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Eduardo Vasco
November 15, 2025
© Photo: Public domain

Este artigo recorda o processo de separação da Croácia e da Eslovênia da Federação Iugoslava como preparação para a independência da Bósnia, um golpe duríssimo contra a união dos eslavos do sul.

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Exatos 30 anos depois do Acordo de Dayton que encerrou a Guerra da Bósnia, este artigo recorda o processo de separação da Croácia e da Eslovênia da Federação Iugoslava como preparação para a independência da Bósnia, um golpe duríssimo contra a união dos eslavos do sul.

No final dos anos 80, diante do apodrecimento dos regimes burocráticos do leste europeu, elementos capitalistas e fascistas souberam se aproveitar da situação para, em conluio com o imperialismo, transformar os Estados Operários implodidos em nações capitalistas sob o total controle dos monopólios.

Na Iugoslávia, esses elementos, sobretudo das de regiões não sérvias (mais distantes do aparelho do Estado), atuavam clandestinamente para usar a crise econômica como justificativa para implementar reformas que iriam no sentido de acabar com o controle do Estado pela burocracia originada da classe operária e entregá-lo à burguesia. Contaram com a aliança – mais ainda, com a liderança –, para esse empreendimento, dos próprios burocratas do Estado iugoslavo, a começar pelos croatas e eslovenos. Eles encabeçaram as reformas que iniciaram o processo de separação do resto do país. Finalmente, em 25 de junho de 1991, seis meses depois de um referendo, a Eslovênia declarou sua independência. No mesmo dia, a Croácia fez o mesmo.

O governo central da Iugoslávia não reconheceu as separações. Slobodan Milosevic, ex-presidente da Liga dos Comunistas da Sérvia e eleito presidente da república da Sérvia em 1989, representava um setor da burocracia que pretendia manter o controle do Estado centralizado na Sérvia. Como essa estratégia ia ao encontro dos interesses das massas, que viam o resultado das privatizações em outros países da Europa Oriental e não queriam o desmantelamento das conquistas da revolução da década de 1940, Milosevic obteve grande popularidade dentro da Sérvia e sobretudo entre os sérvios das outras repúblicas autônomas.

A guerra na Eslovênia começou quando o Exército Popular Iugoslavo moveu seus homens para recuperar suas posições retiradas pelos eslovenos nas fronteiras com a Itália e a Áustria. No entanto, dez dias depois, um cessar-fogo acordado junto à Comunidade Europeia pôs fim às hostilidades. Nos dez dias de guerra, 45 eslovenos morreram, com número maior de vítimas do lado do exército iugoslavo.

Para não correr mais riscos de perda do controle político, Milosevic adotou a posição de focar na união dos sérvios de toda a Iugoslávia. Assim, a Sérvia acabou recusando a tentativa da Federação de intervir na Eslovênia para estabelecer a ordem, pois a nova república autoproclamada quase não tinha sérvios vivendo em seu território, apesar de uma manifestação sérvia a favor da união da Iugoslávia ter sido reprimida pela polícia eslovena menos de dois anos antes.

Na Croácia, a situação tornou-se muito mais complicada. Dos 4,7 milhões de habitantes na época, 581 mil (12,2%) eram sérvios. Desde 1990 ocorriam tensões armadas envolvendo a rebelde Croácia e a Iugoslávia. Com o conhecimento público de que a burocracia croata pretendia se separar da federação, não se reconhecendo mais parte da Iugoslávia, os habitantes sérvios da Croácia resolveram não reconhecer o governo croata como seu. Em agosto desse mesmo ano, a Krajina, habitada majoritariamente por sérvios, proclamou-se região autônoma e pretendia se unir aos sérvios das outras regiões da Iugoslávia.

A minoria sérvia da Croácia temia uma imensa repressão pelo novo governo, pois ainda lembrava dos massacres perpetrados pelos ustashe na 2ª Guerra. O temor era justificado ainda mais porque o presidente do país era o notório extremista Franjo Tudjman, quem, em 1989, lançara livro negando o genocídio da milícia fascista contra os sérvios e judeus, e que depois destruiu um monumento às vítimas do fascismo.

