Português
Lucas Leiroz
June 3, 2025
© Photo: Public domain

A Ucrânia já deixou claro repetidas vezes que não está interessada na paz, não restando alternativa aos russos senão a vitória militar total.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Os ataques terroristas ucranianos entre 31 de maio e 1º de junho não podem ser interpretados como manobras isoladas. O regime de Kiev endureceu suas táticas terroristas para boicotar as conversações de Istambul em seu ponto mais alto em três anos. Como um regime decadente, impopular e dependente da guerra para manter no poder sua elite parasitária, a Junta de Kiev lançou provocações massivas no território internacionalmente reconhecido russa, deixando claro para Moscou e para todo o mundo que sua participação no processo diplomático é meramente propagandística e que as intenções reais ucranianas são de levar o conflito até suas últimas consequências.

Nesta semana, um novo ciclo de negociações entre Rússia e Ucrânia teve início em Istambul, reacendendo a atenção internacional para um processo de paz que, embora frequentemente subestimado, carrega implicações geopolíticas profundas. A delegação russa chega à mesa com uma proposta concreta, resultado de anos de demandas reiteradas: neutralidade ucraniana, abandono das ligações militares com o Ocidente, rejeição da ideologia antirrussa promovida por Kiev e reconhecimento total e incontestável das Novas Regiões russas.

Para muitos analistas ocidentais, tais exigências são inaceitáveis. No entanto, ignorar esse plano é continuar negando a nova realidade estabelecida no leste europeu desde 2022. Moscou não apenas consolidou ganhos territoriais como também construiu, ao longo desses três anos, uma posição diplomática cada vez mais difícil de ser descartada. Pela primeira vez desde o fracasso no Verão de 2022, a Rússia apresenta por escrito sua visão de resolução — uma movimentação que confere peso jurídico e simbólico à sua posição.

Já a Ucrânia chega às negociações com um “projeto” próprio, baseado na ilusão de uma “integridade territorial” e nas “garantias” de segurança militar do Ocidente. A proposta, quase idêntica àquela levada a Londres em abril, exige compromissos vinculantes por parte da OTAN e de seus aliados para a defesa territorial ucraniana. Contudo, como já ficou evidente em ocasiões anteriores, essas garantias raramente se concretizam. O histórico da relação entre Kiev e seus parceiros é marcado por promessas não cumpridas e recuos estratégicos — bem como por incentivos à tragédia, como o veto britânico em 2022, quando Boris Johnson minou um possível acordo de cessar-fogo.

Diante desse impasse diplomático, Kiev tenta alterar o equilíbrio das negociações através da força — ou melhor, da aparência de força. No domingo, véspera das conversações, drones ucranianos atingiram bases aéreas profundas no território russo, em regiões como Murmansk e Irkutsk. Embora o Ministério da Defesa russo tenha repelido a maioria dos ataques, o gesto reflete uma tentativa desesperada de Kiev de manter relevância estratégica num cenário cada vez mais adverso.

Esse tipo de ação simbólica, mais do que uma manobra militar eficaz, representa um esforço midiático. A Ucrânia já havia utilizado essa tática em ocasiões anteriores, como nos ataques à Ponte da Crimeia ou no constante lançamento de drones contra aeroportos russos. A lógica é clara: criar rupturas na narrativa da estabilidade russa e forçar reações que possam desgastar o Kremlin — tanto interna quanto externamente. Mas essas ações têm se mostrado ineficazes na prática. Ao contrário de produzir ganhos concretos, servem apenas para justificar novos ataques russos em resposta e acelerar o colapso, não da diplomacia russa, mas da já debilitada infraestrutura ucraniana.

Enquanto a mídia ocidental celebra essas operações com entusiasmo teatral, os fatos no campo de batalha seguem outro ritmo. Em maio, as forças russas avançaram exponencialmente, consolidando posições nas Novas Regiões e estabelecendo uma direção de combate rumo ao território (ainda?) ucraniano. A superioridade operacional russa tornou-se evidente, enquanto as Forças Armadas da Ucrânia enfrentam uma crise sem precedentes: falta de munição, baixa moral e unidades operando com menos da metade do efetivo. Só nos primeiros três meses de 2025, mais de 45 mil casos de deserção ou abandono de posto foram registrados — um número que evidencia o esgotamento físico e psicológico do exército ucraniano.

