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Tudo o que se passou com o DeepSeek não passa de um dejá-vu de muitas outras situações que têm ocorrido ao longo do tempo, mas relativamente às quais Washington tem logrado manter escondidas do povo americano. A diferença é que, no caso do DeepSeek, o golpe é tão grande que não pôde ser escondido. Foi desmascarada a bolha tecnológica ligada à Inteligência Artificial. Tão sobredimensionada, sobrevalorizada e insuflada, como é habitual nos EUA.
Desde o ataque de Trump 1.0 à Huawei que estava em causa não permitir à República Popular Da China o desenvolvimento de tecnologias de ponta, ao nível, ou acima do nível, da tecnologia que os EUA possuem. O ataque em si constituiu uma violação grave das próprias regras do “mercado livre”, quer as que internamente se aplicam às empresas que operam no seu território, quer as regras que, por sua influência e imposição foram desenvolvidas no quadro da Organização Mundial de Comércio.
As ligações invocadas ao estado Chinês ou ao Partido Comunista da China são absolutamente risíveis, num quadro em que a oligarquia tecnológica do Vale do Silício não apenas financia ou influencia, como passou a apoderar-se do próprio aparelho de estado norte americano, actuando no interesse da elite aí estalada e distribuindo os insuflados e exorbitantes ganhos, pela mais corrupta e oportunista elite política de todo o mundo. Já muito escrevi sobre a forma como os representantes do congresso usam a informação política privilegiada para obter ganhos financeiros na bolsa e no mercado de capitais em geral. Foi Obama – esse grande pacifista e democrata – quem inaugurou tal possibilidade, através da lei que permite a compra de títulos de crédito de empresas beneficiárias dos fundos do congresso pelos seus representantes, iniciando esta era de plutocracia tecnológica e bolsista.
Se existe estado intrincado e com direcção política coordenada com os interesses privados, que o usam para acumular montanhas de dinheiro, que entra através de fundos públicos desmedidos, pagos com os impostos dos trabalhadores norte americanos, esse estado é o que está sedeado na casa branca em Washington. A sua interferência política e financeira na defesa do sionismo Israelita, da Big Pharma, das tecnológicas e do complexo militar-industrial, é indesmentível e tem uma diferença substancial para a ligação que existe entre o estado Chinês e o Partido Comunista Chinês: é a legitimidade. Está na lei e constituição chinesas e essa ligação é feita em defesa do que definem como a soberania e o interesse público, repercutidos no desenvolvimento atónito das condições de vida do povo Chinês. Na China perseguem-se os corruptos, nos EUA, integram-se no aparelho de estado e pede-se-lhe dinheiro para as campanhas eleitorais.
Ao contrário, a conexão simbiótica entre oligarquia “super-rica” e o aparelho securitário sedeado em Washington, embora assumida, acontece à margem dos princípios democráticos abusivamente invocados. Vende-se uma imagem de transparência, imparcialidade e incorruptibilidade e, dos democratas aos republicanos, com raríssimas excepções todos dizem uma coisa e fazem o seu contrário.
Todos os enormes “apoios” pagos à oligarquia nos EUA são realizados sob uma só justificação: manter, atingir, blindar a posição supostamente mais avançada dos EUA, ou, ao invés, conter, cercear, impedir, outros de alcançarem tal posição em matéria de domínio tecnológico. Fazem-no tentando monopolizar essa oferta tecnológica e, usando os meios de propaganda ao seu alcance (academia, média mainstream e entretenimento), criando a absoluta necessidade da sua adopção, como se o nosso futuro colectivo disso dependesse. Enquanto tal sucede, vendem biliões e biliões de dólares em futuros, derivados, títulos disto e daquilo e, mais importante que tudo, os contribuintes norte-americanos subsidiam biliões de dólares aos “hiperimperialistas”.