O governo croata, para frear o impulso separatista dos sérvios, tentou reprimi-los. No entanto, o exército iugoslavo interveio, pressionado principalmente pela burocracia sérvia de Belgrado. Começava mais uma guerra, que durou seis meses, sendo encerrada por um acordo em janeiro de 1992. Os pontos mais importantes desta guerra foram os cercos de Vukovar e Dubrovnik e a constituição de milícias fascistas, além dos primeiros sinais de uma intervenção mais evidente da chamada “comunidade internacional” pelo desmembramento da Iugoslávia.

Vukovar, com 47% dos habitantes croatas e 32% sérvios, foi alvo de um cerco do exército iugoslavo que durou três meses, com a intenção de proteger os habitantes sérvios. Mas o que se viu, ao término do cerco, em novembro de 1991, foi a “primeira grande ‘limpeza étnica’ realizada pelos sérvios” nas guerras da Iugoslávia: 31 mil croatas deportados, além de centenas de mortos, entre civis e guardas (a Croácia ainda não tinha exército).

Por outro lado, Dubrovnik, que não tinha quase nenhum habitante sérvio, ficou sitiada durante oito meses pelas tropas iugoslavas, até maio de 1992. O saldo final de 88 civis, 94 combatentes croatas e 165 soldados iugoslavos mortos não foi dos mais negativos, mas 15 mil pessoas foram obrigadas a se deslocar para a cidade a partir das regiões próximas, que também foram atacadas, e depois para locais mais distantes e seguros.

As guerras dos anos 1990 nas ex-repúblicas iugoslavas viram também o surgimento de diversas milícias criminosas e fascistas. Como citado acima, a Croácia, assim como as demais repúblicas que se separaram, de início não tinham exército próprio. As forças oficiais que existiam eram as polícias que, com a guerra, tornaram-se guardas nacionais. Os partidos políticos, como a União Democrática Croata (HDZ) de Franjo Tudjman, também tinham as suas milícias. Facções criminosas também formavam sua milícia para cometer atos de banditismo, roubo e contrabando, aproveitando-se do clima de caos generalizado.

No próximo artigo, veremos como o aparato estatal em formação ou em reformulação nas repúblicas iugoslavas atuou em conjunto com milícias fascistas e criminosas nos crimes que depois foram atribuídos pelo imperialismo apenas aos sérvios – e para os quais o financiamento, armamento, treinamento e encobrimento diplomático do próprio imperialismo foi um fator determinante.

A secessão da Croácia e da Eslovênia: prelúdio para a Guerra da Bósnia

Este artigo recorda o processo de separação da Croácia e da Eslovênia da Federação Iugoslava como preparação para a independência da Bósnia, um golpe duríssimo contra a união dos eslavos do sul.

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Exatos 30 anos depois do Acordo de Dayton que encerrou a Guerra da Bósnia, este artigo recorda o processo de separação da Croácia e da Eslovênia da Federação Iugoslava como preparação para a independência da Bósnia, um golpe duríssimo contra a união dos eslavos do sul.

No final dos anos 80, diante do apodrecimento dos regimes burocráticos do leste europeu, elementos capitalistas e fascistas souberam se aproveitar da situação para, em conluio com o imperialismo, transformar os Estados Operários implodidos em nações capitalistas sob o total controle dos monopólios.

Na Iugoslávia, esses elementos, sobretudo das de regiões não sérvias (mais distantes do aparelho do Estado), atuavam clandestinamente para usar a crise econômica como justificativa para implementar reformas que iriam no sentido de acabar com o controle do Estado pela burocracia originada da classe operária e entregá-lo à burguesia. Contaram com a aliança – mais ainda, com a liderança –, para esse empreendimento, dos próprios burocratas do Estado iugoslavo, a começar pelos croatas e eslovenos. Eles encabeçaram as reformas que iniciaram o processo de separação do resto do país. Finalmente, em 25 de junho de 1991, seis meses depois de um referendo, a Eslovênia declarou sua independência. No mesmo dia, a Croácia fez o mesmo.

