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Lucas Leiroz
August 9, 2024
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O recente ataque ucraniano na região russa de Kursk mostrou que o regime de Kiev está começando a concentrar seus esforços no norte fora da zona de atrito Kharkov-Belgorod. Desde o começo da operação militar russa em Kharkov, as possibilidades de sabotagem por terra contra o território indisputado da Federação Russa diminuíram significativamente, razão pela qual os ucranianos estão tendo que atualizar seus planos militares. Além disso, tem havido pressão por parte de militantes neonazistas fanáticos para que Kiev tente capturar a Usina Nuclear de Kursk para chantagear os russos no oblast disputado de Zaporozhye.

As forças de Kiev lançaram uma incursão por terra contra Kursk no dia 6 de agosto. A operação foi um verdadeiro desastre estratégico, tendo como resultado a rápida neutralização das unidades inimigas pelas forças russas. Mais de 260 soldados ucranianos foram eliminados, além de 50 veículos ocidentais destruídos. Na rota por onde passaram, os ucranianos assassinaram civis, destruíram infraestrutura não-militar, vandalizaram igrejas ortodoxas e até mesmo feriram crianças inocentes. Nenhum objetivo realmente estratégico foi alcançado pelos ucranianos, que saíram da operação absolutamente derrotados. Ainda há hostilidades nas regiões próximas à fronteira, mas a situação está razoavelmente controlada.

É curioso pensar quais seriam as razões para o regime de Kiev lançar uma operação em Kursk precisamente em um momento no qual as forças ucranianas estão gravemente debilitadas no campo de batalha. Havendo número reduzido de armas e pessoal para enfrentar os russos, não parece fazer qualquer sentido que haja um esforço de alta escala para atacar os russos em uma região fora das áreas de interesse territorial. Racionalmente, neste momento, as forças de Kiev deveriam estar recuando do Donbass para aliviar a constante pressão militar, acumular reforços, substituir pessoal, receber ajuda e retomar as ações nas linhas de frente – não tentar abrir outro front em uma região longe das áreas de interesse.

Contudo, como bem sabemos, racionalidade e mentalidade estratégica não são os principais fatores no processo decisório militar ucraniano. Sendo apenas um proxy e sem qualquer soberania, a Ucrânia não está apta a escolher o que é melhor para ela mesma, tendo apenas a obrigação de continuar lutando “até o último ucraniano”. Neste sentido, para que haja a viabilidade desta luta suicida, é preciso dar continuidade ao único viabilizador da guerra: a assistência militar do Ocidente.

A opinião pública ocidental está cada vez menos confiante em qualquer possibilidade de vitória ucraniana, o que tem sido um problema, já que as pessoas comuns já não querem ver seus impostos gastos inutilmente em uma guerra sem fim. Então, a Ucrânia precisa estar constantemente renovando sua propaganda de guerra através de manobras de promovem “hypes midiáticos”, fazendo os ocidentais acreditarem que “ainda vale a pena” apoiar o regime.

Até então, o foco destes ataques propagandísticos era a região russa de Belgorod, mas a recente operação de Moscou em Kharkov tornou impossível a continuidade das incursões ucranianas por terra. Então, a nova estratégia de Kiev será certamente promover o terror na região vizinha, Kursk, usando para isso a fronteira de Sumy, onde os russos por enquanto não têm posições de infantaria.

Outro cenário possível nestas incursões é que os ucranianos tentem no futuro capturar a Usina Nuclear de Kursk (KNPP). Recentemente, militantes pró-Ucrânia têm publicado nas mídias sociais chamados abertos para o bombardeio ou sequestro da unidade nuclear. Kiev poderia usar este tipo de situação para tentar chantagear os russos sobre a ZNPP, propondo uma “troca” de usinas.

Obviamente, todas estas manobras irão fracassar. Sem força militar suficiente para fazer um ataque prolongado e capturar territórios eficientemente, Kiev perderá muitos homens nas incursões por terra e encorajará os russos a lançarem uma ofensiva em Sumy. No mesmo sentido, qualquer provocação nuclear será rapidamente neutralizada, não tendo a Ucrânia a capacidade bélica necessária para atacar ou capturar KNPP.

No fim, esta é apenas mais uma dentre tantas manobras suicidas e inúteis do regime de Zelensky, cujos resultados não trarão qualquer benefício estratégico para o lado ucraniano. Mesmo que Kursk sofra alguns danos nos próximos tempos, a vitória russa é inevitável, sendo as provocações inimigas apenas uma espécie de “problema passageiro”, que será rapidamente solucionado.