Na prática, o sobre endividado trabalhador médio norte americano, cuja carteira não sobrevive a uma gripe, vê fugir o dinheiro que deveria ser gasto a reparar infra-estruturas, construir habitação pública, ferrovia e um sistema de saúde universal e gratuito, ser utilizado para o jogo de casino de uma elite junkie, que necessita de doses cada vez maiores da sua droga predilecta: adrenalina originada com a expectativa de acumulação e concentração de capital.
Foi assim com as alterações climáticas e com a emergência ambiental. Julgando-se no domínio das tecnologias verdes e considerando um dado adquirido que a República Popular da China nunca seria capaz de as produzir em igual qualidade, todos assistimos a uma aceleração do processo de financiamento destas empresas. Foi um período em que o contribuinte europeu médio – e americano – viu o seu dinheiro ser aplicado em investimentos em renováveis, sob o pressuposto da “segurança, sustentabilidade e transição energéticas”. O fim da dependência do petróleo era o objectivo. A oligarquia já se estava a ver a impingir a sua tecnologia caríssima aos países pobres, em nome da salvação do planeta – não podendo usar já a “salvação das almas”. Não apenas os amordaçavam à divida e à dependência tecnológica, como assim continham o seu desenvolvimento, perpetrando o estado neocolonial. Os Europeus e americanos, ficaram com electricidade mais cara e os oligarcas, com ainda mais lucros.
Mas eis que a RPC estragou tudo, como já havia sucedido com a Huawei. Actuando como se fossem os mais convencidos de todos no que respeita à emergência climática, a China como que disse ao mundo: “se o que está em causa é salvar o planeta, então estas tecnologias têm de ser produzidas de forma a serem baratas, com qualidade e em quantidade necessária”. O resultado foi espantoso e o mundo em desenvolvimento pôde passar a criar parques eólicos e quintas fotovoltaicas. Enquanto isso, a China tornou-se no maior investidor em renováveis. Quase ao mesmo tempo, como que esmorecidos com a fuga de um negócio multimilionário, no ocidente, assistimos a um processo de estagnação, nuns casos, desenvolvimento lento, noutros, e regressão, no caso dos EUA. A promessa de adrenalina argentária sem fim, deu origem a uma depressão que acabou com a violação das próprias regras criadas: sanções, tarifas e acusações de cópia ilegal e “sobrecapacidade” industrial. A culpa de ser grande!
Claro que, quem segue estas coisas, reparou que o ASPI – Australian Strategic Policy Institute (https://ad-aspi.s3.ap-southeast-2.amazonaws.com/2024-08/ASPIs%20two-decade%20Critical%20Technology%20Tracker_1.pdf?VersionId=1p.Rx9MIuZyK5A5w1SDKIpE2EGNB_H8r) diz que, das 64 tecnologias críticas, a China domina em 57 (!!!!) e, na maioria, de forma absolutamente retumbante. Nas que não domina, para lá caminha. Mas o mais interessante é o que se passou nos últimos 22 anos: destas 57 tecnologias que a China domina, em 17, os EUA foram ultrapassados nos últimos 10 anos. Áreas em que estavam à frente, ficaram para trás. Para nunca mais recuperar.
Ou seja, quem estiver bem informado não pode, de modo algum, considerar-se apanhado de forma desprevenida com o que aconteceu com o DeepSeek. Muito pelo contrário! Um fenómeno como o DeepSeek estaria para chegar a qualquer momento e, no próximo relatório ASPI, certamente que os EUA deixarão de liderar também nesta área.
Vamos então à razão pela qual os EUA carregam toda a tónica da Inteligência Artificial nos LLM (Large Language Models). Não é um acaso e está intimamente relacionado com o que referi anteriormente: em cada área tecnológica que os EUA se convencem de que dominam, a tendência é para convencer o mundo da sua absoluta indispensabilidade, exclusividade da sua oferta e do enorme valor monetário que implica a satisfação da necessidade criada. Este hype não apenas atrai investimento de risco como atrai cooperação académica e o acesso a capacidade de desenvolvimento tecnológico e registo de propriedade intelectual e industrial, quase gratuitas. Tudo à conta do estado (dos estados, neste caso) e com ganhos tão inflacionados como fabulosos.