O governo central da Iugoslávia não reconheceu as separações. Slobodan Milosevic, ex-presidente da Liga dos Comunistas da Sérvia e eleito presidente da república da Sérvia em 1989, representava um setor da burocracia que pretendia manter o controle do Estado centralizado na Sérvia. Como essa estratégia ia ao encontro dos interesses das massas, que viam o resultado das privatizações em outros países da Europa Oriental e não queriam o desmantelamento das conquistas da revolução da década de 1940, Milosevic obteve grande popularidade dentro da Sérvia e sobretudo entre os sérvios das outras repúblicas autônomas.

A guerra na Eslovênia começou quando o Exército Popular Iugoslavo moveu seus homens para recuperar suas posições retiradas pelos eslovenos nas fronteiras com a Itália e a Áustria. No entanto, dez dias depois, um cessar-fogo acordado junto à Comunidade Europeia pôs fim às hostilidades. Nos dez dias de guerra, 45 eslovenos morreram, com número maior de vítimas do lado do exército iugoslavo.

Para não correr mais riscos de perda do controle político, Milosevic adotou a posição de focar na união dos sérvios de toda a Iugoslávia. Assim, a Sérvia acabou recusando a tentativa da Federação de intervir na Eslovênia para estabelecer a ordem, pois a nova república autoproclamada quase não tinha sérvios vivendo em seu território, apesar de uma manifestação sérvia a favor da união da Iugoslávia ter sido reprimida pela polícia eslovena menos de dois anos antes.

Na Croácia, a situação tornou-se muito mais complicada. Dos 4,7 milhões de habitantes na época, 581 mil (12,2%) eram sérvios. Desde 1990 ocorriam tensões armadas envolvendo a rebelde Croácia e a Iugoslávia. Com o conhecimento público de que a burocracia croata pretendia se separar da federação, não se reconhecendo mais parte da Iugoslávia, os habitantes sérvios da Croácia resolveram não reconhecer o governo croata como seu. Em agosto desse mesmo ano, a Krajina, habitada majoritariamente por sérvios, proclamou-se região autônoma e pretendia se unir aos sérvios das outras regiões da Iugoslávia.

A minoria sérvia da Croácia temia uma imensa repressão pelo novo governo, pois ainda lembrava dos massacres perpetrados pelos ustashe na 2ª Guerra. O temor era justificado ainda mais porque o presidente do país era o notório extremista Franjo Tudjman, quem, em 1989, lançara livro negando o genocídio da milícia fascista contra os sérvios e judeus, e que depois destruiu um monumento às vítimas do fascismo.

O governo croata, para frear o impulso separatista dos sérvios, tentou reprimi-los. No entanto, o exército iugoslavo interveio, pressionado principalmente pela burocracia sérvia de Belgrado. Começava mais uma guerra, que durou seis meses, sendo encerrada por um acordo em janeiro de 1992. Os pontos mais importantes desta guerra foram os cercos de Vukovar e Dubrovnik e a constituição de milícias fascistas, além dos primeiros sinais de uma intervenção mais evidente da chamada “comunidade internacional” pelo desmembramento da Iugoslávia.

Vukovar, com 47% dos habitantes croatas e 32% sérvios, foi alvo de um cerco do exército iugoslavo que durou três meses, com a intenção de proteger os habitantes sérvios. Mas o que se viu, ao término do cerco, em novembro de 1991, foi a “primeira grande ‘limpeza étnica’ realizada pelos sérvios” nas guerras da Iugoslávia: 31 mil croatas deportados, além de centenas de mortos, entre civis e guardas (a Croácia ainda não tinha exército).

