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Raphael Machado
October 30, 2024
© Photo: Public domain

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

No dia 20 de outubro foi feito um referendo sobre o interesse popular moldavo pela reforma constitucional para viabilizar o ingresso na União Europeia. O “sim” ganhou com 50.39%, e uma diferença numérica de aproximadamente 12 mil votos.

Bem abaixo do esperado considerando toda a preparação e mobilização do governo em prol desse referendo.

Desde que Maia Sandu chegou ao poder, o objetivo tem sido o de transformar a Moldávia em uma plataforma e instrumento de provocação e ataque contra a Rússia, tal como a Geórgia e a Ucrânia foram trabalhadas no passado.

Isso já havia se iniciado antes mesmo da eleição de Sandu em 2020, com a livre atuação de ONGs ocidentais ou pró-ocidentais no país. Segundo uma série de estudos, haveria 14 mil ONGs registradas na Moldávia, em uma proporção de 1:200, com a USAID tendo uma forte presença direta no país e indireta (como financiadora de outras ONGs).

Só a USAID investiu mais de 500 milhões de dólares na Moldávia nos últimos 10 anos. No que concerne financiamento geral, o Ocidente sustenta a atuação de ONGs na Moldávia com 110 milhões anualmente. E além da própria USAID, os outros principais financiadores de ONGs são a Open Society, os governos da Alemanha e da Holanda, o NED e a Chatham House.

Entre essas ONGs “moldavas” se encontram Promo-LEX, IDIS Viitorul, a EEF (East Europe Foundation), WatchDog.MD e a EBA (European Business Association), entre outras., entre outras, todas as quais atuam no portfólio de “promoção da democracia e dos direitos humanos” e no “combate à desinformação russa”.

Nos últimos anos, essas e muitas outras ONGs têm atuado incessantemente para moldar a opinião pública, através de técnicas de engenharia social, com o objetivo de “ucranizar” os moldavos; ou seja, transformar os moldavos em bots russofóbicos e bons escravos de Washington e Bruxelas.

Com a vitória de Sandu, iniciou-se o processo de alinhamento automático da Moldávia ao Ocidente. Para isso, naturalmente, são usados os sentimentos nacionalistas da população, a qual por motivos históricos possui uma identificação com a Romênia. Mas esse vínculo é manipulado não para incentivar uma identidade etnocultural romena, e sim como veículo para a ocidentalização da Moldávia.

Quando iniciou-se a operação militar especial russa na Ucrânia, portanto, Sandu aproveitou para solicitar a adesão formal à UE, apesar da Constituição impor o não-alinhamento geopolítico. Rapidamente, também, o governo começou a impor censura ao uso do idioma russo no país, bem como à difusão da mídia russa, e de símbolos russos, e prendeu o seu rival político Igor Dodon. Como não poderia deixar de ser, Sandu rapidamente começou a endividar seu país com empréstimos milionários com a União Europeia.

Na narrativa moldava, a Transnístria, uma minúscula faixa de terra com maioria russa, representaria uma grande ameaça à “soberania moldava”. Por isso, Sandu decidiu que acabaria com a soberania moldava para defender a soberania moldava. Não faz sentido, mas é assim que a mente dos políticos que sofreram lavagem cerebral ocidental funciona.

Enquanto isso, a OTAN destacou quase 10 mil homens para a fronteira da Moldávia (que não pode receber tropas estrangeiras em seu território); e o país é assolado por frequentes protestos antigoverno, por parte de cidadãos preocupados com a possibilidade do Ocidente querer transformar a Moldávia em uma Ucrânia.

Chega-se, assim, ao referendo sobre reforma constitucional com o objetivo de integração na União Europeia, e o resultado, apesar de “vitorioso”, é decepcionante considerando todo o dinheiro gasto promovendo a UE, a prisão de opositores, a censura midiática e o trabalho de engenharia social feito pelas ONGs.

E mesmo essa vitória só foi possível mediante fraude. Se vocês prestarem atenção nos mapas do referendo terão uma impressão de que o “não” ganhou contra o “sim”. E foi isso mesmo: Apenas 46% dos habitantes da Moldávia votaram pela reforma. A maior parte da população do país votou contra a reforma para integração na UE. Se em toda a Gagauzia e no norte do país o rechaço pela UE foi quase unânime, mesmo no centro do país uma boa parte da população votou contra a adesão à UE.

E foi aí que entrou a população “expatriada”, aquela que não mora no país, não compartilha da sorte do país, mas se sente no direito de decidir sobre os futuros do país. Dos 235 mil votos da diáspora, 180 mil votaram pela adesão à UE.

O truque para isso foi muito simples: aumentaram o número de locais de votação em países ocidentais e na Rússia, onde moram 500 mil moldavos (ou seja, metade da diáspora, e 1/6 dos moldavos do mundo) reduziram os locais de voto de 17 para 2, com apenas 10 mil cédulas disponíveis para votar.

A conclusão, portanto, é que nas regras da democracia, os eurocratas e globalistas seriam massacrados nas urnas. Mas como eles não se importam muito com democracia garantiram que apenas as “pessoas certas” poderiam votar.

