte demonstram que não se trata de uma luta contra essa perseguição, mas sim para convencer o atual governo americano a instalá-lo (ou a seu pai) na presidência do Brasil para servir de interventor dos Estados Unidos no maior país da América Latina.

Membro do International Conservative Alliance, o filho mais novo do ex-presidente desenvolveu nos últimos anos relações com figuras conservadoras influentes nos EUA, como o ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon, os senadores Ted Cruz e Marco Rubio, e Jared Kushner, genro e ex-conselheiro de Trump. Também já se encontrou com Ben Shapiro (comentarista político e influenciador), Charlie Kirk (fundador do movimento Turning Point USA) e Candace Owens (comentarista e ativista política conservadora).

Eduardo já participou de eventos da Heritage Foundation, além de colaborar com o Leadership Institute e a Inter-American Institute for Philosophy, Government, and Social Thought. Ele também esteve em eventos organizados pelos think tanks neoliberais Hudson Institute e Atlas Network. Um de seus irmãos, o vereador Carlos Bolsonaro, tem relações mais estreitas com Bannon, assim como assessores de Trump (como Jason Miller), políticos, empresários e influenciadores da direita norte-americana, com o objetivo explícito de receber seu apoio para as ações políticas do bolsonarismo no Brasil.

Eduardo já havia liderado uma comitiva de parlamentares que, em novembro de 2023, foi a Washington entregar uma carta (que denunciava o que chamaram de perseguição política do Estado brasileiro contra seus aliados) a Jin Jordan, presidente da Comissão de Justiça do Congresso americano, e a Mike Johnson, presidente da Câmara, além de apresentar a denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. Ele foi acompanhado pelos senadores Eduardo Girão (Novo), Magno Malta (PL) e Jorge Seif (PL) e pelos deputados Alexandre Ramagem (PL), Nikolas Ferreira (PL), Julia Zanatta (PL), Altineu Cortês (PL), Gustavo Gayer (PL) e Capitão Alberto Neto (PL). Em maio de 2024, foi novamente aos EUA se reunir com o deputado republicano Chris Smith.

Agora, serve de ligação de seu pai com o governo Trump. Aparentemente, é através de Eduardo Bolsonaro que Jair transmite informações sobre as relações externas do atual governo, atuando como informante e lobista para a administração Trump. Em declarações à imprensa em março, Bolsonaro criticou as relações do Brasil com a China e o BRICS e afirmou: “eles [o governo dos EUA] têm uma preocupação com o Brasil, eles não querem que o Brasil se consolide como uma nova Venezuela e nós sabemos que o problema do Brasil não vai ser resolvido internamente, tem que ser resolvido com apoio de fora.” Também revelou que costuma informar o governo Trump sobre as relações do Brasil com a China. No final de maio, voltar a declarar: “nós venceremos com a ajuda de Deus e também [com] a ajuda de outro país lá do norte. Enganam-se aqueles que acham que só nós temos condições de reverter esse sistema. Precisamos de ajuda de terceiros e tem vindo na hora certa.” Em fevereiro, Jair Bolsonaro declarou que, se for eleito novamente, irá retirar o Brasil do BRICS.

Deputado Kim Kataguiri (União Brasil)

Fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), uma espécie de ONG criada pelo Estudantes pela Liberdade (da qual Kim era membro) – braço brasileiro da norte-americana Students for Liberty, financiada pela Atlas Network, think tank neoliberal norte-americano. Participou de cursos de treinamento de lideranças nos EUA e se destacou nos protestos da revolução colorida que levou ao impeachment de Dilma Rousseff.

Também recebeu treinamento do Renova BR, think tank que recebe financiamento de ONGs financiadas pela Open Society e Fundação Ford. O Renova BR já ministrou workshop com a equipe de estrategistas da campanha de Joe Biden.

Deputado Marcel van Hattem (NOVO)

Egresso do Programa de Liderança Política, Social e Empresarial da Georgetown University e do Seminário Internacional de Administração e Prevenção de Conflitos Internacionais da Internationale Akademie für Führungskräfte Theodor-Heuss, vinculada ao Instituto Friedrich Naumann para a Liberdade (Gummersbach e Hamburgo, Alemanha), instituto parceiro da Atlas Network.

