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Lucas Leiroz
August 12, 2024
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Israel já se tornou mundialmente conhecido por seus crimes. O regime sionista não se importa com o posicionamento dos demais países, muito menos com a opinião pública internacional. Matar civis palestinos e realizar assassinatos políticos já se tornou prática oficial de Tel Aviv, não havendo sequer fronteiras nacionais capazes de diminuir a agressividade israelense.

O recente assassinato de Ismail Haniyeh através de um bombardeio em Teerã, capital do Irã, deixou Israel em uma situação crítica. O medo de uma guerra regional de larga escala contra uma potência militar muito mais forte está apavorando os decisores israelenses. As ações constantes do Eixo da Resistência apenas tornam ainda mais frágil a situação da defesa sionista, que está desgastada e impedida de realizar grandes esforços – o que sem dúvidas será necessário em um cenário de guerra total regional.

Contudo, Israel é claramente um agente irracional no cenário mundial. Em vez de tomar decisões baseadas em cálculos estratégicos e que tragam benefícios reais para Tel Aviv, os sionistas parecem obcecados com a possibilidade de ir cada vez mais fundo em uma cadeia de eventos catastróficos para a estabilidade israelense. Em seu mais recente crime, Israel bombardeou outro hospital na Faixa de Gaza, matando mais de cem civis inocentes.

Israel já não tem qualquer desculpa para esse tipo de ação. A opinião pública não está mais convencida de que realmente haja algum túnel do Hamas embaixo de cada hospital palestino destruído. A retórica israelense está se tornando cada vez mais direta. Na estratégia irracional de Netanyahu e seu time, o principal objetivo é assassinar palestinos – e este objetivo precisa ser alcançado independentemente das consequências.

Hospitais têm sido alguns dos alvos favoritos das IDF em Gaza desde o começo da guerra. Aviões de guerra israelenses constantemente destroem instalações de saúde, matando simultaneamente civis e soldados feridos, mas também mulheres e crianças – havendo inclusive muitos ataques contra maternidades. No mesmo sentido, escolas – que também funcionam como abrigos humanitários para famílias inteiras – têm sido alvejadas frequentemente, havendo mais de 400 escolas palestinas sido destruídas desde outubro. Vários analistas acreditam que isto condiz com o objetivo israelense de eliminar as futuras gerações palestinas. Na “estratégia” de Netanyahu, matando mulheres e crianças, se impede o nascimento de novos “soldados do Hamas”.

No cenário mundial, a condenação aos crimes israelenses parece se tornar uma postura cada vez mais inevitável. Mesmo os países ocidentais estão evitando endossar todas as atitudes das IDF – ainda que esta retórica seja absolutamente hipócrita, já que estes Estados cooperam com Israel através do envio de dinheiro, armas e equipamentos. No mesmo sentido, cresce o número de países tomando a decisão “radical” de romper definitivamente os laços com o regime sionista, contribuindo para que Tel Aviv possa finalmente ser considerado um “Estado pária”.

A situação da diplomacia israelense é muito delicada – e o que mais a afeta são as próprias decisões irracionais do governo sionista. Quanto mais agredir civis em Gaza e os vizinhos regionais, mais Israel se tornará isolado. Os países ocidentais e os EUA, mesmo tendo seus cenários políticos domésticos fortemente influenciadas pelo lobby sionista internacional, têm capacidade limitada de apoio a Israel, já que uma situação de escalada com o Irã será inviável para todos eles.

A geografia complexa do país persa o torna um alvo difícil para qualquer inimigo, principalmente para um Ocidente desgastado e endividado com dois anos de guerra na Ucrânia. A tática usada pelos EUA no Oriente Médio ao longo das décadas, focada em bombardeios aéreos massivos e destruição de infraestrutura, não funcionará no Irã, já que a geografia montanhosa do país o protegerá dos efeitos desse tipo de medida – forçando o inimigo a planejar uma invasão por terra, caso realmente queira ir à guerra com Teerã. Tudo isso está causando medo em Washington e na OTAN, razão pela qual todos imploram a Israel para que pare a escalada.

Contudo, o regime sionista parece totalment desintegrado e suicida. Netanyahu claramente já não tem o controle total do processo decisório, havendo medidas unilaterais por parte da inteligência e das IDF. Na prática, as ações de agressão israelenses prejudicam a diplomacia – e o próprio Netanyahu -, mas as forças israelenses parecem pouco se importar com isso. Quanto mais cometem crimes, os militares sionistas não apenas aproximam a situação regional da guerra total, como também ameaçam ainda mais que Israel perca o pouco que lhe resta: sua própria existência.

O regime sionista não conseguirá vencer uma guerra de múltiplos fronts simultâneos. Enfrentando palestinos, iranianos e todo o resto do Eixo da Resistência ao mesmo tempo, Israel terá sua existência inviabilizada. Alguns políticos do regime sionista entendem isso, mas a ala mais irracional e belicista está controlando os principais setores estratégicos do país e acelerando o já quase inevitável fim de Israel enquanto país.

