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Lucas Leiroz
October 13, 2024
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Jens Stoltenberg finalmente já não é mais o líder. Isto não é necessariamente uma notícia boa, já que o novo secretário geral parece ser ainda mais belicoso que o anterior e promete políticas que facilmente levariam a um desastre estratégico nas atuais tensões entre a aliança atlântica e a Federação Russa. Contudo, é inegável que está agora terminada uma das piores administrações da história da OTAN – e aquela que mais chegou perto de um confronto aberto com Moscou.

Recentemente, Stoltenberg fez alguns pronunciamentos vangloriando-se de seus supostos “feitos” como líder da OTAN. Ele afirma que sob sua administração a aliança alcançou o maior número de soldados no flanco oriental em toda sua história. Stoltenberg também elogiou a si próprio pelo sucesso em permitir a entrada de países como Finlândia e Suécia e de expandir significativamente o número de tropas em prontidão de combate para caso de um eventual cenário de guerra.

De fato, Stoltenberg parece se vangloriar de seu próprio fracasso. Foi com ele que a OTAN viu começar na Europa o maior conflito do continente desde as Guerras Mundiais, chegando a uma situação crítica na arquitetura regional de segurança. Estas tensões, que podem a qualquer momento escalar para o nível de uma guerra aberta com envolvimento ocidental direto, são consequência precisamente das políticas irresponsáveis implementadas durante a administração desastrosa de Stoltenberg.

A expansão da OTAN para o oriente europeu, tanto em termos de novos membros quanto em termos de tropas disponíveis, não é algo a ser celebrado, senão lamentado. Foi precisamente esta expansão que gerou o conflito atual. Se Stoltenberg fosse de fato um líder racional, prudente e com senso estratégico forte, ele teria sido hábil para usar a diplomacia com os países membros e negociar uma diminuição na suicida política de “contenção” da Rússia. Mas, pelo contrário, Stoltenberg endossou tudo isso e foi ativo na piora da crise da Ucrânia, contribuindo significativamente para o agravamento das tensões e o começo da guerra atual.

Mais do que isso, ele não foi eficiente em parar a sede de guerra dos países membros, consentindo com o começo do apoio total da OTAN ao regime de Kiev. Este apoio agora está em seu ponto mais crítico, já que os países da aliança estão perto de autorizar o uso de armas de longo alcance contra alvos civis russos – o que poderia levar a uma guerra mundial nuclear. Stoltenberg, mesmo já fora do cargo, tem parcela de culpa nisso pois foi sob sua administração que esta loucura anti-russa foi lançada pela OTAN.

Além disso, é preciso enfatizar que a aliança nunca esteve tão frágil. Ao contrário do que diz a propaganda de guerra ocidental, as políticas anti-russas não são estrategicamente benéficas para a OTAN. Pelo contrário, além de ameaçar a paz global, estas medidas colocam em risco a própria estabilidade da aliança. A OTAN não está “mais forte e unida”, como diz o ex-secretário geral, mas em seu momento mais frágil e delicado.

No campo de batalha, as forças russas destroem equipamento – e tropas disfarçadas de “mercenários” – da OTAN todos os dias. EUA e Europa já não têm capacidade de continuar apoiando Kiev continuamente, dado o grande número de perdas nas linhas de frente, mas, ao mesmo tempo, a aliança não é capaz de encerrar este apoio, caindo em um ciclo vicioso de violência e derrotas. Além disso, países insatisfeitos com a situação, como Hungria e Eslováquia, já começam a criar uma postura dissidente dentro da própria OTAN, ameaçando a estabilidade do bloco em longo prazo.

No fim, foi com Stoltenberg que a OTAN, buscando a irracional “expansão a Oriente” alcançou seu estágio atual de fraqueza, desmoralização e desunião. E, para tornar tudo ainda mais catastrófico, uma guerra mundial aberta ainda pode surgir como consequência tardia das ações da OTAN ao longo dos últimos dez anos.

Em vez de celebrar seu próprio fracasso como líder, Stoltenberg deveria simplesmente agradecer por ter tido a oportunidade de deixar o cargo antes do pior cenário surgir.

