– Os ucranianos estão a fugir do banho de sangue da NATO, não da Rússia
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Esta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, proclamou a aprovação pelo Congresso de 61 mil milhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia como “um bom dia para a paz mundial”. A exaltação de Biden é macabra. A obscenidade é que mais ucranianos serão sacrificados pelo imperialismo ocidental e pelo seu brutal regime neonazi em Kiev.
A narrativa sem noção e cínica dos meios de comunicação ocidentais é que uma Ucrânia democrática e amante da liberdade está a lutar corajosamente contra a agressão russa. Os homens ucranianos estão, segundo este conto de fadas, a lutar corajosamente para defender o seu país e para salvar o resto da Europa da invasão russa.
É por isso que o Congresso dos Estados Unidos aprovou esta semana um projeto de lei para enviar mais 61 mil milhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia. O Presidente Biden estava a apelar desesperadamente ao Congresso para que tomasse uma posição com a Ucrânia para derrotar a agressão russa. Os aliados americanos da NATO têm igualmente reiterado o mesmo mantra sem sentido. A maioria das pessoas que vivem fora da câmara de eco dos meios de comunicação ocidentais sabe que esta descrição é uma total treta, para usar um dos bordões favoritos de Biden.
O conflito na Ucrânia é uma guerra por procuração da NATO liderada pelos EUA para derrotar estrategicamente a Rússia. O grande esquema começou a funcionar depois do golpe de Estado patrocinado pela CIA em Kiev, em 2014. O regime de Kiev, liderado por um presidente fantoche judeu vigarista, Vladimir Zelensky, é uma ditadura neonazi. É uma junta corrupta onde a elite, como Zelensky, desviou milhares de milhões de dólares e euros doados pelos governos ocidentais, cortesia dos seus contribuintes involuntários.
Esta semana, vimos a prova de que o reich de Kiev está em ação quando anunciou que iria cortar os serviços consulares para todos os homens ucranianos com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos que residem atualmente no estrangeiro.
Estima-se que, desde a escalada do conflito na Ucrânia, em fevereiro de 2022, cerca de cinco milhões de cidadãos ucranianos tenham fugido para países da União Europeia. Destes, cerca de 20 por cento – um milhão – são homens adultos.
O corte dos serviços consulares a qualquer cidadão pelo seu governo é uma ação drástica sem precedentes. Só isso já deveria alertar os observadores para o facto de o “governo” em questão estar longe de ser normal. Risivelmente, os meios de comunicação ocidentais noticiaram o banimento dos serviços consulares pelo regime de Zelensky como se fosse algo banal. Por outras palavras, encobriram convenientemente o que é uma violação vergonhosa das normas internacionais.
A razão pela qual as embaixadas ucranianas tomaram esta medida foi a de forçar os homens ucranianos no estrangeiro a declarar os seus dados e a registarem-se para uma nova campanha de recrutamento do regime de Kiev.
No início deste mês, o regime de Zelensky aprovou uma lei que confere poderes de mobilização muito mais rigorosos para obrigar os homens ucranianos a alistarem-se nas forças armadas.
A nova lei é profundamente impopular entre o povo ucraniano por boas razões. Os ucranianos estão a ser enviados para a linha da frente para serem massacrados por forças russas muito superiores, numa guerra fútil do lado da NATO.
Calcula-se que 500 000 a 600 000 soldados ucranianos tenham sido mortos em mais de dois anos de combates. Outros milhões ficaram feridos e mutilados. Toda uma geração de homens ucranianos foi destruída a um ritmo semelhante ao de uma carnificina do tipo da Primeira Guerra Mundial.
De acordo com as Nações Unidas, o número de civis mortos no conflito ronda os 10 000. Todas as mortes são lamentáveis, mas o número relativamente baixo de vítimas colaterais é uma prova dos esforços da Rússia para evitar alvos civis. Podemos perguntar-nos, portanto, por que razão milhões de ucranianos saltaram para os seus carros e 4×4 para se estabelecerem na Europa, se não estavam a ser alvo das forças russas. É também notável o facto de a maioria dos ucranianos ter ido procurar segurança na Rússia, mais do que em qualquer outro país da Europa. Lá se vai o facto de a Rússia ser um agressor maléfico.