No caso dos LLM, como acontece com o DeepSeek, que concorre directamente com a Open AI e o seu Chat GPT, esta é a única – veja-se bem “a única” – área de Inteligência Artificial que os EUA ainda comandam, em parte. No caso concreto, o ASPI considerou a Google como tendo o modelo mais avançado de “Natural Language Processing”. Mas em tudo o resto, do Machine Learning, ao Advance Data Processing, Artificial intelligence algorithms and hardware accelerators, Adversarial AI ou Advanced integrated circuit design and fabrication, a China já domina em relação aos EUA. Ou seja, os EUA comandam numa das componentes de Inteligência Artificial usada para construir os grandes modelos de linguagem (LLM). Mas, noutras componentes, é a China quem comanda.
Então a história torna-se muito fácil de contar. Os EUA tinham de garantir que, pelo menos nesta, a República Popular da China não os alcançasse, usando toda a guerra comercial dos semicondutores e respectivas impressoras, numa tentativa de cercear o desenvolvimento tecnológico do gigante asiático. Se diminuísse a capacidade de processamento de dados, talvez atrasasse a capacidade de tratamento de dados em massa ou o treino dos algoritmos, por exemplo.
Todo este ataque baseava-se no pressuposto de que, sem os fabulosos e mais avançados semicondutores da Nvidia, não seria possível desenvolver a necessária capacidade de processamento, para que os EUA fossem ultrapassados. O DeepSeek desmentiu isto tudo, como se vê. Com uma fracção do investimento, da capacidade de processamento, semicondutores menos evoluídos e um valor ínfimo pelo serviço a desenvolvedores, tal como havia sucedido na 5G com a Huawei, nos veículos eléctricos, nos painéis fotovoltaicos, com as vacinas cubanas ou com as armas russas, o DeepSeek promete suspender as descargas de adrenalina resultantes dos exorbitantes investimentos públicos prometidos e previstos.
Percebe-se a desilusão. Nos EUA, enquanto o povo é atirado para a rua quando contrai uma doença de gravidade média, em que os 50% mais pobres vivem de empregos múltiplos e com uma qualidade de vida ao nível do terceiro mundo, a oligarquia hi-tech compete para ver quem é o super-rico, o mais super-rico de todos! Elon Musk questionar-se-á, perante o espelho, quando acorda “espelho meu, quem é mais rico que eu”?
É por isso que não demorou o recurso à aldrabice habitual. Se a república Popular da China ultrapassou os EUA em mais uma tecnologia crítica, então é porque copiou. Entre acusações por parte da Microsoft e Open AI de que o DeepSeek é cópia de alguma tecnologia norte-americana, é sintomático que, logo a seguir à notícia de que estava em causa todo o edifício norte-americano de LLM, os servidores da aplicação chinesa tenham sido atacados com tudo o que havia para atacar em termos informáticos.
Tal sucedeu com a Phizer, em tempos de Covid-19, em que as redes sociais foram usadas para suprimir os danos provocados pela vacina e a rede imperial dos EUA foi usada para impedir, ou pelo menos conter, a entrada de vacinas originárias de outros países. É já caricata a ideia de que a um sucesso tecnológico Chinês corresponde sempre uma cópia de uma tecnologia norte-americana. Veja-se o ridículo de Trump ao dizer que a Rússia havia roubado a tecnologia hipersónica aos EUA. Um dia ainda virão dizer que a roda foi lá inventada e que o fogo surgiu numa qualquer fogueira do antigo oeste.
Esta postura demonstra, no entanto, a existência de um elefante na sala e que ainda ninguém na média mainstream teve coragem para enfrentar: é que o domínio dos EUA, perante os seus vassalos, sustenta-se numa ideia de superioridade económica (a maior economia), militar (o melhor exército), política e cultural (os mais conhecedores e evoluídos). Sem essa suposta superioridade, tudo ruiria.