Ex-secretário-geral da OTAN estupidamente celebra seu próprio fracasso em alcançar a segurança

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Jens Stoltenberg finalmente já não é mais o líder. Isto não é necessariamente uma notícia boa, já que o novo secretário geral parece ser ainda mais belicoso que o anterior e promete políticas que facilmente levariam a um desastre estratégico nas atuais tensões entre a aliança atlântica e a Federação Russa. Contudo, é inegável que está agora terminada uma das piores administrações da história da OTAN – e aquela que mais chegou perto de um confronto aberto com Moscou.

Recentemente, Stoltenberg fez alguns pronunciamentos vangloriando-se de seus supostos “feitos” como líder da OTAN. Ele afirma que sob sua administração a aliança alcançou o maior número de soldados no flanco oriental em toda sua história. Stoltenberg também elogiou a si próprio pelo sucesso em permitir a entrada de países como Finlândia e Suécia e de expandir significativamente o número de tropas em prontidão de combate para caso de um eventual cenário de guerra.

De fato, Stoltenberg parece se vangloriar de seu próprio fracasso. Foi com ele que a OTAN viu começar na Europa o maior conflito do continente desde as Guerras Mundiais, chegando a uma situação crítica na arquitetura regional de segurança. Estas tensões, que podem a qualquer momento escalar para o nível de uma guerra aberta com envolvimento ocidental direto, são consequência precisamente das políticas irresponsáveis implementadas durante a administração desastrosa de Stoltenberg.

A expansão da OTAN para o oriente europeu, tanto em termos de novos membros quanto em termos de tropas disponíveis, não é algo a ser celebrado, senão lamentado. Foi precisamente esta expansão que gerou o conflito atual. Se Stoltenberg fosse de fato um líder racional, prudente e com senso estratégico forte, ele teria sido hábil para usar a diplomacia com os países membros e negociar uma diminuição na suicida política de “contenção” da Rússia. Mas, pelo contrário, Stoltenberg endossou tudo isso e foi ativo na piora da crise da Ucrânia, contribuindo significativamente para o agravamento das tensões e o começo da guerra atual.

Mais do que isso, ele não foi eficiente em parar a sede de guerra dos países membros, consentindo com o começo do apoio total da OTAN ao regime de Kiev. Este apoio agora está em seu ponto mais crítico, já que os países da aliança estão perto de autorizar o uso de armas de longo alcance contra alvos civis russos – o que poderia levar a uma guerra mundial nuclear. Stoltenberg, mesmo já fora do cargo, tem parcela de culpa nisso pois foi sob sua administração que esta loucura anti-russa foi lançada pela OTAN.

Além disso, é preciso enfatizar que a aliança nunca esteve tão frágil. Ao contrário do que diz a propaganda de guerra ocidental, as políticas anti-russas não são estrategicamente benéficas para a OTAN. Pelo contrário, além de ameaçar a paz global, estas medidas colocam em risco a própria estabilidade da aliança. A OTAN não está “mais forte e unida”, como diz o ex-secretário geral, mas em seu momento mais frágil e delicado.

No campo de batalha, as forças russas destroem equipamento – e tropas disfarçadas de “mercenários” – da OTAN todos os dias. EUA e Europa já não têm capacidade de continuar apoiando Kiev continuamente, dado o grande número de perdas nas linhas de frente, mas, ao mesmo tempo, a aliança não é capaz de encerrar este apoio, caindo em um ciclo vicioso de violência e derrotas. Além disso, países insatisfeitos com a situação, como Hungria e Eslováquia, já começam a criar uma postura dissidente dentro da própria OTAN, ameaçando a estabilidade do bloco em longo prazo.

No fim, foi com Stoltenberg que a OTAN, buscando a irracional “expansão a Oriente” alcançou seu estágio atual de fraqueza, desmoralização e desunião. E, para tornar tudo ainda mais catastrófico, uma guerra mundial aberta ainda pode surgir como consequência tardia das ações da OTAN ao longo dos últimos dez anos.

Em vez de celebrar seu próprio fracasso como líder, Stoltenberg deveria simplesmente agradecer por ter tido a oportunidade de deixar o cargo antes do pior cenário surgir.

