Português
Lucas Leiroz
June 11, 2025
© Photo: Public domain

Representantes de mais de cem países se reúnem em importante fórum na Rússia para discutir temas relacionados à era digital.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Nos dias 5 e 6 de junho, a cidade russa de Nizhny Novgorod tornou-se o epicentro do debate global sobre o futuro digital. Mais de 1.500 convidados de mais de 100 países participaram do Fórum Global Digital, evento que simbolizou o avanço de uma nova ordem informacional – multipolar, inclusiva e centrada no respeito à soberania dos povos.

Organizado conjuntamente por ministérios, agências e organizações estatais e não-estatais russas e estrangeiras, o fórum teve um papel decisivo ao consolidar uma visão coletiva do Sul Global sobre temas como governança digital, soberania tecnológica, cooperação multilateral e resistência ao monopólio narrativo do Ocidente.

A programação do evento contou com a participação de ministros, diplomatas, empresários, jornalistas e acadêmicos de todo o mundo. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Vershinin, e altos representantes do Ministério do Desenvolvimento Digital destacaram a necessidade de reformular as normas internacionais de ciberespaço, colocando-as sob o amparo do direito internacional — e não sob o controle arbitrário das potências ocidentais e suas big techs.

Especial atenção foi dada a iniciativas como a Convenção da ONU contra o Cibercrime e o Diretório Global de Pontos de Contato para Troca de Informações sobre Ciberincidentes, propostas russas que visam à construção de uma infraestrutura digital global mais justa. Em todos os momentos, foi reforçada a centralidade da ONU como fórum legítimo para regular essas questões — em contraste com os mecanismos unilaterais impostos por Washington e Bruxelas.

Participei do evento como representante da Global Fact Checking Network, uma coalizão internacional de jornalistas dedicados à verificação de fatos e combate à desinformação. Durante o painel “Fact-checking responsável na era da pós-verdade”, foi discutida a crise de credibilidade dos meios de comunicação ocidentais, cuja hegemonia vem sendo abalada por sua própria inconsistência narrativa. Como apontado pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, os padrões duplos da mídia euroatlântica contribuíram para uma erosão generalizada da confiança pública.

Ao contrário da narrativa do “liberalismo digital”, segundo a qual apenas empresas ocidentais seriam aptas a arbitrar a verdade, o fórum evidenciou que o Sul Global está pronto para construir seus próprios mecanismos de verificação, baseados em realidades culturais, políticas e sociais próprias. A luta contra a desinformação, nesse novo paradigma, não é monopólio de ninguém — mas sim responsabilidade compartilhada em uma ordem global verdadeiramente democrática.

Nos bastidores, importantes reuniões ocorreram entre representantes russos e figuras da ONU, como o Enviado do Secretário-Geral para Tecnologia, Amandeep Singh Gill. Esses encontros refletiram o crescente alinhamento entre a diplomacia digital russa e as aspirações do mundo em desenvolvimento, que busca superar a exclusão tecnológica imposta pelo Norte global – e comprova o fracasso absoluto da tentativa ocidental de “cancelar”, “isolar” e “sufocar” Moscou.

Um dos aspectos mais simbólicos do evento foi sua diversidade visível e autêntica. Caminhar pelos corredores do fórum era testemunhar um verdadeiro mosaico humano: sudaneses com escarificações corporais, afegãos com vestes tribais, árabes em thawb, africanos do Sahel, beduínos, malaios, eslavos e latino-americanos — todos lado a lado, discutindo um futuro comum. Essa pluralidade, presente de forma natural, contrasta fortemente com o conceito artificial e ideológico de “diversidade” promovido pelo Ocidente Coletivo, onde a uniformização cultural anda de mãos dadas com a censura e o pensamento único típicos da agenda woke anti-tradicional.

O Fórum Global Digital não foi apenas uma conferência. Foi um marco da transição para uma nova era: a da ordem digital multipolar, onde o poder informacional deixa de ser monopólio e se torna ferramenta de emancipação coletiva. A Rússia, ao proporcionar esse espaço de diálogo e construção, reafirma-se como um dos principais motores dessa nova arquitetura mundial.