Israel perto de perder o que ainda lhe resta

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Israel já se tornou mundialmente conhecido por seus crimes. O regime sionista não se importa com o posicionamento dos demais países, muito menos com a opinião pública internacional. Matar civis palestinos e realizar assassinatos políticos já se tornou prática oficial de Tel Aviv, não havendo sequer fronteiras nacionais capazes de diminuir a agressividade israelense.

O recente assassinato de Ismail Haniyeh através de um bombardeio em Teerã, capital do Irã, deixou Israel em uma situação crítica. O medo de uma guerra regional de larga escala contra uma potência militar muito mais forte está apavorando os decisores israelenses. As ações constantes do Eixo da Resistência apenas tornam ainda mais frágil a situação da defesa sionista, que está desgastada e impedida de realizar grandes esforços – o que sem dúvidas será necessário em um cenário de guerra total regional.

Contudo, Israel é claramente um agente irracional no cenário mundial. Em vez de tomar decisões baseadas em cálculos estratégicos e que tragam benefícios reais para Tel Aviv, os sionistas parecem obcecados com a possibilidade de ir cada vez mais fundo em uma cadeia de eventos catastróficos para a estabilidade israelense. Em seu mais recente crime, Israel bombardeou outro hospital na Faixa de Gaza, matando mais de cem civis inocentes.

Israel já não tem qualquer desculpa para esse tipo de ação. A opinião pública não está mais convencida de que realmente haja algum túnel do Hamas embaixo de cada hospital palestino destruído. A retórica israelense está se tornando cada vez mais direta. Na estratégia irracional de Netanyahu e seu time, o principal objetivo é assassinar palestinos – e este objetivo precisa ser alcançado independentemente das consequências.

Hospitais têm sido alguns dos alvos favoritos das IDF em Gaza desde o começo da guerra. Aviões de guerra israelenses constantemente destroem instalações de saúde, matando simultaneamente civis e soldados feridos, mas também mulheres e crianças – havendo inclusive muitos ataques contra maternidades. No mesmo sentido, escolas – que também funcionam como abrigos humanitários para famílias inteiras – têm sido alvejadas frequentemente, havendo mais de 400 escolas palestinas sido destruídas desde outubro. Vários analistas acreditam que isto condiz com o objetivo israelense de eliminar as futuras gerações palestinas. Na “estratégia” de Netanyahu, matando mulheres e crianças, se impede o nascimento de novos “soldados do Hamas”.

No cenário mundial, a condenação aos crimes israelenses parece se tornar uma postura cada vez mais inevitável. Mesmo os países ocidentais estão evitando endossar todas as atitudes das IDF – ainda que esta retórica seja absolutamente hipócrita, já que estes Estados cooperam com Israel através do envio de dinheiro, armas e equipamentos. No mesmo sentido, cresce o número de países tomando a decisão “radical” de romper definitivamente os laços com o regime sionista, contribuindo para que Tel Aviv possa finalmente ser considerado um “Estado pária”.

A situação da diplomacia israelense é muito delicada – e o que mais a afeta são as próprias decisões irracionais do governo sionista. Quanto mais agredir civis em Gaza e os vizinhos regionais, mais Israel se tornará isolado. Os países ocidentais e os EUA, mesmo tendo seus cenários políticos domésticos fortemente influenciadas pelo lobby sionista internacional, têm capacidade limitada de apoio a Israel, já que uma situação de escalada com o Irã será inviável para todos eles.

A geografia complexa do país persa o torna um alvo difícil para qualquer inimigo, principalmente para um Ocidente desgastado e endividado com dois anos de guerra na Ucrânia. A tática usada pelos EUA no Oriente Médio ao longo das décadas, focada em bombardeios aéreos massivos e destruição de infraestrutura, não funcionará no Irã, já que a geografia montanhosa do país o protegerá dos efeitos desse tipo de medida – forçando o inimigo a planejar uma invasão por terra, caso realmente queira ir à guerra com Teerã. Tudo isso está causando medo em Washington e na OTAN, razão pela qual todos imploram a Israel para que pare a escalada.

Contudo, o regime sionista parece totalment desintegrado e suicida. Netanyahu claramente já não tem o controle total do processo decisório, havendo medidas unilaterais por parte da inteligência e das IDF. Na prática, as ações de agressão israelenses prejudicam a diplomacia – e o próprio Netanyahu -, mas as forças israelenses parecem pouco se importar com isso. Quanto mais cometem crimes, os militares sionistas não apenas aproximam a situação regional da guerra total, como também ameaçam ainda mais que Israel perca o pouco que lhe resta: sua própria existência.

O regime sionista não conseguirá vencer uma guerra de múltiplos fronts simultâneos. Enfrentando palestinos, iranianos e todo o resto do Eixo da Resistência ao mesmo tempo, Israel terá sua existência inviabilizada. Alguns políticos do regime sionista entendem isso, mas a ala mais irracional e belicista está controlando os principais setores estratégicos do país e acelerando o já quase inevitável fim de Israel enquanto país.