Zelensky e o seu regime fantoche da NATO afirmam, de forma absurda, que o número de mortos entre os militares ucranianos ronda os 31 000. É claro que o número real, 16 vezes superior, tem de ser negado, caso contrário a propaganda ocidental seria envergonhada pelo banho de sangue que a NATO e o seu regime instigaram.
Se, por uma questão de argumentação, o número impossivelmente mais baixo pudesse ser acreditado, então a questão é saber porque é que o regime de Kiev está tão desesperado para lançar o seu recente recrutamento draconiano. Zelensky falou da necessidade de recrutar até 500 000 novos soldados. Isto é uma admissão implícita de que o número mais elevado de mortos, entre 500 e 600 mil, é de facto exato se for necessário encontrar tantos substitutos.
Quando o regime de Kiev anunciou a sua nova campanha de recrutamento no início deste mês, seguiu-se imediatamente uma corrida de ucranianos às embaixadas em toda a Europa para renovar os seus documentos, como passaportes e cartas de condução. A pressa deveu-se ao facto de não quererem ter de regressar à Ucrânia para renovar os seus documentos, sob pena de serem sujeitos a um recrutamento forçado.
Já há uma miríade de relatos e vídeos (não cobertos pelos meios de comunicação ocidentais, com certeza) de homens ucranianos a serem apanhados nas ruas por rufias do regime de Kiev para o serviço militar. Muitos outros esconderam-se no interior do país. Houve escândalos sobre famílias ucranianas que foram extorquidas por agentes de recrutamento, que lhes pediram milhares de dólares para poupar pais e filhos. Milhares de outros arriscaram as suas vidas tentando atravessar rios a nado para países vizinhos.
O facto de o regime de Kiev estar a tomar a medida extrema de recusar agora os serviços consulares aos seus cidadãos masculinos no estrangeiro é uma prova de quão vingativo e insensível é o regime de Kiev. O objetivo é conseguir até um milhão de recrutas para os campos de extermínio ao longo dos 1 000 quilómetros da linha da frente com a Rússia, no leste do país.
É aqui que a história da propaganda ocidental se torna absurda. Para evitar ser arrastado de volta para a Ucrânia, espera-se que muitos dos que vivem no estrangeiro renunciem à cidadania. Se não tiverem passaportes válidos e não puderem renovar os seus documentos, tornam-se apátridas e ilegais. Isto significa que centenas de milhares de ucranianos terão, necessariamente, de pedir asilo político nos países da União Europeia. Em suma, a sua situação é a de não poderem regressar ao seu país de origem por receio de serem perseguidos.
Não é ridículo? Os Estados Unidos e os seus vassalos europeus doaram até 300 mil milhões de dólares em dinheiro público para apoiar um regime de que fogem os próprios cidadãos, com medo.
O último esbanjamento de 61 mil milhões de dólares por parte dos Estados Unidos não ajudará a Ucrânia a vencer a guerra por procuração orquestrada pela NATO contra a Rússia. A generosidade irá apenas prolongar a agonia da Ucrânia e apoiar o corrupto regime neonazi. Já foram abatidos cerca de meio milhão de soldados ucranianos numa guerra criminosa e fútil em nome dos interesses imperialistas ocidentais. Muitos analistas militares independentes concordam que a falta crítica é de mão-de-obra ucraniana.
Zelensky e os seus capangas estão a tentar extorquir mais corpos para o matadouro. Washington e os seus lacaios europeus estão a alimentar a máquina de matar dos militares que lucram com a caça ao homem do regime de Kiev em busca de nova carne para canhão.
É hediondo e diabólico. É também chocantemente flagrante – a menos que se confie nos media ocidentais para a sua “informação”.
A verdade é que o público ocidental está a apoiar um regime que até os seus cidadãos temem. É um duplo golpe. O Ocidente está a subsidiar um regime que está a matar desnecessariamente o seu povo em vez de se envolver numa diplomacia pacífica com a Rússia para pôr fim a esta guerra.
Além disso, milhões de ucranianos estão a viver em países europeus sem pagar renda, o que coloca uma enorme pressão sobre a habitação e os serviços para os cidadãos europeus. Tudo isto porque o Tio Sam e os cães de guarda europeus estão a promover uma guerra criminosa por procuração.
Os ucranianos não estão a fugir da agressão russa. Estão a fugir do horrível regime parasitário ucraniano e do banho de sangue desencadeado pela NATO.
Tradução: resistir.info