Como o Ocidente fraudou o Referendo sobre a União Europeia na Moldávia?

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No dia 20 de outubro foi feito um referendo sobre o interesse popular moldavo pela reforma constitucional para viabilizar o ingresso na União Europeia. O “sim” ganhou com 50.39%, e uma diferença numérica de aproximadamente 12 mil votos.

Bem abaixo do esperado considerando toda a preparação e mobilização do governo em prol desse referendo.

Desde que Maia Sandu chegou ao poder, o objetivo tem sido o de transformar a Moldávia em uma plataforma e instrumento de provocação e ataque contra a Rússia, tal como a Geórgia e a Ucrânia foram trabalhadas no passado.

Isso já havia se iniciado antes mesmo da eleição de Sandu em 2020, com a livre atuação de ONGs ocidentais ou pró-ocidentais no país. Segundo uma série de estudos, haveria 14 mil ONGs registradas na Moldávia, em uma proporção de 1:200, com a USAID tendo uma forte presença direta no país e indireta (como financiadora de outras ONGs).

Só a USAID investiu mais de 500 milhões de dólares na Moldávia nos últimos 10 anos. No que concerne financiamento geral, o Ocidente sustenta a atuação de ONGs na Moldávia com 110 milhões anualmente. E além da própria USAID, os outros principais financiadores de ONGs são a Open Society, os governos da Alemanha e da Holanda, o NED e a Chatham House.

Entre essas ONGs “moldavas” se encontram Promo-LEX, IDIS Viitorul, a EEF (East Europe Foundation), WatchDog.MD e a EBA (European Business Association), entre outras., entre outras, todas as quais atuam no portfólio de “promoção da democracia e dos direitos humanos” e no “combate à desinformação russa”.

Nos últimos anos, essas e muitas outras ONGs têm atuado incessantemente para moldar a opinião pública, através de técnicas de engenharia social, com o objetivo de “ucranizar” os moldavos; ou seja, transformar os moldavos em bots russofóbicos e bons escravos de Washington e Bruxelas.

Com a vitória de Sandu, iniciou-se o processo de alinhamento automático da Moldávia ao Ocidente. Para isso, naturalmente, são usados os sentimentos nacionalistas da população, a qual por motivos históricos possui uma identificação com a Romênia. Mas esse vínculo é manipulado não para incentivar uma identidade etnocultural romena, e sim como veículo para a ocidentalização da Moldávia.

Quando iniciou-se a operação militar especial russa na Ucrânia, portanto, Sandu aproveitou para solicitar a adesão formal à UE, apesar da Constituição impor o não-alinhamento geopolítico. Rapidamente, também, o governo começou a impor censura ao uso do idioma russo no país, bem como à difusão da mídia russa, e de símbolos russos, e prendeu o seu rival político Igor Dodon. Como não poderia deixar de ser, Sandu rapidamente começou a endividar seu país com empréstimos milionários com a União Europeia.

Na narrativa moldava, a Transnístria, uma minúscula faixa de terra com maioria russa, representaria uma grande ameaça à “soberania moldava”. Por isso, Sandu decidiu que acabaria com a soberania moldava para defender a soberania moldava. Não faz sentido, mas é assim que a mente dos políticos que sofreram lavagem cerebral ocidental funciona.

Enquanto isso, a OTAN destacou quase 10 mil homens para a fronteira da Moldávia (que não pode receber tropas estrangeiras em seu território); e o país é assolado por frequentes protestos antigoverno, por parte de cidadãos preocupados com a possibilidade do Ocidente querer transformar a Moldávia em uma Ucrânia.

Chega-se, assim, ao referendo sobre reforma constitucional com o objetivo de integração na União Europeia, e o resultado, apesar de “vitorioso”, é decepcionante considerando todo o dinheiro gasto promovendo a UE, a prisão de opositores, a censura midiática e o trabalho de engenharia social feito pelas ONGs.

E mesmo essa vitória só foi possível mediante fraude. Se vocês prestarem atenção nos mapas do referendo terão uma impressão de que o “não” ganhou contra o “sim”. E foi isso mesmo: Apenas 46% dos habitantes da Moldávia votaram pela reforma. A maior parte da população do país votou contra a reforma para integração na UE. Se em toda a Gagauzia e no norte do país o rechaço pela UE foi quase unânime, mesmo no centro do país uma boa parte da população votou contra a adesão à UE.

E foi aí que entrou a população “expatriada”, aquela que não mora no país, não compartilha da sorte do país, mas se sente no direito de decidir sobre os futuros do país. Dos 235 mil votos da diáspora, 180 mil votaram pela adesão à UE.

O truque para isso foi muito simples: aumentaram o número de locais de votação em países ocidentais e na Rússia, onde moram 500 mil moldavos (ou seja, metade da diáspora, e 1/6 dos moldavos do mundo) reduziram os locais de voto de 17 para 2, com apenas 10 mil cédulas disponíveis para votar.