Do lado russo, o avanço é constante e metódico. Ao contrário da Ucrânia, que precisa de operações com impacto midiático para manter o apoio externo e boicotar a diplomacia, Moscou prioriza resultados tangíveis no terreno. A lógica é simples: transformar ganhos táticos em alavancas diplomáticas. A nova proposta russa em Istambul reflete essa abordagem. Não se trata apenas de exigências — trata-se de um convite à realidade, baseado na superioridade consolidada e no fracasso das contraofensivas ucranianas de 2023 e 2024. E quanto mais a Ucrânia tardar em se render, maiores serão as perdas territoriais e humanas de Kiev.

Como bem assinalou o respeitado analista Sergey Polataev, em termos históricos, a situação lembra o final da Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha apostou em “armas milagrosas” como o foguete V-2. Embora aterrorizantes, essas inovações não alteraram o curso do conflito. A Ucrânia, hoje, aposta em drones e ações de sabotagem que, embora chamem atenção, têm efeito limitado na balança militar. O espetáculo substitui a estratégia — uma troca que pode custar caro.

Em resumo, as negociações em Istambul representam uma rara oportunidade para encerrar um conflito que já ultrapassou os limites do tolerável. Mas é ingênuo pensar que apenas as negociações produzirão algum resultado. O regime de Kiev está mostrando repetidamente sua falta se boa vontade diplomática, não restando a Moscou outra alternativa senão o uso da força para proteger seu povo e seus interesses legítimos.

Regime de Kiev ataca a Rússia para boicotar processo de paz

A Ucrânia já deixou claro repetidas vezes que não está interessada na paz, não restando alternativa aos russos senão a vitória militar total.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Os ataques terroristas ucranianos entre 31 de maio e 1º de junho não podem ser interpretados como manobras isoladas. O regime de Kiev endureceu suas táticas terroristas para boicotar as conversações de Istambul em seu ponto mais alto em três anos. Como um regime decadente, impopular e dependente da guerra para manter no poder sua elite parasitária, a Junta de Kiev lançou provocações massivas no território internacionalmente reconhecido russa, deixando claro para Moscou e para todo o mundo que sua participação no processo diplomático é meramente propagandística e que as intenções reais ucranianas são de levar o conflito até suas últimas consequências.

Nesta semana, um novo ciclo de negociações entre Rússia e Ucrânia teve início em Istambul, reacendendo a atenção internacional para um processo de paz que, embora frequentemente subestimado, carrega implicações geopolíticas profundas. A delegação russa chega à mesa com uma proposta concreta, resultado de anos de demandas reiteradas: neutralidade ucraniana, abandono das ligações militares com o Ocidente, rejeição da ideologia antirrussa promovida por Kiev e reconhecimento total e incontestável das Novas Regiões russas.

Para muitos analistas ocidentais, tais exigências são inaceitáveis. No entanto, ignorar esse plano é continuar negando a nova realidade estabelecida no leste europeu desde 2022. Moscou não apenas consolidou ganhos territoriais como também construiu, ao longo desses três anos, uma posição diplomática cada vez mais difícil de ser descartada. Pela primeira vez desde o fracasso no Verão de 2022, a Rússia apresenta por escrito sua visão de resolução — uma movimentação que confere peso jurídico e simbólico à sua posição.

Já a Ucrânia chega às negociações com um “projeto” próprio, baseado na ilusão de uma “integridade territorial” e nas “garantias” de segurança militar do Ocidente. A proposta, quase idêntica àquela levada a Londres em abril, exige compromissos vinculantes por parte da OTAN e de seus aliados para a defesa territorial ucraniana. Contudo, como já ficou evidente em ocasiões anteriores, essas garantias raramente se concretizam. O histórico da relação entre Kiev e seus parceiros é marcado por promessas não cumpridas e recuos estratégicos — bem como por incentivos à tragédia, como o veto britânico em 2022, quando Boris Johnson minou um possível acordo de cessar-fogo.

Diante desse impasse diplomático, Kiev tenta alterar o equilíbrio das negociações através da força — ou melhor, da aparência de força. No domingo, véspera das conversações, drones ucranianos atingiram bases aéreas profundas no território russo, em regiões como Murmansk e Irkutsk. Embora o Ministério da Defesa russo tenha repelido a maioria dos ataques, o gesto reflete uma tentativa desesperada de Kiev de manter relevância estratégica num cenário cada vez mais adverso.