Por outro lado, Dubrovnik, que não tinha quase nenhum habitante sérvio, ficou sitiada durante oito meses pelas tropas iugoslavas, até maio de 1992. O saldo final de 88 civis, 94 combatentes croatas e 165 soldados iugoslavos mortos não foi dos mais negativos, mas 15 mil pessoas foram obrigadas a se deslocar para a cidade a partir das regiões próximas, que também foram atacadas, e depois para locais mais distantes e seguros.

As guerras dos anos 1990 nas ex-repúblicas iugoslavas viram também o surgimento de diversas milícias criminosas e fascistas. Como citado acima, a Croácia, assim como as demais repúblicas que se separaram, de início não tinham exército próprio. As forças oficiais que existiam eram as polícias que, com a guerra, tornaram-se guardas nacionais. Os partidos políticos, como a União Democrática Croata (HDZ) de Franjo Tudjman, também tinham as suas milícias. Facções criminosas também formavam sua milícia para cometer atos de banditismo, roubo e contrabando, aproveitando-se do clima de caos generalizado.

No próximo artigo, veremos como o aparato estatal em formação ou em reformulação nas repúblicas iugoslavas atuou em conjunto com milícias fascistas e criminosas nos crimes que depois foram atribuídos pelo imperialismo apenas aos sérvios – e para os quais o financiamento, armamento, treinamento e encobrimento diplomático do próprio imperialismo foi um fator determinante.

Este artigo recorda o processo de separação da Croácia e da Eslovênia da Federação Iugoslava como preparação para a independência da Bósnia, um golpe duríssimo contra a união dos eslavos do sul.

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Exatos 30 anos depois do Acordo de Dayton que encerrou a Guerra da Bósnia, este artigo recorda o processo de separação da Croácia e da Eslovênia da Federação Iugoslava como preparação para a independência da Bósnia, um golpe duríssimo contra a união dos eslavos do sul.

No final dos anos 80, diante do apodrecimento dos regimes burocráticos do leste europeu, elementos capitalistas e fascistas souberam se aproveitar da situação para, em conluio com o imperialismo, transformar os Estados Operários implodidos em nações capitalistas sob o total controle dos monopólios.

Na Iugoslávia, esses elementos, sobretudo das de regiões não sérvias (mais distantes do aparelho do Estado), atuavam clandestinamente para usar a crise econômica como justificativa para implementar reformas que iriam no sentido de acabar com o controle do Estado pela burocracia originada da classe operária e entregá-lo à burguesia. Contaram com a aliança – mais ainda, com a liderança –, para esse empreendimento, dos próprios burocratas do Estado iugoslavo, a começar pelos croatas e eslovenos. Eles encabeçaram as reformas que iniciaram o processo de separação do resto do país. Finalmente, em 25 de junho de 1991, seis meses depois de um referendo, a Eslovênia declarou sua independência. No mesmo dia, a Croácia fez o mesmo.

O governo central da Iugoslávia não reconheceu as separações. Slobodan Milosevic, ex-presidente da Liga dos Comunistas da Sérvia e eleito presidente da república da Sérvia em 1989, representava um setor da burocracia que pretendia manter o controle do Estado centralizado na Sérvia. Como essa estratégia ia ao encontro dos interesses das massas, que viam o resultado das privatizações em outros países da Europa Oriental e não queriam o desmantelamento das conquistas da revolução da década de 1940, Milosevic obteve grande popularidade dentro da Sérvia e sobretudo entre os sérvios das outras repúblicas autônomas.

A guerra na Eslovênia começou quando o Exército Popular Iugoslavo moveu seus homens para recuperar suas posições retiradas pelos eslovenos nas fronteiras com a Itália e a Áustria. No entanto, dez dias depois, um cessar-fogo acordado junto à Comunidade Europeia pôs fim às hostilidades. Nos dez dias de guerra, 45 eslovenos morreram, com número maior de vítimas do lado do exército iugoslavo.