Participou de cursos na Acton Institute University, a mais religiosa das fundações libertaristas que compõem a rede de fellowship da Atlas e da Koch Foundation. Participou do Fórum da Liberdade de 2016, organizado pelos grupos da Atlas Network no Brasil, realizado em meio à campanha de desestabilização do Brasil idealizada nos EUA. É membro do Grupo Parlamentar Brasil-EUA.

Deputado Ricardo Salles (NOVO)

Ex-ministro de Jair Bolsonaro. Fundador do Movimento Endireita Brasil em 2006, um movimento que prega o neoliberalismo e as privatizações. O movimento era intimamente ligado ao Instituto Millenium, que é parceiro da Atlas Network. Os membros do Endireita Brasil fizeram curso de liderança no Leadership Institute nos EUA. Salles também recebeu treinamento do instituto Renova BR.

Senador Marcos do Val (Podemos)

No final da década de 1990, passou a trabalhar como instrutor da polícia de Dallas, Texas, nas unidades da SWAT. Nessa polícia, e mais tarde nas unidades de polícia de outras cidades americanas como Beaumont e Rowlett, dedicou-se a ministrar o curso “Super SWAT” voltado ao preparo para enfrentamento de situações críticas. Anos mais tarde, ministrou cursos para agentes do FBI, DEA, U.S. Marshalls, o grupo anti-terrorismo da equipe de Operações Especiais da NASA (a Marshall Space Flight Center), a segurança do Vaticano, a Carabineri da Polícia de Roma e para militares das Forças Armadas Americanas. Também passou a integrar a associação TTPOA (Texas Tactical Police Officers Association), que reúne equipes de instrutores para aprimorar sua formação e aumentar os conhecimentos, em que na convenção anual ministra o curso de Imobilizações Táticas.

Deputada Tabata Amaral (PSB)

Aos 19 anos, em 2012, foi aprovada em seis prestigiosas universidades estadunidenses, sendo ofertada bolsa integral para todas: Harvard, Yale, Columbia, Princeton, Pensilvânia e Caltech. Estudou Ciências Políticas pelo Departamento de Governo da Universidade Harvard. Em sua dissertação, elaborou uma análise política de reformas educacionais em municípios brasileiros. Graduou-se com honras máximas e recebeu o Prêmio Kenneth Maxwell em estudos brasileiros e o Prêmio Eric Firth para o melhor ensaio sobre o tema de ideais democráticos por sua tese.

Logo após a sua graduação, retornou ao Brasil para dedicar-se ao seu ativismo social. Fundou o movimento Acredito, e recebeu curso de formação de lideranças do Renova BR. Graças a este curso, foi eleita deputada em 2018 e reeleita em 2022. Também tem compromissos assumidos com o Livres, entidade criada pela Atlas Network.

Deputado Guilherme Boulos (PSOL)

Apareceu ao público no movimento “Não vai ter Copa”, impulsionado pela Fundação Ford desde o seu início como parte do roteiro de desestabilização do Brasil, junto com os protestos de direita e a Operação Lava Jato. Nesta época, até entrar oficialmente para a política, foi líder do MTST, movimento social ligado ao Washington Brazil Office (financiado pela Open Society e ONGs ligadas ao NED e à USAID) e que recebeu fundos da Fundação Ford em iniciativas pontuais.

Boulos trabalhou de forma remunerada no IREE, um think tank que tem como parceiro a Global Americans, financiada pelo NED e composta por membros do governo dos EUA.

Esses são apenas alguns exemplos de como a política brasileira está amplamente infiltrada pelo lobby norte-americano, da extrema-direita à esquerda. Poderíamos também mencionar, de passagem, alguns outros casos, como Gustavo Gayer (PL), que participou dos protestos contra o governo Dilma e enviou, em outubro de 2023, um documento à embaixada dos EUA com nomes de supostos brasileiros apoiadores do Hamas (em conjunto com a também deputada do PL, Júlia Zanatta). Ou o deputado Zé Trovão, que enviou um ofício à Embaixada dos EUA, em maio de 2023, pedindo que o governo americano fizesse alguma coisa para prender o presidente Nicolás Maduro, que estava de visita ao Brasil. Ou então o dos deputados Filipe Barros e Caroline de Toni (ambos do PL), ex-ativistas do MBL no processo de revolução colorida no Brasil, e Alex Manente (Cidadania), associado ao Lives e à Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), ONG que tem entre suas parceiras a embaixada dos EUA e a Open Society.