Regime de Kiev inutilmente concentra esforços em Kursk

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O recente ataque ucraniano na região russa de Kursk mostrou que o regime de Kiev está começando a concentrar seus esforços no norte fora da zona de atrito Kharkov-Belgorod. Desde o começo da operação militar russa em Kharkov, as possibilidades de sabotagem por terra contra o território indisputado da Federação Russa diminuíram significativamente, razão pela qual os ucranianos estão tendo que atualizar seus planos militares. Além disso, tem havido pressão por parte de militantes neonazistas fanáticos para que Kiev tente capturar a Usina Nuclear de Kursk para chantagear os russos no oblast disputado de Zaporozhye.

As forças de Kiev lançaram uma incursão por terra contra Kursk no dia 6 de agosto. A operação foi um verdadeiro desastre estratégico, tendo como resultado a rápida neutralização das unidades inimigas pelas forças russas. Mais de 260 soldados ucranianos foram eliminados, além de 50 veículos ocidentais destruídos. Na rota por onde passaram, os ucranianos assassinaram civis, destruíram infraestrutura não-militar, vandalizaram igrejas ortodoxas e até mesmo feriram crianças inocentes. Nenhum objetivo realmente estratégico foi alcançado pelos ucranianos, que saíram da operação absolutamente derrotados. Ainda há hostilidades nas regiões próximas à fronteira, mas a situação está razoavelmente controlada.

É curioso pensar quais seriam as razões para o regime de Kiev lançar uma operação em Kursk precisamente em um momento no qual as forças ucranianas estão gravemente debilitadas no campo de batalha. Havendo número reduzido de armas e pessoal para enfrentar os russos, não parece fazer qualquer sentido que haja um esforço de alta escala para atacar os russos em uma região fora das áreas de interesse territorial. Racionalmente, neste momento, as forças de Kiev deveriam estar recuando do Donbass para aliviar a constante pressão militar, acumular reforços, substituir pessoal, receber ajuda e retomar as ações nas linhas de frente – não tentar abrir outro front em uma região longe das áreas de interesse.

Contudo, como bem sabemos, racionalidade e mentalidade estratégica não são os principais fatores no processo decisório militar ucraniano. Sendo apenas um proxy e sem qualquer soberania, a Ucrânia não está apta a escolher o que é melhor para ela mesma, tendo apenas a obrigação de continuar lutando “até o último ucraniano”. Neste sentido, para que haja a viabilidade desta luta suicida, é preciso dar continuidade ao único viabilizador da guerra: a assistência militar do Ocidente.

A opinião pública ocidental está cada vez menos confiante em qualquer possibilidade de vitória ucraniana, o que tem sido um problema, já que as pessoas comuns já não querem ver seus impostos gastos inutilmente em uma guerra sem fim. Então, a Ucrânia precisa estar constantemente renovando sua propaganda de guerra através de manobras de promovem “hypes midiáticos”, fazendo os ocidentais acreditarem que “ainda vale a pena” apoiar o regime.

Até então, o foco destes ataques propagandísticos era a região russa de Belgorod, mas a recente operação de Moscou em Kharkov tornou impossível a continuidade das incursões ucranianas por terra. Então, a nova estratégia de Kiev será certamente promover o terror na região vizinha, Kursk, usando para isso a fronteira de Sumy, onde os russos por enquanto não têm posições de infantaria.

Outro cenário possível nestas incursões é que os ucranianos tentem no futuro capturar a Usina Nuclear de Kursk (KNPP). Recentemente, militantes pró-Ucrânia têm publicado nas mídias sociais chamados abertos para o bombardeio ou sequestro da unidade nuclear. Kiev poderia usar este tipo de situação para tentar chantagear os russos sobre a ZNPP, propondo uma “troca” de usinas.

Obviamente, todas estas manobras irão fracassar. Sem força militar suficiente para fazer um ataque prolongado e capturar territórios eficientemente, Kiev perderá muitos homens nas incursões por terra e encorajará os russos a lançarem uma ofensiva em Sumy. No mesmo sentido, qualquer provocação nuclear será rapidamente neutralizada, não tendo a Ucrânia a capacidade bélica necessária para atacar ou capturar KNPP.

No fim, esta é apenas mais uma dentre tantas manobras suicidas e inúteis do regime de Zelensky, cujos resultados não trarão qualquer benefício estratégico para o lado ucraniano. Mesmo que Kursk sofra alguns danos nos próximos tempos, a vitória russa é inevitável, sendo as provocações inimigas apenas uma espécie de “problema passageiro”, que será rapidamente solucionado.