A multipolaridade digital nasce em Nizhny Novgorod

Representantes de mais de cem países se reúnem em importante fórum na Rússia para discutir temas relacionados à era digital.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Nos dias 5 e 6 de junho, a cidade russa de Nizhny Novgorod tornou-se o epicentro do debate global sobre o futuro digital. Mais de 1.500 convidados de mais de 100 países participaram do Fórum Global Digital, evento que simbolizou o avanço de uma nova ordem informacional – multipolar, inclusiva e centrada no respeito à soberania dos povos.

Organizado conjuntamente por ministérios, agências e organizações estatais e não-estatais russas e estrangeiras, o fórum teve um papel decisivo ao consolidar uma visão coletiva do Sul Global sobre temas como governança digital, soberania tecnológica, cooperação multilateral e resistência ao monopólio narrativo do Ocidente.

A programação do evento contou com a participação de ministros, diplomatas, empresários, jornalistas e acadêmicos de todo o mundo. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Vershinin, e altos representantes do Ministério do Desenvolvimento Digital destacaram a necessidade de reformular as normas internacionais de ciberespaço, colocando-as sob o amparo do direito internacional — e não sob o controle arbitrário das potências ocidentais e suas big techs.

Especial atenção foi dada a iniciativas como a Convenção da ONU contra o Cibercrime e o Diretório Global de Pontos de Contato para Troca de Informações sobre Ciberincidentes, propostas russas que visam à construção de uma infraestrutura digital global mais justa. Em todos os momentos, foi reforçada a centralidade da ONU como fórum legítimo para regular essas questões — em contraste com os mecanismos unilaterais impostos por Washington e Bruxelas.

Participei do evento como representante da Global Fact Checking Network, uma coalizão internacional de jornalistas dedicados à verificação de fatos e combate à desinformação. Durante o painel “Fact-checking responsável na era da pós-verdade”, foi discutida a crise de credibilidade dos meios de comunicação ocidentais, cuja hegemonia vem sendo abalada por sua própria inconsistência narrativa. Como apontado pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, os padrões duplos da mídia euroatlântica contribuíram para uma erosão generalizada da confiança pública.

Ao contrário da narrativa do “liberalismo digital”, segundo a qual apenas empresas ocidentais seriam aptas a arbitrar a verdade, o fórum evidenciou que o Sul Global está pronto para construir seus próprios mecanismos de verificação, baseados em realidades culturais, políticas e sociais próprias. A luta contra a desinformação, nesse novo paradigma, não é monopólio de ninguém — mas sim responsabilidade compartilhada em uma ordem global verdadeiramente democrática.

Nos bastidores, importantes reuniões ocorreram entre representantes russos e figuras da ONU, como o Enviado do Secretário-Geral para Tecnologia, Amandeep Singh Gill. Esses encontros refletiram o crescente alinhamento entre a diplomacia digital russa e as aspirações do mundo em desenvolvimento, que busca superar a exclusão tecnológica imposta pelo Norte global – e comprova o fracasso absoluto da tentativa ocidental de “cancelar”, “isolar” e “sufocar” Moscou.

Um dos aspectos mais simbólicos do evento foi sua diversidade visível e autêntica. Caminhar pelos corredores do fórum era testemunhar um verdadeiro mosaico humano: sudaneses com escarificações corporais, afegãos com vestes tribais, árabes em thawb, africanos do Sahel, beduínos, malaios, eslavos e latino-americanos — todos lado a lado, discutindo um futuro comum. Essa pluralidade, presente de forma natural, contrasta fortemente com o conceito artificial e ideológico de “diversidade” promovido pelo Ocidente Coletivo, onde a uniformização cultural anda de mãos dadas com a censura e o pensamento único típicos da agenda woke anti-tradicional.

O Fórum Global Digital não foi apenas uma conferência. Foi um marco da transição para uma nova era: a da ordem digital multipolar, onde o poder informacional deixa de ser monopólio e se torna ferramenta de emancipação coletiva. A Rússia, ao proporcionar esse espaço de diálogo e construção, reafirma-se como um dos principais motores dessa nova arquitetura mundial.

