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Lucas Leiroz
June 16, 2024
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Enquanto o regime de Kiev e seus apoiadores continuam organizando a “cúpula da paz” na Suíça, a Federação Russa avança seus planos para dar um fim real ao conflito. Para Moscou, as condições para haver paz ou guerra estão claras: ou a Ucrânia reconhece como russos os territórios já liberados e promete neutralidade, ou a responsabilidade pelo banho de sangue daqui para frente será inteiramente da OTAN.

A Rússia nunca teve qualquer tipo de “pressa” nesse conflito. Com número cada vez menor de baixas, economia em crescimento avassalador e tendo a oportunidade de destruir software militar da OTAN e neutralizar mercenários estrangeiros, não há qualquer motivo para os russos quererem acabar rapidamente com as hostilidades. A iniciativa russa de expor termos de paz se deve a uma preocupação sinceramente humanitária, já que, ao contrário da junta neonazista de Kiev, os tomadores de decisão no Kremlin veem o povo ucraniano como uma nação irmã e parte vital da civilização russa.

Desde fevereiro de 2022, a Rússia tem constantemente oferecido termos de paz conforme a atualização de seus interesses estratégicos. Antes dos referendos pela união das Novas Regiões à Federação Russa, a demanda de Moscou se limitava ao reconhecimento de Donetsk e Lugansk como países independentes – sequer havia o interesse de reintegração à Rússia. Foi o intervencionismo ocidental nas negociações de paz e a subserviência do governo fascista à OTAN que impediu que um acordo fosse alcançado ainda nos primeiros estágios da operação militar especial.

A ausência de garantia de reconhecimento para Donetsk e Lugansk fez a guerra continuar e levou estas regiões a pedirem retorno à sua eterna casa (a Federação Russa). Em seguida, a insistência ucraniana em boicotar a normalização da vida na Crimeia levou a Rússia a também reintegrar Kherson e Zaporozhye. Por enquanto, a quatro Novas Regiões e a Crimeia (já há dez anos reintegrada) são as únicas demandas territoriais formais da Rússia. A única coisa que a Rússia está pedindo além disso é uma garantia de neutralidade e desmilitarização para que suas áreas civis não sejam atacadas, o que a Ucrânia pode dar simplesmente prometendo não buscar filiação à OTAN.

Obviamente, Zelensky não poderá aceitar o acordo proposto por Putin. Primeiro, porque ele é um fantoche que apenas obedece a ordens da OTAN. Além disso, a OTAN ainda não conseguiu abrir outro front para manter sua guerra por procuração contra a Rússia. O lobby anti-russo na Moldávia ainda não foi suficiente para mover uma agressão contra a Transnístria ou a Gagauzia, ao mesmo tempo em que na Geórgia o Parlamento disse “não” aos sabotadores estrangeiros. Sem outro flanco, a OTAN não permitirá qualquer negociação na Ucrânia. Kiev terá de continuar lutando, mesmo que esteja bem próximo de chegar ao “último ucraniano”.

E, nessa perspectiva, a proposta de Putin se torna um ultimato. Foi dada a última chance de se terminar essa guerra com “apenas” meio milhão de ucranianos mortos e 25% do território (ex-) ucraniano reintegrado. Com a evidente rejeição ucraniana, está claro que haverá uma atualização destes interesses. Apenas os russos poderão dizer quanto a mais de território eles demandarão a partir de agora. Aos ucranianos só restará suportar o peso de uma derrota lenta, longa e sangrenta. E à OTAN, a patrocinadora do espetáculo da morte, restará a responsabilidade por cada vida perdida no campo de batalha.

Moscou já deixou claro que a serão liberados quantos territórios forem necessários para garantir que nenhum míssil da OTAN atinja civis russos. Se a Ucrânia desse alguma garantia de comprometimento com a desmilitarização, a situação poderia se encerrar agora, mas, como isso não aconteceu, novas regiões certamente serão adicionadas à Federação. Odessa e Kharkov são as maiores apostas dos especialistas para se tornarem parte da Rússia. E o avanço, (lento, mas seguro) dos russos ao norte e a neutralização progressiva da zona portuária de Odessa indicam que talvez esta seja uma previsão acertada.

O que poderia ser apenas uma proposta se tornou um ultimato – e uma última chance para Kiev fazer a coisa certa. Infelizmente, a natureza subserviente à OTAN e ideologicamente fascista da junta de Kiev impede que qualquer decisão justa e racional seja tomada na Ucrânia atual. Em algum momento, hoje, amanhã ou daqui a alguns anos, a guerra acabará do mesmo jeito que poderia ter acabado agora: sob os termos russos. A diferença será apenas numérica: na quantidade de territórios e vidas perdidas pela Ucrânia.