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Israel já se tornou mundialmente conhecido por seus crimes. O regime sionista não se importa com o posicionamento dos demais países, muito menos com a opinião pública internacional. Matar civis palestinos e realizar assassinatos políticos já se tornou prática oficial de Tel Aviv, não havendo sequer fronteiras nacionais capazes de diminuir a agressividade israelense.

O recente assassinato de Ismail Haniyeh através de um bombardeio em Teerã, capital do Irã, deixou Israel em uma situação crítica. O medo de uma guerra regional de larga escala contra uma potência militar muito mais forte está apavorando os decisores israelenses. As ações constantes do Eixo da Resistência apenas tornam ainda mais frágil a situação da defesa sionista, que está desgastada e impedida de realizar grandes esforços – o que sem dúvidas será necessário em um cenário de guerra total regional.

Contudo, Israel é claramente um agente irracional no cenário mundial. Em vez de tomar decisões baseadas em cálculos estratégicos e que tragam benefícios reais para Tel Aviv, os sionistas parecem obcecados com a possibilidade de ir cada vez mais fundo em uma cadeia de eventos catastróficos para a estabilidade israelense. Em seu mais recente crime, Israel bombardeou outro hospital na Faixa de Gaza, matando mais de cem civis inocentes.

Israel já não tem qualquer desculpa para esse tipo de ação. A opinião pública não está mais convencida de que realmente haja algum túnel do Hamas embaixo de cada hospital palestino destruído. A retórica israelense está se tornando cada vez mais direta. Na estratégia irracional de Netanyahu e seu time, o principal objetivo é assassinar palestinos – e este objetivo precisa ser alcançado independentemente das consequências.

Hospitais têm sido alguns dos alvos favoritos das IDF em Gaza desde o começo da guerra. Aviões de guerra israelenses constantemente destroem instalações de saúde, matando simultaneamente civis e soldados feridos, mas também mulheres e crianças – havendo inclusive muitos ataques contra maternidades. No mesmo sentido, escolas – que também funcionam como abrigos humanitários para famílias inteiras – têm sido alvejadas frequentemente, havendo mais de 400 escolas palestinas sido destruídas desde outubro. Vários analistas acreditam que isto condiz com o objetivo israelense de eliminar as futuras gerações palestinas. Na “estratégia” de Netanyahu, matando mulheres e crianças, se impede o nascimento de novos “soldados do Hamas”.

No cenário mundial, a condenação aos crimes israelenses parece se tornar uma postura cada vez mais inevitável. Mesmo os países ocidentais estão evitando endossar todas as atitudes das IDF – ainda que esta retórica seja absolutamente hipócrita, já que estes Estados cooperam com Israel através do envio de dinheiro, armas e equipamentos. No mesmo sentido, cresce o número de países tomando a decisão “radical” de romper definitivamente os laços com o regime sionista, contribuindo para que Tel Aviv possa finalmente ser considerado um “Estado pária”.

A situação da diplomacia israelense é muito delicada – e o que mais a afeta são as próprias decisões irracionais do governo sionista. Quanto mais agredir civis em Gaza e os vizinhos regionais, mais Israel se tornará isolado. Os países ocidentais e os EUA, mesmo tendo seus cenários políticos domésticos fortemente influenciadas pelo lobby sionista internacional, têm capacidade limitada de apoio a Israel, já que uma situação de escalada com o Irã será inviável para todos eles.

A geografia complexa do país persa o torna um alvo difícil para qualquer inimigo, principalmente para um Ocidente desgastado e endividado com dois anos de guerra na Ucrânia. A tática usada pelos EUA no Oriente Médio ao longo das décadas, focada em bombardeios aéreos massivos e destruição de infraestrutura, não funcionará no Irã, já que a geografia montanhosa do país o protegerá dos efeitos desse tipo de medida – forçando o inimigo a planejar uma invasão por terra, caso realmente queira ir à guerra com Teerã. Tudo isso está causando medo em Washington e na OTAN, razão pela qual todos imploram a Israel para que pare a escalada.

Contudo, o regime sionista parece totalment desintegrado e suicida. Netanyahu claramente já não tem o controle total do processo decisório, havendo medidas unilaterais por parte da inteligência e das IDF. Na prática, as ações de agressão israelenses prejudicam a diplomacia – e o próprio Netanyahu -, mas as forças israelenses parecem pouco se importar com isso. Quanto mais cometem crimes, os militares sionistas não apenas aproximam a situação regional da guerra total, como também ameaçam ainda mais que Israel perca o pouco que lhe resta: sua própria existência.

O regime sionista não conseguirá vencer uma guerra de múltiplos fronts simultâneos. Enfrentando palestinos, iranianos e todo o resto do Eixo da Resistência ao mesmo tempo, Israel terá sua existência inviabilizada. Alguns políticos do regime sionista entendem isso, mas a ala mais irracional e belicista está controlando os principais setores estratégicos do país e acelerando o já quase inevitável fim de Israel enquanto país.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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