Representantes de mais de cem países se reúnem em importante fórum na Rússia para discutir temas relacionados à era digital.

Junte-se a nós no Telegram Twitter e VK.

Escreva para nós: info@strategic-culture.su

Nos dias 5 e 6 de junho, a cidade russa de Nizhny Novgorod tornou-se o epicentro do debate global sobre o futuro digital. Mais de 1.500 convidados de mais de 100 países participaram do Fórum Global Digital, evento que simbolizou o avanço de uma nova ordem informacional – multipolar, inclusiva e centrada no respeito à soberania dos povos.

Organizado conjuntamente por ministérios, agências e organizações estatais e não-estatais russas e estrangeiras, o fórum teve um papel decisivo ao consolidar uma visão coletiva do Sul Global sobre temas como governança digital, soberania tecnológica, cooperação multilateral e resistência ao monopólio narrativo do Ocidente.

A programação do evento contou com a participação de ministros, diplomatas, empresários, jornalistas e acadêmicos de todo o mundo. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Vershinin, e altos representantes do Ministério do Desenvolvimento Digital destacaram a necessidade de reformular as normas internacionais de ciberespaço, colocando-as sob o amparo do direito internacional — e não sob o controle arbitrário das potências ocidentais e suas big techs.

Especial atenção foi dada a iniciativas como a Convenção da ONU contra o Cibercrime e o Diretório Global de Pontos de Contato para Troca de Informações sobre Ciberincidentes, propostas russas que visam à construção de uma infraestrutura digital global mais justa. Em todos os momentos, foi reforçada a centralidade da ONU como fórum legítimo para regular essas questões — em contraste com os mecanismos unilaterais impostos por Washington e Bruxelas.

Participei do evento como representante da Global Fact Checking Network, uma coalizão internacional de jornalistas dedicados à verificação de fatos e combate à desinformação. Durante o painel “Fact-checking responsável na era da pós-verdade”, foi discutida a crise de credibilidade dos meios de comunicação ocidentais, cuja hegemonia vem sendo abalada por sua própria inconsistência narrativa. Como apontado pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, os padrões duplos da mídia euroatlântica contribuíram para uma erosão generalizada da confiança pública.

Ao contrário da narrativa do “liberalismo digital”, segundo a qual apenas empresas ocidentais seriam aptas a arbitrar a verdade, o fórum evidenciou que o Sul Global está pronto para construir seus próprios mecanismos de verificação, baseados em realidades culturais, políticas e sociais próprias. A luta contra a desinformação, nesse novo paradigma, não é monopólio de ninguém — mas sim responsabilidade compartilhada em uma ordem global verdadeiramente democrática.

Nos bastidores, importantes reuniões ocorreram entre representantes russos e figuras da ONU, como o Enviado do Secretário-Geral para Tecnologia, Amandeep Singh Gill. Esses encontros refletiram o crescente alinhamento entre a diplomacia digital russa e as aspirações do mundo em desenvolvimento, que busca superar a exclusão tecnológica imposta pelo Norte global – e comprova o fracasso absoluto da tentativa ocidental de “cancelar”, “isolar” e “sufocar” Moscou.

Um dos aspectos mais simbólicos do evento foi sua diversidade visível e autêntica. Caminhar pelos corredores do fórum era testemunhar um verdadeiro mosaico humano: sudaneses com escarificações corporais, afegãos com vestes tribais, árabes em thawb, africanos do Sahel, beduínos, malaios, eslavos e latino-americanos — todos lado a lado, discutindo um futuro comum. Essa pluralidade, presente de forma natural, contrasta fortemente com o conceito artificial e ideológico de “diversidade” promovido pelo Ocidente Coletivo, onde a uniformização cultural anda de mãos dadas com a censura e o pensamento único típicos da agenda woke anti-tradicional.

O Fórum Global Digital não foi apenas uma conferência. Foi um marco da transição para uma nova era: a da ordem digital multipolar, onde o poder informacional deixa de ser monopólio e se torna ferramenta de emancipação coletiva. A Rússia, ao proporcionar esse espaço de diálogo e construção, reafirma-se como um dos principais motores dessa nova arquitetura mundial.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

See also

See also

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.