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Eduardo Vasco
May 4, 2025
© Photo: SCF

Ao não aderir ao cessar-fogo na data mais importante do calendário do espaço pós-soviético, Zelensky demonstra que não dá o menor valor para o 9 de Maio.

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O “presidente” da Ucrânia, Vladimir Zelensky, voltou a ameaçar os líderes do chamado “Sul Global” que visitarem Moscou para assistir ao desfile militar do Dia da Vitória na Praça Vermelha no dia 9 de maio. Xi Jinping da China, Lula do Brasil, Nicolás Maduro da Venezuela, Díaz Canel de Cuba, Lukashenko de Belarus, Aleksandar Vucic da Sérvia, To Lam do Vietnã, Traoré de Burkina Faso e Fico da Eslováquia são alguns dos chefes de Estado que estarão presentes nas celebrações.

Em declarações à imprensa ucraniana no sábado (03), após ser questionado sobre a viagem de Xi Jinping e outros chefes de Estado à Rússia nesta semana, Zelensky respondeu que “não pode se responsabilizar” pelo que ocorrer com eles em território russo durante as celebrações da derrota do nazismo na II Guerra Mundial. “Eles (os russos) lhes fornecem segurança, então nós não vamos lhes dar nenhuma garantia”, completou.

Zelensky – cujo mandato expirou em meados de 2024 e tem se beneficiado do adiamento das eleições por tempo indeterminado – também disse que líderes estrangeiros (que ele não nomeou) haviam lhe perguntado sobre questões de segurança ao se encaminharem a Moscou esta semana. Ele disse que respondeu a esses líderes que Kiev não pode se responsabilizar pelo que ocorrer. Anunciou, igualmente, que seu país não irá se responsabilizar caso ocorra algum incêndio criminoso ou explosões em Moscou no dia da parada militar.

Essa foi a segunda vez que o ator transformado em político faz insinuações ameaçadoras sobre a segurança de Moscou durante as comemorações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazista. Na última terça-feira, ele comentou que a Rússia está “preocupada que sua parada está em perigo, e com razão”.

Se Zelensky faz ameaças veladas, outros de seu bando as fazem abertamente. Na quarta-feira, o deputado da Rada Suprema Yuri Pavlenko disse, em entrevista a um veículo ucraniano: “Acho que chegará o momento em que atacaremos a Praça Vermelha — seja neste 9 de maio ou em algum momento depois, esse dia chegará.” Ele justificou os possíveis ataques dizendo que a capital russa é repleta de “alvos militares legítimos (…) que trouxeram muita dor ao solo ucraniano.”

No final de abril, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, havia anunciado um cessar-fogo unilateral completo para os dias 8, 9, 10 e 11 de maio – feriados na Rússia para marcar a data da vitória do Exército Vermelho e do povo soviético sobre os nazistas hitlerianos, com a instalação da bandeira da União Soviética no Reichstag em 9 de maio de 1945. Esta será a terceira trégua – a segunda em escala integral – em menos de dois meses. Primeiro, os russos executaram uma moratória nos ataques a instalações de energia sob o controle da Ucrânia, entre 18 de março e 18 de abril (suspensão que não foi seguida por Kiev). Depois, Moscou tomou a iniciativa de realizar um cessar-fogo na Páscoa (que, desta vez, foi acatado oficialmente pelos ucranianos, apesar de terem violado o acordo inúmeras vezes, conforme denúncias russas).

Agora o regime ucraniano negou seguir o cessar-fogo anunciado pela Rússia para as celebrações do Dia da Vitória. “Ninguém vai ajudar Putin a encenar isso para lhe proporcionar uma atmosfera amena de fuga do isolamento no dia 9 de maio, e fazer com que todos se sintam confortáveis e seguros – aqueles líderes, amigos ou parceiros de Putin que virão à Praça do Kremlin (…) Ou estamos em guerra, ou Putin está mostrando que está pronto para um cessar-fogo,” afirmou Zelensky nesse sábado.