Daí que o comportamento norte-americano nesta matéria seja revelador do seu estado de espírito: sabem que a ultrapassagem chinesa é um facto; sabem que o avanço Chinês só aumentará no futuro. Toda a estratégia de “contenção” não é realmente de “contenção”. Os EUA, tal como na economia calculada pelo PIB e em dólares, tentam criar a ideia de que se encontram numa posição e primazia, que lhes permite conter quem está abaixo. Mas o que a elite oligárquica norte-americana denuncia com estes comportamentos é outra coisa: o desespero de quem vê fugir o adversário e tenta, a qualquer custo, não o deixar fugir mais ainda. Não se trata de um vencedor que contém o segundo lugar, mas o contrário.
E isto leva-me à conclusão final, ainda mais difícil de assumir pelos EUA, pelo seu exército de comentadores e pela sua corte de junkies super-ricos. O que a República Popular da China demonstra – como a Rússia já o havia demonstrado na Ucrânia com a sua superioridade militar – é que o modelo económico ocidental e, em especial, o modelo neoliberal de exploração, baseado na acumulação financeira e na instrumentalização da produção, apenas enquanto pretexto para ganhos financeiros, está historicamente ultrapassado! Enquanto os outros, como a China, convencidos da utilidade de uma tecnologia, tentam massificar a sua utilização, tornando-a acessível, no ocidente funciona tudo ao contrário. Se um veículo eléctrico sai mais barato ao proprietário, por Km andado, então tem de ser muito caro; se a IA é útil para as empresas, tem de ser muito cara; e por aí fora. Nunca numa lógica de democratização tecnológica, mas da sua elitização.
Mas, o mais grave disto tudo, é que não é apenas o modo de produção ocidental, neoliberal, imperialista e financeirizado que foi historicamente ultrapassado. Foi a própria teoria económica contemporânea, que apresenta a economia, não como uma ciência social, mas como uma ciência exacta, contornando assim as grandes questões da própria economia: que recursos produzo, como os distribuo, por quem e em que quantidades.
Ao invés, a teoria económica neoliberal parte do princípio que o mercado se auto-regula e, portanto, as grandes questões da afectação dos recursos não necessitam de resposta. Tudo se resume à gestão contabilística do dinheiro em circulação, o qual, nada matematicamente e muito politicamente, vai sempre somar-se e subtrair-se nas mesmas contas, uns poucos ganhando cada vez mais e quase todos os outros perdendo tudo.
O facto é que a política de “contenção”, corporizada em doses massivas de sanções e tarifas, obriga os adversários a desenvolver economias reais, no sentido marxista do termo, em que o que se pretende é a satisfação de necessidades materiais dos respectivos povos, processo medido pelo aumento continuado da qualidade e quantidade com que essas necessidades são satisfeitas. E esta é a principal característica que os “economistas” ocidentais, ou de pensamento ocidentalizado, não percebem sobre a economia chinesa. Numa economia organizada sob princípios produtivistas e marxistas, pouco interessa quanto dinheiro circula e se acumula, se o mesmo não servir para desenvolver o país. O sucesso económico mede-se pelo aumento dos salários, construção e habitações, acesso á saúde, educação e desenvolvimento tecnológico. É por isso que vêem a China colapsar há 40 anos, mas não sabem explicar porque tal não sucede. É como se estivessem fechados numa esfera, à procura de um ângulo diferente.
Mas mesmo quando os países agredidos não se regem, ideologicamente, por tais princípios, o próprio modelo de agressão que os EUA e o ocidente aplicam sobre dezenas dessas nações, obriga-as ao desenvolvimento de modelos económicos mais racionais, em que a racionalidade não é medida pela quantidade de dinheiro acumulado, mas pelo número de necessidades satisfeitas em modo de emergência. Para tal, têm de desenvolver instrumentos económicos mais resilientes, duradouros e que as respectivas populações vejam como capazes de gerar optimismo, sem o qual, tudo se desmoronaria.
