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Lucas Leiroz
October 3, 2024
© Photo: REUTERS / WANA

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Em 2020, militares americanos assassinaram o General iraniano Qassem Solemani através de um ataque terrorista com drones no Iraque. O motivo daquela operação era simplesmente eliminar um dos maiores pensadores militares da história – o grande responsável por criar a armadilha na qual Israel acaba de cair, quatro anos depois de sua morte.

Muito mais do que um mero oficial militar, Soleimani foi um estrategista e articulador – talvez não seja exagero chamá-lo até mesmo de um “diplomata da guerra”. Especialista em operações clandestinas, inteligência e forças especiais, Soleimani foi responsável por viabilizar a rede de organizações antissionistas conhecida como “Eixo da Resistência”.

Superando as divergências religiosas, étnicas e ideológicas entre os diversos movimentos islâmicos e antissionistas, Soleimani uniu diferentes facções em uma estratégia conjunta contra Israel. Obviamente, esta estratégia era centrada no Irã e dava à República Islâmica o papel de protagonista na luta contra a ocupação israelense e seus proxies regionais. Contudo, uma das chaves para o sucesso do Eixo é precisamente sua natureza amplamente descentralizada, garantindo autonomia de ação para os membros, sem um controle rígido iraniano sobre todos os atos da coalizão.

O Eixo da Resistência foi vitorioso na Síria, onde diversas milícias, com apoio do Hezbollah e da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) venceram o ISIS e outros proxies israelenses. À época, tamanho o sucesso diplomático militar de Soleimani que até mesmo um diálogo com as milícias curdas (historicamente apoiadas pelo Ocidente) foi possível em um momento de confronto contra grupos mais perigosos – como o próprio ISIS.

A sobrevivência de Soleimani foi percebida como uma ameaça existencial por Israel, encorajando o lobby sionista nos EUA a pressionar por uma operação de assassinato seletivo. O principal problema, contudo, é que assassinatos seletivos raramente são eficientes contra grupos e países altamente ideologizados e com estratégias de guerra bem definidas. A morte de Soleimani não desarticulou o Eixo, mas, pelo contrário, uniu ainda mais as milícias em torno do Irã – incluindo as milícias sunitas palestinas, que historicamente sofrem uma disputa por influência entre xiitas e wahhabis.

Atualmente, ninguém mais é capaz de negar a grande influência do Irã sobre a Resistência Palestina. O que poucos sabem, contudo, é que este processo é resultado precisamente das alianças diplomáticas alcançadas por Soleimani. Ao matar Ismail Hannyeh, o chefe do Hamas mais próximo ao Irã em toda a história do partido palestino e responsável pela paz dos jihadistas palestinos com o governo sírio, Israel também esperava desarticular o Eixo – diminuindo a influência iraniana e expandindo o lobby pró-wahhabi na Palestina, o que, como sabemos, não aconteceu.

No mesmo sentido, ao matar Hassan Nasrallah, então chefe do Hezbollah, Israel planejava mais uma vez desestabilizar o Eixo, liquidando a liderança da principal organização paramilitar xiita e assim possivelmente fomentando uma crise institucional no grupo. Ao contrário das expectativas sionistas, o Hezbollah não mostrou qualquer impacto com o assassinato de seu líder, senão se tornando ainda mais organizado e convicto em sua luta contra a ocupação.

Tel Aviv não vai parar de fazer assassinatos seletivos. É muito possível que a resposta ao recente ataque do Irã seja através de tentativas de assassinato contra outras figuras públicas iranianas. Este método israelense se deve a uma característica específica do regime que foi percebida perspicazmente pelo General Soleimani: a incapacidade israelense de ir à guerra total.