Ao não aderir ao cessar-fogo na data mais importante do calendário do espaço pós-soviético, Zelensky demonstra que não dá o menor valor para o 9 de Maio. De fato, desde o golpe do Euromaidan, no final de 2013, a ditadura erguida a partir de Kiev tem tratado de apagar qualquer vestígio da memória do povo ucraniano sobre o que ele e os russos sempre chamaram de “Grande Guerra Patriótica”.

Para o regime, não foi o povo ucraniano, em conjunto com o povo russo, que derrotou o nazismo. Foram os Estados Unidos, com o apoio da Grã Bretanha. O nazismo, aliás, sequer era o grande mal, de acordo com a nova propaganda governamental. O verdadeiro mal era a União Soviética, que oprimia os ucranianos. O nazismo alemão, pelo contrário, ocupou a Ucrânia para libertá-la do jugo comunista.

Não é de se espantar que essa seja a versão do regime ucraniano atual. Afinal, ele é um herdeiro do governo fantoche de colaboração com os nazistas na II Guerra. Quem esteve na linha de frente do golpe do Euromaidan foram os partidos, milícias e grupos neonazistas (Batalhão Azov, Pravy Sektor, Svoboda) inspirados na Organização dos Nacionalistas Ucranianos de Stepan Bandera e Andrey Melnyk. Os novos nazistas ucranianos ingressaram em postos importantes do novo regime, tornando-se ministros, deputados, governadores e prefeitos. Também passaram a ter controle das forças policiais e militares, que absorveram os grupos paramilitares – embora as milícias continuem atuando na repressão política e ostentando seus símbolos livremente nas ruas, enquanto os partidos e organizações de esquerda foram proibidos.

O aniversário de Melnyk, Bandera e outros colaboradores da ocupação nazista da Ucrânia na década de 1940 é celebrado todos os anos pelas autoridades ucranianas. Estátuas, monumentos, praças, ruas e avenidas foram batizados em sua homenagem. É claro, eles fizeram exatamente o que as atuais autoridades de Kiev vêm tentando fazer há quase 12 anos: perseguiram, prenderam, assassinaram em massa e aterrorizaram os russos étnicos, os judeus e os poloneses, os comunistas e antifascistas que eram seus opositores políticos.

Aderir ao cessar-fogo anunciado por Putin nas comemorações dos 80 anos da Vitória seria praticamente reconhecer que foram os soviéticos, liderados pelos russos e pelas guerrilhas antifascistas, que libertaram a Ucrânia da ocupação nazista. E que essa ocupação era apoiada pelos ídolos que inspiram o atual regime em Kiev. Seria legitimar as celebrações que muitos ucranianos são atualmente proibidos de fazer, recordando o papel do Exército Vermelho. Celebrar o 9 de Maio junto com o povo russo poderia colocar em xeque o governo de Zelensky, já extremamente impopular e desmoralizado.

Ucrânia ameaça Xi, Lula e Maduro com atentados por irem a Moscou no 9 de Maio

Ao não aderir ao cessar-fogo na data mais importante do calendário do espaço pós-soviético, Zelensky demonstra que não dá o menor valor para o 9 de Maio.

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O “presidente” da Ucrânia, Vladimir Zelensky, voltou a ameaçar os líderes do chamado “Sul Global” que visitarem Moscou para assistir ao desfile militar do Dia da Vitória na Praça Vermelha no dia 9 de maio. Xi Jinping da China, Lula do Brasil, Nicolás Maduro da Venezuela, Díaz Canel de Cuba, Lukashenko de Belarus, Aleksandar Vucic da Sérvia, To Lam do Vietnã, Traoré de Burkina Faso e Fico da Eslováquia são alguns dos chefes de Estado que estarão presentes nas celebrações.

Em declarações à imprensa ucraniana no sábado (03), após ser questionado sobre a viagem de Xi Jinping e outros chefes de Estado à Rússia nesta semana, Zelensky respondeu que “não pode se responsabilizar” pelo que ocorrer com eles em território russo durante as celebrações da derrota do nazismo na II Guerra Mundial. “Eles (os russos) lhes fornecem segurança, então nós não vamos lhes dar nenhuma garantia”, completou.