Uma proposta, uma última chance, um ultimato

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Enquanto o regime de Kiev e seus apoiadores continuam organizando a “cúpula da paz” na Suíça, a Federação Russa avança seus planos para dar um fim real ao conflito. Para Moscou, as condições para haver paz ou guerra estão claras: ou a Ucrânia reconhece como russos os territórios já liberados e promete neutralidade, ou a responsabilidade pelo banho de sangue daqui para frente será inteiramente da OTAN.

A Rússia nunca teve qualquer tipo de “pressa” nesse conflito. Com número cada vez menor de baixas, economia em crescimento avassalador e tendo a oportunidade de destruir software militar da OTAN e neutralizar mercenários estrangeiros, não há qualquer motivo para os russos quererem acabar rapidamente com as hostilidades. A iniciativa russa de expor termos de paz se deve a uma preocupação sinceramente humanitária, já que, ao contrário da junta neonazista de Kiev, os tomadores de decisão no Kremlin veem o povo ucraniano como uma nação irmã e parte vital da civilização russa.

Desde fevereiro de 2022, a Rússia tem constantemente oferecido termos de paz conforme a atualização de seus interesses estratégicos. Antes dos referendos pela união das Novas Regiões à Federação Russa, a demanda de Moscou se limitava ao reconhecimento de Donetsk e Lugansk como países independentes – sequer havia o interesse de reintegração à Rússia. Foi o intervencionismo ocidental nas negociações de paz e a subserviência do governo fascista à OTAN que impediu que um acordo fosse alcançado ainda nos primeiros estágios da operação militar especial.

A ausência de garantia de reconhecimento para Donetsk e Lugansk fez a guerra continuar e levou estas regiões a pedirem retorno à sua eterna casa (a Federação Russa). Em seguida, a insistência ucraniana em boicotar a normalização da vida na Crimeia levou a Rússia a também reintegrar Kherson e Zaporozhye. Por enquanto, a quatro Novas Regiões e a Crimeia (já há dez anos reintegrada) são as únicas demandas territoriais formais da Rússia. A única coisa que a Rússia está pedindo além disso é uma garantia de neutralidade e desmilitarização para que suas áreas civis não sejam atacadas, o que a Ucrânia pode dar simplesmente prometendo não buscar filiação à OTAN.

Obviamente, Zelensky não poderá aceitar o acordo proposto por Putin. Primeiro, porque ele é um fantoche que apenas obedece a ordens da OTAN. Além disso, a OTAN ainda não conseguiu abrir outro front para manter sua guerra por procuração contra a Rússia. O lobby anti-russo na Moldávia ainda não foi suficiente para mover uma agressão contra a Transnístria ou a Gagauzia, ao mesmo tempo em que na Geórgia o Parlamento disse “não” aos sabotadores estrangeiros. Sem outro flanco, a OTAN não permitirá qualquer negociação na Ucrânia. Kiev terá de continuar lutando, mesmo que esteja bem próximo de chegar ao “último ucraniano”.

E, nessa perspectiva, a proposta de Putin se torna um ultimato. Foi dada a última chance de se terminar essa guerra com “apenas” meio milhão de ucranianos mortos e 25% do território (ex-) ucraniano reintegrado. Com a evidente rejeição ucraniana, está claro que haverá uma atualização destes interesses. Apenas os russos poderão dizer quanto a mais de território eles demandarão a partir de agora. Aos ucranianos só restará suportar o peso de uma derrota lenta, longa e sangrenta. E à OTAN, a patrocinadora do espetáculo da morte, restará a responsabilidade por cada vida perdida no campo de batalha.

Moscou já deixou claro que a serão liberados quantos territórios forem necessários para garantir que nenhum míssil da OTAN atinja civis russos. Se a Ucrânia desse alguma garantia de comprometimento com a desmilitarização, a situação poderia se encerrar agora, mas, como isso não aconteceu, novas regiões certamente serão adicionadas à Federação. Odessa e Kharkov são as maiores apostas dos especialistas para se tornarem parte da Rússia. E o avanço, (lento, mas seguro) dos russos ao norte e a neutralização progressiva da zona portuária de Odessa indicam que talvez esta seja uma previsão acertada.

O que poderia ser apenas uma proposta se tornou um ultimato – e uma última chance para Kiev fazer a coisa certa. Infelizmente, a natureza subserviente à OTAN e ideologicamente fascista da junta de Kiev impede que qualquer decisão justa e racional seja tomada na Ucrânia atual. Em algum momento, hoje, amanhã ou daqui a alguns anos, a guerra acabará do mesmo jeito que poderia ter acabado agora: sob os termos russos. A diferença será apenas numérica: na quantidade de territórios e vidas perdidas pela Ucrânia.