Os Estados Unidos sempre tiveram, nos últimos 80 anos, uma enorme influência na política brasileira, controlando-a em muitos aspectos.

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Os Estados Unidos sempre tiveram, nos últimos 80 anos, uma enorme influência na política brasileira, controlando-a em muitos aspectos. É sobre os políticos do Congresso Nacional que Washington executa um dos mais importantes planos de projeção de soft power. Seja através de visitas às empresas e instituições norte-americanas, ou com treinamentos e cursos de lideranças para futuros representantes dos eleitores, ou mesmo por contatos intensos com políticos democratas e republicanos ligados estreitamente ao poder, os parlamentares brasileiros servem de instrumentos para que o imperialismo americano estabeleça leis e dissemine suas ideias e valores na sociedade e, sobretudo, nas instituições de Estado.

Tradicionalmente, os políticos brasileiros vinculados ao lobby americano sempre foram de direita, seguindo o costume em toda a América Latina. Contudo, especialmente a partir da penetração do neoliberalismo no Brasil se formou uma corrente proveniente da esquerda que defende as políticas formuladas principalmente pelo Partido Democrata e, sob o véu da luta contra o racismo, o machismo, a homofobia, em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos se tornou uma corrente de transmissão do neoliberalismo, incluindo através de cursos de formação e alianças com ONGs e fundações criadas pela CIA.

Hoje, praticamente todos os partidos de direita e de esquerda no parlamento brasileiro têm alguma ligação com as instituições públicas ou privadas do imperialismo americano – uns em maior medida, outros com um engajamento menor, mas todos dependentes e subordinados ao poder norte-americano. Abaixo, listo alguns dos mais destacados.

Senador Sérgio Moro (União Brasil)

Então um mísero burocrata da Justiça no interior do Brasil, Moro participou de cursos oferecidos pelo Departamento de Estado dos EUA em 2007, durante o programa International Visitor Leadership Program (IVLP). Alguns anos depois, surgiu a Operação Lava Jato, através de uma intensa cooperação internacional entre o poder judiciário do Brasil e os EUA em investigações sobre corrupção, especialmente em casos envolvendo a Petrobras e empresas multinacionais, como a Odebrecht, que então começavam a competir com as companhias norte-americanas mundo afora.

Essa colaboração foi feita por meio de acordos legais de cooperação jurídica internacional, como o Mutual Legal Assistance Treaty (MLAT). Diversos políticos, jornalistas independentes e ativistas denunciaram Moro como agente dos Estados Unidos, mas ele foi alçado a herói da luta anticorrupção pela imprensa nacional, também historicamente ligada ao imperialismo americano. Posteriormente, filtrações de conversas no Telegram revelaram parte da colaboração ilegal com as autoridades dos Estados Unidos, no que ficou conhecido como escândalo da “Vaza Jato”. No entanto, Moro já estava com seu nome feito e totalmente blindado, uma vez que todo o sistema judiciário e os meios de comunicação haviam sido corrompidos para desestabilizar o Brasil e entregar seus recursos naturais e seu mercado para as multinacionais americanas.

Como prêmio por sua atuação – que incluiu a prisão do atual presidente Lula da Silva, solto após as revelações da Vaza Jato –, Moro foi escolhido ministro da Justiça por Jair Bolsonaro, vitorioso nas eleições de 2018 graças à prisão de Lula. Em seu período como ministro, o ex-juiz visitou a sede da CIA em 2019 – talvez para receber uns bons tapinhas nas costas e a parabenização por ter sido escolhido personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-EUA em 2018.

Deputado Eduardo Bolsonaro (Partido Liberal)

Eduardo Bolsonaro é um dos nomes mais falados na política brasileira atualmente por ter se licenciado do cargo de deputado e ido morar nos Estados Unidos. A justificativa é legítima: os bolsonaristas têm sido perseguidos judicialmente pelos setores vinculados à ala tradicional do imperialismo americano no Brasil, em especial dentro do poder judiciário. Contudo, seus trabalhos na América do Norte demonstram que não se trata de uma luta contra essa perseguição, mas sim para convencer o atual governo americano a instalá-lo (ou a seu pai) na presidência do Brasil para servir de interventor dos Estados Unidos no maior país da América Latina.