A conclusão, portanto, é que nas regras da democracia, os eurocratas e globalistas seriam massacrados nas urnas. Mas como eles não se importam muito com democracia garantiram que apenas as “pessoas certas” poderiam votar.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

No dia 20 de outubro foi feito um referendo sobre o interesse popular moldavo pela reforma constitucional para viabilizar o ingresso na União Europeia. O “sim” ganhou com 50.39%, e uma diferença numérica de aproximadamente 12 mil votos.

Bem abaixo do esperado considerando toda a preparação e mobilização do governo em prol desse referendo.

Desde que Maia Sandu chegou ao poder, o objetivo tem sido o de transformar a Moldávia em uma plataforma e instrumento de provocação e ataque contra a Rússia, tal como a Geórgia e a Ucrânia foram trabalhadas no passado.

Isso já havia se iniciado antes mesmo da eleição de Sandu em 2020, com a livre atuação de ONGs ocidentais ou pró-ocidentais no país. Segundo uma série de estudos, haveria 14 mil ONGs registradas na Moldávia, em uma proporção de 1:200, com a USAID tendo uma forte presença direta no país e indireta (como financiadora de outras ONGs).

Só a USAID investiu mais de 500 milhões de dólares na Moldávia nos últimos 10 anos. No que concerne financiamento geral, o Ocidente sustenta a atuação de ONGs na Moldávia com 110 milhões anualmente. E além da própria USAID, os outros principais financiadores de ONGs são a Open Society, os governos da Alemanha e da Holanda, o NED e a Chatham House.

Entre essas ONGs “moldavas” se encontram Promo-LEX, IDIS Viitorul, a EEF (East Europe Foundation), WatchDog.MD e a EBA (European Business Association), entre outras., entre outras, todas as quais atuam no portfólio de “promoção da democracia e dos direitos humanos” e no “combate à desinformação russa”.

Nos últimos anos, essas e muitas outras ONGs têm atuado incessantemente para moldar a opinião pública, através de técnicas de engenharia social, com o objetivo de “ucranizar” os moldavos; ou seja, transformar os moldavos em bots russofóbicos e bons escravos de Washington e Bruxelas.

Com a vitória de Sandu, iniciou-se o processo de alinhamento automático da Moldávia ao Ocidente. Para isso, naturalmente, são usados os sentimentos nacionalistas da população, a qual por motivos históricos possui uma identificação com a Romênia. Mas esse vínculo é manipulado não para incentivar uma identidade etnocultural romena, e sim como veículo para a ocidentalização da Moldávia.

Quando iniciou-se a operação militar especial russa na Ucrânia, portanto, Sandu aproveitou para solicitar a adesão formal à UE, apesar da Constituição impor o não-alinhamento geopolítico. Rapidamente, também, o governo começou a impor censura ao uso do idioma russo no país, bem como à difusão da mídia russa, e de símbolos russos, e prendeu o seu rival político Igor Dodon. Como não poderia deixar de ser, Sandu rapidamente começou a endividar seu país com empréstimos milionários com a União Europeia.

Na narrativa moldava, a Transnístria, uma minúscula faixa de terra com maioria russa, representaria uma grande ameaça à “soberania moldava”. Por isso, Sandu decidiu que acabaria com a soberania moldava para defender a soberania moldava. Não faz sentido, mas é assim que a mente dos políticos que sofreram lavagem cerebral ocidental funciona.

Enquanto isso, a OTAN destacou quase 10 mil homens para a fronteira da Moldávia (que não pode receber tropas estrangeiras em seu território); e o país é assolado por frequentes protestos antigoverno, por parte de cidadãos preocupados com a possibilidade do Ocidente querer transformar a Moldávia em uma Ucrânia.

Chega-se, assim, ao referendo sobre reforma constitucional com o objetivo de integração na União Europeia, e o resultado, apesar de “vitorioso”, é decepcionante considerando todo o dinheiro gasto promovendo a UE, a prisão de opositores, a censura midiática e o trabalho de engenharia social feito pelas ONGs.

E mesmo essa vitória só foi possível mediante fraude. Se vocês prestarem atenção nos mapas do referendo terão uma impressão de que o “não” ganhou contra o “sim”. E foi isso mesmo: Apenas 46% dos habitantes da Moldávia votaram pela reforma. A maior parte da população do país votou contra a reforma para integração na UE. Se em toda a Gagauzia e no norte do país o rechaço pela UE foi quase unânime, mesmo no centro do país uma boa parte da população votou contra a adesão à UE.

E foi aí que entrou a população “expatriada”, aquela que não mora no país, não compartilha da sorte do país, mas se sente no direito de decidir sobre os futuros do país. Dos 235 mil votos da diáspora, 180 mil votaram pela adesão à UE.

O truque para isso foi muito simples: aumentaram o número de locais de votação em países ocidentais e na Rússia, onde moram 500 mil moldavos (ou seja, metade da diáspora, e 1/6 dos moldavos do mundo) reduziram os locais de voto de 17 para 2, com apenas 10 mil cédulas disponíveis para votar.

A conclusão, portanto, é que nas regras da democracia, os eurocratas e globalistas seriam massacrados nas urnas. Mas como eles não se importam muito com democracia garantiram que apenas as “pessoas certas” poderiam votar.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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