Esse tipo de ação simbólica, mais do que uma manobra militar eficaz, representa um esforço midiático. A Ucrânia já havia utilizado essa tática em ocasiões anteriores, como nos ataques à Ponte da Crimeia ou no constante lançamento de drones contra aeroportos russos. A lógica é clara: criar rupturas na narrativa da estabilidade russa e forçar reações que possam desgastar o Kremlin — tanto interna quanto externamente. Mas essas ações têm se mostrado ineficazes na prática. Ao contrário de produzir ganhos concretos, servem apenas para justificar novos ataques russos em resposta e acelerar o colapso, não da diplomacia russa, mas da já debilitada infraestrutura ucraniana.

Enquanto a mídia ocidental celebra essas operações com entusiasmo teatral, os fatos no campo de batalha seguem outro ritmo. Em maio, as forças russas avançaram exponencialmente, consolidando posições nas Novas Regiões e estabelecendo uma direção de combate rumo ao território (ainda?) ucraniano. A superioridade operacional russa tornou-se evidente, enquanto as Forças Armadas da Ucrânia enfrentam uma crise sem precedentes: falta de munição, baixa moral e unidades operando com menos da metade do efetivo. Só nos primeiros três meses de 2025, mais de 45 mil casos de deserção ou abandono de posto foram registrados — um número que evidencia o esgotamento físico e psicológico do exército ucraniano.

Do lado russo, o avanço é constante e metódico. Ao contrário da Ucrânia, que precisa de operações com impacto midiático para manter o apoio externo e boicotar a diplomacia, Moscou prioriza resultados tangíveis no terreno. A lógica é simples: transformar ganhos táticos em alavancas diplomáticas. A nova proposta russa em Istambul reflete essa abordagem. Não se trata apenas de exigências — trata-se de um convite à realidade, baseado na superioridade consolidada e no fracasso das contraofensivas ucranianas de 2023 e 2024. E quanto mais a Ucrânia tardar em se render, maiores serão as perdas territoriais e humanas de Kiev.

Como bem assinalou o respeitado analista Sergey Polataev, em termos históricos, a situação lembra o final da Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha apostou em “armas milagrosas” como o foguete V-2. Embora aterrorizantes, essas inovações não alteraram o curso do conflito. A Ucrânia, hoje, aposta em drones e ações de sabotagem que, embora chamem atenção, têm efeito limitado na balança militar. O espetáculo substitui a estratégia — uma troca que pode custar caro.

Em resumo, as negociações em Istambul representam uma rara oportunidade para encerrar um conflito que já ultrapassou os limites do tolerável. Mas é ingênuo pensar que apenas as negociações produzirão algum resultado. O regime de Kiev está mostrando repetidamente sua falta se boa vontade diplomática, não restando a Moscou outra alternativa senão o uso da força para proteger seu povo e seus interesses legítimos.

A Ucrânia já deixou claro repetidas vezes que não está interessada na paz, não restando alternativa aos russos senão a vitória militar total.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Os ataques terroristas ucranianos entre 31 de maio e 1º de junho não podem ser interpretados como manobras isoladas. O regime de Kiev endureceu suas táticas terroristas para boicotar as conversações de Istambul em seu ponto mais alto em três anos. Como um regime decadente, impopular e dependente da guerra para manter no poder sua elite parasitária, a Junta de Kiev lançou provocações massivas no território internacionalmente reconhecido russa, deixando claro para Moscou e para todo o mundo que sua participação no processo diplomático é meramente propagandística e que as intenções reais ucranianas são de levar o conflito até suas últimas consequências.

Nesta semana, um novo ciclo de negociações entre Rússia e Ucrânia teve início em Istambul, reacendendo a atenção internacional para um processo de paz que, embora frequentemente subestimado, carrega implicações geopolíticas profundas. A delegação russa chega à mesa com uma proposta concreta, resultado de anos de demandas reiteradas: neutralidade ucraniana, abandono das ligações militares com o Ocidente, rejeição da ideologia antirrussa promovida por Kiev e reconhecimento total e incontestável das Novas Regiões russas.