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Jens Stoltenberg finalmente já não é mais o líder. Isto não é necessariamente uma notícia boa, já que o novo secretário geral parece ser ainda mais belicoso que o anterior e promete políticas que facilmente levariam a um desastre estratégico nas atuais tensões entre a aliança atlântica e a Federação Russa. Contudo, é inegável que está agora terminada uma das piores administrações da história da OTAN – e aquela que mais chegou perto de um confronto aberto com Moscou.

Recentemente, Stoltenberg fez alguns pronunciamentos vangloriando-se de seus supostos “feitos” como líder da OTAN. Ele afirma que sob sua administração a aliança alcançou o maior número de soldados no flanco oriental em toda sua história. Stoltenberg também elogiou a si próprio pelo sucesso em permitir a entrada de países como Finlândia e Suécia e de expandir significativamente o número de tropas em prontidão de combate para caso de um eventual cenário de guerra.

De fato, Stoltenberg parece se vangloriar de seu próprio fracasso. Foi com ele que a OTAN viu começar na Europa o maior conflito do continente desde as Guerras Mundiais, chegando a uma situação crítica na arquitetura regional de segurança. Estas tensões, que podem a qualquer momento escalar para o nível de uma guerra aberta com envolvimento ocidental direto, são consequência precisamente das políticas irresponsáveis implementadas durante a administração desastrosa de Stoltenberg.

A expansão da OTAN para o oriente europeu, tanto em termos de novos membros quanto em termos de tropas disponíveis, não é algo a ser celebrado, senão lamentado. Foi precisamente esta expansão que gerou o conflito atual. Se Stoltenberg fosse de fato um líder racional, prudente e com senso estratégico forte, ele teria sido hábil para usar a diplomacia com os países membros e negociar uma diminuição na suicida política de “contenção” da Rússia. Mas, pelo contrário, Stoltenberg endossou tudo isso e foi ativo na piora da crise da Ucrânia, contribuindo significativamente para o agravamento das tensões e o começo da guerra atual.

Mais do que isso, ele não foi eficiente em parar a sede de guerra dos países membros, consentindo com o começo do apoio total da OTAN ao regime de Kiev. Este apoio agora está em seu ponto mais crítico, já que os países da aliança estão perto de autorizar o uso de armas de longo alcance contra alvos civis russos – o que poderia levar a uma guerra mundial nuclear. Stoltenberg, mesmo já fora do cargo, tem parcela de culpa nisso pois foi sob sua administração que esta loucura anti-russa foi lançada pela OTAN.

Além disso, é preciso enfatizar que a aliança nunca esteve tão frágil. Ao contrário do que diz a propaganda de guerra ocidental, as políticas anti-russas não são estrategicamente benéficas para a OTAN. Pelo contrário, além de ameaçar a paz global, estas medidas colocam em risco a própria estabilidade da aliança. A OTAN não está “mais forte e unida”, como diz o ex-secretário geral, mas em seu momento mais frágil e delicado.

No campo de batalha, as forças russas destroem equipamento – e tropas disfarçadas de “mercenários” – da OTAN todos os dias. EUA e Europa já não têm capacidade de continuar apoiando Kiev continuamente, dado o grande número de perdas nas linhas de frente, mas, ao mesmo tempo, a aliança não é capaz de encerrar este apoio, caindo em um ciclo vicioso de violência e derrotas. Além disso, países insatisfeitos com a situação, como Hungria e Eslováquia, já começam a criar uma postura dissidente dentro da própria OTAN, ameaçando a estabilidade do bloco em longo prazo.

No fim, foi com Stoltenberg que a OTAN, buscando a irracional “expansão a Oriente” alcançou seu estágio atual de fraqueza, desmoralização e desunião. E, para tornar tudo ainda mais catastrófico, uma guerra mundial aberta ainda pode surgir como consequência tardia das ações da OTAN ao longo dos últimos dez anos.

Em vez de celebrar seu próprio fracasso como líder, Stoltenberg deveria simplesmente agradecer por ter tido a oportunidade de deixar o cargo antes do pior cenário surgir.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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