Ao contrário do mito da “invencibilidade israelense” comumente propagado no Ocidente, Tel Aviv tem uma fraqueza natural, decorrente de suas próprias limitações geográficas. A política de assassinatos seletivos foi desenvolvida por Israel para tentar desestabilizar seus inimigos moral e institucionalmente, evitando engajamentos militares prolongados. Sem capacidade de reposição contínua de tropas e recursos e tendo um território muito pequeno e com alvos muito expostos, Israel teme uma guerra de larga escala – e foi precisamente esta a avaliação de Soleimani.

Criando o Eixo da Resistência, o General iraniano condenou Israel à guerra perpétua. Não haverá paz em nenhum momento. Se Israel derrotar o Hamas e as demais milícias palestinas, ainda haverá o Hezbollah e as milícias sírias ao norte. No front naval, o Iêmen continuará capturando navios e disparando contra alvos estratégicos em toda a Palestina ocupada. No Iraque, a Resistência não interromperá suas operações em qualquer momento. E, no fim, se vencer todos estes inimigos, Tel Aviv ainda terá que enfrentar o próprio Irã – a maior potência militar do Oriente Médio, que, ao contrário de Israel, possui grande população e um território gigantesco, rico em recursos e protegido por uma complexa geografia montanhosa.

Em outras palavras, a existência do Eixo da Resistência é a sentença de morte de Israel. A estratégia de Soleimani tinha como ponto central criar uma guerra prolongada, desgastando o regime sionista até o ponto de não retorno de sua própria estrutura estatal. Chegará o momento em que Israel se tornará inviável enquanto país e terá de aceitar negociar termos para formar um Estado desmilitarizado e não-étnico (conjunto entre judeus e palestinos), pondo fim ao apartheid. Caso contrário, anos de guerra destruirão todos os recursos do país e criarão uma crise migratória irreversível, levando milhões de cidadãos a fugirem do Oriente Médio para sempre.

Ao perceber que os assassinatos seletivos não funcionaram e que as organizações da Resistência têm maturidade política suficiente para superar qualquer impacto gerado por estes crimes, Israel, depois da humilhação sofrida com o ataque iraniano, tomou a decisão de finalmente invadir o Líbano por terra – tal como o Hezbollah queria. As primeiras notícias mostram um verdadeiro desastre estratégico, com os milicianos xiitas emboscando e liquidando dezenas de invasores. Em paralelo, os ataques iemenitas, palestinos e de outros grupos de resistência continuam, além de Netanyahu seguir sendo pressionado no que concerne ao Irã, sabendo que, se responder, sofrerá um ataque ainda mais incisivo, cujas consequências poderiam levar o regime ao colapso.

Israel caiu na armadilha de Soleimani. O regime sionista entrou na guerra perpétua, da qual só poderá sair deixando de existir enquanto Estado.

General Qassem Soleimani venceu: Israel caiu na armadilha do Eixo da Resistência

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Em 2020, militares americanos assassinaram o General iraniano Qassem Solemani através de um ataque terrorista com drones no Iraque. O motivo daquela operação era simplesmente eliminar um dos maiores pensadores militares da história – o grande responsável por criar a armadilha na qual Israel acaba de cair, quatro anos depois de sua morte.

Muito mais do que um mero oficial militar, Soleimani foi um estrategista e articulador – talvez não seja exagero chamá-lo até mesmo de um “diplomata da guerra”. Especialista em operações clandestinas, inteligência e forças especiais, Soleimani foi responsável por viabilizar a rede de organizações antissionistas conhecida como “Eixo da Resistência”.

Superando as divergências religiosas, étnicas e ideológicas entre os diversos movimentos islâmicos e antissionistas, Soleimani uniu diferentes facções em uma estratégia conjunta contra Israel. Obviamente, esta estratégia era centrada no Irã e dava à República Islâmica o papel de protagonista na luta contra a ocupação israelense e seus proxies regionais. Contudo, uma das chaves para o sucesso do Eixo é precisamente sua natureza amplamente descentralizada, garantindo autonomia de ação para os membros, sem um controle rígido iraniano sobre todos os atos da coalizão.