Para muitos analistas ocidentais, tais exigências são inaceitáveis. No entanto, ignorar esse plano é continuar negando a nova realidade estabelecida no leste europeu desde 2022. Moscou não apenas consolidou ganhos territoriais como também construiu, ao longo desses três anos, uma posição diplomática cada vez mais difícil de ser descartada. Pela primeira vez desde o fracasso no Verão de 2022, a Rússia apresenta por escrito sua visão de resolução — uma movimentação que confere peso jurídico e simbólico à sua posição.

Já a Ucrânia chega às negociações com um “projeto” próprio, baseado na ilusão de uma “integridade territorial” e nas “garantias” de segurança militar do Ocidente. A proposta, quase idêntica àquela levada a Londres em abril, exige compromissos vinculantes por parte da OTAN e de seus aliados para a defesa territorial ucraniana. Contudo, como já ficou evidente em ocasiões anteriores, essas garantias raramente se concretizam. O histórico da relação entre Kiev e seus parceiros é marcado por promessas não cumpridas e recuos estratégicos — bem como por incentivos à tragédia, como o veto britânico em 2022, quando Boris Johnson minou um possível acordo de cessar-fogo.

Diante desse impasse diplomático, Kiev tenta alterar o equilíbrio das negociações através da força — ou melhor, da aparência de força. No domingo, véspera das conversações, drones ucranianos atingiram bases aéreas profundas no território russo, em regiões como Murmansk e Irkutsk. Embora o Ministério da Defesa russo tenha repelido a maioria dos ataques, o gesto reflete uma tentativa desesperada de Kiev de manter relevância estratégica num cenário cada vez mais adverso.

Esse tipo de ação simbólica, mais do que uma manobra militar eficaz, representa um esforço midiático. A Ucrânia já havia utilizado essa tática em ocasiões anteriores, como nos ataques à Ponte da Crimeia ou no constante lançamento de drones contra aeroportos russos. A lógica é clara: criar rupturas na narrativa da estabilidade russa e forçar reações que possam desgastar o Kremlin — tanto interna quanto externamente. Mas essas ações têm se mostrado ineficazes na prática. Ao contrário de produzir ganhos concretos, servem apenas para justificar novos ataques russos em resposta e acelerar o colapso, não da diplomacia russa, mas da já debilitada infraestrutura ucraniana.

Enquanto a mídia ocidental celebra essas operações com entusiasmo teatral, os fatos no campo de batalha seguem outro ritmo. Em maio, as forças russas avançaram exponencialmente, consolidando posições nas Novas Regiões e estabelecendo uma direção de combate rumo ao território (ainda?) ucraniano. A superioridade operacional russa tornou-se evidente, enquanto as Forças Armadas da Ucrânia enfrentam uma crise sem precedentes: falta de munição, baixa moral e unidades operando com menos da metade do efetivo. Só nos primeiros três meses de 2025, mais de 45 mil casos de deserção ou abandono de posto foram registrados — um número que evidencia o esgotamento físico e psicológico do exército ucraniano.

Do lado russo, o avanço é constante e metódico. Ao contrário da Ucrânia, que precisa de operações com impacto midiático para manter o apoio externo e boicotar a diplomacia, Moscou prioriza resultados tangíveis no terreno. A lógica é simples: transformar ganhos táticos em alavancas diplomáticas. A nova proposta russa em Istambul reflete essa abordagem. Não se trata apenas de exigências — trata-se de um convite à realidade, baseado na superioridade consolidada e no fracasso das contraofensivas ucranianas de 2023 e 2024. E quanto mais a Ucrânia tardar em se render, maiores serão as perdas territoriais e humanas de Kiev.

Como bem assinalou o respeitado analista Sergey Polataev, em termos históricos, a situação lembra o final da Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha apostou em “armas milagrosas” como o foguete V-2. Embora aterrorizantes, essas inovações não alteraram o curso do conflito. A Ucrânia, hoje, aposta em drones e ações de sabotagem que, embora chamem atenção, têm efeito limitado na balança militar. O espetáculo substitui a estratégia — uma troca que pode custar caro.

Em resumo, as negociações em Istambul representam uma rara oportunidade para encerrar um conflito que já ultrapassou os limites do tolerável. Mas é ingênuo pensar que apenas as negociações produzirão algum resultado. O regime de Kiev está mostrando repetidamente sua falta se boa vontade diplomática, não restando a Moscou outra alternativa senão o uso da força para proteger seu povo e seus interesses legítimos.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

See also

See also

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.