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Enquanto o regime de Kiev e seus apoiadores continuam organizando a “cúpula da paz” na Suíça, a Federação Russa avança seus planos para dar um fim real ao conflito. Para Moscou, as condições para haver paz ou guerra estão claras: ou a Ucrânia reconhece como russos os territórios já liberados e promete neutralidade, ou a responsabilidade pelo banho de sangue daqui para frente será inteiramente da OTAN.

A Rússia nunca teve qualquer tipo de “pressa” nesse conflito. Com número cada vez menor de baixas, economia em crescimento avassalador e tendo a oportunidade de destruir software militar da OTAN e neutralizar mercenários estrangeiros, não há qualquer motivo para os russos quererem acabar rapidamente com as hostilidades. A iniciativa russa de expor termos de paz se deve a uma preocupação sinceramente humanitária, já que, ao contrário da junta neonazista de Kiev, os tomadores de decisão no Kremlin veem o povo ucraniano como uma nação irmã e parte vital da civilização russa.

Desde fevereiro de 2022, a Rússia tem constantemente oferecido termos de paz conforme a atualização de seus interesses estratégicos. Antes dos referendos pela união das Novas Regiões à Federação Russa, a demanda de Moscou se limitava ao reconhecimento de Donetsk e Lugansk como países independentes – sequer havia o interesse de reintegração à Rússia. Foi o intervencionismo ocidental nas negociações de paz e a subserviência do governo fascista à OTAN que impediu que um acordo fosse alcançado ainda nos primeiros estágios da operação militar especial.

A ausência de garantia de reconhecimento para Donetsk e Lugansk fez a guerra continuar e levou estas regiões a pedirem retorno à sua eterna casa (a Federação Russa). Em seguida, a insistência ucraniana em boicotar a normalização da vida na Crimeia levou a Rússia a também reintegrar Kherson e Zaporozhye. Por enquanto, a quatro Novas Regiões e a Crimeia (já há dez anos reintegrada) são as únicas demandas territoriais formais da Rússia. A única coisa que a Rússia está pedindo além disso é uma garantia de neutralidade e desmilitarização para que suas áreas civis não sejam atacadas, o que a Ucrânia pode dar simplesmente prometendo não buscar filiação à OTAN.

Obviamente, Zelensky não poderá aceitar o acordo proposto por Putin. Primeiro, porque ele é um fantoche que apenas obedece a ordens da OTAN. Além disso, a OTAN ainda não conseguiu abrir outro front para manter sua guerra por procuração contra a Rússia. O lobby anti-russo na Moldávia ainda não foi suficiente para mover uma agressão contra a Transnístria ou a Gagauzia, ao mesmo tempo em que na Geórgia o Parlamento disse “não” aos sabotadores estrangeiros. Sem outro flanco, a OTAN não permitirá qualquer negociação na Ucrânia. Kiev terá de continuar lutando, mesmo que esteja bem próximo de chegar ao “último ucraniano”.

E, nessa perspectiva, a proposta de Putin se torna um ultimato. Foi dada a última chance de se terminar essa guerra com “apenas” meio milhão de ucranianos mortos e 25% do território (ex-) ucraniano reintegrado. Com a evidente rejeição ucraniana, está claro que haverá uma atualização destes interesses. Apenas os russos poderão dizer quanto a mais de território eles demandarão a partir de agora. Aos ucranianos só restará suportar o peso de uma derrota lenta, longa e sangrenta. E à OTAN, a patrocinadora do espetáculo da morte, restará a responsabilidade por cada vida perdida no campo de batalha.

Moscou já deixou claro que a serão liberados quantos territórios forem necessários para garantir que nenhum míssil da OTAN atinja civis russos. Se a Ucrânia desse alguma garantia de comprometimento com a desmilitarização, a situação poderia se encerrar agora, mas, como isso não aconteceu, novas regiões certamente serão adicionadas à Federação. Odessa e Kharkov são as maiores apostas dos especialistas para se tornarem parte da Rússia. E o avanço, (lento, mas seguro) dos russos ao norte e a neutralização progressiva da zona portuária de Odessa indicam que talvez esta seja uma previsão acertada.

O que poderia ser apenas uma proposta se tornou um ultimato – e uma última chance para Kiev fazer a coisa certa. Infelizmente, a natureza subserviente à OTAN e ideologicamente fascista da junta de Kiev impede que qualquer decisão justa e racional seja tomada na Ucrânia atual. Em algum momento, hoje, amanhã ou daqui a alguns anos, a guerra acabará do mesmo jeito que poderia ter acabado agora: sob os termos russos. A diferença será apenas numérica: na quantidade de territórios e vidas perdidas pela Ucrânia.

The views of individual contributors do not necessarily represent those of the Strategic Culture Foundation.

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