O Eixo da Resistência foi vitorioso na Síria, onde diversas milícias, com apoio do Hezbollah e da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) venceram o ISIS e outros proxies israelenses. À época, tamanho o sucesso diplomático militar de Soleimani que até mesmo um diálogo com as milícias curdas (historicamente apoiadas pelo Ocidente) foi possível em um momento de confronto contra grupos mais perigosos – como o próprio ISIS.

A sobrevivência de Soleimani foi percebida como uma ameaça existencial por Israel, encorajando o lobby sionista nos EUA a pressionar por uma operação de assassinato seletivo. O principal problema, contudo, é que assassinatos seletivos raramente são eficientes contra grupos e países altamente ideologizados e com estratégias de guerra bem definidas. A morte de Soleimani não desarticulou o Eixo, mas, pelo contrário, uniu ainda mais as milícias em torno do Irã – incluindo as milícias sunitas palestinas, que historicamente sofrem uma disputa por influência entre xiitas e wahhabis.

Atualmente, ninguém mais é capaz de negar a grande influência do Irã sobre a Resistência Palestina. O que poucos sabem, contudo, é que este processo é resultado precisamente das alianças diplomáticas alcançadas por Soleimani. Ao matar Ismail Hannyeh, o chefe do Hamas mais próximo ao Irã em toda a história do partido palestino e responsável pela paz dos jihadistas palestinos com o governo sírio, Israel também esperava desarticular o Eixo – diminuindo a influência iraniana e expandindo o lobby pró-wahhabi na Palestina, o que, como sabemos, não aconteceu.

No mesmo sentido, ao matar Hassan Nasrallah, então chefe do Hezbollah, Israel planejava mais uma vez desestabilizar o Eixo, liquidando a liderança da principal organização paramilitar xiita e assim possivelmente fomentando uma crise institucional no grupo. Ao contrário das expectativas sionistas, o Hezbollah não mostrou qualquer impacto com o assassinato de seu líder, senão se tornando ainda mais organizado e convicto em sua luta contra a ocupação.

Tel Aviv não vai parar de fazer assassinatos seletivos. É muito possível que a resposta ao recente ataque do Irã seja através de tentativas de assassinato contra outras figuras públicas iranianas. Este método israelense se deve a uma característica específica do regime que foi percebida perspicazmente pelo General Soleimani: a incapacidade israelense de ir à guerra total.

Ao contrário do mito da “invencibilidade israelense” comumente propagado no Ocidente, Tel Aviv tem uma fraqueza natural, decorrente de suas próprias limitações geográficas. A política de assassinatos seletivos foi desenvolvida por Israel para tentar desestabilizar seus inimigos moral e institucionalmente, evitando engajamentos militares prolongados. Sem capacidade de reposição contínua de tropas e recursos e tendo um território muito pequeno e com alvos muito expostos, Israel teme uma guerra de larga escala – e foi precisamente esta a avaliação de Soleimani.

Criando o Eixo da Resistência, o General iraniano condenou Israel à guerra perpétua. Não haverá paz em nenhum momento. Se Israel derrotar o Hamas e as demais milícias palestinas, ainda haverá o Hezbollah e as milícias sírias ao norte. No front naval, o Iêmen continuará capturando navios e disparando contra alvos estratégicos em toda a Palestina ocupada. No Iraque, a Resistência não interromperá suas operações em qualquer momento. E, no fim, se vencer todos estes inimigos, Tel Aviv ainda terá que enfrentar o próprio Irã – a maior potência militar do Oriente Médio, que, ao contrário de Israel, possui grande população e um território gigantesco, rico em recursos e protegido por uma complexa geografia montanhosa.