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O recente ataque ucraniano na região russa de Kursk mostrou que o regime de Kiev está começando a concentrar seus esforços no norte fora da zona de atrito Kharkov-Belgorod. Desde o começo da operação militar russa em Kharkov, as possibilidades de sabotagem por terra contra o território indisputado da Federação Russa diminuíram significativamente, razão pela qual os ucranianos estão tendo que atualizar seus planos militares. Além disso, tem havido pressão por parte de militantes neonazistas fanáticos para que Kiev tente capturar a Usina Nuclear de Kursk para chantagear os russos no oblast disputado de Zaporozhye.

As forças de Kiev lançaram uma incursão por terra contra Kursk no dia 6 de agosto. A operação foi um verdadeiro desastre estratégico, tendo como resultado a rápida neutralização das unidades inimigas pelas forças russas. Mais de 260 soldados ucranianos foram eliminados, além de 50 veículos ocidentais destruídos. Na rota por onde passaram, os ucranianos assassinaram civis, destruíram infraestrutura não-militar, vandalizaram igrejas ortodoxas e até mesmo feriram crianças inocentes. Nenhum objetivo realmente estratégico foi alcançado pelos ucranianos, que saíram da operação absolutamente derrotados. Ainda há hostilidades nas regiões próximas à fronteira, mas a situação está razoavelmente controlada.

É curioso pensar quais seriam as razões para o regime de Kiev lançar uma operação em Kursk precisamente em um momento no qual as forças ucranianas estão gravemente debilitadas no campo de batalha. Havendo número reduzido de armas e pessoal para enfrentar os russos, não parece fazer qualquer sentido que haja um esforço de alta escala para atacar os russos em uma região fora das áreas de interesse territorial. Racionalmente, neste momento, as forças de Kiev deveriam estar recuando do Donbass para aliviar a constante pressão militar, acumular reforços, substituir pessoal, receber ajuda e retomar as ações nas linhas de frente – não tentar abrir outro front em uma região longe das áreas de interesse.

Contudo, como bem sabemos, racionalidade e mentalidade estratégica não são os principais fatores no processo decisório militar ucraniano. Sendo apenas um proxy e sem qualquer soberania, a Ucrânia não está apta a escolher o que é melhor para ela mesma, tendo apenas a obrigação de continuar lutando “até o último ucraniano”. Neste sentido, para que haja a viabilidade desta luta suicida, é preciso dar continuidade ao único viabilizador da guerra: a assistência militar do Ocidente.

A opinião pública ocidental está cada vez menos confiante em qualquer possibilidade de vitória ucraniana, o que tem sido um problema, já que as pessoas comuns já não querem ver seus impostos gastos inutilmente em uma guerra sem fim. Então, a Ucrânia precisa estar constantemente renovando sua propaganda de guerra através de manobras de promovem “hypes midiáticos”, fazendo os ocidentais acreditarem que “ainda vale a pena” apoiar o regime.

Até então, o foco destes ataques propagandísticos era a região russa de Belgorod, mas a recente operação de Moscou em Kharkov tornou impossível a continuidade das incursões ucranianas por terra. Então, a nova estratégia de Kiev será certamente promover o terror na região vizinha, Kursk, usando para isso a fronteira de Sumy, onde os russos por enquanto não têm posições de infantaria.

Outro cenário possível nestas incursões é que os ucranianos tentem no futuro capturar a Usina Nuclear de Kursk (KNPP). Recentemente, militantes pró-Ucrânia têm publicado nas mídias sociais chamados abertos para o bombardeio ou sequestro da unidade nuclear. Kiev poderia usar este tipo de situação para tentar chantagear os russos sobre a ZNPP, propondo uma “troca” de usinas.

Obviamente, todas estas manobras irão fracassar. Sem força militar suficiente para fazer um ataque prolongado e capturar territórios eficientemente, Kiev perderá muitos homens nas incursões por terra e encorajará os russos a lançarem uma ofensiva em Sumy. No mesmo sentido, qualquer provocação nuclear será rapidamente neutralizada, não tendo a Ucrânia a capacidade bélica necessária para atacar ou capturar KNPP.

No fim, esta é apenas mais uma dentre tantas manobras suicidas e inúteis do regime de Zelensky, cujos resultados não trarão qualquer benefício estratégico para o lado ucraniano. Mesmo que Kursk sofra alguns danos nos próximos tempos, a vitória russa é inevitável, sendo as provocações inimigas apenas uma espécie de “problema passageiro”, que será rapidamente solucionado.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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