Membro do International Conservative Alliance, o filho mais novo do ex-presidente desenvolveu nos últimos anos relações com figuras conservadoras influentes nos EUA, como o ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon, os senadores Ted Cruz e Marco Rubio, e Jared Kushner, genro e ex-conselheiro de Trump. Também já se encontrou com Ben Shapiro (comentarista político e influenciador), Charlie Kirk (fundador do movimento Turning Point USA) e Candace Owens (comentarista e ativista política conservadora).

Eduardo já participou de eventos da Heritage Foundation, além de colaborar com o Leadership Institute e a Inter-American Institute for Philosophy, Government, and Social Thought. Ele também esteve em eventos organizados pelos think tanks neoliberais Hudson Institute e Atlas Network. Um de seus irmãos, o vereador Carlos Bolsonaro, tem relações mais estreitas com Bannon, assim como assessores de Trump (como Jason Miller), políticos, empresários e influenciadores da direita norte-americana, com o objetivo explícito de receber seu apoio para as ações políticas do bolsonarismo no Brasil.

Eduardo já havia liderado uma comitiva de parlamentares que, em novembro de 2023, foi a Washington entregar uma carta (que denunciava o que chamaram de perseguição política do Estado brasileiro contra seus aliados) a Jin Jordan, presidente da Comissão de Justiça do Congresso americano, e a Mike Johnson, presidente da Câmara, além de apresentar a denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA. Ele foi acompanhado pelos senadores Eduardo Girão (Novo), Magno Malta (PL) e Jorge Seif (PL) e pelos deputados Alexandre Ramagem (PL), Nikolas Ferreira (PL), Julia Zanatta (PL), Altineu Cortês (PL), Gustavo Gayer (PL) e Capitão Alberto Neto (PL). Em maio de 2024, foi novamente aos EUA se reunir com o deputado republicano Chris Smith.

Agora, serve de ligação de seu pai com o governo Trump. Aparentemente, é através de Eduardo Bolsonaro que Jair transmite informações sobre as relações externas do atual governo, atuando como informante e lobista para a administração Trump. Em declarações à imprensa em março, Bolsonaro criticou as relações do Brasil com a China e o BRICS e afirmou: “eles [o governo dos EUA] têm uma preocupação com o Brasil, eles não querem que o Brasil se consolide como uma nova Venezuela e nós sabemos que o problema do Brasil não vai ser resolvido internamente, tem que ser resolvido com apoio de fora.” Também revelou que costuma informar o governo Trump sobre as relações do Brasil com a China. No final de maio, voltar a declarar: “nós venceremos com a ajuda de Deus e também [com] a ajuda de outro país lá do norte. Enganam-se aqueles que acham que só nós temos condições de reverter esse sistema. Precisamos de ajuda de terceiros e tem vindo na hora certa.” Em fevereiro, Jair Bolsonaro declarou que, se for eleito novamente, irá retirar o Brasil do BRICS.

Deputado Kim Kataguiri (União Brasil)

Fundador do Movimento Brasil Livre (MBL), uma espécie de ONG criada pelo Estudantes pela Liberdade (da qual Kim era membro) – braço brasileiro da norte-americana Students for Liberty, financiada pela Atlas Network, think tank neoliberal norte-americano. Participou de cursos de treinamento de lideranças nos EUA e se destacou nos protestos da revolução colorida que levou ao impeachment de Dilma Rousseff.

Também recebeu treinamento do Renova BR, think tank que recebe financiamento de ONGs financiadas pela Open Society e Fundação Ford. O Renova BR já ministrou workshop com a equipe de estrategistas da campanha de Joe Biden.

Deputado Marcel van Hattem (NOVO)

Egresso do Programa de Liderança Política, Social e Empresarial da Georgetown University e do Seminário Internacional de Administração e Prevenção de Conflitos Internacionais da Internationale Akademie für Führungskräfte Theodor-Heuss, vinculada ao Instituto Friedrich Naumann para a Liberdade (Gummersbach e Hamburgo, Alemanha), instituto parceiro da Atlas Network.