Em outras palavras, a existência do Eixo da Resistência é a sentença de morte de Israel. A estratégia de Soleimani tinha como ponto central criar uma guerra prolongada, desgastando o regime sionista até o ponto de não retorno de sua própria estrutura estatal. Chegará o momento em que Israel se tornará inviável enquanto país e terá de aceitar negociar termos para formar um Estado desmilitarizado e não-étnico (conjunto entre judeus e palestinos), pondo fim ao apartheid. Caso contrário, anos de guerra destruirão todos os recursos do país e criarão uma crise migratória irreversível, levando milhões de cidadãos a fugirem do Oriente Médio para sempre.

Ao perceber que os assassinatos seletivos não funcionaram e que as organizações da Resistência têm maturidade política suficiente para superar qualquer impacto gerado por estes crimes, Israel, depois da humilhação sofrida com o ataque iraniano, tomou a decisão de finalmente invadir o Líbano por terra – tal como o Hezbollah queria. As primeiras notícias mostram um verdadeiro desastre estratégico, com os milicianos xiitas emboscando e liquidando dezenas de invasores. Em paralelo, os ataques iemenitas, palestinos e de outros grupos de resistência continuam, além de Netanyahu seguir sendo pressionado no que concerne ao Irã, sabendo que, se responder, sofrerá um ataque ainda mais incisivo, cujas consequências poderiam levar o regime ao colapso.

Israel caiu na armadilha de Soleimani. O regime sionista entrou na guerra perpétua, da qual só poderá sair deixando de existir enquanto Estado.

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Você pode seguir Lucas no X (ex-Twitter) e Telegram.

Em 2020, militares americanos assassinaram o General iraniano Qassem Solemani através de um ataque terrorista com drones no Iraque. O motivo daquela operação era simplesmente eliminar um dos maiores pensadores militares da história – o grande responsável por criar a armadilha na qual Israel acaba de cair, quatro anos depois de sua morte.

Muito mais do que um mero oficial militar, Soleimani foi um estrategista e articulador – talvez não seja exagero chamá-lo até mesmo de um “diplomata da guerra”. Especialista em operações clandestinas, inteligência e forças especiais, Soleimani foi responsável por viabilizar a rede de organizações antissionistas conhecida como “Eixo da Resistência”.

Superando as divergências religiosas, étnicas e ideológicas entre os diversos movimentos islâmicos e antissionistas, Soleimani uniu diferentes facções em uma estratégia conjunta contra Israel. Obviamente, esta estratégia era centrada no Irã e dava à República Islâmica o papel de protagonista na luta contra a ocupação israelense e seus proxies regionais. Contudo, uma das chaves para o sucesso do Eixo é precisamente sua natureza amplamente descentralizada, garantindo autonomia de ação para os membros, sem um controle rígido iraniano sobre todos os atos da coalizão.

O Eixo da Resistência foi vitorioso na Síria, onde diversas milícias, com apoio do Hezbollah e da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) venceram o ISIS e outros proxies israelenses. À época, tamanho o sucesso diplomático militar de Soleimani que até mesmo um diálogo com as milícias curdas (historicamente apoiadas pelo Ocidente) foi possível em um momento de confronto contra grupos mais perigosos – como o próprio ISIS.

A sobrevivência de Soleimani foi percebida como uma ameaça existencial por Israel, encorajando o lobby sionista nos EUA a pressionar por uma operação de assassinato seletivo. O principal problema, contudo, é que assassinatos seletivos raramente são eficientes contra grupos e países altamente ideologizados e com estratégias de guerra bem definidas. A morte de Soleimani não desarticulou o Eixo, mas, pelo contrário, uniu ainda mais as milícias em torno do Irã – incluindo as milícias sunitas palestinas, que historicamente sofrem uma disputa por influência entre xiitas e wahhabis.

Atualmente, ninguém mais é capaz de negar a grande influência do Irã sobre a Resistência Palestina. O que poucos sabem, contudo, é que este processo é resultado precisamente das alianças diplomáticas alcançadas por Soleimani. Ao matar Ismail Hannyeh, o chefe do Hamas mais próximo ao Irã em toda a história do partido palestino e responsável pela paz dos jihadistas palestinos com o governo sírio, Israel também esperava desarticular o Eixo – diminuindo a influência iraniana e expandindo o lobby pró-wahhabi na Palestina, o que, como sabemos, não aconteceu.

