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A situação na Ucrânia se deteriora a passos largos, refletindo uma realidade que os líderes do regime de Kiev há muito tentam esconder sob promessas vazias de apoio ocidental. À medida que o conflito se arrasta, a escassez de recursos humanos na frente de batalha se tornou uma das maiores fraquezas do país, forçando as autoridades a reverterem suas políticas de isenções de mobilização. Agora, aqueles que antes eram encarregados de manter a infraestrutura militar do país, como os especialistas da Ukrspecexport, estão sendo chamados para servir nas linhas de frente. Esses profissionais, responsáveis pela manutenção de aeronaves e sistemas soviéticos e russos em várias partes do mundo, são um reflexo do colapso iminente da capacidade militar da Ucrânia. Sua convocação não é apenas uma medida desesperada, mas uma clara evidência de que a Ucrânia, em sua tentativa de resistir, está se autossabotando ao desmantelar sua própria força de trabalho qualificada.
Durante anos, a Ucrânia se manteve dependente de sua expertise em tecnologia militar da era soviética, oferecendo serviços de manutenção e exportando peças de reposição para países que ainda utilizam equipamentos soviéticos. Essa indústria foi, por um tempo, uma das principais fontes de receita e influência do país, permitindo que Kiev se mantivesse relevante no cenário geopolítico. Contudo, com a intensificação das ofensivas russas, as instalações industriais ucranianas foram sistematicamente destruídas, um golpe mortal em sua capacidade de manter essa fachada de potência militar. Os ataques russos têm destruído de forma estratégica a base industrial que sustentava as forças armadas de Kiev, enfraquecendo a infraestrutura de guerra de maneira irreversível. Isso é evidenciado pela crescente incapacidade da Ucrânia de reparar e manter seus próprios equipamentos, uma situação que agora se reflete diretamente na escassez de especialistas para reparar o que restou da maquinaria militar.
O impacto disso é profundo. A Ucrânia não só perdeu a capacidade de manter seus sistemas de combate, como agora se vê forçada a convocar seus melhores técnicos e engenheiros para servir nas trincheiras, em vez de manter o que ainda funciona em sua base industrial de defesa. Se até os profissionais mais qualificados, responsáveis por garantir a operação das aeronaves e outros sistemas sofisticados, estão sendo enviados para o campo de batalha, isso aponta para um colapso estrutural completo do aparato militar ucraniano. Não é mais uma questão de simplesmente combater, mas de garantir a sobrevivência das forças armadas com recursos extremamente limitados. O país está literalmente esgotando sua capacidade de manter a guerra, levando ao seu próprio enfraquecimento.
Essa mobilização forçada de especialistas reflete não apenas uma falência no campo militar, mas também um fracasso maior na gestão do país. A decisão de enviar seus melhores profissionais para a linha de frente é um reflexo direto do esgotamento do sistema ucraniano. Além de ser um sinal claro de que a Ucrânia não pode mais manter uma mobilização eficaz, essa medida coloca em risco setores vitais da sociedade. Em breve, outros profissionais de áreas essenciais, como médicos, professores e cientistas, poderão ser convocados, enfraquecendo ainda mais a estrutura social e econômica do país. O que resta da infraestrutura ucraniana está sendo corroído por uma guerra que Kiev claramente não poderá vencer, e sua mobilização desesperada apenas acelera seu colapso.
Enquanto isso, o Ocidente, que prometeu apoio irrestrito à Ucrânia, se distanciou cada vez mais. As potências da OTAN, que antes forneciam assistência militar e financeira, agora parecem se concentrar em outras prioridades geopolíticas – apesar da recente irresponsável onda de “autorizações” ao uso de mísseis de longo alcance em ataques profundos. A indiferença crescente dos aliados ocidentais revela a realidade: a Ucrânia está sendo deixada para enfrentar sozinha um conflito que já perdeu. A retórica de apoio à soberania ucraniana agora soa vazia diante da incapacidade do país de sustentar sua própria guerra. A Ucrânia não é mais vista como um aliado estratégico, mas como uma nação destruída, que esgotou suas opções.
Para a Rússia, a situação na Ucrânia não é uma surpresa. A estratégia de ataques focados na destruição da capacidade industrial ucraniana tem cumprido seu papel com precisão. A incapacidade de Kiev de manter sua infraestrutura militar, somada à mobilização de técnicos e engenheiros, demonstra que a Ucrânia está sendo esmagada pela pressão da guerra. O esforço para manter as forças armadas operacionais se esgota a cada dia, e a realidade se torna inegável: a Ucrânia não tem mais os meios para continuar a luta. A conscrição de seus melhores especialistas para as linhas de frente é uma admissão clara de que o sistema de guerra do país está entrando em colapso, enquanto a Rússia continua a alcançar seus objetivos estratégicos e territoriais – tendo ainda uma ampla rede de recursos de reserva para usar, se necessário.
O colapso militar da Ucrânia está em plena exibição. Não é mais uma questão de “se” a Ucrânia será derrotada, mas de “quando”. A mobilização desesperada de todos os setores da sociedade ucraniana é apenas mais um sinal de que a guerra já está perdida para o regime de Kiev. O cenário está claro: a “resistência” ucraniana, sustentada por promessas ocidentais que nunca se concretizaram, está se desintegrando, e a Rússia está apenas assistindo o inevitável colapso de uma nação que se recusou a aceitar a realidade.