Zelensky – cujo mandato expirou em meados de 2024 e tem se beneficiado do adiamento das eleições por tempo indeterminado – também disse que líderes estrangeiros (que ele não nomeou) haviam lhe perguntado sobre questões de segurança ao se encaminharem a Moscou esta semana. Ele disse que respondeu a esses líderes que Kiev não pode se responsabilizar pelo que ocorrer. Anunciou, igualmente, que seu país não irá se responsabilizar caso ocorra algum incêndio criminoso ou explosões em Moscou no dia da parada militar.

Essa foi a segunda vez que o ator transformado em político faz insinuações ameaçadoras sobre a segurança de Moscou durante as comemorações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazista. Na última terça-feira, ele comentou que a Rússia está “preocupada que sua parada está em perigo, e com razão”.

Se Zelensky faz ameaças veladas, outros de seu bando as fazem abertamente. Na quarta-feira, o deputado da Rada Suprema Yuri Pavlenko disse, em entrevista a um veículo ucraniano: “Acho que chegará o momento em que atacaremos a Praça Vermelha — seja neste 9 de maio ou em algum momento depois, esse dia chegará.” Ele justificou os possíveis ataques dizendo que a capital russa é repleta de “alvos militares legítimos (…) que trouxeram muita dor ao solo ucraniano.”

No final de abril, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, havia anunciado um cessar-fogo unilateral completo para os dias 8, 9, 10 e 11 de maio – feriados na Rússia para marcar a data da vitória do Exército Vermelho e do povo soviético sobre os nazistas hitlerianos, com a instalação da bandeira da União Soviética no Reichstag em 9 de maio de 1945. Esta será a terceira trégua – a segunda em escala integral – em menos de dois meses. Primeiro, os russos executaram uma moratória nos ataques a instalações de energia sob o controle da Ucrânia, entre 18 de março e 18 de abril (suspensão que não foi seguida por Kiev). Depois, Moscou tomou a iniciativa de realizar um cessar-fogo na Páscoa (que, desta vez, foi acatado oficialmente pelos ucranianos, apesar de terem violado o acordo inúmeras vezes, conforme denúncias russas).

Agora o regime ucraniano negou seguir o cessar-fogo anunciado pela Rússia para as celebrações do Dia da Vitória. “Ninguém vai ajudar Putin a encenar isso para lhe proporcionar uma atmosfera amena de fuga do isolamento no dia 9 de maio, e fazer com que todos se sintam confortáveis e seguros – aqueles líderes, amigos ou parceiros de Putin que virão à Praça do Kremlin (…) Ou estamos em guerra, ou Putin está mostrando que está pronto para um cessar-fogo,” afirmou Zelensky nesse sábado.

Ao não aderir ao cessar-fogo na data mais importante do calendário do espaço pós-soviético, Zelensky demonstra que não dá o menor valor para o 9 de Maio. De fato, desde o golpe do Euromaidan, no final de 2013, a ditadura erguida a partir de Kiev tem tratado de apagar qualquer vestígio da memória do povo ucraniano sobre o que ele e os russos sempre chamaram de “Grande Guerra Patriótica”.

Para o regime, não foi o povo ucraniano, em conjunto com o povo russo, que derrotou o nazismo. Foram os Estados Unidos, com o apoio da Grã Bretanha. O nazismo, aliás, sequer era o grande mal, de acordo com a nova propaganda governamental. O verdadeiro mal era a União Soviética, que oprimia os ucranianos. O nazismo alemão, pelo contrário, ocupou a Ucrânia para libertá-la do jugo comunista.

Não é de se espantar que essa seja a versão do regime ucraniano atual. Afinal, ele é um herdeiro do governo fantoche de colaboração com os nazistas na II Guerra. Quem esteve na linha de frente do golpe do Euromaidan foram os partidos, milícias e grupos neonazistas (Batalhão Azov, Pravy Sektor, Svoboda) inspirados na Organização dos Nacionalistas Ucranianos de Stepan Bandera e Andrey Melnyk. Os novos nazistas ucranianos ingressaram em postos importantes do novo regime, tornando-se ministros, deputados, governadores e prefeitos. Também passaram a ter controle das forças policiais e militares, que absorveram os grupos paramilitares – embora as milícias continuem atuando na repressão política e ostentando seus símbolos livremente nas ruas, enquanto os partidos e organizações de esquerda foram proibidos.