No mesmo sentido, ao matar Hassan Nasrallah, então chefe do Hezbollah, Israel planejava mais uma vez desestabilizar o Eixo, liquidando a liderança da principal organização paramilitar xiita e assim possivelmente fomentando uma crise institucional no grupo. Ao contrário das expectativas sionistas, o Hezbollah não mostrou qualquer impacto com o assassinato de seu líder, senão se tornando ainda mais organizado e convicto em sua luta contra a ocupação.

Tel Aviv não vai parar de fazer assassinatos seletivos. É muito possível que a resposta ao recente ataque do Irã seja através de tentativas de assassinato contra outras figuras públicas iranianas. Este método israelense se deve a uma característica específica do regime que foi percebida perspicazmente pelo General Soleimani: a incapacidade israelense de ir à guerra total.

Ao contrário do mito da “invencibilidade israelense” comumente propagado no Ocidente, Tel Aviv tem uma fraqueza natural, decorrente de suas próprias limitações geográficas. A política de assassinatos seletivos foi desenvolvida por Israel para tentar desestabilizar seus inimigos moral e institucionalmente, evitando engajamentos militares prolongados. Sem capacidade de reposição contínua de tropas e recursos e tendo um território muito pequeno e com alvos muito expostos, Israel teme uma guerra de larga escala – e foi precisamente esta a avaliação de Soleimani.

Criando o Eixo da Resistência, o General iraniano condenou Israel à guerra perpétua. Não haverá paz em nenhum momento. Se Israel derrotar o Hamas e as demais milícias palestinas, ainda haverá o Hezbollah e as milícias sírias ao norte. No front naval, o Iêmen continuará capturando navios e disparando contra alvos estratégicos em toda a Palestina ocupada. No Iraque, a Resistência não interromperá suas operações em qualquer momento. E, no fim, se vencer todos estes inimigos, Tel Aviv ainda terá que enfrentar o próprio Irã – a maior potência militar do Oriente Médio, que, ao contrário de Israel, possui grande população e um território gigantesco, rico em recursos e protegido por uma complexa geografia montanhosa.

Em outras palavras, a existência do Eixo da Resistência é a sentença de morte de Israel. A estratégia de Soleimani tinha como ponto central criar uma guerra prolongada, desgastando o regime sionista até o ponto de não retorno de sua própria estrutura estatal. Chegará o momento em que Israel se tornará inviável enquanto país e terá de aceitar negociar termos para formar um Estado desmilitarizado e não-étnico (conjunto entre judeus e palestinos), pondo fim ao apartheid. Caso contrário, anos de guerra destruirão todos os recursos do país e criarão uma crise migratória irreversível, levando milhões de cidadãos a fugirem do Oriente Médio para sempre.

Ao perceber que os assassinatos seletivos não funcionaram e que as organizações da Resistência têm maturidade política suficiente para superar qualquer impacto gerado por estes crimes, Israel, depois da humilhação sofrida com o ataque iraniano, tomou a decisão de finalmente invadir o Líbano por terra – tal como o Hezbollah queria. As primeiras notícias mostram um verdadeiro desastre estratégico, com os milicianos xiitas emboscando e liquidando dezenas de invasores. Em paralelo, os ataques iemenitas, palestinos e de outros grupos de resistência continuam, além de Netanyahu seguir sendo pressionado no que concerne ao Irã, sabendo que, se responder, sofrerá um ataque ainda mais incisivo, cujas consequências poderiam levar o regime ao colapso.

Israel caiu na armadilha de Soleimani. O regime sionista entrou na guerra perpétua, da qual só poderá sair deixando de existir enquanto Estado.

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