Ao invés, o modelo neoliberal globalista, ocidental, as decisões produtivas são tomadas, não em função das necessidades concretas e da sua satisfação – se o fossem não se haviam deslocalizado para outras paragens -, mas em função da adrenalina causada pela promessa de lucros fabulosos para uma minúscula corte. E é isto que observo quando analiso a disparidade de recursos usados entre o DeepSeek e os modelos norte-americanos. Num caso, o modelo criado é resultado de uma lógica de cooperação, muito baseada no gosto pela ciência, em que um detentor de um Hedge Fund não se importa de partilhar um modelo que possui, para, num risco por si assumido, convidar centenas de outros técnicos a com ele partilharem o desenvolvimento de algo inovador. O resultado, como é próprio de quem não anda cá para enriquecer, é partilhado em open-source ou a preço muito reduzido. O objectivo é satisfazer uma necessidade, seja de conhecimento, seja material. Por isso, deve ser acessível e para tal o estado Chinês contribui com o dinheiro dos contribuintes.
Não se trata de uma questão de maldade ou bondade, mas de sistema e dos seus objectivos. Assim, o sistema ocidental, sedeado nos EUA, está nos antípodas do modo de actuação que originou o DeepSeek. A cooperação é desincentivada e a competição é exaltada e tudo é desenvolvido para enriquecer, para produzir “unicórnios”. O estado subsidia para gerar retorno financeiro para a oligarquia.
Nos EUA, tudo o que resta em termos produtivos é, apenas, o que promete dinheiro fácil e em enormes quantidades. Tudo tem de ser caro, muito caro, para render muito dinheiro. Das armas aos medicamentos, das vacinas aos semicondutores. O povo norte-americano – e europeu – está prisioneiro de uma lógica de acumulação e concentração que ao invés de contribuir para a satisfação das suas necessidades, agrava-as. A economia com mais capital acumulado, é a economia que produz os maiores custos de um bem essencial: a saúde. que se trata de uma política “populista”.
Portanto, estando historicamente superado pela China, Vietname e outros que, mesmo que não o assumindo directamente, mas aplicando os ensinamentos económicos mais avançados e racionais e justos, o modelo neoliberal anglo-saxão ainda subsiste e engana no ocidente. Obrigando-nos a viver um fascismo neoliberal, à Milei, para que seja visível o que sabemos ser verdade desde já.
A história já provou que os modos de produção são superados quando surge um que satisfaça, de forma mais efectiva, as necessidades materiais, do que o anterior. Pois a economia é para isso que serve, para gerir recursos escassos com vista à satisfação de necessidades materiais. Quando um modelo ou modo de produção falha nesse desiderato, como acontece com o modelo globalista neoliberal ocidental, considera-se historicamente superado. Não o foi com a URSS; experiência inicial e com falhas, como é próprio, mas acontecerá com a China, que não sendo tão avançada na forma económica, é, contudo, mais efectiva no desafio histórico que impõe.
No caso ocidental, e dos EUA em particular, o modelo ainda há-de subsistir bastante tempo, numa agonia constante até ao colapso final. Até lá, a oligarquia tudo fará para o manter, da repressão interna, à agressão externa. E este é outro sintoma da falência. Quando um modelo está em falência, a resposta da oligarquia é sempre a mesma, repressão e agressão, sendo esta fase final extremamente dura para os povos. Para não perderem os seus privilégios, os super-ricos jogam tudo na repressão.
Diz a história que o povo sofre, mas o fascismo é sempre derrotado, seja qual seja o nome e o modo que assume. Cor de rosa, arco íris ou negro. De fatinho azul e camisa branca ou bota cardada. Só quando é possível vê-lo é possível encontrar o caminho para o derrotar.
E foi assim que o Deepseek anunciou, com estrondo, a insustentabilidade humana e a obsolescência histórica do neoliberalismo que caracteriza o modelo económico ocidental. Falta agora concretizar na prática o seu significado último: o modelo capitalista neoliberal acabou de ser historicamente datado! Só falta morrer!