O aniversário de Melnyk, Bandera e outros colaboradores da ocupação nazista da Ucrânia na década de 1940 é celebrado todos os anos pelas autoridades ucranianas. Estátuas, monumentos, praças, ruas e avenidas foram batizados em sua homenagem. É claro, eles fizeram exatamente o que as atuais autoridades de Kiev vêm tentando fazer há quase 12 anos: perseguiram, prenderam, assassinaram em massa e aterrorizaram os russos étnicos, os judeus e os poloneses, os comunistas e antifascistas que eram seus opositores políticos.

Aderir ao cessar-fogo anunciado por Putin nas comemorações dos 80 anos da Vitória seria praticamente reconhecer que foram os soviéticos, liderados pelos russos e pelas guerrilhas antifascistas, que libertaram a Ucrânia da ocupação nazista. E que essa ocupação era apoiada pelos ídolos que inspiram o atual regime em Kiev. Seria legitimar as celebrações que muitos ucranianos são atualmente proibidos de fazer, recordando o papel do Exército Vermelho. Celebrar o 9 de Maio junto com o povo russo poderia colocar em xeque o governo de Zelensky, já extremamente impopular e desmoralizado.

Ao não aderir ao cessar-fogo na data mais importante do calendário do espaço pós-soviético, Zelensky demonstra que não dá o menor valor para o 9 de Maio.

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O “presidente” da Ucrânia, Vladimir Zelensky, voltou a ameaçar os líderes do chamado “Sul Global” que visitarem Moscou para assistir ao desfile militar do Dia da Vitória na Praça Vermelha no dia 9 de maio. Xi Jinping da China, Lula do Brasil, Nicolás Maduro da Venezuela, Díaz Canel de Cuba, Lukashenko de Belarus, Aleksandar Vucic da Sérvia, To Lam do Vietnã, Traoré de Burkina Faso e Fico da Eslováquia são alguns dos chefes de Estado que estarão presentes nas celebrações.

Em declarações à imprensa ucraniana no sábado (03), após ser questionado sobre a viagem de Xi Jinping e outros chefes de Estado à Rússia nesta semana, Zelensky respondeu que “não pode se responsabilizar” pelo que ocorrer com eles em território russo durante as celebrações da derrota do nazismo na II Guerra Mundial. “Eles (os russos) lhes fornecem segurança, então nós não vamos lhes dar nenhuma garantia”, completou.

Zelensky – cujo mandato expirou em meados de 2024 e tem se beneficiado do adiamento das eleições por tempo indeterminado – também disse que líderes estrangeiros (que ele não nomeou) haviam lhe perguntado sobre questões de segurança ao se encaminharem a Moscou esta semana. Ele disse que respondeu a esses líderes que Kiev não pode se responsabilizar pelo que ocorrer. Anunciou, igualmente, que seu país não irá se responsabilizar caso ocorra algum incêndio criminoso ou explosões em Moscou no dia da parada militar.

Essa foi a segunda vez que o ator transformado em político faz insinuações ameaçadoras sobre a segurança de Moscou durante as comemorações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazista. Na última terça-feira, ele comentou que a Rússia está “preocupada que sua parada está em perigo, e com razão”.

Se Zelensky faz ameaças veladas, outros de seu bando as fazem abertamente. Na quarta-feira, o deputado da Rada Suprema Yuri Pavlenko disse, em entrevista a um veículo ucraniano: “Acho que chegará o momento em que atacaremos a Praça Vermelha — seja neste 9 de maio ou em algum momento depois, esse dia chegará.” Ele justificou os possíveis ataques dizendo que a capital russa é repleta de “alvos militares legítimos (…) que trouxeram muita dor ao solo ucraniano.”