Participou de cursos na Acton Institute University, a mais religiosa das fundações libertaristas que compõem a rede de fellowship da Atlas e da Koch Foundation. Participou do Fórum da Liberdade de 2016, organizado pelos grupos da Atlas Network no Brasil, realizado em meio à campanha de desestabilização do Brasil idealizada nos EUA. É membro do Grupo Parlamentar Brasil-EUA.

Deputado Ricardo Salles (NOVO)

Ex-ministro de Jair Bolsonaro. Fundador do Movimento Endireita Brasil em 2006, um movimento que prega o neoliberalismo e as privatizações. O movimento era intimamente ligado ao Instituto Millenium, que é parceiro da Atlas Network. Os membros do Endireita Brasil fizeram curso de liderança no Leadership Institute nos EUA. Salles também recebeu treinamento do instituto Renova BR.

Senador Marcos do Val (Podemos)

No final da década de 1990, passou a trabalhar como instrutor da polícia de Dallas, Texas, nas unidades da SWAT. Nessa polícia, e mais tarde nas unidades de polícia de outras cidades americanas como Beaumont e Rowlett, dedicou-se a ministrar o curso “Super SWAT” voltado ao preparo para enfrentamento de situações críticas. Anos mais tarde, ministrou cursos para agentes do FBI, DEA, U.S. Marshalls, o grupo anti-terrorismo da equipe de Operações Especiais da NASA (a Marshall Space Flight Center), a segurança do Vaticano, a Carabineri da Polícia de Roma e para militares das Forças Armadas Americanas. Também passou a integrar a associação TTPOA (Texas Tactical Police Officers Association), que reúne equipes de instrutores para aprimorar sua formação e aumentar os conhecimentos, em que na convenção anual ministra o curso de Imobilizações Táticas.

Deputada Tabata Amaral (PSB)

Aos 19 anos, em 2012, foi aprovada em seis prestigiosas universidades estadunidenses, sendo ofertada bolsa integral para todas: Harvard, Yale, Columbia, Princeton, Pensilvânia e Caltech. Estudou Ciências Políticas pelo Departamento de Governo da Universidade Harvard. Em sua dissertação, elaborou uma análise política de reformas educacionais em municípios brasileiros. Graduou-se com honras máximas e recebeu o Prêmio Kenneth Maxwell em estudos brasileiros e o Prêmio Eric Firth para o melhor ensaio sobre o tema de ideais democráticos por sua tese.

Logo após a sua graduação, retornou ao Brasil para dedicar-se ao seu ativismo social. Fundou o movimento Acredito, e recebeu curso de formação de lideranças do Renova BR. Graças a este curso, foi eleita deputada em 2018 e reeleita em 2022. Também tem compromissos assumidos com o Livres, entidade criada pela Atlas Network.

Deputado Guilherme Boulos (PSOL)

Apareceu ao público no movimento “Não vai ter Copa”, impulsionado pela Fundação Ford desde o seu início como parte do roteiro de desestabilização do Brasil, junto com os protestos de direita e a Operação Lava Jato. Nesta época, até entrar oficialmente para a política, foi líder do MTST, movimento social ligado ao Washington Brazil Office (financiado pela Open Society e ONGs ligadas ao NED e à USAID) e que recebeu fundos da Fundação Ford em iniciativas pontuais.

Boulos trabalhou de forma remunerada no IREE, um think tank que tem como parceiro a Global Americans, financiada pelo NED e composta por membros do governo dos EUA.

Esses são apenas alguns exemplos de como a política brasileira está amplamente infiltrada pelo lobby norte-americano, da extrema-direita à esquerda. Poderíamos também mencionar, de passagem, alguns outros casos, como Gustavo Gayer (PL), que participou dos protestos contra o governo Dilma e enviou, em outubro de 2023, um documento à embaixada dos EUA com nomes de supostos brasileiros apoiadores do Hamas (em conjunto com a também deputada do PL, Júlia Zanatta). Ou o deputado Zé Trovão, que enviou um ofício à Embaixada dos EUA, em maio de 2023, pedindo que o governo americano fizesse alguma coisa para prender o presidente Nicolás Maduro, que estava de visita ao Brasil. Ou então o dos deputados Filipe Barros e Caroline de Toni (ambos do PL), ex-ativistas do MBL no processo de revolução colorida no Brasil, e Alex Manente (Cidadania), associado ao Lives e à Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS), ONG que tem entre suas parceiras a embaixada dos EUA e a Open Society.

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