Para não correr mais riscos de perda do controle político, Milosevic adotou a posição de focar na união dos sérvios de toda a Iugoslávia. Assim, a Sérvia acabou recusando a tentativa da Federação de intervir na Eslovênia para estabelecer a ordem, pois a nova república autoproclamada quase não tinha sérvios vivendo em seu território, apesar de uma manifestação sérvia a favor da união da Iugoslávia ter sido reprimida pela polícia eslovena menos de dois anos antes.

Na Croácia, a situação tornou-se muito mais complicada. Dos 4,7 milhões de habitantes na época, 581 mil (12,2%) eram sérvios. Desde 1990 ocorriam tensões armadas envolvendo a rebelde Croácia e a Iugoslávia. Com o conhecimento público de que a burocracia croata pretendia se separar da federação, não se reconhecendo mais parte da Iugoslávia, os habitantes sérvios da Croácia resolveram não reconhecer o governo croata como seu. Em agosto desse mesmo ano, a Krajina, habitada majoritariamente por sérvios, proclamou-se região autônoma e pretendia se unir aos sérvios das outras regiões da Iugoslávia.

A minoria sérvia da Croácia temia uma imensa repressão pelo novo governo, pois ainda lembrava dos massacres perpetrados pelos ustashe na 2ª Guerra. O temor era justificado ainda mais porque o presidente do país era o notório extremista Franjo Tudjman, quem, em 1989, lançara livro negando o genocídio da milícia fascista contra os sérvios e judeus, e que depois destruiu um monumento às vítimas do fascismo.

O governo croata, para frear o impulso separatista dos sérvios, tentou reprimi-los. No entanto, o exército iugoslavo interveio, pressionado principalmente pela burocracia sérvia de Belgrado. Começava mais uma guerra, que durou seis meses, sendo encerrada por um acordo em janeiro de 1992. Os pontos mais importantes desta guerra foram os cercos de Vukovar e Dubrovnik e a constituição de milícias fascistas, além dos primeiros sinais de uma intervenção mais evidente da chamada “comunidade internacional” pelo desmembramento da Iugoslávia.

Vukovar, com 47% dos habitantes croatas e 32% sérvios, foi alvo de um cerco do exército iugoslavo que durou três meses, com a intenção de proteger os habitantes sérvios. Mas o que se viu, ao término do cerco, em novembro de 1991, foi a “primeira grande ‘limpeza étnica’ realizada pelos sérvios” nas guerras da Iugoslávia: 31 mil croatas deportados, além de centenas de mortos, entre civis e guardas (a Croácia ainda não tinha exército).

Por outro lado, Dubrovnik, que não tinha quase nenhum habitante sérvio, ficou sitiada durante oito meses pelas tropas iugoslavas, até maio de 1992. O saldo final de 88 civis, 94 combatentes croatas e 165 soldados iugoslavos mortos não foi dos mais negativos, mas 15 mil pessoas foram obrigadas a se deslocar para a cidade a partir das regiões próximas, que também foram atacadas, e depois para locais mais distantes e seguros.

As guerras dos anos 1990 nas ex-repúblicas iugoslavas viram também o surgimento de diversas milícias criminosas e fascistas. Como citado acima, a Croácia, assim como as demais repúblicas que se separaram, de início não tinham exército próprio. As forças oficiais que existiam eram as polícias que, com a guerra, tornaram-se guardas nacionais. Os partidos políticos, como a União Democrática Croata (HDZ) de Franjo Tudjman, também tinham as suas milícias. Facções criminosas também formavam sua milícia para cometer atos de banditismo, roubo e contrabando, aproveitando-se do clima de caos generalizado.

No próximo artigo, veremos como o aparato estatal em formação ou em reformulação nas repúblicas iugoslavas atuou em conjunto com milícias fascistas e criminosas nos crimes que depois foram atribuídos pelo imperialismo apenas aos sérvios – e para os quais o financiamento, armamento, treinamento e encobrimento diplomático do próprio imperialismo foi um fator determinante.

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