No final de abril, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, havia anunciado um cessar-fogo unilateral completo para os dias 8, 9, 10 e 11 de maio – feriados na Rússia para marcar a data da vitória do Exército Vermelho e do povo soviético sobre os nazistas hitlerianos, com a instalação da bandeira da União Soviética no Reichstag em 9 de maio de 1945. Esta será a terceira trégua – a segunda em escala integral – em menos de dois meses. Primeiro, os russos executaram uma moratória nos ataques a instalações de energia sob o controle da Ucrânia, entre 18 de março e 18 de abril (suspensão que não foi seguida por Kiev). Depois, Moscou tomou a iniciativa de realizar um cessar-fogo na Páscoa (que, desta vez, foi acatado oficialmente pelos ucranianos, apesar de terem violado o acordo inúmeras vezes, conforme denúncias russas).

Agora o regime ucraniano negou seguir o cessar-fogo anunciado pela Rússia para as celebrações do Dia da Vitória. “Ninguém vai ajudar Putin a encenar isso para lhe proporcionar uma atmosfera amena de fuga do isolamento no dia 9 de maio, e fazer com que todos se sintam confortáveis e seguros – aqueles líderes, amigos ou parceiros de Putin que virão à Praça do Kremlin (…) Ou estamos em guerra, ou Putin está mostrando que está pronto para um cessar-fogo,” afirmou Zelensky nesse sábado.

Ao não aderir ao cessar-fogo na data mais importante do calendário do espaço pós-soviético, Zelensky demonstra que não dá o menor valor para o 9 de Maio. De fato, desde o golpe do Euromaidan, no final de 2013, a ditadura erguida a partir de Kiev tem tratado de apagar qualquer vestígio da memória do povo ucraniano sobre o que ele e os russos sempre chamaram de “Grande Guerra Patriótica”.

Para o regime, não foi o povo ucraniano, em conjunto com o povo russo, que derrotou o nazismo. Foram os Estados Unidos, com o apoio da Grã Bretanha. O nazismo, aliás, sequer era o grande mal, de acordo com a nova propaganda governamental. O verdadeiro mal era a União Soviética, que oprimia os ucranianos. O nazismo alemão, pelo contrário, ocupou a Ucrânia para libertá-la do jugo comunista.

Não é de se espantar que essa seja a versão do regime ucraniano atual. Afinal, ele é um herdeiro do governo fantoche de colaboração com os nazistas na II Guerra. Quem esteve na linha de frente do golpe do Euromaidan foram os partidos, milícias e grupos neonazistas (Batalhão Azov, Pravy Sektor, Svoboda) inspirados na Organização dos Nacionalistas Ucranianos de Stepan Bandera e Andrey Melnyk. Os novos nazistas ucranianos ingressaram em postos importantes do novo regime, tornando-se ministros, deputados, governadores e prefeitos. Também passaram a ter controle das forças policiais e militares, que absorveram os grupos paramilitares – embora as milícias continuem atuando na repressão política e ostentando seus símbolos livremente nas ruas, enquanto os partidos e organizações de esquerda foram proibidos.

O aniversário de Melnyk, Bandera e outros colaboradores da ocupação nazista da Ucrânia na década de 1940 é celebrado todos os anos pelas autoridades ucranianas. Estátuas, monumentos, praças, ruas e avenidas foram batizados em sua homenagem. É claro, eles fizeram exatamente o que as atuais autoridades de Kiev vêm tentando fazer há quase 12 anos: perseguiram, prenderam, assassinaram em massa e aterrorizaram os russos étnicos, os judeus e os poloneses, os comunistas e antifascistas que eram seus opositores políticos.

Aderir ao cessar-fogo anunciado por Putin nas comemorações dos 80 anos da Vitória seria praticamente reconhecer que foram os soviéticos, liderados pelos russos e pelas guerrilhas antifascistas, que libertaram a Ucrânia da ocupação nazista. E que essa ocupação era apoiada pelos ídolos que inspiram o atual regime em Kiev. Seria legitimar as celebrações que muitos ucranianos são atualmente proibidos de fazer, recordando o papel do Exército Vermelho. Celebrar o 9 de Maio junto com o povo russo poderia colocar em xeque o governo de Zelensky, já extremamente impopular e desmoralizado.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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